© Foto: Nelson Almeida/AFP/Getty Images
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O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba, defendeu, nesta terça-feira, as prisões preventivas e o instrumento da delação premiada como uma resposta institucional forte para interromper o processo de corrupção de alguns agentes. Ele usou como exemplo o caso do ex-ministro Geddel Vieira Lima. “Se formos estudar a história desse indivíduo, temos notícias de crimes da década de 1990. Se as instituições tivessem dado uma resposta naquela época, não teríamos eliminado esse apartamento de 51 milhões de reais?”, questionou Moro durante o evento Mãos Limpas e a Lava Jato, promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, na capital paulista.

O juiz afirmou que tanto a Operação Mãos Limpas, inspiração para a Lava Jato, quanto a ação brasileira comandada por ele, não resolvem o problema da impunidade. “São necessárias reformas para diminuir incentivos e oportunidades de corrupção”, disse. “Processos judiciais são difíceis, é preciso reformas mais abrangentes”, concluiu.