O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou nesta quinta-feira (28) soltar o deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso desde 2016 na Operação Lava Jato.

Cunha, porém, permanecerá preso em razão de outros mandados de prisão decretados pelas justiças federais de Brasília e do Paraná, em outras ações às quais ele responde por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras e a Caixa Econômica Federal.

Ao mandar soltar Eduardo Cunha, Marco Aurélio Mello derrubou uma prisão preventiva decretada pela Justiça Federal no Rio Grande do Norte.

Nessa investigação, é apurado o recebimento de propina em troca de favorecimento à Odebrecht e OAS nas obras do estádio Arena das Dunas para a Copa do Mundo de 2014.

Defesa de Cunha

Após a decisão de Marco Aurélio, o advogado de Cunha, Pedro Ivo Velloso, divulgou uma nota à GloboNews na qual afirmou que o despacho do ministro “é um resgate da legalidade e da Constituição”.

“Essa prisão era absolutamente ilegal e desnecessária. Decretada em um caso absurdo, em que nem mesmo os delatores de plantão se dispuseram a confirmar a leviana acusação”, afirmou o advogado.