A exemplo de outros destinos turísticos que recolhem taxas para entrada de visitantes, Desde 2015, Bombinhas, na região da Grande Florianópolis, cobra a entrada de visitantes por veículo na alta temporada (de novembro a março). Os valores variam de R$ 3 (para motos e bicicletas motorizadas) a R$ 130 (para ônibus). No caso dos carros, a taxa é de R$ 26. Ela é cobrada como um pedágio, a cada entrada na cidade, e cada pagamento é válido por 24 horas. Desde que começou a ser cobrado, foram arrecadados R$ 17 milhões.

Agora duas cidades litorâneas da região Norte de Santa Catarina estão estudando a possibilidade de implantar uma taxa de preservação ambiental. As prefeituras de São Francisco do Sul e de Itapoá, no Litoral Norte, anunciaram projetos para analisar se este imposto aos turistas é executável.

Itapoá
Itapoá
São Francisco do Sul - Enseada
São Francisco do Sul – Enseada

Em São Francisco do Sul, está sendo realizado estudo durante a temporada de verão para, o objetivo é analisar de forma quantitativa e qualitativa, os aspectos da demanda turística do município. A pesquisa quantitativa será baseada no fluxo de veículos, com os dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e em um trabalho em conjunto da Secretaria de Meio Ambiente de São Francisco do Sul e do Departamento Municipal de Trânsito (Demtran).

Já a pesquisa qualitativa será realizada em parceria com o curso de turismo do Instituto Federal Catarinense (IFC), que fará o trabalho na temporada para levantar o perfil do turista que visita São Chico nesta época do ano. Quando o diagnóstico ficar pronto, será analisada a viabilidade econômica do processo.

Se aprovada, a taxa seria aplicada a partir da temporada de verão 2018-2019. Os valores arrecadados serão colocados em um fundo específico para a conservação e a proteção ambiental. Moradores de São Chico não serão cobrados, assim como donos de imóveis no município, prestadores de serviços e de fornecimento, caminhões e trabalhadores na cidade que residem em outras localidades.

Itapoá tem área de 257,2 km² e população fixa de 20 mil moradores, mas nos meses de dezembro e janeiro chega a 200 mil pessoas. Segundo a Prefeitura, uma comissão será montada para estudar a viabilidade da cobrança. Em entrevista ao colunista Jefferson Saavedra, a prefeitura informou que um dos destinos da taxa, caso venha a ser cobrada, serão as despesas com o lixo. Preservação da restinga, do mangue e da vegetação em torno do rio Saí-mirim também receberiam investimentos.