O Papa Francisco aprovou nesta segunda o decreto de canonização da beata brasileira que conquistou enorme respeito pela sua dedicação aos pobres

Foi aprovado pelo Papa Francisco o decreto de reconhecimento do milagre que permitirá a canonização da beata brasileira Irmã Dulce.A aprovação foi confirmada nesta segunda-feira, 13 de maio, após uma reunião entre o Papa e o Cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

 Foto: Obras Sociais Irmã Dulce / Divulgação
Foto: Obras Sociais Irmã Dulce / Divulgação

A trajetória da Santa Irmã Dulce

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador no dia 26 de maio de 1914 e, desde a infância, começou a ajudar pessoas carentes na porta da própria casa, que chegou a ser apelidada de “Portaria de São Francisco”.

Em fevereiro de 1933, entrou na congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão, no Estado de Sergipe, adotando o nome de Irmã Dulce em homenagem à sua mãe, falecida quando ela tinha apenas 7 anos.

Retornando a Salvador em 1935, iniciou seu trabalho de ação social e caridade cristã em favor de comunidades pobres como a de Alagados, um conjunto de palafitas no bairro de Itapagipe. Em 1939, encheu um velho galinheiro situado ao lado do convento com os primeiros 70 doentes aos quais passaria a se dedicar em paralelo à assistência aos pobres. Foi o nascimento das Obras Sociais Irmã Dulce, uma instituição que hoje realiza 4 milhões de atendimentos ambulatoriais por ano.

Popularmente conhecida como “o Anjo Bom da Bahia“, Irmã Dulce foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 1988 pelo então presidente José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia.