Manifestantes fecham a BR-101 em Itajaí

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O trânsito na altura do quilômetro 101 da BR-101, no sentido Norte, foi bloqueado por manifestantes na manhã desta sexta-feira. O grupo protestava contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB), que teve o texto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O trecho onde a rodovia foi trancada fica localizado no Bairro Salseiros, sentido norte. Perto das 8h30min, após quase uma hora de interdição, o trecho foi liberado.

Segundo informações preliminares, ainda não confirmadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), há também manifestantes próximos à saída da ponte sobre o Rio Itajaí-açu, em Navegantes. Não há ainda dimensão exata das filas na rodovia, mas o trânsito é lento nas imediações. Mais cedo, manifestantes trancaram o quilômetro 8 da BR-470, em Navegantes. A polícia teria reagido com bombas para dispersar o protesto.

Greve pelo Estado

Nesta sexta-feira, centrais sindicais e movimentos sociais contrários às reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo Michel Temer (PMDB) voltarão às ruas em mais um dia da denominada “greve geral”. Até o começo da semana, pelo menos oito cidades de Santa Catarina tinham atos e mobilizações previstas. Além de Florianópolis, Blumenau, Joinville, Chapecó, Lages, Araranguá, Caçador e Itajaí devem aderir aos protestos. A informação é da Central Única dos Trabalhadores de Santa Catarina (CUT-SC).

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No primeiro semestre de 2017, o Estado foi palco de outras três mobilizações, entre elas, a greve geral no fim de abril, que contou com o apoio de sete centrais sindicais estaduais. Na época, quatro categorias de trabalhadores, entre elas saúde, educação e transporte, aderiram ao movimento em pelo menos nove municípios catarinenses. Agora, a divisão de interesses dos representantes sindicais aponta para um adesão menor.

Apesar de não ter um levantamento oficial de quais sindicatos irão participar da mobilização, a CUT-SC antecipa que a principal articulação deve vir dos servidores municipais e da educação. Na Capital, por exemplo, os trabalhadores do transporte público também disseram que podem participar. A categoria pretende paralisar as atividades entre das 8h às 11h nesta sexta-feira. Apesar disso, a central afirma que a ideia do movimento é chamar a atenção de quem é a favor das reformas.

Além da mobilização contrária às reformas trabalhista e previdenciária, a CUT-SC também pede a saída do presidente Temer e a convocação de eleições diretas.