O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou na terça-feira (20) a soltura de dois presos pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro: o doleiro Júlio Cesar Pinto de Andrade e Paulo César Haenel, ex-executivos do Banco Paulista.

Os dois foram alvos da Operação Câmbio, Desligo, desdobramento da Lava Jato, que apura um amplo esquema de lavagem de dinheiro público desviado no Rio de Janeiro. A informação é da jornalista Mariana Oliveira da TV Globo (Brasília).

As prisões haviam sido determinadas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio.

Nos dois casos o ministro determinou a liberação, mas ordenou:

Pagamento de fiança no valor de R$ 200 mil;

Proibição de se ausentar do país, mediante a entrega de todos os seus passaportes em até 48 horas;

Proibição de manter contato com os demais investigados.

Argumentos do ministro

Paulo César Haenel foi preso em maio. A defesa afirma que as suspeitas sobre ele se referem a fatos que ocorreram há quatro anos e que não há acontecimento novo que justifique a prisão. Segundo os advogados, ele não tem mais nenhum vínculo com o banco, além de ter dois filhos e residência fixa, características que indicariam, de acordo com a defesa, pouca probabilidade de fuga.

Os advogados contam que em junho ele chegou a ser colocado em liberdade “por erro”, quando o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a segunda instância da Lava Jato no Paraná, revogou outra ordem de prisão. Mas que se apresentou à polícia, “em clara evidência de que não se furtará à aplicação da lei penal”.