O segundo maior asteroide a atingir a Terra nos últimos 30 anos passou despercebido. Ele explodiu acima do Mar de Bering, liberando uma energia equivalente a dez bombas de Hiroshima, segundo a NASA.
A BBC escreveu: Por volta do meio-dia, horário local, do dia 18 de dezembro, o asteroide atravessou a atmosfera a uma velocidade de 32 km/s, em uma trajetória íngreme de sete graus.
Medindo vários metros de tamanho, a rocha espacial explodiu 25,6 km acima da superfície da Terra, com uma energia de impacto de 173 quilotons.
“Isso foi 40% da liberação de energia do (asteroide de) Chelyabinsk, mas foi sobre o Mar de Bering, então não teve o mesmo tipo de efeito nem apareceu nas notícias”, disse Kelly Fast, gerente do programa de observação de objetos próximos à Terra da NASA.
A Força Aérea dos Estados Unidos informou pela primeira vez que havia detectado uma bola de fogo em seus satélites no ano passado, de acordo com a reportagem da BBC. A cientista da NASA Kelly Fast deu a notícia na 50ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária, no Texas, nesta semana.
Até 2020, a NASA pretende rastrear 90% dos objetos próximos à Terra com mais de 140 metros de diâmetro, mas é com as rochas menores que devemos nos preocupar. Não só elas são mais frequentes, como também podem ocorrer sem aviso prévio, como aconteceu com os eventos de 18 de dezembro e na cidade russa de Chelyabinsk. Rochas menores podem não ameaçar o globo inteiro, mas podem causar danos e ferimentos se atingirem áreas povoadas.
Ainda há muito mais trabalho a se fazer nesta frente, e existem várias soluções possíveis. A Near-Earth Object Camera (Câmera de Objetos Próximos à Terra), ou NEOCam, é uma missão espacial proposta para pesquisar objetos menores, mas ela não foi selecionada pela NASA para lançamento. Entretanto, caso algum dia os telescópios detectem um asteroide que ameace a Terra, os astrônomos já têm praticado qual seria o protocolo.
É um negócio perigoso, viver em um planeta em um Sistema Solar cheio de rochas e detritos.