No terceiro ano seguido com cortes no mercado formal de trabalho, o Brasil fechou 20.832 postos com carteira assinada em 2017. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho. O Rio de Janeiro foi o estado com o pior desempenho do país, com mais de 90 mil vagas formais fechadas.
Apesar do resultado negativo, o saldo do ano passado é melhor que o registrado em 2015 (fechamento de 1,5 milhão de vagas) e em 2016 (encerramento de 1,3 milhão de postos de emprego). Nesses três anos de destruição de postos de trabalho, o Brasil perdeu 2,8 milhões de empregos com carteira assinada.
No ano passado, foram registradas 14.635.899 admissões e 14.656.731 demissões no mercado formal brasileiro.
— Para nós, esse dado significa estabilidade de emprego. Nós tivemos oito resultados mensais positivos em 2017, ao contrário de 2015 e 2016 — disse Mário Magalhães, coordenador de estatística do Ministério do Trabalho.
Com o corte de vagas em 2017, o Brasil fechou o ano com um estoque de 38,29 milhões de empregos formais existentes. Esse é o estoque mais baixo desde o final de 2011, quando 38,25 milhões de pessoas ocupavam empregos com carteira assinada no país. Para Magalhães, a partir de agora, o país vai voltar a gerar empregos.
— A nossa expectativa é de que agora haja um ciclo de crescimento — afirmou.
A maior redução de vagas formais foi no setor da construção civil, que encerrou o ano com saldo negativo de 103.968 empregos com carteira assinada. A indústria de transformação apresentou redução de 19,9 mil postos de trabalho.
Por outro lado, o comércio liderou a geração de empregos com saldo positivo de 40.087 postos, representando reversão da tendência verificada nos anos de 2016 e 2015. Os setores da agropecuária (37.004) e dos serviços (36.945) também encerram o ano contratando mais que demitindo.