A conta de energia dos catarinenses vai ficar mais cara a partir de agosto, quando entra em vigor o reajuste anual da conta de luz da Celesc. Pelos números preliminares que estão sendo analisados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela definição do reajuste, a alta média deve ficar entre 10% e 13%, informa o presidente da empresa catarinense, Cleverson Siewert.
Segundo Cleverson, o número definitivo será divulgado pela agência cerca de 10 dias antes de entrar em vigor, mas o percentual não deverá ser muito diferente do que está sendo analisado. Todas as distribuidoras do país estão tendo reajustes anuais bem acima da inflação do ano passado (2,95%) porque a energia está mais cara em função da falta de chuvas e há mais custos de encargos setoriais.
“O custo da energia responderá por cerca de 50% da alta. A hidrologia está ruim. Isso faz com que tenha mais despacho de geração térmica, que é mais cara. Isso vem desde fevereiro. Basta ver que estamos tendo bandeira tarifária vermelha nos últimos meses”, explica Cleverson.
Os encargos também vão pesar. Representarão 35% da alta, informa o presidente da Celesc. Um encargo que ficou mais caro é a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que inclui pagamento de políticas públicas como o subsídio da conta de luz a mais pobres e outros. No ano passado, o reajuste médio da distribuidora de SC ficou em 7,8%, porque foi necessário pagar dívidas de transmissão de energia cobradas por empresas que se disseram prejudicadas ainda na MP 579 de 2012.
Os percentuais variam de acordo com cada classe consumidora, mas como a energia é cara, mais pessoas e empresas estão investindo em geração solar ou hidráulica para reduzir custos.