Ao mesmo tempo que subiu uma posição no ranking de competitividade, ficando na 80ª posição entre 137 países avaliados, o Brasil é o último colocado em termos de confiança da população na classe política, aponta relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial nesta terça-feira (26).

Manifestações convocadas por organizações contrárias ao governo ocorrem com tranquilidade na Esplanada dos Ministérios (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Pelo mundo, institutos parceiros do Fórum Econômico Mundial realizaram cerca de 15 mil entrevistas. No Brasil, a pesquisa foi realizada pela Fundação Dom Cabral, que ouviu 103 executivos entre março e maio deste ano.

O resultado colocou o Brasil em último lugar nos critérios que medem a confiança pública em políticos, confirmando a tendência de queda dos últimos anos. Em 2008, o país ficou em 122º entre 134 países examinados. Em 2013, ocupou a 136º colocação entre 148 economias analisadas.

A insatisfação do brasileiro rendeu resultados ruins também em outros setores: peso da regulamentações do governo (136º lugar); custos comerciais devido à criminalidade e à violência (132º); qualidade do sistema educacional (125º); efeito da tributação sobre incentivos para investir (136º); tempo para iniciar um empreendimento (133º); práticas de contratação e demissão (136º); efeito da tributação sobre os incentivos ao trabalho (137º); desvio de verba pública (134º); entre outros.

No ranking geral de competitividade, o Brasil subiu uma posição em comparação com o ano anterior. É a primeira alta em cinco anos. Em 2012, o país ocupava a 48ª colocação entre 144 países avaliados; em 2013, 56ª de 148); em 2014, 57ª de 144); em 2015, 75ª de 140; em 2016, 81ª de 138.