Instabilidade atingiu sistemas do BC que processam PIX

A noite desta sexta-feira (3) foi de complicações para quem precisava transferir dinheiro. Uma instabilidade nos sistemas do Banco Central (BC) que processam as transferências via PIX interrompeu o serviço por pouco mais uma hora.O problema, informou o BC, durou uma hora e 13 minutos e foi resolvido pouco antes das 22h. No entanto, os correntistas continuarão a ter dificuldades nas próximas horas por causa do fluxo represado de operações. “Os sistemas do Banco Central do Brasil responsáveis pelo processamento do PIX apresentaram instabilidade entre 20h32 e 21h45. A partir das 21h45 os sistemas voltaram a operar normalmente. Possíveis lentidões podem ainda ocorrer em função do acúmulo de transações durante o período de instabilidade”, informou o BC à imprensa.

Segundo o site Downdetector, que monitora reclamações de serviços, durante quase todo o dia, o Banco Central (BC), que administra o PIX, não enfrentou problemas. Às 20h38, o número de reclamações saltou de 0 para 11 naquele minuto. O número de queixas simultâneas saltou para 56 às 20h48 e para 194 às 21h46. Nos sites de bancos monitorados pelo Downdector, o padrão de reclamações está parecido, com as queixas disparando a partir das 20h40. A página acompanha as reclamações das seguintes instituições financeiras: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco, Santander, Inter e bancos digitais como Nubank, Next e C6 Bank, entre outros. Na maioria dos bancos, o volume de reclamações começou a cair por volta das 21h15, mas continua bastante acima da média. Na página do Banco Central, o pico ocorreu às 21h31, quando foram registradas 246 queixas simultâneas.

Moraes determina investigação contra senador Marcos do Val

Senador Marcos do Val
Foto: Agência Senado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta sexta-feira (3) a abertura de investigação para apurar as declarações do senador Marcos do Val (Podemos-ES) de que teria recebido uma proposta para participar de um golpe de Estado. Nesta semana, o senador declarou que participou de uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira, que tinha como objetivo induzir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a ”reconhecer” que ultrapassou as quatro linhas da Constituição com o ex-presidente da República.

Na determinação, Alexandre de Moraes alega que o senador apresentou versão diferente dos fatos ao ser ouvido pela Polícia Federal e, por isso, deve ser feita a investigação dos crimes de falso testemunho, calúnia e coação no processo. “Após a oitiva, o relator constatou que o senador apresentou quatro versões antagônicas sobre o fato, a última em depoimento à PF, o que demonstra a “pertinência e necessidade” da realização de diligências para o seu completo esclarecimento e para a apuração dos crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo”. O ministro ordenou ainda que os veículos de imprensa que conversaram com o senador encaminhem a íntegra das entrevistas, bem como solicitou o acesso a live realizada por Marcos do Val nas redes sociais.

Moraes concede liberdade provisória a ex-comandante da PM-DF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu ontem (3) liberdade provisória ao coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). Ele foi preso no dia 10 de janeiro por determinação de Moraes, a pedido da Polícia Federal (PF), que apontou a conivência e a omissão de autoridades locais durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro, que resultaram na depredação dos prédios públicos da Praça dos Três Poderes. Em sua decisão, Moraes considerou o relatório do ex-interventor federal de Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, que indica “em princípio” que Vieira não teria sido diretamente responsável pela falha das ações de segurança que resultaram nos atos criminosos. “Além de apontar que o investigado esteve presente na operação, foi ferido no combate direto aos manifestantes e não teve as suas solicitações de reforços atendidas”, diz o ministro.

“Assim sendo, […] o panorama processual que justificou a prisão preventiva do investigado não mais subsiste no atual momento, sendo possível conceder-lhe a liberdade provisória”, completou o ministro. Ainda segundo Alexandre de Moraes, o relatório de Cappelli reforça as alegações do ex-comandante, em depoimento à Polícia Federal, de que até o dia 12 de dezembro de 2022, os integrantes do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército vinham executando manifestações pacíficas. Nessa ocasião, entretanto, houve tentativa de invasão ao edifício-sede da PF e outros atos criminosos, como a depredação da 5ª Delegacia de Polícia e incêndios contra veículos e ônibus. Após esses atos, Vieira afirmou que, por duas vezes, a PM-DF tentou fazer a desmobilização do acampamento, com a atuação de cerca de 500 policiais militares, “mas não obtiveram êxito por solicitação do próprio Exército”. Como medida cautelar, Moraes determinou que o ex-comandante está proibido de deixar o Distrito Federal sem comunicação prévia ao STF, sob pena de nova prisão preventiva.

Torres diz que não sabe quem redigiu minuta de decreto apreendida

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres reafirmou, na quinta-feira (2), que planejava “descartar”, ou seja, destruir, o rascunho de um decreto presidencial que policiais federais apreenderam em sua casa no dia 10 de janeiro. Alvo de investigação por suspeita de omissão durante o ataque às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, Torres prestou depoimento ontem na Polícia Federal (PF).Torres, que é também ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, afirmou que a minuta de um decreto com o qual o presidente Jair Bolsonaro poderia estabelecer estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, então, invalidar o resultado das últimas eleições presidenciais, não tinha “viabilidade jurídica” para prosperar. “Não há a menor possibilidade de o ex-ministro ter redigido a minuta do decreto, que é inexequível [impraticável] e não tinha a menor viabilidade jurídica, com problemas que vão de atentados ao vernáculo [idioma] até erros técnicos. Enfim, é um documento mambembe, primário, ao qual falta concretude”, disse o advogado Rodrigo Rocca, um dos defensores de Torres.

Anderson Torres disse que não sabe quem redigiu o documento, nem como este chegou às suas mãos. Segundo o policial federal que registrou o depoimento, Torres disse “acreditar” que recebeu a minuta no seu antigo gabinete no Ministério da Justiça e Segurança Pública. E que o levou para casa junto com vários outros documentos vindos de “diversas fontes”. O ex-ministro afirmou que, ao analisar a minuta, considerou-a “totalmente descartável”, mas que, provavelmente, sua funcionária o encontrou sobre a mesa, recolheu-o junto com outros papéis em uma pasta que guardou na estante onde os policiais federais que cumpriam o mandado de busca e apreensão o encontraram. Torres negou que tenha apresentado o documento ao ex-presidente Jair Bolsonaro e afirmou que soube pela imprensa que outras pessoas tinham recebido cópia do texto.

“O documento não foi levado para ninguém. Foi encontrado na casa do ex-ministro, quase dois meses após a conclusão da eleição. Quer dizer, se este documento tivesse a finalidade que se pretendeu dar a ele, já não estaria mais na casa do Anderson Torres”, acrescentou hoje (3) o advogado Rodrigo Rocca. Para Rocca, o depoimento, que durou cerca de dez horas, foi uma oportunidade para Anderson Torres apresentar sua versão dos fatos. “Ao depor, ele [Torres] conseguiu ordenar os fatos, explicando inclusive alguns dos pontos levantados pelo interventor federal [Ricardo Cappelli] em seu relatório, cujos termos, aliás, vêm ao encontro das declarações do ex-ministro.”

O advogado antecipou que pretende pedir ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que revogue a prisão preventiva de Torres ou a substitua por outra medida preventiva. A intenção é apresentar o pedido na próxima segunda-feira (6) e, para Rocca, tem grandes chances de prosperar. “O quadro, hoje, é muito distinto do de quando a prisão preventiva do ex-ministro foi decretada. O doutor Anderson Torres veio dos Estados Unidos para prestar contas à Justiça, ofereceu entregar seu passaporte e franqueou acesso às senhas [com quem mantém] o sigilo telemático [de telecomunicações]”, afirmou Rocca. O advogado confirmou que, durante o depoimento desta quinta-feira, Torres informou ao delegado que, ao contrário do que tinha dito antes, não esqueceu seu aparelho celular nos Estados Unidos, mas sim o perdeu.

Delegado federal de carreira, Anderson Torres está preso desde o dia 14 de janeiro, quando retornou dos Estados Unidos, para onde viajou com a família, de férias, dois dias antes do ato antidemocrático de 8 de janeiro, que culminou com o ataque às sedes dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e com a destruição de instalações públicas e de parte do patrimônio histórico e artístico expostos. Torres chefiou o Ministério da Justiça e Segurança Pública até 31 de dezembro de 2022, quando o governo Bolsonaro chegou ao fim. Por indicação do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, assumiu, em 2 de janeiro, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal – cargo que já tinha ocupado entre 2019 e 2021, durante o primeiro mandato de Ibaneis. Quatro dias depois após assumir a secretaria distrital, e já tendo substituído os ocupantes de alguns dos principais cargos da segurança local, viajou de férias para os Estados Unidos. No dia 8, vândalos e golpistas que participavam de atos antidemocráticos invadiram e depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, evidenciando as falhas no esquema de segurança montado.

Audiência de custódia mantém prisão de Daniel Silveira

O ex-deputado federal Daniel Silveira passou por audiência de custódia, quando foi mantida sua prisão. “A ata está no processo sigiloso e não será divulgada”, informou o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi preso na manhã de ontem por descumprir regras da detenção domiciliar. A prisão ocorreu na casa de Silveira, em Petrópolis, na região serrana do estado do Rio de Janeiro. A ordem de prisão foi dada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, após o ex-deputado danificar a tornozeleira eletrônica que é obrigado a usar, e fazer novos ataques contra o Supremo e o sistema eleitoral brasileiro, em vídeos divulgados na internet e em discurso na Câmara dos Deputados. Na decisão, Moraes declarou que as condutas de Silveira “revelam o seu completo desprezo pelo Poder Judiciário”. Os agentes da Polícia Federal também cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do ex-deputado para recolher armas, munições, dinheiro em espécie, computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos ou materiais relevantes. O passaporte do ex-parlamentar também foi apreendido e cancelado, e a justiça determinou ainda a suspensão dos seus registros de armamento e portes de arma de fogo.

CGU contabiliza 234 casos de sigilo a serem revisados

A Controladoria-Geral da União (CGU) contabiliza 234 casos de pedidos de dados via Lei de Acesso à Informação (LAI) para serem revistos ou reanalisados. A medida decorre de determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela revisão das regras de sigilo de documentos da administração pública federal.

“A partir do despacho do presidente da República foi determinado que fizéssemos revisão e reanálise de casos envolvendo sigilo com base em fundamentos questionáveis, no sentido de banalizar o sigilo e prejudicar a política de transparência pública”, disse ontem (3) o ministro da CGU, Vinicius Carvalho, ao apresentar um balanço inicial dos resultados obtidos até o momento.

A determinação pela transparência de gastos federais já resultou na divulgação, em 12 de janeiro, de gastos com o cartão corporativo dos ex-presidentes da República entre 2003 e 2022. As informações liberadas abrangem os mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), Dilma Rousseff (2011-2016), Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019-2022).

Pedidos de acesso: De acordo com a controladoria, entre 2019 e 2022 foram registrados 511.994 pedidos de acesso à informação. Destes, 64.571 foram negados total ou parcialmente. “O que me chamou a atenção foi o fato de que, deste total, apenas 2.510 foram objeto de recurso para a CGU, o que revela que muita gente desiste ao longo do caminho, após ter o pedido inicial negado. Veja que a porcentagem de recursos feitos à CGU é menor do que 5%”, disse o ministro. Ainda segundo Carvalho, 1.335 dos cerca de 2,5 mil pedidos que foram objeto de recurso receberam uma negativa, como resposta ao pedido de acesso à informação.

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, e à direita a secretaria Nacional de Acesso a Informação, Ana Tulia Macêdo.
Joédson Alves/Agência Brasil

Justificativas: Dos 234 casos de pedidos de informação que serão analisados ou revisados pelo órgão, 111 apresentaram como justificativa o fato de envolverem segurança nacional; 35 apresentaram como justificativas questões envolvendo a segurança do presidente da República ou de seus familiares; 49 abrangiam informações consideradas pessoais; e 16 eram relativos à proteção das atividades de inteligência. Ainda segundo a CGU, 23 pedidos foram negados por “outros motivos”. “A partir de segunda-feira (6), quem demandou essas informações começará a receber o resultado das decisões da CGU”, informou o ministro. Carvalho explicou que os números apresentados “falam mais de quantitativo do que qualitativo”, e que dados quantitativos têm de ser olhados com cuidado, porque não dizem muito sobre a questão qualitativa. “Por isso, nos interessam mais os dados relativos aos argumentos apresentados do que números”, disse o ministro.

Retrocessos: Segundo o corregedor, o critério foi adotado porque “nos últimos anos testemunhamos alguns retrocessos importantes em relação ao acesso à informação e a toda politica de transparência de um governo aberto”. Tendo por base o material que está sob análise, ele avalia que o governo anterior acabou por “utilizar determinadas categorias para ampliar os sigilos, de forma a dificultar acesso à informação”. Ele usou como exemplo de categorias, as de segurança nacional e de proteção de dados pessoais para situações em que elas não se enquadram. “A transparência é decorrência lógica do princípio da publicidade de nossa constituição, que ajuda e muito no aprimoramento de politicas públicas e no monitoramento da ação governamental. É portanto algo instrumental.”

Casos sob análise: O ministro evitou falar de casos concretos, quando perguntado por jornalistas. Sua equipe, no entanto, enumerou exemplos que estão sob análise. Entre eles estão entradas e saídas de pessoas em prédios públicos; o assassinato da vereadora do PSOL Marielle Franco; gastos do ex-presidente Bolsonaro com motociatas; pagamentos de cachês de artistas feitos pela Caixa; casos de empréstimos consignados feitos por beneficiários do Auxílio Brasil; registros de armas de fogo; listas de passageiros em voos da Força Aérea; e compras publicas envolvendo Exército e Forças Armadas. O ministro lembrou que servidor público que não cumpre a lei de acesso à informação “é passível de responsabilização”, mas que a CGU terá todo cuidado para evitar injustiças ao fazer a análise das motivações de negativas de acesso à informação. “O que avaliamos é o argumento que foi dado”, disse.

Governo envia 40 voluntários da Força Nacional do SUS para Roraima

Ontem sexta-feira (3), 40 voluntários da Força Nacional do SUS desembarcam em Boa Vista (RR) para reforçar as ações de enfrentamento à situação de emergência em saúde pública que atinge a população yanomami. Entre os profissionais estão nutricionistas, farmacêuticos, assistentes sociais, médicos e enfermeiros. Eles vão compor nove equipes multidisciplinares focadas nos atendimentos prestados na Casa de Saúde Indígena (Casai) e também vão percorrer três polos de atendimento de saúde nos territórios indígenas de Auaris, Surucucu e Missão Catrimani. Os novos voluntários vão integrar equipes para atuar na busca ativa dos pacientes. Para isso, os profissionais vão passar por treinamentos específicos para casos de desnutrição e malária.

O Brasil tem 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis), para atendimento dessas populações. Dentro deles funcionam os polos de saúde indígena, normalmente compostos por agentes de saúde indígena e unidades básicas de saúde indígena. De acordo com o Ministério da Saúde, no Dsei yanomami, em Roraima, deveriam funcionar 31 polos, abrangendo a população de 30 mil indígenas. Entretanto, com avanço da ocupação ilegal de garimpeiros, quatro polos foram fechados e os demais tiveram suas estruturas e funcionamento comprometidos nos últimos anos.

Amazônia: garimpo ilegal em terras indígenas subiu 1.217% em 35 anos

A mineração ilegal em terras indígenas da Amazônia Legal aumentou 1.217% nos últimos 35 anos. De 1985 para 2020, a área atingida pela atividade garimpeira passou de 7,45 quilômetros quadrados (km²) para 102,16 km². De acordo com um estudo elaborado por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Universidade do Sul do Alabama, dos Estados Unidos, quase todo o garimpo ilegal (95%) fica em apenas três terras indígenas: a Kayapó, a Munduruku e a Yanomami. Os resultados do trabalho foram publicados na revista Remote Sensing.

Para identificar as regiões de mineração, os pesquisadores aproveitaram dados fornecidos pelo Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas). O MapBiomas reúne imagens obtidas por satélites, com resolução espacial de 30 metros. Uma das limitações da ferramenta, porém, é que, embora haja precisão para distinguir áreas de floresta de perímetros de mineração, ela não serve para reconhecer, por exemplo, uma região menor, em que o garimpo acontece. Pelo sistema, também não é possível apontar balsas usadas pelos garimpeiros. Por essa razão, os pesquisadores ressaltam que o resultado pode estar subestimado e que talvez a área afetada seja ainda mais extensa.

Preferência pelo ouro: A pesquisa destaca ainda que, em terras indígenas da Amazônia Legal, os garimpeiros buscam ouro (99,5%) e estanho (0,5%). A exploração se dá mais fortemente no território dos kayapó, que também convivem com o avanço de madeireiros e da siderurgia. Nesse caso, estima-se que, em 2020, a área ocupada pelos garimpeiros era de 77,1 km², quase 1.000% a mais que o registrado em 1985 – 7,2 km². Na Terra Indígena Munduruku, a atividade mineradora intensificou-se a partir de 2016, saltando de 4,6 km² para 15,6 km², em apenas cinco anos. O mesmo se repetiu em solo yanomami, onde o garimpo ilegal ocupava 0,1 km² em 2016 e subiu para 4,2 km² em 2010.

Os autores do estudo destacam que, em 2018, os yanomami viram a mineração ultrapassar, pela primeira vez, a marca de 2 km² e que, desde aquele ano, o aumento da ilegalidade gerou mais invasões e violações de direitos humanos. Conforme alerta o pós-doutorando Guilherme Augusto Verola Mataveli, da Divisão de Observação da Terra e Geoinformática do Inpe, o que geralmente ocorre na mineração praticada na Amazônia Legal, incluindo nas terras indígenas, é que o desmatamento precede o garimpo. Ou seja, sinais de desmatamento da floresta podem servir de indicativo para a ação de autoridades contra o garimpo ilegal. O artigo em inglês pode ser acessado aqui.

Risco de chuva forte em quase todas as Regiões do país

Muitas nuvens carregadas crescem sobre quase todos os estados brasileiros provocando fortes pancadas de chuva. A maior parte do país está coberta de ar úmido e quente, que permite a formação das grandes nuvens. O sistema de alta pressão atmosférica do Atlântico (ASAS) se aproximou da costa do Sudeste reduzindo a nebulosidade e as condições para chuva sobre o Espírito Santo, parte de Minas Gerais e da Bahia. A Zona de Convergência Intertropical espalha nuvens de chuva entre o Amapá e o Ceará. A presença de uma grande área de baixa pressão atmosférica e a circulação de ventos na média e alta atmosfera estimulam a formação de nuvens carregadas sobre o Sul do Brasil, Mato Grosso do Sul e São Paulo, aumentando o risco de temporais.

Previsão do tempo para  04/02/2023 -sábado

Sábado quente, com pancadas de chuva com raios e em todas as  Regiões do Brasil

Região Sul: Uma área de baixa pressão atmosférica atua na costa da Região Sul do Brasil e estimula a formação de muitas nuvens carregadas nos três estados. O sol predomina o dia todo e não chove apenas no oeste do Rio Grande do Sul. No centro, norte e leste do Paraná, pode chover a qualquer hora, mas ocorrem alguns períodos com sol. Nas demais áreas do Paraná, no centro, leste e sul de Santa Catarina e no litoral gaúcho ocorrem pancadas de chuva com raios, mas com períodos de sol. Para as outras regiões do Sul, a previsão e de sol e chuva isolada, sem raio.

Região Sudeste: O sistema de Alta Pressão Atmosférica do Atlântico (ASAS) deixa o Espírito Santo, o Centro, Norte e Leste de Minas Gerais com poucas nuvens e sol forte. Não chove nestas áreas. Para as demais regiões de Minas Gerais e no Rio De Janeiro, a previsão é de sol no decorrer do dia e pancadas de chuva com raios à tarde e em parte da noite. Pode chover forte no Sul do Rio de Janeiro, no Sul de Minas e no Triângulo Mineiro. O tempo fica mais instável no estado de São Paulo, com muitas nuvens desde cedo, alguns períodos com sol e pancadas de chuva com raios principalmente à tarde e à noite, mas pode chover um pouco já pela manhã. Cidade do Rio de Janeiro deve ser a capital mais quente do país e pode ter recorde de calor para este ano.

Região Centro-Oeste: Calor e muita umidade no Centro-Oeste neste sábado. A maioria das áreas da Região passa o dia com muitas nuvens, períodos com sol e pancadas de chuva com raios principalmente à tarde e à noite. Em Mato Grosso do Sul e no oeste de Mato Grosso, as nuvens ficam mais carregadas e pancadas de chuva podem ocorrer a qualquer hora. Tem risco de chuva forte e de raios em todo o Centro-Oeste.

Região Nordeste: A Zona de Convergência Intertropical influencia o norte do Nordeste. Os estados do Maranhão e do Piauí têm períodos com sol e pancadas de chuva com raios.  Chove várias vezes no decorrer do dia. Muito sol o dia todo no sudoeste da Bahia, no interior do Rio Grande do Norte, no sertão da Paraíba, Agreste de Pernambuco e no interior de Sergipe e de Alagoas. No oeste e noroeste da Bahia e no sertão de Pernambuco, o sol aparece e ocorrem pancadas de chuva com raios. No Ceará, pelo leste e litoral da Bahia, no litoral desde Sergipe até o Rio Grande do Norte, o sol aparece forte e chove rapidamente.

Região Norte: Áreas de instabilidade crescem sobre a Região Norte do Brasil, com a grande disponibilidade de ar quente e úmido. A proximidade da ZCIT – Zona de Convergência Intertropical – reforça a chuva sobre o Pará e o Amapá. Toda a Região Norte tem um dia com muitas nuvens, períodos com sol e pancadas de chuva com raios, que podem ocorrer a qualquer hora. Há risco de chuva forte.

Alertas meteorológicos para  04/02/2023 -sábado

  • Atenção para o risco de chuva moderada forte nas capitais Florianópolis, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Campo Grande, Cuiabá, Porto Velho, Rio Branco, Manaus, Macapá, Belém e São Luís
  • Alerta para temporais no norte do Paraná, no centro, oeste e noroeste de São Paulo, no Sul de Goiás, no centro, leste e norte de Mato Grosso do Sul, no sul e norte de Mato Grosso, no centro e norte de Rondônia, região de Rio Branco (Acre), no Amazonas (exceto no oeste do estado), no Amapá, litoral e sudoeste do Pará.
  • Atenção para chuva moderada a forte, com raios e ventos por vezes forte no litoral norte e na serra do Rio Grande do Sul, no centro, sul e leste de Santa Catarina, no centro, leste e noroeste do Paraná, no centro, sul, leste e norte de São Paulo, no sul do Rio de Janeiro, no Triângulo Mineiro e Sul de Minas, no oeste e sudeste de Mato Grosso do Sul, no centro, oeste e leste de Mato Grosso, em Goiás (exceto no sul do estado), no Distrito Federal, no Acre (exceto região de Rio Branco), no oeste do Amazonas, no sul de Roraima, no Pará (exceto no litoral e sudoeste do estado), no Tocantins, o Maranhão, sul e sudoeste do Piauí.
  • Atenção para chuva moderada na região de Recife

Dia Mundial de Combate ao Câncer busca conscientização sobre a doença

O Dia Mundial de Combate ao Câncer, celebrado hoje (4), reforça a importância da conscientização da sociedade sobre os vários tipos de câncer, como o do sangue. O destaque é para a leucemia, tema do Fevereiro Laranja. Em entrevista à Agência Brasil, o oncologista Otavio Baiocchi, professor do Departamento de Oncologia Clínica da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), diz que o câncer no sangue é diagnosticado por exames laboratoriais, principalmente hemograma, além de exames específicos adicionais.

As leucemias, em especial, podem ser divididas em agudas e crônicas. “O que muda é o tempo de evolução e o aparecimento de sintomas”, explica Baiocchi. Nas leucemias agudas, os sintomas e sinais surgem de maneira muito rápida. A doença aparece em qualquer faixa etária, mas é mais comum na infância e na adolescência. Por ser de rápida evolução, apresenta, em geral, alterações no hemograma de instalação rápida, como anemia, baixa de plaquetas, com risco de hemorragia, e baixa imunidade, com risco de infecção. Associado a isso, a pessoa pode ter dores ósseas, aumento de gânglios e do baço.

“Nas leucemias agudas, muitas vezes, o paciente vai para o pronto-socorro com uma dessas queixas: nariz que sangra, febre, fraqueza. E, no pronto-socorro, é identificada a possibilidade de uma leucemia aguda”. Já a leucemia crônica tem sintomas mais insidiosos, diz o oncologista. Pode apresentar os mesmos sinais, como anemia, mas de maneira mais lenta. Diferente da leucemia aguda, que acomete mais crianças, a leucemia crônica é doença de idosos, encontrada em pessoas com idade média a partir de 60 anos. Segundo Baiocchi, não há como prevenir as leucemias. “Talvez a melhor forma de prevenir seja disseminar o conhecimento, mas não existe nenhum exame de prevenção ou que sugira o aparecimento de uma leucemia.” Uma boa notícia é que, apesar de ser o câncer mais comum na infância, é o mais curável hoje. “A gente cura mais de 90% das crianças com leucemia. Isso vem acontecendo nos últimos dez anos, e cada vez mais”.

Baiocchi ressalta, porém, que o conhecimento e o diagnóstico precoce facilitam a cura. Todo o tratamento da leucemia é baseado até hoje em quimioterapia, tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede privada. Dependendo dos casos, a quimioterapia pode ser associada à imunoterapia. Não existe fator de risco para a leucemia, como são, por exemplo, o tabagismo e o alto consumo de álcool para outros tipos de câncer. “Não é uma doença hereditária. É adquirida na infância e na adolescência, mas sem causa definida. Até hoje não sabemos a causa da leucemia.” O médico defende a realização de campanhas de orientação, afirmando que, quanto mais se fala, menos mitos são criados. “É extremamente benéfico para a sociedade”. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima o surgimento de mais de 11 mil casos de leucemia no Brasil por ano, entre 2023 e 2025, englobando as populações infantis e adultas.

Maioria das mortes por tumores no Brasil atinge pessoas de baixa renda

Mais da metade das mortes por tumores no Brasil (55%) ocorre entre pessoas com baixa escolaridade e baixa renda, revela estudo do Observatório de Atenção Primária da Umane, com base no último levantamento do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde de 2020. A Umane é uma associação civil independente, sem fins lucrativos, voltada para a articulação e fomento de iniciativas de apoio ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo os dados do SIM, das 229.300 pessoas que morreram por neoplasias (malignas ou benignas) no Brasil em 2020, 126.555 (55%) tinham até 7 anos de estudo; 20% tinham entre 8 e 11 anos de escolaridade e 9,2% tinham entre 12 anos ou mais de estudo. Os dados mostram que a mortalidade é maior entre os que têm menos escolaridade e renda. A maioria (52%) das mortes por neoplasias (malignas ou benignas) são de homens e 48%, de mulheres, e 59,2% das vítimas têm mais de 65 anos de idade.

A melhoria global da qualidade de vida poderia evitar parte desses casos, afirma a diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Rafaela Alves Pacheco, que é médica sanitarista e professora da Universidade Federal de Pernambuco. “Os cânceres são múltiplos, mas têm uma relação muito próxima com a qualidade de vida, a organização das cidades, a preservação dos biomas, a alimentação, as condições emocionais, de trabalho e de acesso aos direitos humanos, assim como com a educação, o transporte, a qualidade de vida e os acessos à saúde. Todas essas perspectivas vão nos aproximar ou distanciar de um cuidado efetivo em relação aos cânceres de um modo geral”, diz Rafaela.

Para a especialista, a atenção primária à saúde, a medicina de família e comunidade podem melhorar esse quadro. “É preciso garantir o cuidado integral em saúde, a prevenção, a promoção e o acesso [a tratamentos] em qualquer situação do câncer. Então, é garantir o fortalecimento dos sistemas de saúde”, recomenda. Segundo a médica, o câncer não escolhe classe social, mas as populações pobres sofrem mais. “Em relação ao câncer, todas as classes sociais são atingidas, mas existem os rincões de pobreza e miséria. Então, é bastante diferente para quem é mais pobre e não tem acesso e, por conseguinte, acabam tendo maior incidência de cânceres, de um modo geral.” De acordo com a especialista, a solução são ações de equidade em saúde. “Precisa dar mais para quem precisa mais. Se temos populações que são mais vulneráveis aos cânceres, estas precisarão ter aporte de recursos e de providências sanitárias e sociais diferenciados. Nesse sentido, fortalecer o sistema universal de saúde é fortalecer a atenção primária, com as equipes de estratégia de saúde da família que estão mais próximas de onde as pessoas moram e trabalham.”

Pesquisa revela que covid-19 pode permanecer por longo tempo

Uma pesquisa realizada com brasileiros revela que quase 60% das pessoas que contraíram covid-19 desenvolveram a doença por longo tempo, com sintomas que permaneceram pelo menos por três meses após a fase aguda. Realizado pela Rede de Pesquisa Solidária em Políticas Públicas e Sociedade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estudo usou um questionário online destinado a pessoas que tinham contraído a doença. Para a análise, foram considerados 1.230 participantes que apresentaram  diagnóstico de covid-19 confirmado por teste PCR. Deste total, 720 pessoas mantiveram sintomas por três meses, ou mais, e 496 disseram que não estavam totalmente recuperados no momento da pesquisa. Os efeitos prolongados da doença foram mais frequentes entre os não vacinados.  Além disso, mais de 80% das pessoas com covid-19 longa demandaram serviços de saúde por causa da persistência dos sintomas.

Fadiga, ansiedade, perda de memória e queda de cabelo foram alguns dos principais sintomas apontados. Foram citados mais de 50 sintomas persistentes, agrupados em dez categorias: cardiovasculares/coagulação, dermatológicos, endócrino-metabólicos, gastrointestinais, músculoesqueléticos, renais, respiratórios, neurológicos e de saúde mental, além de sintomas gerais, como dor e tontura. Os resultados do estudo foram publicados em janeiro. Entre os pesquisadores que assinam a nota técnica, estão Claudio Maierovitch, Vaneide Pedi, Erica Tatiane da Silva e Mariana Verotti, da Fiocruz Brasília, além de Rafael Moreira e Marcos Pedrosa, da Fiocruz Pernambuco. A publicação analisa os sintomas da covid-19 longa no Brasil e o acesso ao diagnóstico e ao tratamento. “A falta de dados inviabiliza o desenho de estratégias para alertar a população sobre os riscos de desenvolver esta forma de covid-19 e de serviços de assistência para atender às pessoas que sofrem de sequelas prolongadas”, diz a equipe técnica responsável pela pesquisa.

O objetivo do estudo foi justamente contribuir para o preenchimento das lacunas desses dados. Protocolos de monitoramento de pacientes com sequelas persistentes, investimentos em atividades de reabilitação com abordagem multidisciplinar e atenção especial à covid-19 longa nas populações mais socialmente vulnerabilizadas estão entre as recomendações do documento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10% a 20% dos pacientes considerados livres do Sars-CoV-2 e da doença aguda podem apresentar covid-19 longa, isto é, entre 2,8 milhões e 5,6 milhões de brasileiros poderão precisar de cuidados de saúde por sofrer desta forma da doença. Tal condição refere-se a uma variedade de sintomas que permanecem ou até aparecem pela primeira vez até três meses após a infecção por Sars-Cov-2, sintomas que não podem ser explicados por outros motivos e que trazem prejuízos à saúde e à qualidade de vida.

Ministério da Saúde recebe 1,8 milhão de doses da CoronaVac

Mais 1,8 milhão de doses da CoronaVac foram entregues ontem (3) ao Ministério da Saúde pelo Instituto Butantan. O imunizante integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI) para a vacinação do público pediátrico no país contra a covid-19. A produção é feita a partir do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) importado da farmacêutica Sinovac, na China. Segundo o instituto, essas doses fazem parte do quarto contrato de compra de 10 milhões de doses, feito no início de 2022. A estimativa é que, para a imunização com as duas doses previstas no esquema vacinal primário de CoronaVac para crianças da faixa etária de 3 a 5 anos, são necessárias cerca de 12 milhões de vacinas contra a doença.

No primeiro contrato do Ministério da Saúde com o Butantan, em setembro do ano passado, foram entregues 1 milhão de doses para o público infantil, após a aprovação do uso da CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O segundo acordo ocorreu em novembro, com a entrega de mais 1 milhão de doses. Nesse momento, foi registrada a suspensão de vacinação pediátrica em alguns estados por falta de imunizante. No terceiro contrato, foram enviadas 750 mil doses no início de janeiro de 2023, já sob nova gestão no Ministério da Saúde. Em janeiro de 2022, a CoronaVac foi aprovada pela Anvisa para a população menor de 18 anos, de 6 a 17 anos; e, em julho, o imunizante foi liberado para crianças com idade entre 3 e 5 anos.

Prêmio Brasil Olímpico celebra o esporte brasileiro

O esporte brasileiro viveu uma noite de gala na última quinta-feira (2) com a entrega, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, do Prêmio Brasil Olímpico, que coroou os melhores atletas e treinadores do país na última temporada. E os destaques da cerimônia foram a ginasta Rebeca Andrade e o corredor Alison dos Santos, escolhidos como melhores atletas, respectivamente, no feminino e no masculino. Dona de duas medalhas olímpicas (uma de ouro no salto e uma de prata no individual geral) nos Jogos de Tóquio, a atleta do Flamengo teve um 2022 mágico, com a conquista de um ouro no individual geral e um bronze no solo no Mundial de Ginástica Artística disputado em Liverpool (Inglaterra). “É um orgulho representar a ginástica e o Brasil pelo mundo. Agradeço a toda equipe que esteve sempre ao meu lado para que voltasse em todas as vezes, realizar meus sonhos e objetivos após cada lesão, e ao Chico, meu treinador, que nunca largou minha mão. Ele é quase um pai para mim. Se não fosse por ele, não estaria aqui hoje”, declarou Rebeca.

Assim como a ginasta, Alison dos Santos conquistou o mundo, mas nos 400 metros com barreiras. Piu, como o atleta é conhecido, alcançou o feito nos Estados Unidos em prova na qual superou o detentor do recorde mundial Karsten Warholm. Além disso, o paulista garantiu, de forma invicta, o título da temporada 2022 da Diamond League (Liga Diamante), principal circuito de provas do atletismo do planeta. “Aqui estão os melhores entre os melhores. Parabenizo a todos que participaram disso comigo e fizeram parte da minha trajetória. Agradeço a todos os meus patrocinadores. Esse resultado é muito importante como atleta, de encontrar alguém na rua e ouvir que sou inspiração para pessoas, mesmo das que não praticam esportes, mas que me admiram e cresceram na vida depois de verem algo meu. Faço isso com orgulho, com vontade, vale a pena. Somos brasileiros e podemos conquistar o que a quisermos”, afirmou. Outro prêmio de grande significado foi o recebido pela ex-atleta Daiane dos Santos, que recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, concedido a alguém que represente os valores que marcaram a carreira e a vida do bicampeão olímpico no salto triplo, como ética, eficiência técnica e física, esportividade, respeito ao próximo, companheirismo e espírito coletivo.

O Prêmio Brasil Olímpico coroou os destaques de cada modalidade olímpica no ano de 2022.

Destaques por modalidade:

Águas Abertas – Ana Marcela Cunha
Atletismo – Alison dos Santos
Badminton – Ygor Coelho
Basquete 3×3 – Vitória Marcelino
Basquete 5×5 – Bruno Caboclo
Boliche – Stephanie Migliore Dubbio Martins e Roberta Camargo Rodrigues
Boxe – Beatriz Ferreira
Breaking – Luan dos Santos
Canoagem Slalom – Ana Sátila Vargas
Canoagem Velocidade – Isaquias Queiroz
Ciclismo BMX Freestyle – Gustavo de Oliveira
Ciclismo BMX Racing – Paola Reis Santos
Ciclismo Estrada – Ana Vitoria Magalhaes
Ciclismo Mountain Bike – Henrique Avancini
Ciclismo Pista – Alice de Melo
Desportos na Neve – Jaqueline Mourão
Desportos no Gelo – Nicole Silveira
Escalada Esportiva – Anja Köhler
Esgrima – Nathalie Moellhausen
Esqui Aquático – Felipe Simioni Neves
Futebol – Richarlison
Ginástica Artística – Rebeca Andrade
Ginástica de Trampolim – Alice Hellem Gomes
Ginástica Rítmica – Geovanna Santos da Silva
Golfe – Frederico Biondi Figueiredo
Handebol – Bruna Aparecida de Paula
Hipismo Adestramento – João Victor Oliva
Hipismo CCE – Carlos Eduardo Ramadam
Hipismo Saltos – Marlon Zanotelli
Hóquei sobre Grama – Arthur de Azevedo
Judô – Mayra Aguiar
Karatê – Douglas Brose
Levantamento de Peso – Laura Amaro
Natação – Guilherme Costa
Nado Artístico – Laura Miccuci
Patinação Artística – Bianca Corteze Ameixeiro
Patinação Velocidade – Guilherme Abel Rocha
Pentatlo Moderno – Isabela de Abreu
Polo Aquático – Letícia Belorio
Remo – Beatriz Cardoso
Rugby – Luiza Campos
Saltos Ornamentais – Ingrid de Oliveira
Skate – Rayssa Leal
Squash – Laura Souza Bezerra da Silva
Surfe – Filipe Toledo
Taekwondo – Milena Titoneli
Tênis – Beatriz Haddad
Tênis de Mesa – Hugo Calderano
Tiro com Arco – Marcus Vinicius D’Almeida
Tiro Esportivo – Geovana Meyer
Triatlo – Luisa Duarte
Vela – Martine Grael e Kahena Kunze
Vôlei de Praia – Duda Lisboa – Ana Patricia
Voleibol – Gabriela Guimarães
Wrestling – Laís Nunes

Mundial de Street: Rayssa, Pâmela e Gabi Mazetto avançam às semis

O Brasil terá cinco atletas nas semifinais do Mundial de skate street a partir das 8h (horário de Brasília) deste sábado, em Sharjah (Emirados Árabes Unidos). Campeã mundial da liga street e medalhista olímpica, Rayssa Leal estreou nesta sexta-feira (3), um dia após lesionar o pulso direito durante os treinos. A maranhense, de 15 anos, disputou com proteção no braço e avançou em 15º lugar. Pamela Rosa conseguiu a melhor classificação entre as brasileiras – passou em  6º lugar – e Gabi Mazetto na 10ª posição.  Na disputa feminina, o país contou ainda com a participação de Marina Gabriela, que ficou em último lugar nas quartas. No masculino, outros 16 skatistas garantiram vaga nas semifinais do Mundial. O medalhista olímpico Kelvin Hoefler se classificou em segundo lugar (nota 82.30), atrás apenas do norte-americano Jagger Eaton (85.01). Outro brasileiro, Giovanni Vianna, avançou na 15ª posição.

COB suspende Wallace

O Conselho de Ética do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) suspendeu de forma cautelar o jogador de vôlei Wallace Leandro de Souza, campeão olímpico pela seleção brasileira. O atleta tem a partir desta sexta-feira (3) cinco dias para apresentar sua defesa junto ao órgão. Na última segunda-feira (30), em postagem em sua conta no Instagram, Wallace publicou uma foto sua com arma calibre 12 e abriu uma enquete perguntando “Daria um tiro na cara do [presidente da república] Lula com essa 12?”. No parecer oficial o conselheiro-relator Ney Belo acolheu a representação da Advocacia-Geral da União (AGU) contra a conduta de Wallace, por promover, de forma pública, incitação ao crime.

“No caso em análise, as ofensas, as incitações ao crime e as ameaças – ainda que algumas delas veladas já que postas em forma de pergunta ou interpretáveis por se tratar de imagem – foram todas elas praticadas contra a autoridade máxima do país, que ocupa o posto em razão de processo eleitoral democrático e escorreito. Fica justificada processualmente, dessa forma, a intervenção da Advocacia Pública nesse feito. Assim, fica acolhida a participação processual da Advocacia Geral da União (AGU) nos termos solicitados”, diz um dos trechos do despacho assinado por Ney Belo.

O Sada Cruzeiro, clube onde o atleta joga na atual temporada, afastou e suspendeu o jogador  por tempo indeterminado, e exigiu que ele pedisse desculpas. Após a repercussão da postagem, Wallace apagou a publicação e se desculpou, dizendo que não quis “incitar a violência”. O documento do Conselho de Ética do COB enfatiza também a responsabilidade de atletas olímpicos perante a sociedade, em especial os campeões, pois sua conduta reflete na sociedade. “O atleta campeão olímpico exerce influência em toda a juventude, que através do esporte vê em seus ídolos um exemplo a ser seguido. Adolescentes observam o atleta com admiração e respeito, e talvez seja esse o único posto – salvaguardada a ficção no cinema – onde heróis são educativos, construtivos e fazem bem para o ideário de um povo”.

Em outro trecho do parecer, Ney Belo elenca estrelas do esporte nacional como exemplos de conduta. “Roberto Dinamite, Pelé, Maria Lenk, Esther Bueno não tiveram apenas a honra e a glória de serem campeões. Todos tiveram a responsabilidade de educar gerações que precisavam pautar-se por princípios éticos e morais para seguirem na luta pela construção de uma sociedade melhor para todos, não obstante as opções políticas de cada um”. Entre as punições para práticas como a de Wallace, está o banimento do atleta do esporte olímpico e pagamento de multas de até R$ 100 mil.

Sul-Americano Sub-20: Brasil vence a Venezuela e se mantém na liderança do hexagonal final

O Brasil não fez um bom primeiro tempo, mas voltou do intervalo inspirado e bateu a Venezuela por 3 a 0 nesta sexta-feira, pela segunda rodada do hexagonal final do Campeonato Sul-Americano Sub-20. Vitor Roque e Andrey voltaram a marcar, e Pedrinho, que saiu do banco, também deixou o dele na vitória que mantém a Seleção comandada por Ramon Menezes na liderança – e perto da vaga no Mundial da categoria.

Flamengo realiza primeira atividade no Marrocos

O Flamengo já está no Marrocos para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa. Apesar da longa viagem, a delegação rubro-negra já realizou sua primeira atividade nesta sexta-feira (3). Após se instalar no hotel, os atletas fizeram um trabalho regenerativo na academia.A próxima atividade da equipe comandada pelo técnico português Vitor Pereira será realizada neste sábado (4) no Estádio Prince Moulay El Hassan. Também no sábado, mas a partir das 11h30 (horário de Brasília), o Flamengo conhecerá seu adversário na semifinal da competição, que sairá do confronto entre Al Hilal (Arábia Saudita) e Wydad Casablanca (Marrocos). A estreia do Rubro-Negro no Mundial de Clubes será a partir das 16h da próxima terça-feira (7) no Estádio Ibn Batouta, em Tânger (Marrocos). Um dia depois, o Real Madrid (Espanha) pega o vencedor de Seattle Sounders (Estados Unidos) e Al Ahly (Egito).

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – Climatempo

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