Presidente do TSE defende sistema eleitoral  

Dois dias depois das manifestações de 7 de setembro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, rebateu as suspeitas levantadas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. Barroso falou sobre o assunto ao discursar na abertura da sessão da corte na manhã desta quinta-feira (9). “Todos sabem que não houve fraude e quem é o farsante nessa história”, afirmou Barroso. “Quando fracasso bate à porta, é preciso encontrar culpados.” O ministro disse que “o populismo vive de arrumar inimigos para justificar o seu fiasco. Pode ser o comunismo, pode ser a imprensa, podem ser os tribunais”.

Urnas: Ao defender as urnas eletrônicas, Barroso insistiu que as eleições brasileiras são seguras, limpas, democráticas e auditáveis. Numa referência ao discurso de Bolsonaro a apoiadores no 7 de setembro, quando o presidente defendeu a “contagem pública de votos”, Barroso argumentou que isso seria “como abandonar o computador e regredir, não à máquina de escrever, mas à caneta tinteiro”. “Seria um retorno ao tempo da fraude e da manipulação. Se tentam invadir o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, imagine-se o que não fariam com as seções eleitorais”, observou o presidente do TSE. Luís Roberto Barroso lembrou ainda que as urnas não entram em rede e não são acessíveis remotamente. “Podem tentar invadir os computadores do TSE e obter dados cadastrais, ataques de negação de serviço aos sistemas, mas nada disso é capaz de comprometer o resultado das eleições”, garantiu.

Retórica: Ainda segundo Barroso, começa a ficar cansativo no Brasil ter que “repetidamente desmentir falsidades, para que não sejamos dominados pela pós-verdade, pelos fatos alternativos, para que a repetição da mentira não crie a impressão de que ela se tornou verdade. É muito triste o ponto a que chegamos”, declarou. Ainda sobre declarações do presidente contra o Judiciário nos atos da última terça-feira, o ministro classificou as falas como “retórica vazia, política de palanque”. “Insulto não é argumento. Ofensa não é coragem. A incivilidade é uma derrota do espírito. A falta de compostura nos envergonha perante o mundo”, criticou.

Na avaliação de Barroso, a “marca Brasil” sofre neste momento uma desvalorização global. “Não é só o real que está desvalorizando. Somos vítima de chacota e de desprezo mundial. Um desprestígio maior do que a inflação, do que o desemprego, do que a queda de renda, do que a alta do dólar, do que a queda da bolsa, do que desmatamento da Amazônia, do número de mortos pela pandemia, do que a fuga de cérebros e de investimentos. Mas pior de tudo. A falta de compostura nos diminui perante nós mesmos. Não podemos permitir a destruição das instituições para encobrir o fracasso econômico, social e moral que estamos vivendo”, afirmou. Luís Roberto Barroso destacou ainda que o mundo vive um processo de “recessão democrática” e que teme que isso afete o Brasil. “É desse clube que nós não queremos que o Brasil faça parte”, afirmou. Barroso fez ainda uma metáfora com a passagem bíblica João 8:32. “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”. “O slogan para o momento brasileiro, ao contrário do propalado, parece ser: “Conhecerás a mentira e a mentira te aprisionará”, ressaltou o ministro.

Presidente do TSE anuncia criação da Comissão de Transparência

Após discurso em defesa da segurança e confiabilidade das urnas eletrônicas brasileiras, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, anunciou nesta quinta-feira (9) a criação e composição da Comissão de Transparência das Eleições (CTE). O grupo foi criado, por meio de portarias publicadas pela corte hoje, para “ampliar a transparência e a segurança de todas as etapas de preparação e realização das eleições”. Na primeira etapa, a comissão analisará o plano de ação do TSE para a ampliação da transparência do processo eleitoral. Já na segunda fase, acompanhará e fiscalizará as fases de desenvolvimento dos sistemas eleitorais e de auditoria do processo eleitoral, podendo opinar e recomendar ações adicionais para garantir a máxima transparência.

Barroso lembrou que, um ano antes das eleições, no dia 4 de outubro, a partir das 14h, o TSE fará a abertura do ciclo de transparência eleitoral, a um ano das eleições de 2022. Segundo o ministro, na presença de todos os integrantes da Comissão de Transparência das Eleições, de todos os presidentes de partidos políticos e dos ministros da Corte Eleitoral, haverá, na ocasião, uma exposição didática do sistema, visita à sala onde ficarão os códigos-fontes à disposição dos partidos e dos integrantes da comissão. “Aqui não se faz nada às escondidas. É tudo transparente e aberto pelo bem da democracia brasileira”, ressaltou Barroso.

Integrantes: Participam do grupo o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), o ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), o general Heber Garcia Portella, comandante de Defesa Cibernética, pelas Forças Armadas, a conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Luciana Diniz Nepomuceno, o perito criminal Paulo César Hermann Wanner, do Serviço de Perícias em Informática da Polícia Federal, e o vice procurador-geral eleitoral Paulo Gustavo Gonet Branco, pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

O grupo conta ainda com especialistas em tecnologia da Informação e representantes da sociedade civil. Na lista, estão André Luís de Medeiros Santos, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Bruno de Carvalho Albertini, professor da Universidade de São Paulo (USP); Roberto Alves Gallo Filho, doutor pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Ana Carolina da Hora, pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-DireitoRio); Ana Claudia Santano, coordenadora-geral da Transparência Eleitoral Brasil; e Fernanda Campagnucci, diretora-executiva da Open Knowledge Brasil. Além da comissão, Luís Roberto Barroso, também instituiu hoje o Observatório da Transparência das Eleições (OTE) para ajudar a Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e, com o TSE, nas tarefas de ampliar a transparência de todas as etapas do processo eleitoral, aumentar o conhecimento público sobre o sistema brasileiro de votação e resguardar a integridade do processo eleitoral.

Bolsonaro diz que Barroso não convence ninguém sobre urna eletrônica horas após nota de recuo

Horas após sinalizar recuo de investidas golpistas e dizer que respeita as instituições, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o voto impresso nas eleições, mudança já rejeitada pela Câmara dos Deputados. Ele ainda disse que “palavras bonitas” do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, não convencem ninguém. “Palavras bonitas, que sei que o ministro Barroso tem, dada a sua formação de jurista, diferente da minha, que tem palavrão de vez em quando, mas não convence ninguém”, disse Bolsonaro nesta quinta-feira (9) em transmissão nas redes sociais. Mais cedo, Bolsonaro divulgou nota na qual recua e afirma que não teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes”.

O presidente, porém, passou os últimos dois meses promovendo ataques ao STF e xingamentos a alguns de seus ministros como estratégia para convocar seus apoiadores para os atos de raiz golpista do 7 de Setembro. Em outro trecho da transmissão, quando afirmava que estava aberto ao diálogo com os Poderes, o presidente disse que pode conversar até mesmo com Barroso. “Ainda que hoje ele deu um cacete lá em mim.” Bolsonaro se referia à fala de Barroso na manhã desta quinta-feira (9). O presidente do TSE e ministro do Supremo chamou o mandatário de farsante por investidas contra as urnas eletrônicas.

“Todas pessoas de bem sabem que não houve fraude e quem é o farsante nessa história”, afirmou Barroso. “Quando fracasso bate à porta, é preciso encontrar culpados”, completou. Bolsonaro ainda fez insinuações de cunho homofóbico ao comentar que Barroso anunciou a criação de comissão para tratar da transparência e segurança nas eleições. “Se anuncia que está anunciando novas medidas protetivas por ocasião das urnas é porque elas têm brecha. É porquê, Barroso, elas são penetráveis. Entendeu, Barroso? Ministro Barroso, entendeu? As urnas são penetráveis, as pessoas podem penetrar nelas”, disse o presidente, em tom de deboche. Bolsonaro também fez comentários homofóbicos em outro trecho da transmissão, quando citou fala do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, agora secretário de Projetos e Ações Estratégicas do estado de São Paulo.

Bolsonaro recua e elogia ministro

Pressionado por 131 pedidos de impeachment e uma paralisação de caminhoneiros com reflexos na economia, o presidente Jair Bolsonaro recuou nesta quinta-feira, 9, do tom adotado nos discursos nos atos de 7 de Setembro e divulgou nota em que chegou até mesmo a elogiar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Há dois dias, Bolsonaro chamou Moraes de “canalha” e prometeu desobedecer decisões do magistrado. Agora, disse que as declarações foram feitas no “calor do momento” e que não teve “nenhuma intenção e agredir quaisquer dos Poderes”. O texto da nota foi elaborado com a ajuda do ex-presidente Michel Temer, que Bolsonaro mandou buscar em São Paulo para uma reunião no Palácio do Planalto. “A harmonia entre eles (Poderes) não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”, inicia o texto assinado pelo presidente (leia a íntegra abaixo).

As ameaças antidemocráticas do presidente no 7 de Setembro resultaram em resposta dura do Supremo no dia seguinte. O presidente da Corte, Luiz Fux, afirmou que as ameaças do chefe do Executivo representam um “atentado à democracia”, que, se levadas adiante, configuram “crime de responsabilidade”. “Ninguém fechará esta Corte”, ressaltou. A insistência de Bolsonaro em alimentar a crise institucional também ajudou a debilitar ainda mais a economia. Apenas na quarta-feira, as empresas com ações na Bolsa perderam R$ 195,3 bilhões em valor de mercado. Na quinta-feira, em um movimento súbito após o recuo do presidente, a Bolsa brasileira (B3) fechou com alta de 1,72% e o dólar, em queda.

Na reunião com Temer, que durou cerca de quatro horas, o ex-presidente propôs que Bolsonaro fizesse um gesto de pacificação entre os Poderes, avaliando que somente isso poderia evitar que a crise se tornasse incontrolável. Temer lembrou que precisou lidar com uma greve dos caminhoneiros em 2018 e que o País quase parou por causa disso. O Estadão apurou que Bolsonaro conversou com Moraes por telefone e avisou que divulgaria a nota. Ministros do Supremo, porém, adotaram nesta quinta-feira um tom de cautela e atribuíram o recuo do presidente em relação às ameaças da véspera por “medo de algo” e preferem esperar para ver se a “bandeira branca” se manterá erguida.

PRF libera 35 pontos de bloqueio de caminhoneiros

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou na tarde de hoje (9) ter liberado 35 pontos de bloqueio e manifestações nas rodovias do país. Esses pontos incluem bloqueio parcial, bloqueio total e concentrações de manifestantes. Segundo a corporação, 2 mil policiais e cinco aeronaves trabalham para liberar as estradas bloqueadas por caminhoneiros. Um movimento de caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro teve início um dia depois das manifestações pró-governo ocorridas na terça-feira (7). Parados nas estradas, eles pedem o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e a destituição de ministros da Corte, além de intervenção militar. Agora à tarde, em nota conjunta com o Ministério da Infraestrutura, a PRF informou que, às 17h, eram registrados pontos de concentração em rodovias federais de dez estados, com pontos isolados em outros cinco.

“A Região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) segue concentrando mais da metade das ocorrências registradas neste início da tarde. Aglomerações ainda seguem nos estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pará, Mato Grosso, Goiás e Tocantins. Com um único ponto seguem Maranhão, Minas Gerais, Roraima, Piauí e Rio de Janeiro”, conclui a nota. Na noite de ontem (8), Bolsonaro divulgou áudio pedindo aos seus apoiadores que liberassem as pistas. “Fala para os caminhoneiros que são nossos aliados que esses bloqueios atrapalham nossa economia. Isso provoca desabastecimento e inflação. Prejudica todo mundo, em especial os mais pobres. Dá um toque para os caras, para liberar, para a gente seguir a normalidade”, disse o presidente.

Caminhoneiros começam a deixar a Esplanada e governo do DF espera reabrir vias nesta sexta

Caminhoneiros que protestam há três dias na Esplanada dos Ministérios começaram a deixar o local na tarde desta quinta-feira, 9. De acordo com nota da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, “a maior parte das estruturas e dos caminhões foram retirados do local”. A Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que há um “avanço das tratativas” para a desocupação dos caminhoneiros e que “a previsão é que as vias N1 e S1 – entre a Catedral e a Avenida José Sarney – sejam desobstruídas” até a sexta-feira. “O acesso à Praça dos Três Poderes segue restrito, protegidos por gradil e por policiais militares”, informou a secretaria sobre a previsão. Os protestos dos caminhoneiros, que contaram com bloqueios em vários Estados, começaram durante as manifestações do 7 de Setembro convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro. A pauta dos manifestantes é a defesa do governo federal e contra o Supremo Tribunal Federal (STF), em especial o ministro Alexandre de Moraes.

A saída de alguns caminhoneiros da Esplanada aconteceu logo após o próprio presidente recuar das ameaças feitas ao Supremo durante as manifestações. Há dois dias, chamou Moraes de “canalha” em discurso feito do alto de um carro de som na Avenida Paulista, em São Paulo, e prometeu desobedecer decisões do magistrado. Em nota divulgada nesta quinta-feira, porém, disse que as declarações foram feitas no “calor do momento”, que não teve “nenhuma intenção e agredir quaisquer dos Poderes” e chegou a elogiar Moraes. Em outro recuo, na noite desta quarta-feira, 8, Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, enviaram mensagens pedindo aos caminhoneiros para interromperem as paralisações. Na mensagem, Bolsonaro trata os caminhoneiros como “aliados” e apela para que os manifestantes desobstruam as vias porque “atrapalha nossa economia”.

O chefe do Poder Executivo se reuniu na tarde de hoje com líderes da categoria, como Francisco Dalmora Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, para negociar o fim das paralisações. Após o encontro, Burgardt indicou que o os manifestantes devem continuar mobilizados até representantes serem recebidos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). A intenção do grupo é pressionar o chefe do Congresso a abrir processo de impeachment contra Moraes. Um pedido apresentado pelo chefe do Executivo no mês passado foi rejeitado por Pacheco. No boletim divulgado às 20h30 desta quinta, o Ministério da Infraestrutura informou que não há mais bloqueios em rodovias. No entanto, a pasta disse que ainda eram registrados pontos de concentração em rodovias federais de 14 Estados.

STF suspende novamente julgamento sobre terras indígenas

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu novamente o julgamento que analisa a validade da tese sobre o marco temporal para demarcações de terras indígenas. A sessão será retomada na quarta-feira (15). Há duas semanas, o STF julga o processo sobre a disputa pela posse da Terra Indígena (TI) Ibirama, em Santa Catarina. A área é habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani e a posse de parte da TI é questionada pela procuradoria do estado. No caso, os ministros discutem o chamado marco temporal. Pela tese, defendida por proprietários de terras, os indígenas somente teriam direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial nesta época.

Na sessão de hoje (9), o relator da ação, ministro Edson Fachin, se manifestou contra a tese do marco temporal. Para o ministro, a proteção constitucional aos indígenas independe do marco ou disputa judicial na data da promulgação da Constituição. Em seguida, o ministro Nunes Marques, segundo a votar, iniciou a leitura de seu voto, mas não houve tempo para conclusão antes do horário estabelecido para a sessão. Nas sessões anteriores, entidades se manifestaram contra e a favor ao marco temporal. O processo tem a chamada repercussão geral. Isso significa que a decisão que for tomada servirá de baliza para outros casos semelhantes que forem decididos em todo o Judiciário.

Câmara aprova texto-base do novo código eleitoral

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (9) o projeto de lei complementar que estabelece o novo Código Eleitoral. O texto-base foi aprovado por 378 votos favoráveis e 80 contrários. O documento tem quase 900 artigos e reformula a legislação partidária e eleitoral. Parlamentares continuarão a análise de destaques na próxima semana. Para que entre em vigor nas eleições de 2022, o texto deve ser aprovado até o final de setembro por Câmara e Senado. Segundo a relatora, deputada Margarete Menezes (PP-PI), a proposta tem por princípio diminuir a judicialização das eleições no país. “É preciso resgatar o protagonismo popular na escolha de seus representantes. A judicialização excessiva, não raro, implica a substituição das preferências políticas dos cidadãos por escolhas de pessoas não responsivas à sociedade”, disse a deputada. Mudanças

O texto prevê a autorização de candidaturas coletivas em cargos de deputado e vereador. Inovação na atividade política, esse tipo de candidatura é caracterizado pela tomada de decisão coletiva quanto ao posicionamento do eleito nas votações e encaminhamentos legislativos. A proposta proíbe a divulgação de pesquisas eleitorais na véspera e no dia do pleito. Além disso, prevê a obrigação dos institutos de informar o percentual de acerto das pesquisas realizadas nas últimas cinco eleições. A matéria reduz de cinco para três anos o prazo para a Justiça Eleitoral julgar as prestações de contas, que passam a ser processos administrativos. Já a multa por irregularidade em prestação de contas passa a ser 5% do valor irregular, e não mais 20%, como é atualmente.

O novo código eleitoral ainda estabelece o limite de oito anos para perda dos direitos políticos com base na Lei da Ficha Limpa. Hoje, o tempo pode ser maior em virtude da judicialização. O projeto ainda determina que os votos em mulheres, indígenas e negros valem por dois para efeitos da distribuição dos recursos do Fundo Eleitoral. A medida tem o objetivo de aumentar a participação dessas populações na política. O projeto altera também as regras de fidelidade partidária, estendendo para governadores, prefeitos e presidente a obrigação de permanecer na legenda após a eleição. Atualmente, apenas parlamentares devem cumprir fidelidade partidária.

Um dos destaques já aprovados pelos parlamentares limitou a mudança de legenda apenas ao final do mandato, antes da  eleição seguinte. Pelo texto da relatora, a mudança poderia ocorrer de dois em dois anos. Além disso, o novo código aumenta de cinco para dez o número mínimo de parlamentares de partidos na Câmara para garantir a vaga de candidatos nos debates eleitorais no rádio e na televisão. Outro dispositivo estabelece mecanismos contra a divulgação de fake news (notícias falsas) nas eleições ao autorizar a Justiça Eleitoral a suspender perfis identificados como robôs nas redes sociais durante o pleito. Outro artigo impõe quarentena para policiais que forem disputar uma vaga eletiva – eles precisarão deixar o cargo cinco anos antes da eleição. A nova regra terá validade a partir de 2026. Inicialmente, a proposta incluía militares, policiais, juízes e membros do Ministério Público, mas essas categorias foram retiradas pelos deputados.

Covid-19: Brasil registra 30.891 casos e 753 mortes em 24 horas

Em 24 horas, foram registrados 30.891 novos casos de covid-19 e 753 mortes em decorrência da doença em todo o Brasil. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde em seu balanço diário, publicado nesta quinta-feira (9). Não foram incluídos os dados de hoje de Roraima e de Rondônia.

Boletim epidemiologico 09.09.2021

Com as novas mortes, 585.174 pessoas perderam a vida para a doença desde o início da pandemia. Segundo o Ministério da Saúde, o país ficou com a média móvel de mortes (total de óbitos em uma semana dividido por sete dias) de 543, a menor desde 6 de dezembro. Ainda há 3.481 falecimentos em investigação. Nessas situações, os diagnósticos dependem de resultados de exames concluídos apenas após o paciente já ter morrido.

Com os novos casos, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus chegou a 20.958.899. A média móvel de casos está em 20,1 mil, a menor desde o início do ano conforme o Ministério da Saúde. Ainda há 371.163 casos em acompanhamento. O nome é dado ao número de casos ativos de pessoas que tiveram o diagnóstico confirmado e estão sendo atendidas por equipes de saúde ou se recuperando em casa. O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 ultrapassou os 20 milhões, totalizando 20.002.562. Isso corresponde a 95,4% das pessoas infectadas no Brasil desde o início da pandemia.

Estados

No topo do ranking de mortes por estado estão São Paulo (146.828), Rio de Janeiro (63.545), Minas Gerais (53.424), Paraná (37.904) e Rio Grande do Sul (34.400). Os estados com menos mortes são Acre (1.815), Roraima (1.958), Amapá (1.960), Tocantins (3.706) e Sergipe (6.002).

Brasil recebeu mais 1,1 milhão de doses de vacina da Pfizer

O Brasil recebeu na noite de ontem (9) mais um lote de vacinas da Pfizer, com 1.134.900 doses. Os imunizantes chegaram no aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas (SP), em um voo da UPS. As vacinas agora serão transportadas para o depósito do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP). Estavam previstas as chegadas hoje de dois lotes de vacinas da Pfizer, o 67º e o 68º. No entanto, o primeiro, que viria em um voo da Latam Cargo, que traria 1,52 milhão de doses, foi remanejado para amanhã, e deverá chegar na madrugada, por volta das 3 horas.

De acordo com a Pfizer, até o próximo dia 12, a empresa deverá totalizar a entrega de 72 lotes dos imunizantes, com cerca de 72 milhões de doses da vacina. Segundo a empresa, serão entregues 200 milhões de doses do imunizante ao país até o final de 2021, por meio de dois contratos de fornecimento da vacina. O primeiro, fechado com o Ministério da Saúde, em 19 de março, prevê a entrega de 100 milhões até o final de setembro. Já o segundo, assinado em 14 de maio, prevê mais 100 milhões de doses entregues entre outubro e dezembro.

SC: Estado confirma 1.166.156 casos, 1.138.632 recuperados e 18.879 mortes

Santa Catarina tem 1.166.156 pacientes com teste positivo para Covid-19, dos quais 1.138.632 estão recuperados e 8.645 permanecem em acompanhamento. O número foi divulgado nesta quinta-feira, 9. Até esta data, 18.879 mortes foram causadas pelo coronavírus. A taxa de letalidade atual é de 1,62%.

Houve uma redução de 554 no número de casos ativos e há 26 óbitos adicionais em relação ao último boletim. Aos casos confirmados se somaram 1.642, enquanto a estimativa de recuperados aumentou 2.170.

>>> Confira aqui o boletim diário desta quinta-feira, 9
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

O Governo do Estado estima que haja 40 municípios sem casos ativos. A região com a maior quantidade de casos ativos hoje, proporcionalmente à população, é a Oeste, que tem 251 para cada 100 mil habitantes. Em seguida, estão Xanxerê (239) e Nordeste (197). As que menos têm são Alto Uruguai Catarinense (54), Carbonífera (62) e Médio Vale do Itajaí (74). A taxa de ocupação dos leitos de UTI Adulto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina é de 63,8%. Isso significa que, dos 1.520 leitos existentes no estado para adultos, 970 estão ocupados, sendo 407 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19.

Polícia Militar auxilia na liberação da SC-407 e restabelece distribuição de combustíveis

A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), por meio da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), acompanhou, na tarde desta quinta-feira, 9, o desbloqueio da rodovia SC-407, entre Biguaçu e Antônio Carlos, que dá acesso a uma unidade da Petrobras. A liberação ocorreu baseada em decisão liminar obtida pelo Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis), sem necessidade de uso da força. A decisão foi da juíza substituta Luciana Santos da Silva. “Após negociações com os caminhoneiros que faziam o bloqueio do trevo de acesso à base da Petrobras em Biguaçu, conseguimos liberar a saída dos caminhões-tanque. Em breve, acreditamos que o abastecimento na região da Grande Florianópolis esteja resolvido. Agora dependerá apenas da logística das empresas distribuidoras”, explicou o comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar Rodoviária, tenente-coronel Marcus Vinicius dos Santos.

Foto: Divulgação/PMSC

O Governo do Estado instalou na noite desta quarta-feira, 8, um Centro de Operações e Controle para planejar e executar ações visando a manutenção dos serviços essenciais face à existência de bloqueios em rodovias. Na manhã desta quinta-feira, 9, o governador se reuniu com as forças de segurança estaduais, Defesa Civil, Polícia Rodoviária Federal, Procon, Ministério Público do Estado de Santa Catarina (MPSC) e Ministério Público Federal (MPF) para alinhar a atuação conjunta a fim de restabelecer a normalidade nas rodovias e a livre circulação de pessoas, bens e insumos em todo o estado. Em coletiva no fim da manhã desta quinta, o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perífica Oficial, coronel Charles Alexandre Vieira, garantiu que as forças de segurança atuariam em conjunto, pelas vias adequadas a cada situação, para desmobilizar os pontos de bloqueio. “Essa ação é em defesa de todos os catarinenses. Vamos desbloquear todos esses pontos e garantir que as pessoas que não queiram fazer parte desse movimento possam circular livremente”, afirmou o coronel Vieira, em entrevista coletiva após a reunião.

Estado confirma mais 1.820 casos e 52 óbitos em decorrência da Covid-19

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quinta-feira (9) mais 1.820 casos confirmados e 52 mortes referentes aos meses ou semanas anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas, em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Há ajustes ao final do texto. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 1.466.567 casos confirmados e 37.685 mortos pela doença. Os casos confirmados divulgados nesta data são de setembro (1.381), agosto (278), julho (24), junho (94), maio (42) e março (1).

INTERNADOS – 897 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados. São 616 pacientes em leitos SUS (366 em UTI e 250 em leitos clínicos/enfermaria) e 281 em leitos da rede particular (139 em UTI e 142 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 1.434 pacientes internados, 726 em leitos UTI e 708 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos da rede pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A Sesa informa a morte de mais 52 pacientes. São 20 mulheres e 32 homens, com idades que variam de 13 a 90 anos. Os óbitos ocorreram entre 19 de abril a 8 de setembro de 2021. Os pacientes que foram a óbito residiam em: Londrina (12), Cascavel (6), Pinhais (3), Curitiba (3), Toledo (2), São José dos Pinhais (2), Ponta Grossa (2), Mandirituba (2) e Araucária (2). A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Tijucas do Sul, Serranópolis do Iguaçu, Quitandinha, Quatro Barras, Paraíso do Norte, Ortigueira, Mariópolis, Guarapuava, Colorado, Colombo, Campina Grande do Sul, Cambé, Arapoti, Apucarana, Antônio Olinto, Andirá, Amaporã e Altônia.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Sesa registra 6.417 casos de residentes de fora do Estado, 219 pessoas foram a óbito.

Confira o informe completo clicando aqui.

Novo plano de Biden exigirá vacinas contra covid-19 ou testes

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, disse nessa quinta-feira (9) que vai exigir que todos os funcionários da esfera federal sejam vacinados contra a covid-19. O Departamento de Trabalho vai divulgar regra para exigir que empresas com mais de 100 funcionários vacinem seus empregados ou os testem semanalmente. As novas medidas, que Biden anunciou na Casa Branca, cobrem cerca de dois terços de todos os trabalhadores do país. A decisão é uma tentativa mais ampla e agressiva de conseguir que todos os norte-americanos sejam vacinados enquanto disparam os casos da covid-19 por causa da variante Delta. “Estamos em um momento difícil e ele pode durar um tempo”, disse Biden. “Podemos e vamos virar o jogo contra a covid-19”.

De acordo com o plano de Biden, o governo também vai exigir a vacinação de mais de 17 milhões de profissionais de saúde em hospitais e outras instituições que participam de programas de auxílio e cuidados médicos para os norte-americanos mais pobres, mais velhos ou com deficiência, afirmaram autoridades do governo. As novas exigências de vacinação cobrem cerca de 100 milhões de pessoas, ou aproximadamente dois terços dos trabalhadores dos Estados Unidos, disseram as autoridades. O plano deve enfrentar disputas jurídicas, e foi imediatamente atacado pela oposição republicana a Biden. Pode levar meses até que os primeiros impactos da medida sejam sentidos. Agora, funcionários do governo federal têm 75 dias para tomar a vacina, ou enfrentam a possibilidade de demissão, caso não se enquadrem nas poucas categorias de exceção.

ONU defende diálogo com talibãs para evitar “milhões de mortes”

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu que a comunidade internacional mantenha diálogo com os talibãs, para evitar o colapso econômico no Afeganistão, com milhões de mortes. “É preciso manter um diálogo com os talibãs, no qual afirmamos os nossos princípios de forma direta, no sentido de solidariedade com o povo afegão”, disse Guterres nessa quinta-feira (9), em  entrevista à agência de notícias France-Presse. “Nosso dever é estender a solidariedade a um povo que sofre enormemente, onde milhões e milhões estão em risco de morrer de fome”.

Guterres considerou que não há garantias por ser uma situação imprevisível. “Os talibãs devem estar envolvidos, para que o Afeganistão não seja um centro de terrorismo, para que mulheres e jovens não percam todos os direitos adquiridos durante o período anterior, para que os diferentes grupos étnicos se sintam representados”. Nos contatos mantidos até agora, “há pelo menos receptividade para falar”, assegurou o ex-primeiro-ministro português, que não excluiu a possibilidade de visitar um dia o país se as condições forem adequadas. A ONU quer “um governo inclusivo”, no qual a sociedade afegã esteja amplamente representada e “este primeiro governo provisório”, anunciado há alguns dias, “não dá essa impressão”.

“É preciso respeito pelos direitos humanos, pelas mulheres e jovens. É preciso que o terrorismo não tenha base no Afeganistão para lançar operações em outros países e é preciso que os talibãs cooperem na luta contra a droga”, reiterou. A ONU quer que o Afeganistão possa “ser governado em paz e com estabilidade, com respeito pelos direitos humanos”, disse Guterres. De sua parte, os talibãs “querem ser reconhecidos, querem o fim das sanções, apoio financeiro e isso dá à comunidade internacional alguma influência”, acrescentou. Segundo o secretário, o governo provisório talibã ainda não foi reconhecido internacionalmente, mas é preciso “evitar uma situação de colapso econômico que pode ter consequências humanitárias terríveis”. É possível, tomando o exemplo do que aconteceu com o Iêmen, fornecer a Cabul “instrumentos financeiros”, independentemente das atuais sanções, “para permitir que a economia respire”, observou.

Fórmula 1 – GP da Itália 2021 – Monza

O Grande Prêmio da Itália, 14ª etapa da temporada 2021 da Fórmula 1, acontece neste fim de semana (10, 11 e 12 de setembro – sexta-feira, sábado e domingo) no tradicional circuito de Monza. É o segundo evento da F1 que contempla a qualificação na sexta-feira, além da Corrida de Qualificação no sábado, depois do Grande Prêmio da Inglaterra.

Confira os dias e horários, sempre no horário de Brasília:

Sexta-feira, 10 de setembro
9h30 às 10h30 – Treino Livre 1 (TL1)

13h00 às 14h00 – Qualificação Fórmula 1

Sábado, 11 de setembro
07h00 às 08h00 – Treino Livre 3 (TL3)
11h30 às 12h00 – Corrida de Qualificação Fórmula 1

Domingo, 12 de setembro
10h00 – Grande Prêmio de Monza de Fórmula 1 (53 voltas ou 120 minutos)

US Open: Bruno Soares vai à decisão de duplas masculinas e mira o tri

O mineiro Bruno Soares está novamente na final de duplas masculinas do US Open. Nesta quinta-feira (9), a parceria do brasileiro, número 11 do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), com o britânico Jamie Murray (22º) derrotou o australiano John Peers (25º) e o eslovaco Filip Polasek (14º) por 2 sets 1, com parciais de 6/3, 3/6 e 6/4, em uma hora e 41 minutos de partida, pela semifinal. Na decisão, Bruno e Murray terão pela frente o norte-americano Rajeev Ram (7º) e o britânico Joe Salisbury (6º), que eliminaram Steve Johnson (96º) e Sam Querrey (166º), ambos dos Estados Unidos por 2 sets a 0, parciais de 7/6 (7/5) e 6/4. O jogo será nesta sexta-feira (10), às 13h (horário de Brasília). Ram e Salisbury foram campeões do Aberto da Austrália do ano passado e vices na edição deste ano.

Seleção vence Peru e mantém campanha perfeita nas Eliminatórias

O Brasil derrotou o Peru por 2 a 0, na noite desta quinta-feira (9) na Arena Pernambuco, e manteve o aproveitamento perfeito nas Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2022 (Catar) com oito vitórias em oito jogos. A vitória teve um significado especial para o camisa 10 Neymar, que marcou uma vez pelo time comandado por Tite e se tornou o maior artilheiro da seleção brasileira na história da competição, com o total de 12 gols, um a mais do que Romário e Zico, os segundos colocados da relação.

Vitória tranquila: Após optar pela formação que iniciou o duelo com os argentinos (Weverton; Danilo, Lucas Veríssimo, Éder Militão e Alex Sandro; Casemiro, Gerson, Lucas Paquetá e Éverton Ribeiro; Neymar e Gabriel Barbosa) o técnico Tite viu sua equipe assumir o comando das ações, com Neymar criando muito. A seleção brasileira volta a jogar pelas Eliminatórias em outubro, quando mede forças com Colômbia, Venezuela e Uruguai.

Cristiano Ronaldo diz que não foi passar férias no Manchester

O atacante Cristiano Ronaldo, do Manchester United (Inglaterra), disse que seu retorno ao clube inglês não é uma viagem de férias, e que espera poder se provar novamente com desempenhos consistentes pelos próximos três ou quatro anos. O português de 36 anos passou seis temporadas no United entre 2003 e 2009, conquistando oito títulos importantes, e voltou para o clube ao deixar a Juventus (Itália) no mês passado em um contrato de dois anos. Ao receber a camisa 7 da equipe inglesa novamente, Cristiano espera repetir o que conseguiu em sua primeira passagem pelo clube. “É por isso que estou aqui”, disse o jogador em entrevista publicada no site do time inglês nesta quinta-feira (9). “Não estou aqui para férias […]. Antes foi bom, vencer coisas importantes, e eu vesti a camisa que vesti muitos anos atrás. Mas estou aqui para vencer novamente. Eu sou capaz, eu e meus companheiros de equipe. E estou pronto para isso. É uma boa chance para mim, para os torcedores, para o clube, para dar um passo adiante”, declarou o craque português.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Câmara dos Deputados – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.

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