Taxa de juros deve continuar a subir, diz ata do Copom

A taxa básica de juros, a Selic, deve subir novamente na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em fevereiro de 2022. A previsão está na ata da última reunião do comitê, divulgada hoje (14). A taxa Selic sofreu a sétima alta seguida, na última semana, ao passar de 7,75% para 9,25% ao ano. “Para a próxima reunião, o comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude [1,5 ponto percentual]”, diz a ata do Copom.

Ao avaliar os riscos para inflação, o Copom avalia que “novos prolongamentos das políticas fiscais [aumento de gastos públicos] de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada [procura por bens e serviços] e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco [relação entre risco e rendimentos de investimentos] do país”. “Apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o comitê avalia que questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevam o risco de desancoragem das expectativas de inflação, mantendo a assimetria altista no balanço de riscos. Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário básico”, acrescenta.

Cenários: Na ata, o Copom diz que avaliou a possibilidade de fazer um ajuste maior do que 1,5 ponto percentual na Selic, mas decidiu manter o ritmo de ajuste. “Concluiu-se que o ritmo de ajuste de 1,5 ponto percentual, neste momento, é adequado para atingir, ao longo do ciclo de aperto monetário, um patamar suficientemente contracionista para não somente garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante, mas também consolidar a ancoragem das expectativas de prazos mais longos”, acrescenta a ata. Para o Copom, a decisão fará com que a inflação convirja para a meta em 2022 e em 2023. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, ressalta.

Segundo o Copom, em um cenário com projeções para a Selic feitas pelo mercado financeiro e taxa de câmbio em US$ 5,65, a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fica em torno de 10,2% em 2021, 4,7% em 2022 e 3,2% em 2023. Esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva para 11,75% ao ano durante 2022, terminando o próximo ano em 11,25% ao ano, e reduz-se para 8% ao ano em 2023. Para 2021, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação em 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, o limite superior é 5,25% e o inferior, 2,25%. A meta de 2022 é 3,50% e para 2023, é 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos. Ou seja, por esse cenário, a inflação ficará acima do limite superior da meta em 2021 e do centro da meta em 2022.

 

Aumento de núcleos de inflação preocupa, diz presidente do BC

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (14) que, embora haja questionamentos em relação ao arcabouço fiscal de curto prazo no Brasil, os agentes de mercado apontam que a grande fragilidade está na capacidade de o país crescer no longo prazo. Em apresentação durante evento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Campos Neto disse que a autoridade monetária tem demonstrado preocupação com o aumento de núcleos da inflação no Brasil e ressaltou que os índices de preços estão claramente descolando, com “elementos de disseminação bastante ampliados”. No evento, o presidente do BC disse que a desancoragem da expectativa de inflação para 2022 está parecida com a observada em 2017, sendo “superimportante” o BC atuar e ancorar as expectativas.

“O imposto mais maligno que temos é a inflação, é muito importante agir de forma rápida, consistente, de forma transparente para que a gente consiga abortar esse processo de desancoragem”, afirmou. Segundo Campos Neto, os agentes de mercado estão dizendo que o crescimento estrutural do Brasil está mais baixo do que o previsto anteriormente. “Parte desse prêmio na parte longa da curva está em parte associado a ruídos [fiscais], mas existe questionamento sobre a capacidade de o país crescer”, afirmou. Campos Neto afirmou que o ciclo de aperto monetário no mundo deve secar ainda mais a liquidez e destacou que o Brasil precisaria desses investimentos para gerar crescimento econômico em um momento em que a parte fiscal “está exaurida”.

Ao falar sobre as dificuldades observadas nas projeções para a inflação durante a pandemia de covid-19, o presidente do BC afirmou que os banqueiros centrais se prepararam para uma depressão que não veio, sendo observada uma recessão. Ele disse que há um “surto inflacionário” global, ressaltando que houve uma ruptura nas cadeias de comércio, especialmente por uma alta na demanda por bens. No Brasil, o presidente do BC disse que as medidas de enfrentamento à pandemia foram efetivas e permitiram um retorno mais veloz da atividade. No entanto, ele afirmou que agora é possível ver países emergentes acelerando mais fortemente do que a economia brasileira. Campos Neto também disse que as partes mais voláteis da inflação começaram a apresentar algum arrefecimento, mas ponderou que ainda é preciso ver como esse movimento vai se dar à frente. A ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária, divulgada nesta terça-feira, manteve tom duro em relação à inflação e sinalizou que o BC poderá manter a taxa básica de juros em patamar elevado por mais tempo para domar o índice e as expectativas de inflação.

Itens da ceia de Natal têm diferença de preço de 124,72%

Levantamento feito pelo Procon de São Paulo com produtos que compõem a ceia de Natal apontou diferença de preço de até 124,72%. A coleta de preços foi realizada nos dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro nos sites de sete supermercados. Foram comparados os preços de 63 dos seguintes itens de diferentes marcas: azeites, bombons, lentilhas secas, conservas, farofas prontas, frutas em calda, panetones, chocotones e carne.

Entre os produtos analisados, um azeite de oliva de 500 ml custava R$ 44,90 em um estabelecimento e R$ 19,98 em outro, diferença de R$ 24,92. Um panetone com gotas de chocolate de 400 gramas foi encontrado a R$ 20,78 em um estabelecimento e R$ 14,99 em outro.

Na comparação com o levantamento feito no ano passado, houve aumento de 17,11% no preço médio. Especialistas do Procon-SP recomendam planejar o cardápio e montar listas dos alimentos e bebidas antes da ida ao supermercado para evitar compras por impulso. Orientam também que o consumidor faça uma comparação entre os preços praticados pelos diferentes estabelecimentos.

Petrobras reduz preço da gasolina A para distribuidoras

A partir de amanhã (15), o preço médio de venda da gasolina A da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,19 para R$ 3,09 por litro, uma redução média de R$ 0,10 por litro, anunciou hoje (14) a empresa. “Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço da gasolina na bomba passará a ser de R$ 2,26 a cada litro em média. Uma redução de R$ 0,07”, informou, em nota, a companhia.

No comunicado, a Petrobras reiterou o compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, “ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”. “Esse ajuste reflete, em parte, a evolução dos preços internacionais e da taxa de câmbio, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina”, acrescentou a Petrobras. Segundo a empresa, a última redução do preço da gasolina pela Petrobras foi no dia 12 de junho.

Serviços no país caem 1,2% em outubro, revela pesquisa do IBGE

O volume de serviços no país recuou 1,2% na passagem de setembro para outubro deste ano. Essa é a segunda retração consecutiva do indicador, que acumula queda de 1,9% nos últimos dois meses. O dado, da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), foi divulgado hoje (14), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do cenário, o setor ainda está 2,1% acima do patamar de fevereiro de 2020, ou seja, do período pré-isolamento social decorrente da pandemia de covid-19.

Na comparação com outubro de 2020, houve avanço de 7,5%. No acumulado do ano, os serviços cresceram 11%. Já em 12 meses, o setor acumula alta de 8,2% em volume. Em outubro deste ano, a receita nominal caiu 0,2% na comparação com setembro, mas cresceu 13,2% em relação a outubro do ano passado, 13,8% no acumulado do ano e 10,5% no acumulado de 12 meses.

Atividades: Quatro das cinco atividades de serviços pesquisadas tiveram recuo no volume de setembro para outubro deste ano, com destaque para serviços de informação e comunicação (-1,6%) e outros serviços (-6,7%). Também caíram os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,8%) e de transportes (-0,3%). A única atividade com variação positiva em outubro foi a de serviços prestados às famílias, com crescimento de 2,7%, seu sétimo avanço consecutivo. Em sete meses, o segmento acumula alta de 57,3%.

TSE unifica horário de votação nas eleições de 2022

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu hoje (14) unificar o horário de votação nas eleições de 2022. Com a decisão, todos os estados deverão seguir o horário de Brasília, e não o horário local. A votação será realizada das 8h às 17h em todo o país. Dessa forma, a votação será das 7h às 16h no Amazonas, em Rondônia, em Roraima, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, onde o fuso é uma hora a menos em relação à capital federal. No Acre, o pleito começará às 6h e terminará às 15h, pois o fuso horário é duas horas a menos que o horário de Brasília. Em Fernando de Noronha, que está uma hora à frente, a votação será das 9h às 18h.

Ao comentar a mudança, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, disse que a medida foi tomada para que as eleições possam transcorrer com tranquilidade e não ocorra dúvidas sobre a lisura na divulgação de resultados. “No registro histórico que tivemos nas eleições de 2014, a diferença no horário de encerramento da votação, em quase todo o país e no estado do Acre, produziu interpretações, teorias conspiratórias e problemas que nós gostaríamos de evitar para assegurar a tranquilidade do processo eleitoral brasileiro”, argumentou. Em 2014, durante o processo de totalização dos votos, os candidatos Aécio Neves e Dilma Rousseff se alternaram na liderança da contagem de votos. O fato ocorreu em função do andamento dos dados que chegavam da Justiça Eleitoral do estados. No entanto, a disputa acirrada foi apontada como suposta fraude na contabilização eletrônica dos votos, fato que nunca ocorreu.

Resoluções: Na mesma sessão, o TSE aprovou mais três resoluções para as eleições do ano que vem e liberou o impulsionamento de conteúdo político na internet durante o período de pré-campanha, criou procedimentos para pedidos de direito de resposta e sobre fiscalização das contas de partidos que vão se unir em federações.

STF: ministro Luiz Fux manda prender condenados no caso da boate Kiss

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, determinou hoje (14) a prisão dos quatro condenados pelo incêndio na boate Kiss, ocorrido em 2013, em Santa Maria (RS). Na tragédia, 242 pessoas morreram e 636 ficaram feridas. Os réus foram condenados pelo Tribunal do Júri de Porto Alegre, na semana passada, mas foram beneficiados com um habeas corpus preventivo concedido por um desembargador do Tribunal de Justiça do estado. O caso envolve Elissandro Callegaro Spohr, ex-sócio da boate; Mauro Londero Hoffmann, também ex-sócio; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda, e Luciano Bonilha Leão, produtor musical.

Após a decisão, o Ministério Público recorreu ao Supremo e defendeu a prisão imediata dos acusados. Ao analisar o caso, Fux entendeu que as penas devem ser cumpridas imediatamente em função da decisão soberana do júri. “Ao impedir a imediata execução da pena imposta pelo Tribunal do Júri, ao arrepio da lei e da jurisprudência, a decisão impugnada abala a confiança da população na credibilidade das instituições públicas, bem como o necessário senso coletivo de cumprimento da lei e de ordenação social”, decidiu o presidente.

A Elissandro Spohr, foi aplicada pena de 22 anos e seis meses de prisão e a Mauro Hoffmann, de 19 anos e seis meses. A Marcelo de Jesus e Luciano Bonilh foram aplicadas penas de 18 anos. Todos foram acusados pelo Ministério Público (MP) por 242 homicídios e 636 tentativas de homicídio por dolo eventual. O incêndio ocorreu no dia 27 de janeiro de 2013, quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira disparou um artefato pirotécnico, atingindo a cobertura interna da boate e deflagrando o incêndio. A maioria das vítimas era jovem e morreu após inalar fumaça tóxica, sem conseguir deixar a boate pela única porta de emergência que estava em funcionamento.

Anastasia é escolhido pelo Senado para cargo de ministro do TCU

O plenário do Senado escolheu, na noite de hoje (14), o senador Antonio Anastasia (PSD-MG) para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União. Anastasia recebeu 52 votos e vai ocupar a vaga deixada pelo ministro Raimundo Carreiro, que será embaixador do Brasil em Portugal. Anastasia concorreu à vaga no TCU com a senadora Kátia Abreu (PP-TO), que recebeu 19 votos, e com o senador Bezerra Coelho (MDB-PE), que teve 7 votos. Antes da votação, Anastasia defendeu que um ministro do TCU precisa ter como atributos não apenas o conhecimento técnico sobre as contas públicas e a legislação aplicada à administração federal, mas também “sensibilidade” para compreender a situação dos gestores.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que a vitória de Anastasia é resultado da escolha soberana dos senadores. “Quero cumprimentar todos os senadores pelo espírito público, pela liberdade democrática e pelo exercício da democracia na escolha”, disse Pacheco. O TCU é formado por nove ministros, sendo que seis são escolhidos pelo Congresso Nacional e três pelo presidente da República. Das indicações feitas pelo chefe do Executivo, duas devem ser feitas entre os ministros substitutos e membros do Ministério Público junto ao TCU. Todas as indicações precisam ser aprovadas pelo Senado.

Segundo a Constituição, são requisitos para ocupar a vaga ter mais de 35 anos e menos de 65, idoneidade moral, reputação ilibada e notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos ou de administração pública, sendo que é exigido mais de dez anos de função ou de atividade profissional que exija esses conhecimentos. Os ministros do TCU têm mandato vitalício, com aposentadoria compulsória aos 75 anos de idade. O órgão auxilia o Congresso Nacional na tarefa de fiscalização das finanças públicas. Cabe a ele emitir pareceres sobre as contas anuais apresentadas pelo Executivo, conduzir diligências e auditorias requeridas pelos parlamentares e prestar informações solicitadas pelas Casas ou pelas suas comissões.

Câmara aprova em 1º turno mudanças do Senado na PEC dos Precatórios

Os deputados aprovaram nesta terça-feira (14), em primeiro turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 46/21, que contém os trechos não promulgados da versão do Senado para a PEC dos Precatórios (PEC 23/21). Durante a votação de hoje, 327 parlamentares votaram a favor da PEC e 147 contra. A PEC 46/21 determina, para 2022, que a aplicação dos recursos que foram economizados com o limite estabelecido para o pagamento de precatórios seja destinado exclusivamente para as áreas de seguridade social e para o Auxílio Brasil, que passa a se tornar um programa permanente de transferência de renda.

Outros pontos de divergência, como as regras que definem o limite de pagamento dos precatórios,,serão votados em separado por meio de destaques apresentados pelos partidos. Os destaques e o segundo turno da PEC devem ser votados nesta quarta-feira (15). As mudanças na Constituição devem ser aprovadas em ambas as Casas (Câmara e Senado) em dois turnos de votação, por isso os trechos novos aprovados pelo Senado dependem de votação na Câmara.

STF explica exigência de prova de vacinação para entrar no país

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso esclareceu hoje (14) a decisão que determinou a exigência de comprovante de vacinação contra covid-19 para viajantes que chegam ao Brasil vindos do exterior. A decisão foi motivada por uma manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU). Segundo o ministro, a exigência de comprovante de vacinação para entrada no Brasil não será aplicada para quem saiu do país antes do despacho proferido hoje, mas o teste PCR será obrigatório. Dessa forma, quem está fora do país poderá entrar no Brasil sem apresentar o comprovante. Quem sair hoje só poderá regressar com a apresentação do certificado. “Brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil, que saíram do país até a data da presente decisão [hoje], submetem-se às regras vigentes anteriormente ao deferimento da cautelar e, portanto, estão dispensados da apresentação de comprovante de vacinação ou de quarentena no regresso, mas obrigados à apresentação de documento comprobatório de  realização de teste PCR ou outro aceito para rastreio da infecção pela covid-19, com resultado negativo ou não detectável”, esclareceu. Barroso disse ainda que pessoas recuperadas da covid-19 também devem apresentar o comprovante de vacinação. “Não estão dispensadas da apresentação do comprovante de vacina pessoas que já tenham sido infectadas pela covid-19 e tenham se recuperado da infecção, à falta de comprovação científica de que a imunidade natural decorrente do desenvolvimento da doença equivale àquela decorrente da vacina”, afirmou. No documento enviado ao Supremo,  a AGU questionou o ministro se brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil poderiam regressar ao país sem apresentar comprovante de imunização, desde que cumprissem quarentena, e se a exigência seria válida para quem comprovar que está recuperado da doença.

Covid-19: Brasil registra 12º caso da variante Ômicron

O Ministério da Saúde confirmou na noite desta terça-feira (14) um novo caso de paciente contaminado com a variante Ômicron do novo coronavírus. São seis casos confirmados em São Paulo, dois no Distrito Federal, dois no Rio Grande do Sul, dois em Goiás. Outros quatro casos estão em investigação em Minas Gerais. 

A Ômicron tem gerado temores de que a grande quantidade de mutações na proteína spike do coronavírus, usada pelo vírus para infectar as células, possa significar que a variante escape da imunidade induzida por vacinas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 77 países já relataram casos de Ômicron.

Balanço casos de variante Ômicron do Ministério da Saúde divulgado em 14/12/2021
Balanço casos de variante Ômicron do Ministério da Saúde divulgado em 14/12/2021 – 14.12.2021/Divulgação/Ministério da Saúde

Fabricantes de imunizantes afirmam que, embora seja possível que as vacinas existentes sejam menos eficazes contra a Ômicron, é provável que protejam os infectados pela nova variante contra quadros graves da covid-19.

Covid-19: Brasil registra 92 mortes em 24 horas

O Brasil registrou mais 3.826 casos de covid-19 e 92 mortes em 24 horas, segundo aponta a atualização epidemiológica divulgada pelo Ministério da Saúde na noite de hoje (14). No balanço geral, o país teve 22.195.775 casos de covid-19 e 616.970 óbitos.

A taxa de recuperação é de 96,6%. Mais de 21,44 milhões de brasileiros são considerados livres da infecção pelo novo coronavírus. O boletim mostra, ainda, 133.956 casos ativos de covid-19, que estão sob cuidados médicos e foram informados ao Sistema Nacional de Saúde (SUS).

Balanço casos covid-19 do Ministério da Saúde divulgado em 14/12/2021
Balanço casos covid-19 do Ministério da Saúde divulgado em 14/12/2021 – 14.12.2021/Divulgação/Ministério da Saúde

Há 2.839 óbitos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em investigação. Isso porque, em muitos casos, a análise sobre a causa da morte continua mesmo após o óbito.

Estados

No topo do ranking de mortes por estado, estão São Paulo (154.691), Rio de Janeiro (69.290), Minas Gerais (56.479), Paraná (40.835) e Rio Grande do Sul (36.297). Os estados que menos registraram mortes por covid-19 foram o Acre (1.849), o Amapá (2.008) e Roraima (2.064).

Vacinação

O painel nacional de vacinação do Ministério da Saúde registrou a última atualização de dados em 9 de dezembro, quando o total de doses distribuídas era de 381.214.862. No dia, o SUS registrava 315.180.274 vacinas aplicadas – entre a primeira dose, a segunda dose e as doses de reforço. O vacinômetro também aponta que o governo federal já destinou cerca de R$ 216,2 bilhões em vacinas durante a pandemia.

Defesa Civil investe mais R$ 207 mil em kits de transposição para Rio Negrinho

O chefe da Defesa Civil de Santa Catarina, David Busarello, assinou nesta terça-feira, 14, mais dois termos de compromisso para a instalação de kits de transposição no município de Rio Negrinho. O investimento do Governo do Estado nestes itens supera os R$ 207 mil. Serão instalados dois equipamentos para atender as comunidades da Fazenda Souza Cruz (R$ 147.081,80) e Rio dos Banhados (R$ 60.170,90).

O ato contou com a presença do prefeito de Rio Negrinho, Caio César Treml, do deputado estadual Fernando Kreling e de vereadores do município. “Temos muito a agradecer pois são demandas muito esperadas pela nossa comunidade”, afirmou o prefeito.

Os investimentos do Governo do Estado, por meio da Defesa Civil, nos últimos dois meses apenas no município de Rio Negrinho ultrapassam a marca de R$ 500 mil. Além dos atos desta terça-feira, foram repassados pelo órgão outros R$ 294 mil, em outubro, também para dois kits de transposição. “Com essas ações, a comunidade tem garantido o acesso livre com estruturas acima da cota de enchente, ou seja, mais seguro”, afirmou o chefe da Defesa Civil, David Busarello.

“A Defesa Civil tem atuado em várias frentes e tudo isso só é possível graças ao trabalho sério, participativo e transparente do Governo Moisés. As ações do Governo do Estado na economia de recursos tem feito toda a diferença para a sociedade. Programas como o Governo sem Papel, o enxugamento da máquina administrativa e a revisão de contratos permitiram mais de R$ 640 milhões em redução de custos. E justamente através dessa economia conseguimos atender cada vez mais as demandas dos municípios e assim, vermos o nosso estado de Santa Catarina avançar em vários quesitos”, completou Busarello.

Paraná: Boletim da Covid-19 confirma mais 867 novos casos e dois óbitos pela doença

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta terça-feira (14) mais 867 casos confirmados e duas mortes — referentes aos meses ou semanas anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas — em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Há ajustes ao final do texto. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 1.583.921 casos confirmados e 40.614 mortos pela doença.

Os casos confirmados divulgados nesta data são de dezembro (268), novembro (53), outubro (20), setembro (13), agosto (3), julho (13), junho (18), maio (17), abril (39), março (89), fevereiro (59) e janeiro (90) de 2021 e dezembro (65), novembro (43), outubro (20), setembro (21), agosto (16), julho (17) e junho (3) de 2020. Os óbitos divulgados nesta data são de dezembro (1) e novembro (1) de 2021.

INTERNADOS – 131 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados. São 71 pacientes em leitos SUS (40 em UTI e 31 em leitos clínicos/enfermaria) e 60 em leitos da rede particular (34 em UTI e 26 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 489 pacientes internados, 211 em leitos UTI e 278 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos da rede pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A Sesa informa a morte de mais dois pacientes. São uma mulher e um homem, com idades que variam de 56 a 71 anos. Os óbitos ocorreram entre 5 de novembro e 11 de dezembro de 2021. Os pacientes que foram a óbito residiam em: Salto do Lontra e Paranavaí.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Sesa registra 6.278 casos de residentes de fora do Estado, 221 pessoas foram a óbito.

Confira o informe completo clicando aqui.

OMS diz que 77 países já relataram casos da variante Ômicron

Vacinas de reforço podem ajudar a conter a disseminação da covid-19, contanto que as pessoas mais necessitadas de proteção também tenham acesso a elas, disse o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (14). “É uma questão de priorização. A ordem importa. Dar reforços a grupos com risco baixo de doenças graves ou mortes simplesmente ameaça as vidas daqueles com risco alto que ainda estão esperando suas doses primárias por causa de restrições de suprimento”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um briefing virtual. “Por outro lado, dar doses adicionais a pessoas com risco alto pode salvar mais vidas do que dar doses primárias àqueles com risco baixo.”

Ele ressaltou que o surgimento da variante Ômicron levou alguns países a iniciar programas de vacinas contra covid-19 de reforço para todas as suas populações adultas, enquanto pesquisadores carecem de indícios sobre a eficácia dos reforços contra esta variante. Tedros disse que 77 países já relataram casos de Ômicron “e a realidade é que a Ômicron provavelmente está na maioria dos países, mesmo se ainda não tiver sido detectada. A Ômicron está se disseminando em um ritmo que não vimos com nenhuma variante anterior”, disse.

A OMS receia que as pessoas estejam minimizando a Ômicron por considerá-la amena. “Certamente, aprendemos a esta altura que subestimamos este vírus por nossa conta e risco. Mesmo que a Ômicron de fato cause doenças menos graves, o número imenso de casos poderia sobrecarregar mais uma vez sistemas de saúde despreparados”, disse. Mike Ryan, o principal especialista em emergências da OMS, disse que o pico desta onda de infecções ainda está a “algumas semanas” de distância, dada a proliferação muito rápida da Ômicron. Kate O’Brien, especialista em vacinas da OMS, disse que pessoas não vacinadas têm que ser a prioridade, já que estão pressionando os sistemas de saúde.

ONG pede investigação sobre crimes de guerra no Afeganistão

A Amnistia Internacional (AI) pediu hoje (15) uma investigação sobre crimes de guerra cometidos pelos talibãs e a morte de civis pelas forças de segurança afegãs e tropas norte-americanas, sobretudo durante os combates antes da queda de Cabul. “Os meses que antecederam o colapso do governo de Cabul (15 de agosto de 2021) estiveram marcados por repetidos crimes de guerra e um constante derramamento de sangue cometidos pelos talibãs, assim como por mortes causadas pelas forças afegãs e norte-americanas”, disse a secretária-geral da Amnistia Internacional (AI), Agnés Callamard, em comunicado. A organização de defesa dos direitos humanos, com sede em Londres, diz, em relatório, que “à medida que os fundamentalistas (talibãs) foram assumindo o controle do país, torturaram e mataram membros de minorias étnicas e religiosas, antigos membros das forças de segurança e simpatizantes do governo afegão”.

A AI informa que no dia 6 de setembro (após a queda de Cabul), os talibãs capturaram e mantiveram em cativeiro durante dois dias cerca de 20 homens, numa ofensiva na província de Panjashir, sem qualquer tipo de assistência, alimentos ou água. De acordo com a organização, seis pessoas foram executadas pelos talibãs no mesmo dia, durante confronto para capturar antigos colaboradores do governo deposto. As testemunhas que falaram à Amnistia Internacional disseram que as pessoas abatidas no local não eram membros das forças de segurança afegãs.

O comunicado cita ainda os acontecimentos do dia 29 de agosto, quando ocorreu um ataque com drones, feito pelos Estados Unidos e que matou dez pessoas, incluindo sete crianças, em Cabul. Mais 12 pessoas morreram e 15 ficaram feridas em consequência de oito tiros dados pelo Exército Nacional Afegão, no mesmo dia, também na capital. O uso de armas de combate em áreas povoadas por civis é “indiscriminado” e pode constituir “crime de guerra”, acusa a Amnistia Internacional. A secretária-geral da organização pediu que o Tribunal Penal Internacional investigue os atos cometidos pelos militares dos Estados Unidos e do Afeganistão “para que sejam apurados possíveis crimes de guerra”.  “O povo afegão já sofreu demasiado, e as vítimas devem ter acesso à Justiça e receber indenizações”, disse Agnés Callamard.

Palmeiras e Atlético-MG saem na frente da concorrência

Ainda estamos em dezembro de 2021, mas a temporada 2022 do futebol brasileiro já começou e algumas equipes já estão bem adiantadas nela. Para preocupação da concorrência, entre elas estão duas das principais candidatas a todos os títulos no ano que vem: Atlético-MG e Palmeiras. Com a base formada este ano, a manutenção dos principais jogadores e, principalmente, a continuidade do trabalho dos técnicos, ambos saem com vantagem considerável para o objetivo de serem de novo campeões. O terceiro colocado nessa escala de favoritos está deixando os torcedores em suspense. O Flamengo não tem um técnico para 2022, está cheio de alternativas, mas não sabe se contrata um argentino, um português, um brasileiro, se muda toda a comissão técnica, se demite o departamento médico. E, com certeza, quando chegar o novo treinador, avaliará quais jogadores precisa e para quais posições. Se todo esse processo começar em janeiro, antes da pré-temporada, ainda dá para recuperar esse atraso, mas não seria novidade se os jogadores voltassem sem saber, ainda, qual será o comandante.

Até porque o Flamengo não poderá errar novamente. As experiências vividas em 2020/2021 deixaram sequelas, apesar de um título brasileiro conquistado e de uma Supercopa. E de uma temporada que, mesmo sem troféus importantes, teve um Flamengo brigando por título nas três principais competições do país. Cuca e Abel Ferreira terão bem menos trabalho. Além de poderem manter seus esquemas de jogo, têm na mão as necessidades de Atlético-MG e Palmeiras para tornarem seus times mais fortes. Isso significa dizer que os clubes podem ir ao mercado de forma bem objetiva para efetuarem as contratações necessárias. O que os rivais não podem fazer. Pelo simples fato de, depois, contratarem um técnico que tenha uma filosofia de jogo diferente e não ver, naquele reforço, utilidade alguma. Prejuízo financeiro e técnico.

Em 2022 a disputa será maior. O calendário ficará mais apertado, por conta da Copa do Mundo, e quem tiver um elenco mais equilibrado terá chances melhores. Se esse ano ficou apertado, com o adiamento da última rodada do Brasileirão e jogos em intervalos curtos de tempo, no próximo ano nem mesmo essa possibilidade haverá. É certo que os times jogarão o Brasileirão desfalcado e com times desgastados na Libertadores e na Copa do Brasil. Para técnicos que já estão por aqui, surpresa alguma. Mas para um que, ao que parece, virá de fora, com mentalidade totalmente distinta, pode ser assustador. Aí está outra questão a ser superada pelo Flamengo. Que, no entanto, quando a bola rolar, poderá superar todas essas dificuldades já que, não há como negar, tem um dos melhores elencos do país, carente em poucas posições. No momento, creio que está atrás na corrida. Mas considerando o que Max Verstappen fez domingo (12) passado na F1, porque não imaginar a entrada de um safety-car na pista para tornar a corrida mais emocionante? * Coluna Sergio du Bocage 

Com larga vantagem, Atlético-MG quer impedir milagre do Athletico-PR

O último campeão nacional de 2021 será conhecido nesta quarta-feira (15). A partir das 21h30 (horário de Brasília), Athletico-PR e Atlético-MG se enfrentam na Arena da Baixada, em Curitiba, para decidir o título da Copa do Brasil. A vantagem do Galo é enorme. No último domingo (12), os mineiros golearam por 4 a 0 e podem até perder por três gols de diferença que ficam com o bicampeonato. Se o título vier, os alvinegros, vencedores anteriormente em 2013, repetirão o feito que o rival Cruzeiro alcançou em 2003: ser campeão brasileiro, estadual e da Copa do Brasil em uma mesma temporada.

O Furacão precisa de um milagre para voltar a conquistar o torneio, após o título de 2019. A derrota no primeiro jogo foi a pior da história das finais da Copa do Brasil. Para ser campeão no tempo normal, o clube paranaense tem de ganhar por cinco gols de diferença, o que ainda não aconteceu em 2021. O mais perto que os rubro-negros chegaram foi em maio, quando aplicaram 4 a 0 no Aucas (Equador), pela Copa Sul-Americana. O resultado, caso se repita nesta quarta, leva a decisão para os pênaltis.

No Atlético-MG, o técnico Cuca deve repetir a maior parte da escalação do jogo de ida. A dúvida está na frente, já que Diego Costa trata uma lesão na coxa e sequer viajou para Curitiba, embora exista a possibilidade de integrar o grupo. O provável é que ele seja substituído pelo também atacante Eduardo Vargas, autor de dois gols no Mineirão. O Galo deve atuar com: Everson; Mariano, Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan, Jair e Matías Zaracho; Hulk, Eduardo Vargas e Keno (Diego Costa).

No lado do Athletico-PR, a dúvida do técnico Alberto Valentim é Nikão, com dores no tornozelo desde o primeiro jogo. Ele pode dar lugar ao também atacante Pedro Rocha se não tiver condição de atuar. O zagueiro e capitão Thiago Heleno, suspenso pelo terceiro amarelo, é desfalque certo e tem Zé Ivaldo como substituto imediato. O provável Furacão terá: Santos; Pedro Henrique, Zé Ivaldo e Nico Hernández; Marcinho, Erick, Léo Cittadini e Abner; Nikão (Pedro Rocha), Renato Kayzer e David Terans.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.

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