A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira, 21, um reajuste nos custos extras gerados pelas chamadas bandeiras tarifárias na conta de luz e a alteração nas regras para seu acionamento.

As bandeiras geram custos adicionais para os consumidores de energia quando saem do verde para o patamar amarelo ou vermelho, devido à necessidade de acionar termelétricas mais caras para atender à demanda por energia.

Pelas novos valores, a bandeira vermelha nível 2, patamar mais crítico do mecanismo, passa a ter custo de 6 reais a cada 100 kilowatts-hora (kWh), contra os 5 reais atualmente. A bandeira vermelha nível 1 foi para 4 reais ante os 3 reais em vigor no momento. Já a bandeira amarela passa a custar 1,50 reais extras a cada 100 kWh, contra 1 real atualmente. O tema passou por audiência pública que recebeu 56 contribuições das quais 36% foram acatadas integralmente e 2% parcialmente.

Os novos valores começam a valer a partir do mês de junho, mas a Aneel ainda não anunciou qual será a bandeira vigente nas contas de luz. Em maio, o consumidor está sujeito à bandeira amarela. Caso os novos valores já estivessem valendo, o aumento no valor adicional seria 50% maior.

Além disso, a Aneel definiu uma alteração técnica na sistemática que dita o acionamento das bandeiras. Hoje os cálculos levam em conta dois perfis de sazonalização, processo pelo qual as elétricas alocam mês a mês a energia que possuem disponível para venda. Com a mudança, será utilizada na metodologia apenas a chamada sazonalização “flat”. Segundo a Aneel, o efeito dessas modificações “deve ser percebido pelos consumidores retratará com maior precisão a produção da energia”, comunica a agência.