Russos e Ucranianos lutam perto de Chernobyl

O Ministério de Interior da Ucrânia disse que as tropas russas que invadiram o país vindas da Belarus avançam em direção à região da Zona de Exclusão de Chernobyl. Até 1986, havia lá uma usina nuclear, mas Um dos reatores explodiu, e houve emissões nucleares por causa do acidente. A região ao redor da antiga usina não é habitável e é conhecida como Zona de Exclusão.

“As tropas da Guarda Nacional responsáveis pela proteção do local de armazém (o local onde funcionava a usina que explodiu) estão resistindo bravamente”, disse Anton Herashchenko, assessor do Ministério do Interior. Segundo ele, se tiros atingirem o armazém, há risco de poeira radioativa pairar nos territórios da Ucrânia, da Belarus e de países da União Europeia.

Otan deixa aviões de guerra em alerta máximo após invasão russa na Ucrânia

A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) disse, nesta quinta-feira (24), que tomará novas medidas de dissuasão e defesa depois que a Rússia lançou uma invasão da Ucrânia. A aliança militar informou que vai colocar mais de 100 aviões de guerra em alerta máximo e aumentar ainda mais a presença de tropas em seu flanco leste, próximo à Ucrânia. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que haverá uma cúpula virtual de emergência das 30 nações da aliança na sexta-feira, e a eles se juntarão os líderes da Suécia, Finlândia e instituições da União Europeia.

As forças russas invadiram a Ucrânia por terra, ar e mar nesta quinta-feira, confirmando os piores temores do Ocidente com o maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. “A paz em nosso continente foi abalada”, disse Stoltenberg em entrevista coletiva. “A Rússia está usando a força para tentar reescrever a história e negar à Ucrânia seu caminho livre e independente.”

Polícia russa prende cerca de mil pessoas em manifestações

A polícia da Rússia prendeu pelo menos mil pessoas em protestos contra a guerra que aconteceram em 47 cidades diferentes do país nesta quinta-feira.

Os números foram levantados por um grupo que monitora as manifestações na Rússia, o OVD-Info.

 

Putin: ‘Estamos nos preparando para sanções’

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse em conversa com empresários do país que se prepara para responder às sanções impostas pelo Ocidente após o Kremlin reconhecer duas áreas separatistas do leste ucraniano e iniciar uma operação de ataque contra o país vizinho.

Putin disse aos empresários que “foi obrigado” a tomar a decisão de atacar a Ucrânia e que “não tinha como agir diferente”.

O mandatário reforçou que tentativas anteriores de Moscou para resolver a situação da segurança na região eram sempre ignoradas. Ele tentou tranquilizar os empresários e disse que a Rússia segue sendo parte de uma economia global, e que não pretende alterar a ordem vigente.

Se Ocidente não reagir pela força, Rússia vai repetir a Alemanha de Hitler, diz Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, nesta quinta-feira (24), que os países ocidentais deveriam reagir pela força no apoio à Ucrânia diante da invasão russa iniciada durante a madrugada. “Tem que haver o uso da força. Realmente um apoio à Ucrânia maior do que o que está sendo colocado.

Essa é a minha visão”, declarou a repórteres ao chegar no gabinete da vice-presidência, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Ele argumentou que, caso o Ocidente não reaja desta forma, a Rússia colocará em prática um plano de expansão aos moldes da Alemanha nazista de Hitler, na época da Segunda Guerra Mundial.

“Se o mundo ocidental, pura e simplesmente, deixar que a Ucrânia caia por terra, o próximo vai ser a Moldávia, depois os estados bálticos e depois sucessivamente”, disse o vice-presidente. “Igual a Alemanha hitlerista fez no final dos anos 30”, completou.

Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades, diz Itamaraty sobre ataques à Ucrânia

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou por uma nota na manhã desta quinta-feira (24) que acompanha com “grave preocupação” os ataques da Rússia à Ucrânia que acontecem desde as primeiras horas desta quinta-feira (24).

“O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil”, diz a nota do orgão federal.

Segundo o comunicado, o Brasil, como membro do Conselho de Segurança da ONU (Organização da Nações Unidas), acompanha as discussões em todas as partes em busca de uma solução pacífica para o conflito “em linha com a tradição diplomática brasileira e na defesa de soluções orientadas pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional”.

Jogadores brasileiros pedem ajuda para deixar Kiev

Um grupo de jogadores brasileiros de futebol e suas famílias que estão na Ucrânia pediu ajuda pelas redes sociais para conseguir sair do país. Em um vídeo, o grupo de cerca de 20 pessoas, entre jogadores, suas esposas e filhos, pede ajuda para ter informações e conseguir deixar a Ucrânia. Durante a madrugada foram ouvidas explosões inclusive em Kiev, enquanto a população tenta sair da capital ucraniana.

Um dos jogadores afirma que eles –a maioria do clube Shakhtar Donetsk–, deixaram suas casas e foram para um hotel, mas que está havendo falta de combustíveis e, com o espaço aéreo e as fronteiras fechadas, eles não estão conseguindo deixar o país. “Aqui estamos todos reunidos com as nossas famílias, hospedados em um hotel”, disse. “Espero que a embaixada possa nos ajudar.”

Moradores de Kiev formam longas filas de carro tentando sair da capital 

Fotos da capital ucraniana Kiev, na manhã desta quinta-feira (24), mostram longas filas de carro tentando sair da cidade após a Rússia lançar um ataque contra o país nesta madrugada.

O trânsito pesado parece estar se movendo para o oeste, longe de onde as explosões foram ouvidas pela manhã, com poucos carros indo para o leste.

Tiros e explosões foram ouvidos na madrugada desta quinta-feira (24) em diversas partes da Ucrânia logo após a Rússia anunciar uma operação militar no país vizinho.