O presidente Jair Bolsonaro, incluiu atividades religiosas e lotéricas no rol de serviços essenciais. O texto editando o decreto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (26). De acordo com o texto, são consideradas essenciais atividades religiosas de qualquer natureza, obedecidas as determinações do Ministério da Saúde”, ou seja, evitando aglomerações.

Bolsonaro atendeu a um pedido de líderes de diferentes religiões. A ala evangélica, por exemplo, tem forte presença no núcleo ideológico do governo e representa um de seus principais apoiadores políticos.
Na noite de ontem (25), o chefe do Executivo já havia anunciado as casas lotéricas no rol de serviços que não podem parar em meio à crise do coronavírus. Bolsonaro comentou o assunto nas redes sociais.
“Bolsonaro:  CASAS LOTÉRICAS/FUNCIONAMENTO: No Brasil existem 12.956 casas lotéricas e 2.463 se encontram fechadas por decretos estaduais ou municipais.
Para que as lotéricas possam funcionar em sua plenitude, atualizei, nessa data, o Decreto 10.282, incluindo as mesmas no rol das prestadoras de serviços essenciais”, escreveu.
O presidente incluiu também na lista hoje serviços de fiscalização do trabalho, atividades de pesquisa relacionadas ao Covid-19 e advocacia pública. A assistência à saúde, atividades de segurança e defesa nacional;serviços de telecomunicações, energia elétrica e gás, produção e venda de produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas;serviços bancários e postais; produção e venda de combustíveis, entre outros, já constavam no rol.
Neste domingo, 22, Bolsonaro incluiu a imprensa na lista de serviços essenciais e vedou que trabalhadores desta área sejam proibidos de circular, o que poderia afetar a atividade jornalística.
Em entrevista à CBN nesta manhã, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, já avisou que igrejas e lotéricas na região continuarão fechadas. Na última terça (24), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello decidiu que tanto o presidente, quanto governadores e prefeitos podem editar regras sobre isolamento, quarentena e restrições de transporte. Antes, apenas Bolsonaro poderia decidir sobre a paralisação ou não de um serviço.