Um objeto espacial metálico caiu na propriedade rural de um morador da cidade de São Mateus do Sul, no Paraná, nesta quarta-feira (16). Analisado pela equipe de astrônomos da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), o objeto é um pedaço do foguete Falcon 9, da SpaceX. As informações foram divulgadas pelo site local RDX, que registrou o objeto encontrado pelo agricultor João Ricardo.
O RDX, um portal de notícias da região, esteve no local e registrou o objeto encontrado pelo mecânico e agricultor João Ricardo. que encontrou o objeto na manhã desta quarta-feira (16) enquanto percorria a propriedade da família.
A identificação do lixo espacial foi possível porque a reentrada atmosférica do foguete da empresa de Elon Musk pode ser vista no céu, no último dia 8. A queima do detrito espacial provocou uma grande bola de fogo que foi observada por moradores dos estados do Sul do País.
Numa análise detalhada das imagens, foram encontradas algumas semelhanças entre o objeto encontrado pelo Sr. João e a tubeira do motor Merlin 1D utilizado no segundo estágio do foguete Falcon 9 da SpaceX.
As semelhanças são apontadas na imagem abaixo e estão na solda das emendas e nos buracos de rebites que podem ser visto nos dois objetos.
O foguete
O objeto que gerou esse lixo espacial era o segundo estágio do Falcon 9, lançado em 19 de dezembro do ano passado da Base da Força Espacial dos EUA em Cabo Canaveral, na Flórida, levando à órbita o Satélite Geoestacionário Turksat 5B. Trata-se de um equipamento fabricado pela Airbus Defense and Space, em Toulouse, na França, e de propriedade da operadora turca Turksat, desenvolvido para fins militares e comerciais.
Após cumprir sua missão, o foguete permaneceu em órbita da Terra até o dia 8 deste mês, quando reentrou em nossa atmosfera às 04:40 da madrugada, cruzando os céus de Santa Catarina e Paraná.
A época vídeos foram gravados e compartilhados nas redes sociais, segundo moradores dessas regiões foram três fortes explosões, que chamaram a atenção, sendo visualizados a seguir algo semelhante a “bolas de fogo”.
Segundo informações o fenômeno acontece com uma certa frequência, porque existem centenas de satélites desativados (lixo espacial), rodando em volta da Terra. Estes satélites são atraídos pela atmosfera.
A maioria dos detritos se desintegra ao entrar na atmosfera terrestre e os restos tendem a cair nos oceanos, que cobrem 75% da superfície do planeta. A maioria dos destroços está localizada numa zona de até dois mil quilômetros da superfície da Terra. A maior concentração está na faixa de 750 km a 800 km.
Os fragmentos viajam a velocidades que podem chegar a 28 mil km/h.