Israel lançou uma operação militar abrangente, utilizando dezenas de caças da Força Aérea, lançando mais de 330 munições diversas e atingindo mais de 100 alvos em todo o Irã. Os alvos incluíram instalações nucleares, como o complexo de Natanz, bases de mísseis balísticos, e líderes militares de alto escalão.
A operação resultou na morte de pelo menos três generais-chave, incluindo o Chefe do Estado-Maior Mohammad Bagheri, o comandante da Guarda Revolucionária Hossein Salami, e vários especialistas em enriquecimento de urânio. O líder supremo Ali Khamenei não foi alvo, mas o impacto foi descrito como sem precedentes, potencialmente debilitando a capacidade de resposta iraniana.
Israel justificou a ação alegando que o Irã acumulou urânio suficiente para construir “várias bombas atômicas” em poucos dias, representando uma ameaça existencial.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a operação continuaria “por tanto tempo quanto necessário” e alertou sobre as “capacidades significativas” do Irã, dirigindo-se aos civis iranianos para esclarecer que o ataque não era contra eles, mas contra o regime.
No entanto, houve impacto civil, com relatos de várias vítimas, incluindo mulheres e crianças, em áreas residenciais de Teerã, Isfahan, Arak e Kermanshah.
Reação Iraniana e Escalada Regional
O Irã reagiu fortemente, com o ministro das Relações Exteriores Abbas Araghchi enviando uma carta ao Conselho de Segurança da ONU, classificando o ataque como uma “declaração de guerra” e solicitando ação imediata.
O líder supremo Ali Khamenei descreveu a ação como reveladora da “natureza perversa” de Israel, prometendo um “destino amargo e doloroso” e afirmando que o Irã não deixaria o ataque impune. O general Abolfazl Shekarchi acusou os EUA de apoiar o ataque, declarando que ambos, Israel e EUA, pagarão um “preço alto”.
Como resposta inicial, o Irã lançou mais de 100 drones em direção a Israel, mas esses foram interceptados por forças jordanianas e israelenses. A região entrou em alerta, com o Irã fechando seu espaço aéreo e cancelando voos para o Irã e Iraque.
Grupos paramilitares iraquianos ameaçaram retaliar contra interesses dos EUA, enquanto sirenes soaram na Jordânia e mais de 100 drones foram avistados no espaço aéreo iraquiano. Israel declarou estado de emergência, e cidadãos israelenses estão estocando comida e água, temendo um conflito maior.
Contexto Histórico e Estratégico
Este ataque é considerado o maior em território iraniano desde a guerra Irã-Iraque nos anos 1980, superando operações anteriores de Israel contra o Irã em 2024, que também envolveram retaliações por ataques de mísseis iranianos.
A estratégia israelense foi comparada à ofensiva contra o Hezbollah no Líbano em novembro de 2023, focando em bases de mísseis e liderança. Historicamente, as tensões entre Israel e Irã escalaram desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, com Israel respondendo a grupos apoiados pelo Irã, como o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano.
Implicações Internacionais
A comunidade internacional expressou preocupação com a escalada. O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou os ataques e pediu contenção para evitar um conflito regional. Os Estados Unidos, embora informados previamente, não participaram da operação e alertaram para o risco de um “conflito em grande escala”.
O presidente Donald Trump realizou uma reunião de emergência, enquanto negociações entre Irã e EUA, previstas para 15 de junho de 2025, foram interrompidas. Os EUA evacuaram pessoal não essencial da região, indicando preparativos para possíveis desenvolvimentos.
Implicações Internacionais
A ONU condenou os ataques, e os EUA, embora não envolvidos, alertaram para o risco de um conflito em grande escala. Negociações entre Irã e EUA foram interrompidas, aumentando as tensões globais.