O Congresso Brasileiro é consistentemente apontado como o segundo mais caro do mundo em termos de custo absoluto, ficando atrás apenas do Congresso dos Estados Unidos, conforme estudos da União Interparlamentar (UIP) e outras fontes confiáveis.

Quando ajustado por critérios como renda média per capita ou PIB per capita, o Brasil frequentemente aparece como o mais caro em relação ao impacto financeiro no contribuinte, devido à disparidade entre os gastos legislativos e a renda da população.

Posição do Brasil

Custo absoluto: O Congresso Nacional brasileiro (Câmara dos Deputados e Senado) custa cerca de US$ 4,4 bilhões a US$ 5,3 bilhões por ano, dependendo da fonte e do ano analisado (valores ajustados pela paridade do poder de compra). Cada parlamentar (513 deputados e 81 senadores, totalizando 594) custa, em média, entre US$ 5 milhões e US$ 7,4 milhões anuais (aproximadamente R$ 23,8 milhões a R$ 40 milhões, conforme a cotação e o ano).

Custo relativo: Quando comparado à renda média dos brasileiros, o custo por parlamentar equivale a 528 vezes a renda média nacional, tornando o Brasil o primeiro em despesas legislativas nesse critério, à frente da Argentina (228 vezes a renda média local).

Custo por sessão: Em 2021, cada sessão deliberativa custou, em média, R$ 38,3 milhões, com apenas 100 sessões no Senado e 161 na Câmara, o que reforça a percepção de ineficiência.

Os altos custos são atribuídos a:

Salários e benefícios elevados (salário de R$ 46,3 mil em 2025, após reajuste).

Verbas indenizatórias, como auxílio-moradia (R$ 4.253 para quem não usa apartamentos funcionais), cota parlamentar (até R$ 51,4 mil/mês, dependendo do estado), e despesas com assessores (até 25 por deputado, com salários de até R$ 15,7 mil).

Grande número de servidores (cerca de 20 mil, incluindo 14,7 mil na Câmara e 6,1 mil no Senado, muitos em cargos comissionados).

Custos adicionais, como assistência médica (R$ 495 milhões/ano), aposentadorias e pensões (R$ 5,5 bilhões/ano), e manutenção de apartamentos funcionais (R$ 21 milhões/ano).

Os 10 Congressos mais caros do Mundo

Embora os dados completos e recentes sobre os 10 Congressos mais caros sejam limitados, as fontes disponíveis, especialmente a partir de um post no X de 2025, fornecem uma lista parcial com os cinco mais caros em termos de custo anual absoluto, ajustados pela paridade do poder de compra. Abaixo, apresento os dados disponíveis e completo com informações adicionais de outras fontes, quando possível:

1. Estados Unidos

Custo anual: US$ 5,9 bilhões (2025, fonte: X).

Custo por parlamentar: US$ 9 milhões por ano (média para 535 congressistas: 435 deputados e 100 senadores).

Detalhes: Apesar do alto custo absoluto, o impacto relativo é menor devido ao PIB elevado (0,02% do PIB nacional em 2020).

2. Brasil

Custo anual: US$ 5,3 bilhões (2025, fonte: X) ou US$ 4,4 bilhões (2018, ajustado).

Custo por parlamentar: US$ 5 milhões a US$ 7,4 milhões (R$ 23,8 milhões a R$ 40 milhões).

Detalhes: 594 parlamentares (513 deputados e 81 senadores). Custo elevado por habitante e em relação à renda média, com 0,15% do PIB em 2020.

3. Turquia

Custo anual: US$ 1,9 bilhão (2025, fonte: X).

Custo por parlamentar: Não especificado nas fontes disponíveis.

Detalhes: Dados limitados, mas a Turquia aparece como o terceiro mais caro em custo absoluto.

4. Alemanha

Custo anual: US$ 1,6 bilhão (2025, fonte: X).

Custo por parlamentar: Não especificado, mas a Alemanha tem 709 deputados no Bundestag, sugerindo um custo por parlamentar significativamente menor que o do Brasil.

Detalhes: Custo relativo baixo em relação ao PIB per capita e salário mínimo (gasto por habitante é cerca de 10 vezes menor que no Brasil em relação ao salário mínimo).

5. México

Custo anual: US$ 1,5 bilhão (2025, fonte: X).

Custo por parlamentar: Não especificado, mas o México tem 628 parlamentares (500 deputados e 128 senadores), com custo por parlamentar de 911 salários mínimos anuais.

Detalhes: Segundo lugar em custo relativo na América Latina, atrás do Brasil, com custo por habitante de 0,54% do salário mínimo.

6. Itália

Custo anual: Cerca de US$ 1,7 bilhão (estimativa com base em 2018, ajustado).

Custo por parlamentar: Não especificado, mas o custo por habitante é de R$ 64,46 (0,11% do PIB per capita), maior que o do Brasil em termos absolutos por habitante, mas menor em relação ao salário mínimo (0,23%).

Detalhes: Parlamento com 630 deputados e 315 senadores, totalizando 945 parlamentares, quase o dobro do Brasil, mas com custo relativo menor.

Outros países

Dados específicos para os próximos quatro Congressos mais caros não estão disponíveis nas fontes fornecidas. No entanto, com base em estudos anteriores:

7. França

Custo por habitante de R$ 34,00, com 924 parlamentares (577 deputados e 347 senadores), custando 7,4 vezes menos que o Brasil por parlamentar.

8. Reino Unido

Custo por parlamentar de US$ 360 mil por ano, 20 vezes menos que o Brasil, com 650 deputados na Câmara dos Comuns e cerca de 800 lordes.

9. Espanha

Custo por parlamentar equivalente a 56 salários mínimos anuais, 37 vezes menos que o Brasil (2.068 salários mínimos).

10. Argentina

Custo por parlamentar de 264 salários mínimos anuais, com custo relativo de 228 vezes a renda média local.

Esses países provavelmente ocupam as posições seguintes, mas os valores absolutos exatos não foram fornecidos para 2025, e os rankings podem variar dependendo do critério (absoluto, por habitante ou por renda média).

Observações:

Fontes limitadas: As fontes disponíveis não fornecem uma lista completa e atualizada dos 10 Congressos mais caros para 2025. Os dados mais recentes sobre os cinco primeiros são de um post no X, complementados por estudos de 2018 à 2023. Portanto desatualizado.

Comparação relativa: O Brasil se destaca negativamente quando o custo é ajustado por renda média ou PIB per capita, devido à baixa renda da população em comparação com os gastos legislativos.

Críticas e sugestões: Especialistas sugerem reduzir custos cortando “penduricalhos” (benefícios extras), cargos comissionados (que representam grande parte dos 20 mil servidores) e revisando orçamentos, em vez de reduzir o número de parlamentares, para manter a representatividade.

Falta de transparência: A ausência de indicadores claros de eficiência legislativa dificulta avaliar se o alto custo se justifica pela produção legislativa. Na Câmara apesar de desatualizado, ainda traz mais informações. Já no Portal do Senado, a busca por informações são mais limitadas e burocráticas.

Fonte: Portal da Transparência – Congresso Nacional – Rede X 

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