Anvisa recebe pedido de registro definitivo da vacina de Oxford

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comunicou nesta sexta-feira (29) que recebeu o pedido de registro definitivo da vacina produzida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica britânica AstraZeneca, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O pedido de registro definitivo é diferente da autorização de uso emergencial, que já foi obtida pelo consórcio. Enquanto, no último, a imunização pode ser feita apenas em grupos específicos, na permissão definitiva o grupo responsável pelo imunizante pode vacinar qualquer indivíduo e comercializar o produto.

Enquanto a autorização emergencial teve sua análise realizada em cerca de 10 dias, o registro definitivo tem um processo de avaliação mais longo, de até 60 dias. Em comunicado, a agência declarou que buscará concluir o procedimento em menos tempo. “Devido ao estágio das avaliações já realizadas, buscando superar os prazos legais estabelecidos, a Anvisa manterá total prioridade na análise para fins de concluir o processo no menor tempo possível”, diz a nota da agência.

Como a Anvisa adotou uma dinâmica contínua, o consórcio Oxford/AstraZeneca e a Fiocruz já vem apresentando documentações sobre a vacina. O primeiro pacote de informações foi entregue à agência reguladora em outubro do ano passado. Depois de entregar 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca importadas da Índia, a Fiocruz aguarda a chegada de lotes do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para produzir novos lotes. A perspectiva da fundação é que sejam fabricadas até 50 milhões de doses até abril e 100,4 milhões até julho deste ano.

Ministério confirma compra de mais 54 milhões de doses da CoronaVac

O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (29) a opção de compra de mais 54 milhões de doses da vacina contra a covid-19 CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Em vídeo divulgado pela assessoria do ministério, o secretário executivo da pasta, Élcio Franco, comunicou o posicionamento e declarou que haverá esforços para agilizar o registro definitivo do imunizante.

“Estamos solicitando o cronograma à Fundação Butantan para podermos celebrar o contrato já na semana que vem. E também solicitando a antecipação do registro junto à Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para iniciarmos a vacinação em massa da população brasileira”, disse.

No contrato entre o ministério e o Instituto Butantan, por meio de sua fundação, a pasta havia adquirido um lote inicial de 46 milhões, com possibilidade de compra das mais 54 milhões de doses, totalizando 100 milhões ainda neste ano. O ministério teria até maio para comunicar a opção de compra, mas nos últimos dias, o Instituto Butantan oficiou o ministério solicitando que o posicionamento fosse dado logo de modo a permitir um melhor planejamento da fabricação de imunizantes pelo órgão.

Vírus em Manaus pode resistir a imunidade criada por infecções anteriores

A cepa do coronavírus identificada no Amazonas pode contaminar pessoas com imunidade criada por infecções anteriores, de acordo com artigo científico publicado na revista científica britânica The Lancet na última 4ª feira (27.jan.2021). O estudo foi produzido por 23 cientistas de diferentes países, incluindo pesquisadores brasileiros da Ufam (Universidade Federal do Amazonas). O título do artigo é “Ressurgimento do covid-19 em Manaus, apesar da alta soroprevalência”. A pesquisa se baseia no números de casos, hospitalizações e mortes por covid-19 para analisar as características de transmissibilidade das linhagens do coronavírus em circulação na capital amazonense. De acordo com os cientistas, as festas de fim de ano aceleraram a disseminação do vírus na cidade. Os pesquisadores alertam, no entanto, que esse não é o único motivo para o recrudescimento da pandemia em Manaus. O estudo aponta que uma análise feita de doadores de sangue na capital do Amazonas mostrou que 76% da população já havia sido infectada com Sars-CoV-2 em outubro de 2020. Segundo eles, o percentual de pessoas contaminadas estaria acima do limite teórico da imunidade de rebanho (aproximadamente 67%). Por isso, afirmam que a variante amazônica pode resistir à imunidade apresentada por pessoas que já foram infectadas.

As novas linhagens do coronavírus, de acordo com a análise, possuem proteínas capazes de ignorar qualquer rastro de anticorpos que foram produzidos na 1ª infecção. Os cientistas também apontam, no entanto, que o número de pessoas que foram diagnosticadas com a covid-19 na capital do Amazonas pode ter sido subestimado. Outro fator levantado pela pesquisa é que o tempo decorrido do pico da 1ª onda da pandemia na cidade, em abril, até as festas de final de ano pode ter causado uma perda da imunidade coletiva. “Os anticorpos criados na primeira infecção talvez não durem muito tempo, e, em dezembro, uma porcentagem maior da população estaria desprotegida”, afirma trecho do estudo. Os cientistas concluem que as linhagens que circulam na 2ª onda em Manaus podem ter transmissibilidade inerente mais alta do que as linhagens preexistentes que circulam na capital do Amazonas. Os autores pedem que a comunidade científica investigue rapidamente as características genéticas, imunológicas, clínicas e epidemiológicas das linhagens do coronavírus que circulam em Manaus. Os cientistas ainda destacam a necessidade de orientar laboratórios que produzem vacinas para que incluam as novas variantes no sistema “central” dos imunizantes.

CEPA AMAZÔNICA: Análises feitas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) apontam que a variante do coronavírus foi identificada pela 1ª vez em 4 pessoas que estiveram em viagem no Brasil e chegaram a Tóquio, no Japão, no início de janeiro. As autoridades sanitárias japonesas informaram ao Ministério da Saúde em 9 de janeiro que a nova variante possui 12 mutações, sendo que uma delas é a mesma encontrada em variantes já identificadas no Reino Unido e na África do Sul.

Primeira edição do Enem digital começa a ser aplicada amanhã

A primeira edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital começa neste domingo (31). O exame será aplicado de forma piloto para um número reduzido de participantes, mas já poderá ser usado para concorrer a vagas no ensino superior. Ao todo, estão inscritos 93 mil estudantes em 104 cidades. Embora seja feito pelo computador, os candidatos deverão ir até os locais de prova e, assim como no Enem impresso, levar caneta esferográfica de cor preta. Neste primeiro dia de aplicação, os participantes farão as provas de linguagens, ciências humanas e redação. No segundo dia, que será no dia 7 de fevereiro, os candidatos farão as questões de matemática e ciências da natureza. O número de questões objetivas (90 por dia), o tempo para fazer as prova e os horários de aplicação serão os mesmos do Enem impresso: cinco horas e meia no primeiro dia e cinco horas no segundo. Os portões abrem às 11h30 e fecham às 13h (horário de Brasília).

A diferença é que a prova será feita pelo computador. As questões objetivas serão todas marcadas na tela, e os participantes não precisarão preencher o cartão-resposta à mão. A redação, no entanto, será escrita à mão, por isso a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, é obrigatória. O tema e os textos motivadores estarão na tela. A correção também será feita da mesma forma que o Enem impresso. No segundo dia de exame, a caneta também poderá ser usada. Os participantes receberão uma folha de rascunho para fazer os cálculos das provas de exatas à mão, caso desejem.

O que levar: A lista do que pode ou não também é semelhante ao Enem impresso. Por conta da pandemia do novo coronavírus, o Enem terá regras especiais de biossegurança. Este ano, além do documento oficial de identificação com foto e da caneta esferográfica de tinta preta, em material transparente, itens obrigatórios também nos exames anteriores, a máscara de proteção facial passa a integrar essa lista. É recomendado que os participantes levem máscaras extras para trocar durante a prova. Haverá nos locais de prova álcool em gel para que os estudantes higienizam as mãos, mas é permitido que os participantes levem seu próprio produto caso desejem.

Os participantes podem levar também a própria água e/ou bebidas não alcoólicas e lanche. Além disso, caso necessitem comprovar que participaram do exame, os estudantes podem imprimir, na Página do Participante, a Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha. A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho. É importante lembrar que participantes que estiverem com sintomas de covid-19 ou de outra doença infectocontagiosa não devem comparecer ao exame. A medida é necessária para que o vírus não se espalhe e mais pessoas sejam contaminadas. Nesses casos, os candidatos poderão fazer a prova na data da reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro. Para isso, poderão fazer o pedido pela Página do Participante. A data para que isso seja feito ainda será divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Vídeo explicativo: Os locais de prova estão disponíveis no cartão de confirmação de inscrição, na Página do Participante. Também está disponível um vídeo que explica em detalhes como será o exame. Para garantir a segurança, os participantes receberão, no dia da prova, um código que precisarão digitar na tela antes de começar o exame e também quando finalizarem as provas. Os computadores só terão acesso às provas. Os candidatos não terão acesso, por exemplo, à internet ou à calculadora. Na tela, quando a prova começar, aparecerão todas as questões. Será possível clicar em qual deseja acessar. O sistema também permite que o candidato escreva na tela com o mouse e que marque as questões para depois poder voltar nelas, por exemplo.

O diretor de Tecnologia e Disseminação de Informações Educacionais do Inep, Camilo Mussi, reforça a importância de que os participantes vejam o vídeo com antecedência. “É importante que todos vejam esse vídeo com calma, mais de uma vez, para que cheguem na prova com tranquilidade. O sistema é muito interativo e muito amigável, mas se tiver visto o vídeo antes, vai ser muito melhor”, diz. Chegar cedo no Enem digital também pode fazer diferença. Antes de começar o exame, os participantes terão que ler uma série de instruções na tela. “O participante, chegando com antecedência, sentando no computador, terá a opção de ler as instruções da prova já. Não poderá acessar a prova, mas poderá, com calma, ler as instruções”, acrescenta Mussi.

Enem 2020: O Inep vai divulgar os cadernos de provas do Enem digital logo após o fim das aplicações, no dia 31 e no dia 7 de fevereiro. Eles estarão disponíveis no site do Inep. Ao contrário do Enem impresso, já que a prova será no computador, os participantes não poderão levar os cadernos de prova. Os candidatos podem, no entanto, anotar as respostas na folha de rascunho. Os gabaritos oficiais serão divulgados até 10 de fevereiro. O Enem 2020 tem uma versão impressa, que foi aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma versão digital. Cerca de 2,5 milhões de estudantes fizeram as provas do Enem impresso, o que corresponde a menos da metade dos inscritos. A aplicação piloto do Enem digital deverá ser o início de mudanças no exame nacional. A intenção é que o exame seja totalmente digital até 2026. O exame, tanto o impresso quanto o digital, foi suspenso no estado do Amazonas e o impresso foi suspenso em Rolim de Moura (RO) e em Espigão D’Oeste (RO) devido aos impactos da pandemia nessas localidades. Esses estudantes poderão fazer as provas também na data de reaplicação. Segundo o Ministério da Educação, foram cerca de 20 ações judiciais, em todo o país, contrárias à realização do exame.

Conta de luz seguirá com bandeira amarela em fevereiro

A bandeira tarifária das contas de luz permanecerá na cor amarela em fevereiro, informou nesta sexta-feira (29) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com isso, o preço da energia fica em R$ 1,34 para cada 100 quilowatts consumidos por hora. O valor é o mesmo que havia sido estabelecido para janeiro. Segundo a agência, apesar de fevereiro ser um mês tipicamente mais chuvoso, os reservatórios das hidrelétricas seguem em recuperação lenta, o que demanda maior contenção do consumo.

“A combinação de reservatórios baixos com a perspectiva de chuvas abaixo da média histórica sinaliza patamar desfavorável de produção de energia pelas hidrelétricas, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF)”, informou a Aneel.  O sistema de bandeiras é utilizado para gerir o valor cobrado aos consumidores a partir das condições de geração de energia. Quando o quadro piora, a bandeira pode ser alterada em uma escala que vai de verde (sem taxa extra) para amarela (taxa extra de R$ 1,34 por 100 Kw/h) e, no pior cenário, para a vermelha (R$ 6,2 por 100 Kw/h).

Contas públicas têm déficit de R$ 702,9 bilhões em 2020

As contas públicas fecharam o ano de 2020 com saldo negativo recorde devido à queda na atividade econômica, e consequentemente na arrecadação, e às despesas extraordinárias necessárias para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (covid-19). O setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, apresentou déficit primário de R$ 702,950 bilhões no ano passado, o pior resultado da série histórica iniciada em dezembro de 2001, e que representa 9,49% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

Foi o sétimo ano consecutivo de resultados negativos nas contas públicas, com alta de R$ 641,078 bilhões em relação a 2019, quando o déficit primário foi de R$ 61,872 bilhões, o que corresponde a 0,84% do PIB. Os dados estão no relatório das Estatísticas Fiscais divulgado hoje (29) pelo Banco Central (BC). De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, só as despesas federais para combate à pandemia representaram cerca de R$ 524 bilhões dessa diferença interanual. “Para as demais diferenças, tem a piora da própria situação econômica da recessão que abateu o país no ano passado”, explicou. A meta para 2020 era de déficit primário de R$ 118,9 bilhões. Entretanto, o decreto de calamidade pública em razão da pandemia da covid-19 dispensou o governo de cumprir a meta.

Déficit: O déficit primário representa o resultado negativo das contas do setor público (despesas menos receitas) desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. O montante difere do resultado divulgado ontem (29) pelo Tesouro Nacional, de déficit de R$ 743,087 bilhões em 2019, porque, além de considerar os governos locais e as estatais, o BC usa uma metodologia diferente, que considera a variação da dívida dos entes públicos. No ano passado, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional), onde se concentram os gastos com a pandemia, apresentou déficit primário de R$ 745,266 bilhões, ante R$ 88,899 bilhões em 2019. Já os governos locais tiveram superávit, devido, principalmente, aos repasses federais de cerca de R$ 78 bilhões para combater os efeitos da crise.

Segundo Rocha, em conjunto, no setor público consolidado, o resultado dessas transferências não tem impacto, mas quando se olha individualmente, ele explica a manutenção dos superávits dos governos regionais. Os governos estaduais registraram superávit de R$ 38,286 bilhões em 2020; em 2019, o superávit para esses entes havia sido de R$ 16,248 bilhões. Os governos municipais também registraram superávit de R$ 462 milhões no ano passado. Em 2019, houve déficit de R$ 1,051 bilhão. No caso das empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, o superávit primário foi de R$ 3,567 bilhões no ano passado. O déficit das contas públicas em dezembro de 2020 chegou a R$ 51,837 bilhões, contra o resultado negativo de R$ 13,513 bilhões em igual período de 2019.

Despesas com juros:  gasto com juros somou R$ 312,427 bilhões em 2020, o menor da série histórica, contra R$ 367,282 bilhões em 2019. A queda foi influenciada pela redução dos juros básicos da economia, a Selic, fixados atualmente pelo BC em 2% ao ano, também a mínima histórica. De acordo com Rocha, em 2019 a taxa Selic efetiva foi de 5,6%, enquanto em 2020 foi de 2,76%. Por outro lado, houve aumento das despesas com juros influenciado pelas operações do BC no mercado de câmbio (swap cambial). Os resultados dessas operações são transferidos para o pagamento dos juros da dívida pública. De acordo com Rocha, em 2019, houve perdas de R$ 7,6 bilhões com swap, enquanto em 2020 essas perdas chegaram a R$ 40,8 bilhões. “Se retirasse esse efeito das despesas com swap dos dois anos, a redução dos juros, que foi de R$ 54,9 bilhões, teria sido ainda maior”, disse.

No ano passado, o déficit nominal, formado pelo resultado primário e os gastos com juros, ficou em R$ 1,015 trilhão, contra o resultado negativo de R$ 429,154 bilhões em 2019. O resultado nominal é levado em conta pelas agências de classificação de risco ao analisar o endividamento de um país, indicador levado em consideração por investidores. “O crescimento do déficit nominal do setor público consolidado em 2020, para 13,7% do PIB, decorreu exclusivamente da elevação do déficit primário, uma vez que os juros nominais, seguindo a trajetória de redução iniciada em 2016, alcançaram o menor valor, como percentual do PIB, da série histórica anual iniciada em 2002, 4,22%”, reforçou o BC sobre a queda dos juros.

Dívida pública: A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 4,670 trilhões em dezembro de 2020, o que corresponde 63% do PIB, o maior percentual da série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001. Em dezembro de 2019, esse percentual estava em 54,6%. No final de 2020, a dívida bruta – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 6,615 trilhões ou 89,3% do PIB, contra 74,3% em dezembro de 2019. Esse é o maior percentual da série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2006. Assim como o resultado nominal, a dívida bruta é usada para traçar comparações internacionais.

Bolsonaro chama Mourão de ‘palpiteiro’ e nega troca no Itamaraty

O presidente Jair Bolsonaro se referiu ao vice Hamilton Mourão como “palpiteiro” ao reclamar da declaração do general sobre a provável demissão do chanceler Ernesto Araújo em uma reformulação ministerial a ser feita após as eleições do Congresso. A insatisfação com o vice foi manifestada nesta quinta-feira, 28, um dia depois do comentário de Mourão sobre o ministro das Relações Exteriores. Mais cedo, o site O Antagonista havia mostrado que o chefe da assessoria parlamentar da Vice-Presidência teria procurado o chefe de gabinete de um deputado para tratar de eventual impeachment de Bolsonaro. Mourão disse que não autorizou a articulação e anunciou a demissão do auxiliar.

“O que menos precisamos é de palpiteiro no tocante à formação do meu ministério. Todos os 23 ministros eu que escolho e mais ninguém. Se alguém quiser escolher ministro, que se candidate em 2022 e boa sorte em 2023”, afirmou o presidente ao ser perguntado por um apoiador sobre o comentário de Mourão. Bolsonaro disse que a única substituição ministerial prevista é na pasta atualmente comandada por um interino. A Secretaria-Geral da Presidência é dirigida por Pedro César Nunes Ferreira Marques de Souza desde que o então ministro Jorge Oliveira deixou o cargo, em dezembro, para assumir uma cadeira no Tribunal de Contas da União (TCU).

“O vice falou que eu estou para trocar o chefe do Itamaraty. Quero deixar muito claro uma coisa: tenho 22 ministros efetivos e um que é interino. Aí que podemos ter um nome diferente ou a efetivação do atual. Toda semana recebo da mídia informações de que vão ser trocados ministros, tentando sempre semear a discórdia no nosso governo. Lamento que gente do próprio governo agora passe a dar palpites no tocante à troca de ministros”, reclamou Bolsonaro. A afirmação de que Ernesto Araújo poderia ser exonerado foi feita por Mourão em entrevista à Rádio Bandeirantes, na quarta-feira, 27. A ideia da troca do ministro das Relações Exteriores, no entanto, também encontra eco dentro do governo, na chancelaria e mesmo no Centrão. Integrante da ala ideológica, Ernesto desagrada a militares, empresários e ruralistas. O vice-presidente já reclamou da falta de diálogo com o chefe do Executivo, mas tem defendido o governo. Em entrevista ao Estadão, no último dia 15, Mourão rechaçou a tese de impeachment. “Deixa o cara governar, pô!”, afirmou ele. “Não vejo hoje que haja condição de prosperar qualquer pedido de impeachment contra o presidente Bolsonaro”.

Estado de São Paulo cancela ponto facultativo no carnaval

O governo estadual de São Paulo decidiu não conceder ponto facultativo nos dias de carnaval. A medida, segundo o governo paulista, é para impedir o avanço do novo coronavírus. Com isso, os trabalhadores de repartições e dos serviços públicos de São Paulo vão ter expediente normal e regular nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro.  O objetivo é impedir aglomerações comuns em festejos de carnaval, bem como evitar a circulação de pessoas e evitar a transmissão do vírus, que vem crescendo em todo o país.

O carnaval é uma data que varia de cidade a cidade do país: em alguns locais é feriado. Em outros, como no estado e na cidade de São Paulo, a data é ponto facultativo. Cada um dos 645 prefeitos de São Paulo tem a prerrogativa de decidir se vai ou não dar o ponto facultativo no Carnaval. A prefeitura de São Paulo, por sua vez, ainda não definiu se vai ou não conceder o ponto facultativo, mas já havia anunciado, no ano passado, que não haveria festejos nessa data e que adiaria a festa para controle da pandemia . A nova data para o Carnaval na cidade de São Paulo ainda não foi definida.

Justiça derruba liminar e permite retomada das aulas presenciais em SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) derrubou hoje (29) a liminar que havia suspendido a retomada de aulas e atividades presenciais nas escolas públicas, privadas, estaduais e municipais no estado de São Paulo. A liminar que suspendia as aulas presenciais valia para as localidades em áreas classificadas nas fases vermelha e laranja do Plano São Paulo, que são de alerta máximo e de controle. Com a nova decisão, nesta sexta-feira, a Justiça atendeu a um pedido do governo de São Paulo, autorizando o retorno das aulas presenciais nas fases mais restritivas do Plano SP.

De acordo com a decisão do presidente do TJ-SP, Geraldo Francisco Pinheiro Franco, “existe a preocupação do estado, mas sempre prepondera a decisão das famílias. Assim, a decisão final a respeito da participação de cada aluno nas atividades escolares presenciais cabe às famílias”.

Além de afirmar que a decisão do governo estadual “está cercada de todas as cautelas necessárias para a proteção contra o contágio pela covid-19”, Franco acrescenta um questionamento: “o que pode justificar a escola fechada e inúmeros estabelecimentos de outra natureza abertos, ainda que com algumas restrições? Em realidade, e com todo o respeito, o apontado raciocínio levaria, em última análise, ao lockdown, que não cabe ao Judiciário decretar”. O governo do estado informou, em nota, que reverteu a decisão judicial que suspendia o retorno das aulas presenciais para o dia 8 de fevereiro. Com isso, as 5,1 mil escolas da rede estadual ficam autorizadas a iniciar o ano letivo a partir do dia 8, enquanto que unidades particulares e municipais podem retomar antes.

Brasil: Covid-19: mortes somam 222,6 mil e casos, 9,1 milhões

O número de pessoas que não resistiram à covid-19 subiu para 222.666. Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.119 mil mortes. Foi o 4o dia seguido com mais de 1.100 óbitos por dia. Ontem, o painel do Ministério da Saúde trazia 221.547 mortes. Ainda há 2.871 falecimentos sendo investigados por equipes de saúde. Já o total de pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 9.118.513. Entre ontem e hoje, foram confirmados pelas autoridades de saúde 59.826 novos diagnósticos positivos de covid-19. Ontem, o sistema de dados do Ministério marcava 9.058.687 casos acumulados.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta sexta-feira (29). O balanço é produzido a partir das informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde sobre casos e mortes. Ainda há 935.204 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde. Outras 7.960.643 pessoas já se recuperaram da doença. Em geral, os registros de casos e mortes são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao Ministério da Saúde.

Covid nos Estados

Na lista de estados com mais mortes, São Paulo ocupa a primeira posição (52.722), seguido por Rio de Janeiro (29.563), Minas Gerais (14.819), Rio Grande do Sul (10.615) e Ceará (10.449). As Unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (861), Acre (849), Amapá (1.057), Tocantins (1.371) e Rondônia (2.216). Em número de casos, São Paulo também lidera (1,75 milhão), seguido por Minas Gerais (721,9 mil), Bahia (581,8 mil), Santa Catarina (573,1 mil) e Paraná (543,5 mil).

Coronavírus em SC: Governo do Estado publica portarias consolidando regras sanitárias


Foto:  Ricardo Wolffenbuttel / Secom

A Secretaria de Estado da Saúde publicará no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira, 29, uma série de portarias que consolidam as regras sanitárias das atividades exercidas em Santa Catarina.

No total, são 11 portarias que condensam os regramentos já vigentes. Na prática, não há alterações no que já havia sido determinado pelas portarias publicadas em 2020. “O objetivo desse trabalho foi reunir os regramentos vigentes para as diversas atividades em documentos únicos para cada segmento”, destacou o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.

A publicação das portarias reunindo toda a legislação tem como objetivo facilitar a compreensão por parte da população. Foram reunidos em documentos únicos os regramentos para atividades industriais, funcionamento de serviços essenciais, cinemas na modalidade drive-in, frigoríficos, serviços de alimentação, shoppings e galerias, entre outros

Confira as portarias:

portaria 81/2021 revogou a portaria 664/2020, que criava restrições para a prática do futebol recreativo.

82/2021- Regras em Serviços de Alimentação
83/2021 – Regras sobre auto escolas
84/2021 – Regras sobre shoppings centers e galerias
85/2021 – Regras sobre atividades de pesca
86/2021 – Regras para agências e correspondentes bancários
87/2021 – Regras para atividades industriais
88/2021 – Regras sobre funcionamento de frigoríficos
89/2021 – Regras para funcionamento de cursos livres, incluindo pré-vestibulares
90/2021 – Regras de Funcionamento dos serviços de drive-In 
91/2021 – Regras sanitárias em serviços essenciais

SC: Estado confirma 573.104 casos, 551.064 recuperados e 6.298 mortes por Covid-19

O Governo do Estado relatou que há um total de 573.104 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus em Santa Catarina, dos quais 551.064 estão recuperados e 15.742 permanecem em acompanhamento. O balanço foi divulgado nesta sexta-feira, 29. Desde o início da pandemia, 6.298 mortes foram causadas pela doença respiratória. A taxa de letalidade atual é de 1,1%.

Esses números representam um aumento de 239 no número de casos ativos e há 34 óbitos a mais em comparação com a última atualização diária. Registrou-se um crescimento de 3.428 na quantidade de confirmados. Já a estimativa de recuperados subiu 3.155.

>>> Confira aqui o boletim diário desta sexta-feira, 29
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

Já foram confirmados casos em todos os 295 municípios catarinenses e 270 cidades registraram pelo menos um óbito. O Governo do Estado estima que haja 280 com casos ativos. A cidade com a maior quantidade de confirmações de infecção pelo novo coronavírus é Joinville, que registra 53.358 casos, seguida por Florianópolis (50.039), Blumenau (30.300), São José (22.766), Criciúma (21.035), Palhoça (16.843), Balneário Camboriú (16.731), Itajaí (15.977), Chapecó (15.538) e Brusque (15.490).

Atualmente, há 1.527 leitos de UTI ativos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado, dos quais 1.147 estão ocupados, sendo 455 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19. A taxa de ocupação geral é de 75,1% e há 380 leitos livres atualmente.

Paraná: Estado acumula 539.442 casos confirmados e 9.848 óbitos pela Covid-19

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta sexta-feira (29) mais 3.091 novos diagnósticos e 45 mortes pela Covid-19 no Paraná. O Estado acumula 539.442 casos confirmados e 9.848 óbitos em decorrência da doença, desde o início da pandemia. Há ajuste ao final do texto. Os casos divulgados nesta sexta-feira são de janeiro de 2021 (3.037) e dos seguintes meses de 2020: julho (1), agosto (1), setembro (2), outubro (4), novembro (8), dezembro (38).

INTERNADOS – O informe desta sexta-feira relata que há 1.367 pacientes com diagnóstico confirmado internados. São 1.145 pacientes em leitos SUS (586 em UTI e 559 em enfermaria) e 222 em leitos da rede particular (94 em UTI e 128   em enfermaria). Há outros 1.251 pacientes internados, 508 em leitos UTI e 743 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos da rede pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A secretaria estadual informa a morte de mais 45 pacientes. São 16 mulheres e 29 homens, com idades que variam de 36 a 98 anos. Os óbitos ocorreram em: janeiro de 2021 (41) e nos seguintes meses de 2020: agosto (1), setembro (1), novembro (1) e dezembro (1). Os pacientes que foram a óbito residiam em Curitiba (8), Ponta Grossa (3), Cambé (2), Carambeí (2) e Guarapuava (2). A Secretaria da Saúde registra, ainda, a morte de uma pessoa em cada um dos municípios de Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Alvorada do Sul, Assaí, Assis Chateaubriand, Colombo, Conselheiro Mairinck, Foz do Iguaçu, Ibiporã, Jaguariaíva, Kaloré, Mandaguari, Mandirituba, Ouro Verde do Oeste, Palmital, Paranaguá, Pato Branco, Piraí do Sul, Porecatu, Santa Fé, Santo Antonio da Platina, São Pedro do Iguaçu, Telêmaco Borba, Tibagi, Toledo, Ubiratã, União da Vitória e Vitorino.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Saúde registra 4.126 casos de residentes de fora, sendo que 75 pessoas foram a óbito.

Paraná: 136,2 mil pessoas já foram vacinadas  

As 399 prefeituras do Paraná vacinaram 136.226 pessoas contra a Covid-19 até esta sexta-feira (29), o que representa 62,1% das 219.271 doses distribuídas pelo Governo do Estado até o momento. Os imunizantes foram aplicados em profissionais de saúde, pessoas em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), pessoas com deficiência severa e indígenas. A conta leva em consideração as 132.771 doses da CoronaVac/Instituto Butantan – aproximadamente a metade do primeiro lote 265.600 e as 86.500 doses desenvolvidas pela Oxford/AstraZeneca/Fiocruz. A terceira remessa, com 19.600 doses da CoronaVac, começou a chegar em sete Regionais de Saúde apenas nesta sexta e não foram incluídas no cálculo.

O balanço foi divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde a partir de um levantamento interno realizado com as regionais e os respectivos municípios. Nos próximos dias ele estará no sistema integrado do Ministério da Saúde, que ainda está indisponível, o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). O DataSUS, sistema macro no qual está o SI-PNI, desenvolveu um módulo especial para receber os dados de todos os estados e que contempla informações como registro de vacinados, público-alvo, origem e lote de vacinas.

De acordo com o levantamento, as 136.226 aplicações foram divididas entre 119.911 profissionais de saúde, 7.067 indígenas, 136 pessoas com deficiência severa e 9.112 idosos asilados e profissionais cuidadores. São 22.397 vacinas a mais do que o último boletim, divulgado nesta quinta-feira (28). Os números representam 39,5% dos 303.026 profissionais da saúde, 66,8% dos 10.565 indígenas e 74,6% dos idosos em ILPIs, levando em consideração apenas os asilados, e não os profissionais, que também estão sendo imunizados. Os dados são um comparativo com os números divulgados no Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19 e a atualização na quantidade de profissionais de saúde (antes eram 272.817).

Agência europeia recomenda aprovação da vacina de Oxford

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) recomendou hoje (29) a aprovação da vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford contra covid-19 para pessoas com mais de 18 anos, incluindo idosos. O imunizante é o terceiro a ser liberado para uso na União Europeia. A EMA reconheceu que ainda não houve resultados suficientes sobre pessoas com mais de 55 anos para determinar como a vacina funcionaria para este grupo, mas afirmou que a proteção é esperada e que a Oxford/AstraZeneca pode ser dada a pessoas mais velhas. “Com esta terceira opinião positiva, expandimos ainda mais o arsenal de vacinas disponíveis para os Estados-membros da UE e da AEE para combater a pandemia e proteger seus cidadãos”, disse Emer Cooke, diretor-executivo da EMA.

As preocupações sobre a eficácia em idosos foram levantadas na quinta-feira, quando o comitê de vacinas da Alemanha disse que o imunizante deveria ser administrado apenas em pessoas com idade entre 18 e 64 anos, devido à falta de dados sobre sua eficácia em pessoas mais velhas. A vacina Oxford/AstraZeneca é o principal imunizante que deve abastecer o Programa Nacional de Imunizações do Brasil, com 210 milhões de doses ao longo de 2021. A produção no país se dará em um processo de transferência de tecnologia, na Fundação Oswaldo Cruz, que vai se tornar autossuficiente na produção da vacina no segundo semestre deste ano. Em nota, a fundação reforçou que a vacina Oxford/AstraZeneca é segura para ser administrada em idosos e produziu anticorpos em 100% das pessoas com mais de 65 anos que foram incluídas nos estudos clínicos de fase 2. Nos estudos clínicos de fase 3, esse grupo representou apenas 8% dos voluntários, quantidade que foi considerada estatisticamente pequena para calcular a eficácia específica em idosos.

A primeira agência reguladora a aprovar a utilização emergencial da vacina foi a MHRA, do Reino Unido, que indicou a vacina para todas as pessoas maiores de 18 anos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também recomendou o uso emergencial da vacina para adultos, sem limite superior de idade. A agência brasileira determinou que mais dados sobre a população idosa deveriam ser fornecidos pelos pesquisadores da vacina. A Fiocruz explica que os estudos de fase 3 seguem em andamento, com inclusão de mais voluntários idosos e a produção dos dados adicionais pedidos pela Anvisa. “Mais dados deverão ser disponibilizados em breve, quando se terá número de participantes suficiente para uma estimativa estatística significativa de sua eficácia neste sub-grupo de idade”, afirma a fundação. “De toda forma, para a vacina de Oxford/AstraZeneca, as evidências apresentadas já confirmam a segurança e a imunogenicidade (produção de anticorpos) da vacina para idosos”.

OMS: Covax enviará vacinas para 3% dos países pobres no 1º semestre

O esquema global de compartilhamento de vacinas Covax planeja enviar vacinas contra a covid-19 suficientes para cobrir cerca de 3% das populações de países de baixa renda na primeira metade do ano, disse hoje (29), em Jacarta, uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS). A Covax, coliderada pela aliança de vacinas Gavi, pela OMS e outros, quer entregar ao menos dois bilhões de doses em todo o mundo este ano, e disse que até 1,8 bilhão de doses estarão disponíveis para 92 países mais pobres, o que corresponderia a aproximadamente 27% da cobertura destes países.

Faltam recursos: Mas o esquema enfrenta dificuldades para garantir vacinas suficientes devido a uma escassez de recursos, problemas de produção e acordos bilaterais entre países ricos e farmacêuticas que provocam temores de uma distribuição desigual. Diah Saminarsih, conselheira sênior do diretor-geral da OMS, disse à agência de notícias Reuters, em uma entrevista, que os 92 países provavelmente receberão vacinas suficientes para 3% de suas populações até o fim do primeiro semestre. “Este é o nosso compromisso. Parece impossível a OMS recuar em sua promessa”, disse ela. Atualmente, a OMS está analisando onze vacinas para uso emergencial, acrescentou. Alguns países mais pobres, com capacidade regulatória limitada, dependem de autorizações da OMS para realizar vacinações.

FÓRMULA 1

Corridas de F1 voltarão a começar na hora e treino será encurtado

Os Grandes Prêmios de Fórmula 1 voltarão a começar na hora nesta temporada, e não dez minutos depois, já que se descartou um cronograma anterior concebido para dar às emissoras mais tempo para estimular o público. A decisão, anunciada nesta sexta-feira (29) pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e pela F1, uma propriedade da Liberty Media, reverte uma mudança adotada em 2018. A F1 disse que a alteração ajudará as equipes sob pressão de tempo no dia da corrida e simplificará o cronograma. A maioria das corridas europeias começará às 15h locais.

Agora, as sessões de treino às sextas-feiras terão uma hora de duração, a mesma da sessão de sábado, e não mais 90 minutos. “Esta redução para uma hora no tempo de treino obrigará as equipes a extrair mais ação na pista para colocar seus carros na posição ideal para a classificação e a corrida”, informou o site oficial da F1. A modalidade justificou o início 10 minutos depois da hora em 2018 dizendo que as emissoras tendiam a entrar ao vivo na hora exata e perdiam “a tensão e a emoção que caracterizam os minutos antes da largada”. “Graças a esta mudança, os telespectadores serão aproximados das equipes e dos pilotos e desfrutarão totalmente do espetáculo oferecido pouco antes de as luzes vermelhas se apagarem”, explicou-se à época. A temporada de 23 provas começa no Barein em 28 de março com uma corrida iniciada após o pôr do sol.

FUTEBOL

Glória Eterna: Santos e Palmeiras decidem Libertadores no Maracanã

A constelação de craques que Palmeiras e Santos ostentaram entre os anos 50 e 60 fez com que o encontro entre alviverdes e alvinegros ganhasse o apelido de “Clássico da Saudade”. Seis décadas após embates que reuniam gênios como Ademir da Guia e Dudu de um lado, e Pelé e Coutinho de outro, os rivais paulistas irão protagonizar, provavelmente, o principal embate em mais de cem anos de história. Neste sábado (30), Verdão e Peixe decidem, às 17h (horário de Brasília), no Maracanã, no Rio de Janeiro, o campeão da edição 2020 da Libertadores. O Palmeiras busca o segundo título continental na história. Em 1999, o Verdão superou o Deportivo Cali (Colômbia) na final e levantou a taça. A equipe da capital paulista ainda esteve em outras três finais (1961, 1968 e 2000). O Santos, que também disputa sua quinta decisão, mira o tetracampeonato, podendo se isolar como a equipe brasileira com mais títulos de Libertadores – hoje, o posto é dividido com São Paulo e Grêmio, ambos também tricampeões. O Peixe levou a melhor em 1962, 1963 e 2011, sendo vice em 2003.

A edição de 2019, vencida pelo Flamengo em Lima (Peru), foi a última com jogos de ida e volta. A final da Liberta nesta tarde no Maracanã será a primeira em jogo único. Quis o destino que o novo formato de decisão de título em solo fluminense fosse 100% brasileira. Apesar de não terem times cariocas envolvidos, Palmeiras e Santos estão longe de serem estranhos naquele que outrora foi o maior estádio do mundo. Ambos já tiveram o gostinho de levantar taças no Maracanã, e mais de uma vez. Além de se garantir na edição de 2021 da Libertadores, o campeão será o representante da América do Sul no Mundial de Clubes, que será realizado entre 4 e 11 de fevereiro no Catar. Palmeiras ou Santos entrarão direto na semifinal do torneio, tendo pela frente o vencedor entre Tigres (México) ou Ulsan Hyundai (Coreia do Sul) no próximo dia 7, no Education City Stadium, em Doha (Catar), às 15h.

Chapecoense vence e é campeã da Série B no saldo de gols

O dia 29 de janeiro de 2021 ficará marcado na história da Chapecoense. Em mais uma noite surreal de futebol, o Verdão do Oeste entrou em campo em busca do título inédito da Série B do Campeonato Brasileiro. Com um placar de 3 a 1 a Chape garantiu a taça. a Chape conquistou o título na diferença de saldo de gols, o terceiro critério de desempate: 21 a 20.

Presidente do América-MG dispara: “Arbitragem teve gran finale”

Um final de Série B que doeu no torcedor do América-MG. Até os minutos finais na vitória por 2 a 1 sobre o Avaí, no Independência, o time levava o título da competição, mas viu a concorrente Chapecoense marcar também no final do jogo contra o Confiança e levar a conquista. A perda deixou o presidente do Coelho, Marcus Salum, na bronca. Em postagem nas redes sociais, o dirigente disse que o verdadeiro campeão da Série B é o América. E justificou com as reclamações à arbitragem. Segundo Salum, a Série B terminou com um “gran finale da arbitragem”, que já havia anulado cinco gols do Coelho durante a campanha. Um deles, inclusive, regular, no confronto direto com a Chapecoense, no segundo turno, que terminou empatado por 2 a 2, no Independência.

“Respeitando a Chapecoense, o verdadeiro campeão da Série B é o América. Torcida americana pode comemorar! A arbitragem brasileira teve mais um gran finale. Depois de anular cinco gols legítimos do América, deu um gol em impedimento que nos tirou o título da Série B”.  Depois do jogo, enquanto Lisca gravava entrevista coletiva, Marcus Salum interrompeu o treinador para fazer um pronunciamento sobre a arbitragem e, novamente, com palavras fortes. Disse que o campeonato estava marcado para a Chapecoense vencer e que episódios como esse o fazem ter vontade de abandonar o futebol.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.