Desenvolvedores britânicos de vacina contra coronavírus farão testes com 10 mil pessoas

A Universidade de Oxford e a AstraZeneca planejam recrutar cerca de 10 mil adultos e crianças do Reino Unido para testes de uma vacina experimental contra coronavírus que recebeu um aporte de mais de 1,2 bilhão de dólares dos Estados Unidos. Na sexta-feira (22), a universidade disse que instituições parceiras de todo o Reino Unido começaram a recrutar até 10.260 adultos e crianças para ver quão bem o sistema imunológico humano reage à vacina e quão segura ela é. Um teste inicial que começou em 23 de abril já aplicou a injeção em mais de mil voluntários de idades variando entre 18 e 55 anos, e Oxford disse que as fases 2 e 3 acrescentarão pessoas de 56 anos e mais velhas, além de crianças de 5 a 12 anos.

Brasil se torna o segundo no mundo em casos do novo coronavírus

O Brasil já registra 21.048 mortes e 330.890 casos diagnosticados da Covid-19, desde o primeiro registro oficial da doença em fevereiro, sendo o segundo país com o maior número de casos, atrás apenas dos Estados Unidos. O país registra 1.599.740 confirmações, ao passo que no mundo todo são 5.180.982. Foram 1.001 novos mortes nas últimas 24 horas, segundo o último boletim divulgado às 19h desta sexta-feira (22) pelo Ministério da Saúde. Os novos casos foram 20.803. O número de recuperados do coronavírus no Brasil é 135.430.

SC chega a 100 óbitos e tem 6.458 casos de coronavírus

O Governo do Estado de Santa Catarina deve atualizar os dados sobre o coronavírus no estado, nesta sexta-feira (22), dia em que o estado registrou alta de 848 casos, totalizando 6.458, e chegou à marca de 100 mortes. Os casos são distribuídos em 181 cidades, e as mortes, em 44. São 3.794 recuperados (58%) e 2.564 ativos. A taxa de letalidade baixou, ficando em 1,5%, ao passo que são 13,5 mortes a cada 1 milhão de habitantes, em contraste com as 96,7 nacionais ou 44,5 mundiais.

Mortes por Covid-19 no Paraná sobem para 146, e estado tem 2.938 casos confirmados, diz Sesa

Subiu para 146 o número de mortes causadas pela Covid-19 no Paraná, segundo boletim pulicado nesta sexta-feira (22) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O estado tem 2.938 casos confirmados, de acordo com o levantamento. A Sesa informou que o estado tem 223 pacientes internados com Covid-19, sendo 90 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para Covid-19 do Sistema Único de Saúde (SUS) é de 40% para adultos e 27% para infantis, de acordo com o boletim.

Coronavírus pode estar sofrendo mutações em novo surto na China

Um novo surto da covid-19 na China pode indicar que o vírus esteja sofrendo mutações, segundo reportagem publicada pela agência Bloomberg nesta 4ª feira (20.mai.2020). Registrados nas províncias de Jilin e Heilongjiang mais ao Norte do que Wuhan, cidade na província de Hubei, ponto de origem da pandemia, os casos seguem 1 caminho distinto dos anteriores: pacientes levam mais tempo para manifestarem sintomas depois de infectados e demoram mais para terem resultado negativo nos testes. Segundo o médico Qiu Haibo, que concedeu entrevista à televisão estatal chinesa, os casos representam 1 novo desafio no país. “O períodos mais longos em que pacientes infectados ficam sem manifestar sintomas acabou criando aglomerados de famílias contaminadas”, afirmou.

Secretário pede demissão de Ministério da Saúde por discordar de documento sobre uso de cloroquina

Um dos poucos indicados pelo ex-ministro da Saúde Nelson Teich, o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Antonio Carlos Campos de Carvalho, deixou a pasta nesta sexta-feira depois de pedir demissão por não concordar com o documento do ministério que orienta o uso da cloroquina em casos leves de Covid-19. Carvalho pediu demissão na segunda-feira por discordar do documento com diretrizes para uso da cloroquina em casos leves, exigido pelo presidente Jair Bolsonaro e que levou à queda de Teich.

Maior estudo sobre cloroquina no mundo aponta risco maior de morte

Um estudo publicado nesta sexta-feira, 22, na renomada revista científica “The Lancet” apontou que a hidroxicloroquina e a cloroquina não só não apresentam benefícios contra a covid-19, como também trazem risco de morte. O estudo foi feito com 96 mil pacientes hospitalizados e é o maior do mundo já realizado sobre o uso do medicamento em casos do novo coronavírus. Os achados reforçam o que especialistas têm alertado: em alguns casos, a droga causa piora cardíaca, o que pode levar o paciente a óbito. Além disso, o estudo comprovou que diferentemente do esperado não houve melhora na recuperação dos infectados com a covid-19.

Mortes por coronavírus aumentam na Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, instruiu autoridades nesta sexta-feira a aumentarem os exames de detecção do novo coronavírus, mas disse que o surto da Rússia está se estabilizando, apesar de a taxa de mortalidade ter alcançado um recorde diário. O número total de casos russos, só inferior ao dos Estados Unidos, aumentou em 8.894 e chegou a 326.448, e a cifra de 150 mortes novas desta sexta-feira elevou o total a 3.249. O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, disse que acredita que o número será muito maior em maio do que em abril. Ele ainda é muito menor do que o de muitos países europeus com menos casos, algo que provocou debate, mas que a Rússia defende.

América do Sul se tornou o novo epicentro da Covid-19, diz OMS

O diretor do programa de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, declarou nesta sexta-feira (22) que a América do Sul se tornou o novo epicentro da pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. Ryan reforçou, também, que a organização não recomenda o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina para tratar a doença, que já matou mais de 20 mil pessoas no Brasil. Ele já havia alertado que as substâncias, usadas para tratar malária e doenças autoimunes, não têm eficácia comprovada contra o novo coronavírus.

Ministro Celso de Mello derruba sigilo do vídeo

Com a queda no sigilo do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, no Palácio do Planalto, vieram à tona declarações do presidente Jair Bolsonaro que reforçam suspeitas de tentativa de interferência na Polícia Federal. As imagens se juntaram ao inquérito que tramita na Corte para investigar acusações do ex-ministro Sergio Moro e se somam a depoimentos de policiais federais, ministros da área militar do governo e provas que foram apresentadas por testemunhas e colhidas pelos agentes. Ao autorizar a publicação das imagens, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou que o conteúdo poderá ser utilizado para embasar decisões de colegas de plenário, em caso do avanço da ação até o julgamento.

Abaixo relatamos os principais pontos da reunião ministerial de 22 de abril:

A reunião polêmica

O presidente reclamou do sistema de segurança, que, de acordo com ele, não passa informações suficientes. Mas citou um serviço de inteligência pessoal, sem dar mais detalhes. “O meu particular funciona. O que tem oficialmente, desinforma. Prefiro não ter informação do que ser desinformado por sistema de informações que eu tenho”, completou. Entre palavrões e ataques, Bolsonaro criticou governadores, como os do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e de São Paulo, João Doria.

Entre ameaças e palavrões, vídeo revela pontos polêmicos e reforça suspeitas de interferência 

Em um dos trechos da gravação, Bolsonaro citou a Polícia Federal e falou em “trocar o pessoal da segurança no Rio de Janeiro”. De acordo com Sergio Moro, foi neste momento que ficou evidente o interesse do chefe do Executivo em interferir na corporação para proteger familiares e aliados. O comandante do Planalto, por sua vez, alega que se referia à sua segurança pessoal.

STF deve determinar novas diligências

Celso de Mello deve determinar novas diligências na próxima semana. Na terça-feira, será ouvido novamente o empresário Paulo Marinho, que acusa o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) de ter recebido informações vazadas da Operação Furna da Onça.

Ministro do Meio Ambiente defende passar ‘a boiada’ e ‘mudar’ regras enquanto atenção da mídia está voltada para a Covid-19

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, alertou os ministros sobre o que considerava ser uma oportunidade trazida pela pandemia da Covid-19: para ele, o governo deveria aproveitar o momento em que o foco da sociedade e da mídia está voltada para o novo coronavírus para mudar regras que podem ser questionadas na Justiça, conforme vídeo divulgado nesta sexta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello. Segundo ele, seria hora de fazer uma “baciada” de mudanças nas regras ligadas à proteção ambiental e à área de agricultura e evitar críticas e processos na Justiça. “Tem uma lista enorme, em todos os ministérios que têm papel regulatório aqui, para simplificar. Não precisamos de Congresso”, disse o ministro do Meio Ambiente.

‘Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF’, diz ministro da Educação em reunião

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, chamou os ministros do Supremo Tribunal Federal de “vagabundos” na reunião ministerial de 22 de abril e disse que queria prendê-los. “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”, disse ele. O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), viu possível crime de injúria. Weintraub começou sua participação no encontro explicando o motivo para compor o governo, que seria “a luta pela liberdade” e “acabar com essa porcaria, que é Brasília”, “um cancro de corrupção, de privilégio”, e lamentou as dificuldades que estaria enfrentando.

Damares diz que vai pedir prisão de governadores e de prefeitos

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, pediu a prisão de prefeitos e governadores durante uma reunião ministerial no Palácio do Planalto em 22 de abril. Damares faz referência a episódios em que, após regras definidas por gestores locais, pessoas foram detidas ou imobilizadas por descumprirem as normas para o enfrentamento da pandemia do coronavírus. “Nunca houve tanta violação de direitos no Brasil como neste período. Direitos fundamentais foram violados. No nosso “disque cem” tem mais de 5.000 registros, ministros, de violação de direitos humanos. Mas o senhor tem uma ministra de Direitos Humanos e uma equipe muito corajosa. São mais de 5.000 procedimentos e ações que estão sendo construídas. Governadores e prefeitos responderão processos. Idosos estão sendo algemados e jogado dentro de camburões no Brasil”, disse ainda a ministra.

Reunião expõe divergências de Guedes e Marinho sobre investimento público

Paulo Guedes, da Economia, e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, expuseram as divergências quanto às diretrizes de políticas de investimento em infraestrutura para mitigar os efeitos da crise econômica causada pela pandemia de coronavírus. O ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, afirma que o projeto Pró-Brasil, engendrado pela pasta em conjunto com os Marinho e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, tem foco em “obras que estão paralisadas”. “Esses investimentos que nós estamos perdendo, que estão paralisados. Depois de apresentar a proposta, o presidente Jair Bolsonaro passou a palavra para Guedes. “Acho que é o ministro mais importante nessa missão aí”, disse Bolsonaro. Guedes afirmou que a iniciativa é bem-vinda, mas que a origem dos recursos virá por meio de investimentos da iniciativa privada. “Não vamos nos iludir. A retomada do crescimento vem pelos investimentos privados, pela abertura da economia, pelas reformas”, defendeu o ministro da Economia. Guedes, então, começa a criticar a ideia de injetar dinheiro público num projeto de retomada da atividade econômica e comparou a proposta ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), engendrado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Citados e atacados na reunião se pronunciaram nas redes sociais

“O Brasil está atônito com o nível da reunião ministerial. Palavrões, ofensas e ataques a governadores, prefeitos, parlamentares e ministros do Supremo demonstram descaso com a democracia, desprezo pela nação e agressões à institucionalidade da Presidência da República”

João Doria, governador de São Paulo

“A falta de respeito de Bolsonaro pelos poderes atinge a honra de todos. Sinto na pele seu desapreço pela independência dos poderes. E espero que num futuro breve o povo brasileiro entenda que, do que ele me chama, é essencialmente como ele próprio se vê”

Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro

“Na forma e no conteúdo, a tal reunião ministerial revela um repertório inacreditável de crimes, quebras de decoro e infrações administrativas. Além de uma imensa desmoralização e perda de legitimidade desse tipo de gente no comando da nossa nação”

Flávio Dino, governador do Maranhão

“A decisão (de Celso de Mello) possibilita às autoridades e à sociedade civil constatar a veracidade das afirmações do ex-ministro em seu pronunciamento de saída do governo e em seu depoimento à Polícia Federal”

Trecho de nota da defesa do ex-ministro Sergio Moro

“A reunião ministerial do dia 22 de abril ficará marcada como um dos momentos mais baixos e deprimentes da história recente brasileira. Nenhum apego à liturgia do cargo, linguagem chula, ameaças gratuitas. Em alguns momentos parecia mais uma reunião de uma gangue armamentista”

PSDB, em nota

 “A reunião ministerial revela o baixo nível dos integrantes do atual governo. Como bárbaros, jogam a República no caos, desrespeitam as leis, as instituições e ignoram a Constituição. (…) Ademais, indica a tentativa de formação de milícias em defesa de um projeto antinacional e antidemocrático”

Celso de Mello envia à PGR pedidos de depoimento e de apreensão do celular de Bolsonaro

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou para a Procuradoria Geral da República (PGR) três notícias-crime apresentadas por partidos e parlamentares que pedem novos desdobramentos na investigação sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Entre as medidas solicitadas estão o depoimento do presidente, e a busca e apreensão do celular dele e de seu filho, Carlos Bolsonaro, para perícia. Em despachos enviados nesta quinta-feira (21) à PGR, o ministro ressaltou ser dever jurídico do Estado promover a apuração da “autoria e da materialidade dos fatos delituosos narrados por ‘qualquer pessoa do povo’”.

General Heleno diz que pedido de apreensão de celular de Bolsonaro é ‘interferência inadmissível’

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, afirmou por meio de nota nesta sexta-feira (22) que a eventual apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro seria “inconcebível” e teria “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”. A medida foi solicitada em notícias-crimes apresentadas por PV, PDT e PSB e encaminhadas hoje por Celso de Mello para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR). O pedido dos partidos políticos, atendem a legislação, sendo este o procedimento processual, segundo juristas, é constitucional e portanto, legítima. Segundo Heleno, o pedido é uma “evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.

Esportes

Prefeitura do Rio avalia volta aos treinos de Clubes da Série A

A prefeitura do Rio avalia o retorno dos treinos de futebol dos clubes da série A do Rio de Janeiro mediante auxílio para testagem da população de comunidades vizinhas aos centros de treinamento. A medida foi informada nesta sexta-feira (22) pelo secretário municipal de Ordem Pública do Rio Gutemberg Fonseca. “A contrapartida [para a volta dos treinos] será a testagem de todos os jogadores e funcionários, além do familiares e de algumas comunidades no entorno do centro de treinamento de cada clube. Eles [os clubes] vão fazer uma espécie de consultório itinerante, um dia vai estar na comunidade no entorno do Ninho do Urubu, noutro dia no entorno de São Januário. Além disso, vão ter um raio-x portátil para atender a população”, adiantou o secretário.

Botafogo encerra negociação com Yaya Touré, e dirigente critica jogador: “Um cara sem palavra”

O Botafogo anunciou nesta sexta-feira que encerrou a negociação com Yaya Touré. A informação chega um dia depois de o jogador se comprometer com um candidato à presidência do Vasco. A negociação entre Botafogo e Touré começou em fevereiro e, após algumas idas e vindas, esteve muito perto de ser concretizada no início de março. No entanto, o jogador alegou que sua esposa não gostaria de morar no Rio e esfriou a conversa.

Vice do COI cita o Brasil ao dizer que Olimpíadas podem não ocorrer mesmo com vacina

Vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) e presidente do Comitê Olímpico Australiano (AOC), John Coates afirmou que é possível que as Olimpíadas não sejam realizadas em julho de 2021 mesmo com o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus. Chefe da Comissão de Coordenação da entidade, ele afirmou que outubro será um mês crítico para entender se Tóquio poderá receber o megavento no ano que vem. Coates relatou que os organizadores das Olimpíadas estão enfrentando “problemas reais” devido ao número de pessoas de múltiplos locais que vão seguir para Tóquio para as competições. Muitos desses países ainda estão vendo o crescimento da pandemia e tendo gravíssimos problemas na saúde pública. Um dos citados por ele é o Brasil, que tem mais de 310 mil casos confirmados e mais de 20 mil mortes.