Primeiro lote do IFA para vacina da Fiocruz chega hoje ao Brasil

O primeiro lote do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a produção das vacinas Oxford/AstraZeneca na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem chegada prevista para as 17h50 deste sábado (5) no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. O IFA possibilitará a produção de mais 2,8 milhões de doses da vacina contra a covid-19, que já começou a ser aplicada no país a partir de 2 milhões de doses prontas importadas da Índia no mês passado. O insumo foi fabricado no laboratório Wuxi Biologics, na China, de onde partiu às 20h35 da última quinta-feira (horário de Brasília). O laboratório chinês foi vistoriado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim do ano passado e é parceiro da farmacêutica europeia AstraZeneca, que desenvolveu a vacina com a Universidade de Oxford, do Reino Unido.

Depois do desembarque, o IFA será transportado para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), na zona norte do Rio de Janeiro. Lá, após checagens de controle de qualidade, o insumo deve ser liberado na próxima quarta-feira (10) para descongelamento, já que precisa ser transportado a -55 graus Celsius. O degelo precisa ser feito lentamente, e somente na sexta-feira (12), deve ter início a formulação do lote de pré-validação, necessário para garantir que o processo de produção da vacina está adequado. Na formulação, o IFA é diluído em outros componentes da vacina, que, entre outras funções, garantem que a armazenagem possa ser feita em refrigeradores comuns, com 2 a 8 graus Celsius. Após a formulação, uma série de outros procedimentos como o envase e a rotulagem preparam a vacina para distribuição. Tal processo conta com rigorosos testes de qualidade, e a previsão é que o primeiro lote de pré-validação da vacina seja liberado para aprovação da Anvisa no dia 18 deste mês.

A Fiocruz esperava inicialmente o envio de 14 remessas de IFA ao longo do primeiro semestre, cada uma com insumo suficiente para produzir 7,5 milhões de doses. As duas primeiras remessas deveriam ter chegado em janeiro, e o contrato prevê que a fundação receba o suficiente para produzir 100,4 milhões de doses até julho. Apesar dos atrasos na chegada do insumo, a Fiocruz afirma que é possível manter o compromisso de entregar a mesma quantidade de doses. Em fevereiro, em vez de dois lotes, cada um para 7,5 milhões de doses de vacina, a Fiocruz receberá três lotes, que, somados, terão o IFA necessário para produzir as mesmas 15 milhões de doses previstas inicialmente. A chegada dos dois próximos lotes de IFA está programada para os dias 23 e 28 de fevereiro, e a Fiocruz prevê entregar o primeiro milhão de doses prontas entre 15 e 19 de março, e mais 14 milhões de doses até o fim do mês que vem.

No fim de março, a escala de produção da vacina em Bio-Manguinhos deve aumentar de 700 mil doses por dia para 1,3 milhão de doses por dia, o que permitirá entregas maiores: 27 milhões de doses em abril, 28 milhões em maio e 28 milhões em junho. As 2,4 milhões de doses que completam o compromisso de 100,4 milhões devem ser entregues em julho. Os termos do acordo entre a Fiocruz, a AstraZeneca e a Universidade de Oxford preveem que, inicialmente, o Brasil vai produzir a vacina com IFA importado. Posteriormente, Bio-Manguinhos vai nacionalizar a produção do insumo, o que deve ocorrer no segundo semestre, a partir de um processo de transferência de tecnologia. Após a nacionalização do IFA, a Fiocruz prevê produzir mais 110 milhões de doses até o fim deste ano, chegando a um total de mais de 210,4 milhões de doses, o que faz da vacina Oxford/AstraZeneca a que tem mais doses programadas para serem aplicadas na população brasileira até o momento.

Covid-19: Ivermectina não tem evidência de eficácia, diz fabricante

Não há evidências de eficácia da ivermectina contra a covid-19, segundo um comunicado oficial da Merck, fabricante do medicamento, divulgado na quinta-feira (4). A Merck ressalta que os  cientistas da empresa estão “examinando cuidadosamente as descobertas dos estudos disponíveis para o tratamento da doença”. “É importante observar que, até o momento, nossa análise não identificou nenhuma base científica para um efeito terapêutico potencial contra a covid-19, nenhuma evidência significativa para atividade clínica ou eficácia clínica em pacientes com a doença, além da preocupante falta de dados de segurança na maioria dos estudos”, afirma. O remédio é um antiparasitário indicado para o tratamento da estrongiloidíase intestinal, devido ao parasita Strongyloides stercoralise, e de oncocercose causada pelo parasita nematóide Onchocerca volvulus, destaca a Merck . A ivermectina foi um dos medicamentos utilizados no tratamento do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, quando teve covid-19.

A empresa destaca três pontos da análise: Não há base científica para um potencial efeito terapêutico contra Covid-19 em estudos pré-clínicos; Não há evidência significativa para atividade clínica em pacientes com a doença; E há uma preocupante ausência de dados sobre segurança da substância na maioria dos estudos.

No Brasil: A ivermectina é um dos remédios que fazem parte do chamado ‘Kit Covid’, voltado ao suposto ‘tratamento precoce’ da doença. Um levantamento feito pelo G1 apontou que a venda do medicamento teve um aumento de 557% entre 2019 (antes da pandemia) e 2020 (quando a pandemia começou). Outros medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19 também tiveram altas expressivas nas vendas em 2020, como a hidroxicloroquina e a nitazoxanida. Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde lançou um aplicativo que recomendava o uso da ivermectina, além de outros medicamentos sem eficácia comprovada. O aplicativo saiu do ar um dia depois. Em julho do ano passado, a Anvisa já tinha alertado que o vermífugo não tinha comprovação científica de eficácia.

Pesquisa: 90% dos médicos acham que fake news atrapalham combate à Covid

Uma pesquisa aponta que 90% dos médicos brasileiros avaliam que as fake news atrapalham o enfrentamento da Covid. Este é um dos fatores que afetam a saúde física e emocional deles. Quando a pandemia chegou ao Brasil, em fevereiro do ano passado, o infectologista Mário Gonzalez se viu diante de um desafio. Mas não esperava que fosse tão grande. “É uma corrida que a gente imaginava que fosse ser uma corrida de 5 quilômetros e a gente já tá partindo para ultramaratona”, afirma. Ele é um dos diretores do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo. “Tenho equipes aqui que estão desde o início da pandemia sem arredar pé, atendendo pacientes Covid, com enfermarias lotadas e com bastante trabalho para ser feito. Isso tem sido bastante, assim, intenso”, conta.

Não são só estas equipes que estão exaustas. Uma pesquisa feita pela Associação Médica Brasileira, com quase 4 mil médicos de todas as regiões do país, revelou que 92% conhecem colegas com sintomas de ansiedade, estresse, sensação de sobrecarga ou exaustão física e emocional. Os médicos estão exaustos e as pessoas muito cansadas do isolamento. Quem não dá o menor sinal de cansaço é o coronavírus. A pesquisa revela que mais de 80% dos profissionais consideram que estamos vivendo uma segunda onda da pandemia, tão ou mais grave do que a primeira. O infectologista Eduardo Medeiros, do Hospital da Universidade Federal de São Paulo, viu cinco médicos morreram de Covid. Em décadas de profissão, já viveu várias epidemias, mas nenhuma como esta.

“É a primeira pandemia que nós estamos nas redes sociais, em toda a atividade. Fomos bombardeados, principalmente os médicos, de informações falsas. Esse discurso de drogas milagrosas, eles foram muito impactantes. Porque mexe com o emocional das pessoas”, acredita. Nove em cada dez médicos acreditam que as fake news e a desinformação prejudicam o trabalho, e o presidente da Associação Médica Brasileira, César Eduardo Fernandes, destaca que não são só as informações mentirosas que atrapalham o combate à Covid. “Nós temos duas fontes de informações que eu acho que confundem a população, e os médicos não ficam à margem disso: a primeira são as fake news e a segunda são as informações desencontradas, especialmente dos gestores públicos. Também dos privados, em Saúde. Quando eu falo gestores públicos, falo nas diferentes esferas – na esfera federal, na esfera estadual e na esfera municipal. São informações desencontradas e, muitas vezes antagônicas, em relação a uma linha de conduta, em relação a um determinado tratamento farmacológico, isso confunde a população”, explica.

Muitos pacientes chegam exigindo tratamentos de que ouviram falar, sem comprovação científica. O doutor Mario lembra que a prevenção da Covid é com máscara e distanciamento, não com medicação. “É lamentável. Isso é uma das coisas que mais nos exaure – é que, apesar de todos os esforços da ciência em encontrar respostas, nós encontramos ainda pessoas que negam a existência da pandemia, que negam a importância do distanciamento social e que ainda espalham fake news sobre tratamentos que já são comprovados que não funcionam, como cloroquina, a ivermectina. Então, a gente vê que isso atrapalha o cuidado verdadeiro à população”, lamenta.

Saúde negocia compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin

O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (5) que está em fase final de negociações para aquisição de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. Segundo a pasta, que não informou os valores envolvidos na compra, o contrato será analisado pela área jurídica. Pelo cronograma apresentado ao governo pela Precisa Medicamentos – representante brasileiro do fabricante indiano -, a partir da assinatura do contrato, o primeiro lote da vacina, com 4 milhões de doses, pode chegar em 20 dias ao país. Quantidades iguais serão enviadas 30, 45, 60 e 70 dias após a formalização do acordo, totalizando as 20 milhões de doses.

Até agora, no Brasil, existem duas vacinas com autorização de uso emergencial: a Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac; e o imunizante desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca, em parecia com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Para que possa ser usada no país, a Covaxin também vai precisar obter uma autorização emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O imunizante indiano terá fase 3 de testes realizadas no Brasil, a partir do mês que vem, numa parceria com o Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.

Anvisa destaca importância da adesão do Brasil ao acordo Covax

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considerou a adesão do governo brasileiro ao Instrumento de Acesso Global de Vacinas contra a Covid-19 (Covax Facility), aprovada ontem (4) pelo Senado Federal, uma importante estratégia para ampliar o acesso à vacinação contra a doença e, ao mesmo tempo, acelerar o desenvolvimento e a fabricação de vacinas eficazes e de qualidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) assegura que as vacinas contra a covid-19 que serão fornecidas por meio do acordo Covax atendem a rigorosos padrões internacionais de qualidade, segurança e eficácia. De acordo com a Anvisa, estão sendo desenvolvidas atualmente mais de 200 vacinas candidatas das quais 56 se encontram no estágio de desenvolvimento clínico e 166 no pré-clínico. Muitas das vacinas candidatas estão na Fase 3 de ensaios clínicos, que é a etapa final antes de um imunizante ser aprovado pelas autoridades.

Em comunicado divulgado hoje (5), a Anvisa destacou que o cenário mundial das autorizações de uso temporário e emergencial das vacinas contra a covid-19, em caráter experimental, requer dela dedicação em tempo integral. Segundo o documento, todo o corpo técnico é mobilizado em caráter permanente, para avaliar e decidir, com a celeridade e urgência necessárias, o pedido de autorização de uso emergencial de qualquer das vacinas de desenvolvedores que enviaram seus dados à agência e tenham condições de qualidade, eficácia e segurança para serem disponibilizadas à população brasileira.

Compromissos: Como as vacinas contra a covid-19 ainda estão em estudo, “a autorização de uso emergencial por outro país leva em consideração dados e compromissos assumidos diretamente com as autoridades daquele país para a vacinação de grupos específicos da sua população”, observou a Anvisa. A agência destacou que nem todos os países publicaram relatórios técnicos que embasaram suas decisões. Os Estados Unidos, o Canadá e o Reino Unido vincularam a concessão de autorização de uso emergencial à submissão de dados às suas autoridades reguladoras. Com isso, podem vincular a autorização aos planos e compromissos de monitoramento que serão adotados em seu território, nas populações específicas que virão a receber as doses da vacina. Os três países têm autoridades de referência e com similaridade regulatória com o Brasil.

Segundo a Anvisa, muitos dos aspectos avaliados pela autoridade reguladora norte-americana (FDA, do nome em inglês Food and Drug Administration), ou por outras autoridades reguladoras de referência que venham a conceder autorização de uso emergencial, são semelhantes aos avaliados pela agência brasileira. Isso ocorre porque já existe entre as principais autoridades reguladoras do mundo um significativo esforço de harmonização e cooperação regulatória na área de vacinas. Apesar disso, parte dos dados, compromissos e planos de monitoramento que precisam compor o pedido de uso emergencial, refere-se exclusivamente a realidades nacionais. Daí a importância de a Anvisa analisar a vacina a ser usada no Brasil.

Autorização: A agência salientou que, até o momento, nenhuma autoridade reguladora de referência e que participa dos mesmos fóruns técnicos que a Anvisa concedeu autorização de uso emergencial de forma automática, baseada somente na avaliação de um outro país. A Anvisa informou ainda que vem adotando medidas de reliance (prática baseada em informações fidedignas de autoridades reguladoras qualificadas). Essas medidas permitem à agência “otimizar as etapas de análise considerando as informações já avaliadas por autoridades com as quais a agência tem acordos de confidencialidade e que são membros de fóruns reconhecidos e estruturados”. Um exemplo é o Conselho Internacional para Harmonização de Requisitos Técnicos para Medicamentos de Uso Humano (ICH, do nome em inglês). A Anvisa assegurou, por outro lado, que continuará trabalhando, inclusive nos feriados e fins de semana, para proporcionar à população brasileira acesso a vacinas contra a covid-19, ”com segurança, qualidade, eficácia”.

Governo enviará ao Congresso projeto que fixa ICMS sobre combustíveis

O presidente Jair Bolsonaro disse que deve enviar ao Congresso um projeto de lei complementar para fixar a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é estadual, sobre o valor do combustível aos consumidores. De acordo com ele, outra proposta é que o ICMS seja cobrado sobre o preço dos combustíveis na refinaria, e não no preço médio nas bombas, como é feito atualmente. “Nós pretendemos ultimar um estudo e, caso seja juridicamente possível, apresentaremos [o projeto] ainda na próxima semana, fazendo com que o ICMS venha a incidir sobre os preços dos combustíveis nas refinarias ou que tenha um valor fixo para o álcool, a gasolina e o diesel. E quem vai definir esse percentual ou valor fixo serão as respectivas assembleias legislativas [de cada estados]”, explicou o presidente.

Bolsonaro reuniu-se, na manhã desta sexta-feira, com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e diversos ministros para discutir preço dos combustíveis e formas de reduzi-lo ao consumidor, em especial em decorrência dos impactos no transporte de cargas, que afetam os caminhoneiros. Desde o início do ano, a Petrobras reajustou duas vezes o preço da gasolina e uma vez o preço do diesel. No caso da gasolina, a alta acumulada nas refinarias foi de cerca de 13%, enquanto o óleo diesel teve aumento de 4,4%. Desde 2016, a Petrobras segue uma política de variação do preço dos combustíveis que acompanha a valorização do dólar e a cotação do petróleo no mercado internacional. Os reajustes são realizados de forma periódica e, de acordo com Castello Branco, essa é a melhor forma de manter a estabilidade econômica. “Fazer diferente disso foi desastroso no passado. A Petrobras perdeu US$ 40 bilhões e os efeitos se espalhou para o restante da economia, contribuiu para piorar a percepção de risco do Brasil, o que tem reflexo nas taxas de câmbio, juros e inflação e desestimula os investimentos”, disse.

Depois da definição dos preços nas refinarias, na composição final do diesel, por exemplo, cerca de 9% são impostos federais (PIS e Cofins) e 14% são de ICMS. Os demais custos, segundo dados da própria Petrobras, são distribuição e revenda (16%), custo do biodiesel (14%) e realização da estatal (47%). Com isso, o valor final ao consumidor chega a ser o dobro do das refinarias. Por outro lado, quando a Petrobras reduz o preço, nem sempre este é repassado ao consumidor, diz Castello Branco. Segundo ele, de janeiro a maio do ano passado, a empresa reduziu em 40% os preços dos combustíveis na refinaria, mas, nos postos a redução foi só de 14%. De acordo com Bolsonaro, o projeto em estudo visa dar transparência e previsibilidade ao consumidor sobre o preço final dos combustíveis, como é feito com o PIS/Confins, que tem o valor fixo de R$ 0,35 sobre o diesel, enquanto o ICMS é variável, e cada estado decide o seu valor. A média nacional da alíquota de ICMS sobre o diesel é em torno de 16%, com variação de 12% a 25% entre os estados. Além disso, se a opção for a cobrança de ICMS sobre o valor nas refinarias, isso evitaria a bitributação e reduziria o preço final aos consumidores, já que o valor que chega nas bombas tem o peso dos impostos federais e demais custos, acrescentou Bolsonaro. “Se o ICMS incide no preço da bomba, estão cobrando ICMS de PIS/Confins também, imposto em cima imposto, uma bitributação.”

Redução do PIS/Cofins

O governo federal também estuda a redução do PIS/Confins sobre combustíveis como compensação ao aumento da arrecadação. A previsão da equipe econômica é de crescimento do PIB em torno de 3,5% neste ano, o que, de acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, pode ser repassado à população em forma de desoneração de impostos, gradualmente. “Como o Brasil começa a retomar o crescimento, os parâmetros fiscais mostram uma arrecadação crescente, e realmente tem acontecido isso. Então, em vez disso se transformar em aumento de arrecadação para o governo federal, podemos desonerar cada vez mais esse impostos”, disse Guedes. “Ele [Bolsonaro] gostaria de zerar esse imposto federal [PIS/Cofins], hoje em R$ 0,35 por litro de diesel, só que cada centavo são R$ 575 milhões [a menos em arrecadação]. Então, isso exige uma compensação pelo compromisso de responsabilidade fiscal”, completou. Ainda de acordo com Guedes, o governo não vai esperar a reforma tributária, que deve levar em torno de seis meses para ser aprovada no Congresso. A decisão, segundo ele, sairá em até duas semanas. “Não vai dar para esperar a reforma. Vamos rever os parâmetros de crescimento da economia deste ano e, se tiver um aumento substancial, nós podemos atuar em uma ou duas semanas nessa direção. Esses são os estudos que estão sendo conduzidos”, disse.

STF rejeita liminar sobre lista tríplice de universidades federais

Por 7 votos a 3, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (5), rejeitar liminar solicitada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que o presidente da República seja obrigado a nomear o primeiro colocado na lista tríplice para escolha dos reitores das universidades federais. A deliberação ocorreu por meio de votação eletrônica. A divergência foi aberta pelo ministro Alexandre de Moraes. Segundo o ministro, ainda está pendente de julgamento na Corte uma ação direta de constitucionalidade que contesta a Lei Federal 9.192/1995, que estabeleceu as regras de escolha dos reitores das instituições federais de ensino. Dessa forma, somente após a conclusão do julgamento, a questão poderá ser resolvida.

Com a decisão, o plenário virtual derrubou a liminar concedida em dezembro do ano passado pelo ministro Edson Fachin. Na decisão, apesar de não ter atendido ao pedido da OAB para obrigar o presidente a nomear o primeiro da lista, o ministro garantiu que a lista tríplice deveria ser seguida nas nomeações. Conforme o voto de Moraes, não há necessidade de concessão de liminar para reafirmar as regras que estão na lei. “Tenho para mim que não se justifica o deferimento parcial da medida cautelar para a fixação das balizas propostas pelo ministro Edson Fachin, mesmo porque os requisitos mínimos a que alude o eminente relator – o respeito ao procedimento de consulta realizado pelas universidades federais, as condicionantes de título e cargo e a obrigatoriedade de escolha de um dos nomes que figurem na lista tríplice organizada pelo respectivo colegiado máximo – simplesmente reproduzem os requisitos já previstos na Lei 5.540/1968, com a redação dada pela Lei 9.192/1995, para a realização do ato de nomeação de reitores e vice-reitores de universidades federais pelo presidente da República”, decidiu.

PGR abriu 9 procedimentos para apurar conduta de Bolsonaro, diz Aras ao STF

O procurador-geral da República, Augusto Aras, informou ao STF que abriu 9 procedimentos preliminares para investigar a conduta do presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a pandemia. O chefe do MPF (Ministério Público Federal) disse que o órgão “tem sido e continua sendo zeloso” durante a apuração. Aras diz que “várias das representações” apresentadas “descrevem fatos manifestamente atípicos”, e, por isso, não configuram crime.

A manifestação é uma resposta à petição do advogado Fábio de Oliveira Ribeiro, que acusa Bolsonaro da prática do crime de genocídio. Afirma que a PGR tem “deixado de buscar a responsabilização” do presidente. Aras negou a tramitação e disse que Fábio “não tem legitimidade para o oferecimento da denúncia”. O procurador-geral da República diz que uma das apurações preliminares recentemente abertas investiga a atuação de Bolsonaro e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no colapso da saúde no Estado do Amazonas.

PGR FOI ALVO DE CRÍTICAS: A Procuradoria Geral da República negou, em 2 de fevereiro, o “arquivamento sumário” de representação apresentada contra Bolsonaro por crime de “propagação de germes patogênicos”. A queixa foi apresentada por grupo de procuradores aposentados.

Coronavírus em SC: Matriz atualizada classifica 10 regiões em estado gravíssimo e seis em nível grave para Covid-19

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou neste sábado, 7, os dados da Matriz de Risco Potencial em relação ao novo coronavírus. Pela nova classificação, 10 regiões do estado se encontram em nível gravíssimo (cor vermelha) e seis regiões em nível grave (cor laranja), demonstrando um agravamento nos números. Em comparação com os dados divulgados no último boletim, no dia 27 de janeiro, a única região que apresentou melhora foi a Foz do Rio Itajaí que baixou do nível gravíssimo para o grave. As regiões da Grande Florianópolis, Serra Catarinense e Xanxerê retornaram ao nível gravíssimo e a região do Extremo Sul que se encontrava em nível alto também teve um aumento no risco, passando ao patamar grave.

 >>> Confira a Matriz de Risco na íntegra

No índice de monitoramento, que leva em conta o acompanhamento dos casos, apenas as regiões do Alto Vale do Itajaí, Carbonífera, Extremo Sul e Laguna estão em estado grave, todas as outras encontram-se no patamar gravíssimo.

Sobre a mudança na data da Matriz: A partir desta semana, a Matriz de Risco Potencial Regional, que avalia as condições da Covid-19, passa ser divulgada aos sábados, com dados coletados nas sextas-feiras. As alterações e as medidas sanitárias passarão a ser aplicadas na segunda-feira subsequente. O objetivo desta alteração na data da divulgação e do início das ações necessárias é proporcionar a atividades e municípios maior prazo para adequações e restrições sanitárias, diante de eventuais mudanças de classificação. Além de facilitar a organização dos órgãos fiscalizatórios. As alterações necessárias diante de novas classificações passarão a ser aplicadas a partir das 0h do dia 8 de fevereiro de 2021.

Vacinação em SC: 89 mil pessoas receberam a vacina contra a Covid-19

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) divulgou nesta sexta, 5, novo balanço parcial de vacinação contra a Covid-19. No total, o estado aplicou, desde o início da campanha, no dia 18 de janeiro, 89.162 doses da vacina nos seguintes grupos prioritários: trabalhadores da saúde, pessoas idosas institucionalizadas, pessoas com deficiência institucionalizadas e população indígena. Deste montante, 78.056 (87%) doses foram aplicadas nos trabalhadores da saúde, 6.992 em pessoas idosas institucionalizadas, 286 em pessoas com deficiência institucionalizadas e 3.828 na população indígena.

>>> Confira aqui o balanço preliminar da vacinação contra a Covid-19 em SC por município 

Início da nova etapa de vacinação: O próximo grupo prioritário a ser vacinado em todo o estado será o de idosos, a iniciar pela população com 90 anos e mais. A nova etapa de vacinação vai começar no momento em que o estado receber uma nova remessa de doses do Ministério da Saúde (MS). Neste primeiro momento, a vacinação dos idosos será escalonada, ou seja, ela começa por aqueles com 90 anos e mais; depois será a vez do público com idade entre 85 e 89 anos; 80 e 84 anos e, por fim, 75 a 79. Os demais idosos, de outras faixas etárias, também serão vacinados, conforme o recebimento de novas doses.

Covid-19: mortes somam 230 mil e número de casos chega a 9,44 milhões

O número de pessoas que morreram de covid-19 subiu para 230.034. Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.239 mil mortes. Já o total de pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 9.447.165. Entre ontem e hoje, foram confirmados pelas autoridades de saúde 50.872 diagnósticos positivos de covid-19. Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta sexta-feira (05). O balanço é produzido a partir das informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde sobre casos e mortes. Ainda há 890.333 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde. Outras 8.326.708 pessoas já se recuperaram da doença.

Covid nos Estados

Na lista de estados com mais mortes, São Paulo ocupa a primeira posição (54.324), seguido por Rio de Janeiro (30.545), Minas Gerais (15.667), Rio Grande do Sul (10.929) e Ceará (10.585). As Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (884), Roraima (886), Amapá (1.074), Tocantins (1.407) e Rondônia (2.326). Em número de casos, São Paulo também lidera (1.833 milhão), seguido por Minas Gerais (762.412 mil), Bahia (602.792 mil), Santa Catarina (590.449 mil) e Paraná (564.903 mil).

Boletim Epidemiológico 05-02-2021
Boletim Epidemiológico – 05/02/2021/Divulgação/Ministério da Saúde

SC: Estado confirma 590.449 casos, 567.005 recuperados e 6.490 mortes por Covid-19

O Governo do Estado relatou que há 590.449 casos confirmados de Covid-19 em Santa Catarina, sendo que 567.005 estão recuperados e 16.954 continuam em acompanhamento. O balanço foi divulgado nesta sexta-feira, 5. O coronavírus causou 6.490 óbitos no estado até agora. A taxa de letalidade atual é de 1,1%. São 448 casos ativos a mais em relação ao último boletim, e há 24 óbitos adicionais. Registrou-se uma alta de 3.021 na quantidade de confirmados. Já a estimativa de recuperados cresceu 2.549.

>>> Confira aqui o boletim diário desta sexta-feira, 5
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

Há casos confirmados em todos os 295 municípios catarinenses, e há 271 com pelo menos um óbito. O Governo do Estado estima que haja 274 com casos ativos. A cidade com a maior quantidade de confirmações de infecção pelo novo coronavírus é Joinville, que contabiliza 55.261 casos. Na sequência, aparecem Florianópolis (51.729), Blumenau (31.233), São José (22.958), Criciúma (21.280), Palhoça (17.376), Balneário Camboriú (17.177), Itajaí (16.464), Chapecó (16.450) e Brusque (16.183). Atualmente, há 1.538 leitos de UTI ativos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado, dos quais 1.158 estão ocupados, sendo 471 por pacientes com confirmação ou suspeita de infecção por coronavírus. A taxa de ocupação geral é de 75,3% e há 380 leitos vagos atualmente.

Paraná registra 2.820 novos casos de Covid-19 e 69 mortes

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A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta sexta-feira (05) 2.820 novos casos e 69 mortes pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento mostram que o Paraná soma 560.676 casos confirmados e 10.238 mortos. Os casos divulgados nesta sexta-feira (05) são de fevereiro (2.430) e janeiro de 2021 (278) e dos seguintes meses de 2020: maio (2), junho (1), julho (5), agosto (2), setembro (2), outubro (2), novembro (29) e dezembro (69).

INTERNADOS – 1.354 pacientes com diagnóstico confirmado estão internados. São 1.132 pacientes em leitos SUS (628 em UTI e 504 em leitos clínicos/enfermaria) e 222 em leitos da rede particular (94 em UTI e 128 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 1.278 pacientes internados, 466 em leitos UTI e 812 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos.

MORTES – A secretaria estadual informa a morte de mais 69 pacientes. São 29 mulheres e 40 homens, com idades que variam de 37 a 103 anos. Os óbitos ocorreram entre 03 de agosto de 2020 e 05 de fevereiro de 2021. Os pacientes que morreram residiam em Curitiba (11), Cascavel (4), Guarapuava (3), Ponta Grossa (3), Almirante Tamandaré (2), Bela Vista do Paraíso (2), Castro (2), Centenário do Sul (2), Foz do Iguaçu (2), Guaratuba (2), Pato Branco (2), Piraí do Sul (2), Quatro Barras (2) e Siqueira Campos (2). A Secretaria da Saúde registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Ampére, Apucarana, Araucária, Bom Sucesso, Cambe, Campo Mourão, Chopinzinho, Coronel Vivida, Faxinal, Fazenda Rio Grande, Goixim, Itapejara D´Oeste, Jaguariaíva, Mandaguari, Maringá, Nova Aurora, Nova Tebas, Prado Pereira, Rio Branco do Sul, Rolândia, Santana do Itararé, Santo Antônio da Platina, São Mateus do Sul, Sertanópolis, Toledo, Três Barras do Paraná, Umuarama, Vera Cruz do Oeste.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento registra 4.227 casos de residentes de fora, 79 pessoas moreram.

Confira o informe completo clicando AQUI.

Relatório da ONU alerta para aumento de extremismo durante pandemia

Um painel de peritos da Organização das Nações Unidas (ONU) considera que a pandemia do novo coronavírus fez aumentar a ameaça de grupos extremistas, como Estado Islâmico e Al Qaeda, em zonas de conflito, incluindo o Afeganistão, a Síria, o Iraque e Moçambique. Num relatório para o Conselho de Segurança da ONU, divulgado na madrugada desta sexta-feira (5) em Lisboa, o painel afirmou que a ameaça extremista continuou a aumentar nas zonas de conflito na última metade de 2020, porque “a pandemia inibiu as forças da lei e da ordem mais do que os terroristas”, que conseguem mover-se livremente, apesar das restrições impostas para combater a covid-19.

Segundo o painel, alguns Estados-membros da ONU, não nomeados, consideraram que, à medida que as restrições impostas para combater a pandemia vão sendo suspensas em vários locais, “pode ocorrer uma erupção de ataques pré-planejados”. “O custo econômico e político da pandemia, o agravamento dos fatores subjacentes ao extremismo violento e o impacto esperado nos esforços antiterrorismo são suscetíveis de aumentar a ameaça a longo prazo”, alertaram os peritos. O Iraque e a Síria continuam a ser “a área central” para o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), enquanto a Região Noroeste da Síria, onde a Al Qaeda tem grupos afiliados, é “uma fonte de preocupação”.

De acordo com os peritos, o Afeganistão continua a ser “o país “mais afetado pelo terrorismo no mundo”. Apesar do acordo entre os Estados Unidos e o talibã, em 29 de fevereiro do ano passado, e do início de conversações entre eles e o governo afegão, em setembro, a situação no país “continua a ser um desafio”, segundo o relatório. Mais de 600 civis afegãos e 2,50 mil membros das forças de segurança no país foram mortos em ataques desde 29 de fevereiro de 2020, segundo o painel, acrescentando que “as atividades terroristas e a ideologia radical continuam a ser uma fonte potencial de ameaças para a região e em nível global”. No Iraque e na Síria, conforme os peritos, não há indicação de que o EI possa reconstituir o seu autodeclarado “califado”, derrotado em 2017, e que chegou a abranger um terço tanto do Iraque quanto da Síria, mas o grupo extremista “irá certamente explorar a sua capacidade de permanecer numa região caracterizada por perspectivas limitadas de estabilização e reconstrução”.

O relatório estima que 10 mil combatentes do EI permaneçam ativos no Iraque e na Síria. Os peritos destacaram ainda que os grupos extremistas fizeram progressos na África, na região de Cabo Delgado, em Moçambique, “entre as áreas mais preocupantes”. Em Cabo Delgado, membros do Estado Islâmico tomaram cidades e aldeias e continuam a manter o Porto de Mocímboa da Praia, apesar de uma ofensiva governamental sustentada, diz o levantamento. Na Europa, ataques na Áustria, França, Alemanha e Suíça, entre setembro e novembro do ano passado, mostraram a ameaça permanente de terrorismo, apontou o painel.

Detenção de líder da Al Qaeda: O levantamento mostra ainda que o líder da organização extremista Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), Khalid Batarfi, foi detido em outubro no Iêmen. O levantamento diz que Batarfi, que assumiu a liderança há um ano, “foi detido em outubro durante uma operação em Gheida, que também resultou na morte do vice-comandante, Saad Atef el-Aoulaqi”. O documento não especifica por quem Batarfi foi capturado, nem o que lhe aconteceu desde então. No entanto, esta é a primeira confirmação oficial da detenção. “Além das perdas no seu comando, a AQPA está sendo corroída por desentendimentos e deserções, principalmente por um dos antigos tenentes de Batarfi”, diz o relatório da ONU, que alerta, contudo, para a “ameaça constante” que esse grupo extremista bem estabelecido no Iêmen continua a representar.

Sonda chinesa Tianwen-1 entra na órbita de Marte dentro de cinco dias

A sonda chinesa que está a caminho de Marte vai iniciar na próxima semana manobras de desaceleração, para ser captada pela gravidade do Planeta Vermelho, informou nesta sexta-feira (5) a CNSA – Administração Nacional do Espaço da China. Em comunicado, a CNSA disse que a sonda está estável e deve desacelerar por volta de 10 de fevereiro, entrar em órbita e pousar na planície Utopia, no Hemisfério Norte de Marte, em maio. “O local fica na encruzilhada de vários oceanos antigos”, explicou. “Os cientistas acreditam que o local tem grande valor científico e é provável que alcance resultados inesperados”, descreveu.

A Tianwen-1 está no espaço há quase 24 semanas e estava a cerca de 81 milhões de milhas (130 milhões de quilômetros) da Terra e a 5,15 milhões de milhas (8,3 milhões de quilômetros) de Marte no dia 3 de janeiro, horário de Pequim, de acordo com a agência espacial chinesa. A distância entre a Terra e Marte depende das órbitas de ambos os planetas e pode variar entre 55 milhões e 400 milhões de quilômetros. O diretor da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China, Bao Weimin, disse que a desaceleração vai ser crucial para o sucesso da missão porque, se falhar, será uma “nave perdida” no sistema solar.

“Durante a operação, os sistemas de orientação, navegação e controle desempenharão os papéis principais, pois serão responsáveis por calcular e ajustar cada manobra”, afirmou Bao. A nave já realizou três correções de meio curso e uma manobra orbital no espaço profundo, de acordo com o jornal oficial Diário do Povo. A grande distância entre a Terra e Tianwen-1 significa um atraso de comunicação, à velocidade da luz, de cerca de dez minutos. Isso porque é impossível o controle da sonda em tempo real. O equipamento recolher as informações e ordens de execução enviadas da Terra, e realizar as manobras após o computador de bordo reconhecer os comandos. Após entrar em órbita, a Tianwen-1 deverá preparar a tentativa de pouso do rover da missão. O orbitador começará a localizar o principal local de pouso pré-estabelecido, dentro da enorme bacia de impacto Utopia Planitia, ao sul do local de pouso Viking 2 da Nasa, a agência espacial norte-americana. Esta manobra não será realizada logo após a chegada. De acordo com a CNSA, a aterrissagem só ocorrerá em maio.

Se tudo correr como o previsto, o rover Tianwen-1, de cerca de 240 quilos, alimentado a energia solar, investigará as características da superfície e a distribuição potencial de água-gelo com seu instrumento Radar de Exploração de Subsuperfície. O rover chinês também analisará a composição do material da superfície e as características do clima marciano e do ambiente. A agência espacial do país asiático tem pelo menos mais três missões desse tipo programadas: a exploração de asteroides, por volta de 2024; outra missão a Marte para recolher amostras, em 2030; e uma missão de exploração, no mesmo ano, a Júpiter. Nos últimos anos, Pequim investiu intensamente em seu programa espacial e, em janeiro de 2019, a sonda lunar Chang`e 4 pousou no lado oculto da Lua, não visível da Terra, um marco nunca alcançado na história da exploração espacial. A missão Tianwen-1 vai juntar-se ao rover Perseverance Mars 2020, da Nasa, e ao orbital Hope Mars, dos Emirados Árabes Unidos.

FUTEBOL

Botafogo perde e cai no Brasileiro

O Botafogo perdeu para o Sport por 1 a 0, na noite desta sexta-feira (5) em jogo válido pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro disputado no estádio do Engenhão, e foi matematicamente rebaixado para a Série B da competição. Na próxima rodada, o Botafogo, já rebaixado, apenas cumpre tabela contra o Grêmio no estádio Nilton Santos na segunda-feira (8). Já o Sport enfrenta o líder Internacional no Beira-Rio na quarta-feira (10).

Palmeiras corta Gabriel Veron do Mundial de Clubes

O Palmeiras anunciou nesta sexta-feira (5) que Gabriel Veron foi cortado do Mundial de Clubes da Fifa, disputado no Catar. A vaga do jovem atacante foi ocupada pelo lateral Lucas Esteves. Segundo nota publicada pelo Verdão, “o atacante não teria condições físicas de atuar na competição”. O jogador viajou para a competição em processo de recuperação de uma lesão muscular na coxa esquerda. A Fifa permite que as equipes que participam do Mundial de clubes realizem mudanças em suas relações de jogadores, por motivo de lesão, até 24 horas antes da estreia na competição. O Palmeiras estreia no Mundial de Clubes no próximo domingo (7), quando enfrenta o Tigres (México) a partir das 15h (horário de Brasília).