Juros médios cobrados pelos bancos chegam a 42,2% ao ano em outubro

A taxa média de juros das concessões de crédito livre teve alta de 10 pontos percentuais nos últimos 12 meses e chegou a 42,4% ao ano em outubro. No mês, o aumento foi de 1,7 ponto percentual, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas hoje (28) pelo Banco Central (BC).Nas novas contratações para empresas, o custo médio do crédito atingiu 23,5% ao ano, alta de 0,5 ponto percentual no mês e 4,6 pontos percentuais em 12 meses. Nas contratações com as famílias, o custo médio do crédito alcançou 56,6% ao ano, aumento de 2,6 pontos percentuais no mês e 13,4 pontos percentuais em 12 meses. No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado, que tem regras definidas pelo governo, é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa para pessoas físicas ficou em 10,8% ao ano em outubro, variação positiva de 0,1 ponto percentual no mês e alta de 3,1 pontos percentuais em 12 meses. Para as empresas, a taxa subiu 0,4 ponto percentual no mês e caiu 1 ponto percentual em 12 meses, indo para 9,8% ao ano. Assim, a taxa média no crédito direcionado chegou a 10,6% ao ano, alta de 0,2 ponto percentual no mês e de 2,1 pontos percentuais em 12 meses. A alta dos juros bancários médios ocorre em um momento em que a taxa básica de juros da economia, a Selic, está em seu maior nível desde janeiro de 2017, em 13,75% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Em março do ano passado, o BC iniciou um ciclo de aperto monetário, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.

A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Em outubro, a inflação subiu 0,59%, após três meses de deflação. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,7% no ano e 6,47% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para novembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação, também teve aumento de 1,17%. A entidade avalia que a alta na Selic tem sido repassada para as taxas finais de diferentes modalidades de crédito e não descarta a possibilidade de novos aumentos caso a inflação não caia como o esperado. A elevação da taxa básica ajuda a controlar a inflação porque causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, contendo a demanda aquecida.

Cartão de crédito: Para pessoas físicas, o destaque do mês foi para o cartão de crédito, cujas taxas tiveram alta de 5,2 pontos percentuais no mês e 30,4 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 95% ao ano. No crédito rotativo, que é aquele tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias, houve alta de 8,8 pontos percentuais em outubro e aumento de 57,3 pontos percentuais em 12 meses, indo para 399,5% ao ano. Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso do cartão parcelado, os juros caíram 1,1 ponto percentual no mês e subiram 11,9 pontos percentuais em 12 meses, para 184,5% ao ano. No cheque especial, o aumento foi de 1,8 ponto percentual em outubro e de 4,3 pontos percentuais em 12 meses, indo para 132,5% ao ano. Já o crédito consignado teve elevação de 2,2 pontos percentuais no mês e 7,9 pontos percentuais em 12 meses (27,6%). E os juros do crédito pessoal não consignado subiram 1,9 pontos percentuais no mês de outubro e variaram 0,1 ponto percentual para baixo em 12 meses (83,5% ao ano).

Alta das contratações: Mesmo com a manutenção dos juros em alta, em outubro, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 5,214 trilhões, com aumento de 1% em relação a setembro. O resultado refletiu, a redução de 0,1% no saldo das operações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas (R$ 2,097 trilhões) e o aumento de 1,8% no de pessoas físicas (R$ 3,117 trilhões). Nas comparações com iguais períodos do ano anterior, o incremento no volume de crédito evidenciou desaceleração ao passar de 16,4% em setembro para 15,8% em outubro. Por segmento de crédito, o BC observou arrefecimento tanto no crescimento interanual do volume de crédito para empresas, que passou de 11,5% para 10,4%, quanto no destinado às famílias, 20,1% para 19,7%, na mesma ordem. O saldo do crédito correspondeu a 54,9% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços que o país produz. O crédito ampliado ao setor não financeiro, que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) alcançou R$ 14,568 trilhões, crescendo 1,5% no mês e 10,8% em 12 meses.

Endividamento das famílias: De acordo com o BC, a inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) tem se mantido estável há bastante tempo, com pequenas oscilações, e registrou 3% em outubro. Nas operações de crédito livre para pessoas físicas, está em 5,9% e para pessoas jurídicas em 2%. O endividamento das famílias, relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses, ficou em 49,9 em setembro, nível que reflete o aumento das concessões de empréstimos. Houve estabilidade no mês e alta de 2,4% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, ficou em 31,7% no mês de setembro. Já o comprometimento da renda, relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período, ficou em 28,7% em setembro, crescimento de 1% no mês e 3,3% em 12 meses, recorde da série iniciada em janeiro de 2005. Para esses últimos dados, há uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central depende de dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mercado financeiro eleva projeção da inflação de 5,88% para 5,91%

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 5,88% para 5,91% para este ano. A estimativa consta do Boletim Focus de hoje (28), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.Para 2023, a projeção da inflação ficou em 5,02%. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,5% e 3%, respectivamente. A previsão para 2022 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional, a meta é de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2% e o superior de 5%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2023 também está acima do teto previsto. Para 2023 e 2024, as metas fixadas são de 3,25% e 3%, respectivamente, também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, para 2023 os limites são 1,75% e 4,75%. Em outubro, a inflação subiu 0,59%, após três meses de deflação. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,7% no ano e 6,47% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para novembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação, também teve aumento de 1,17%.

FGV: confiança da Indústria cai 3,6 pontos em novembro

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) registrou queda de 3,6 pontos em novembro, chegando a 92,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 2,7 pontos. Segundo o economista do instituto Stéfano Pacini, este é o pior resultado desde julho de 2020. “A confiança da indústria caiu pelo terceiro mês consecutivo e segundo de forma disseminada entre os segmentos pesquisados. Há deterioração das percepções sobre a situação atual decorrente de uma piora da demanda e consequente aumento do nível de estoques, o maior desde o período de lockdown”, disse. De acordo com ele, a perspectiva futura também está em baixa. “Além disso, observa-se uma piora das expectativas para os próximos meses, possivelmente relacionada a uma desaceleração global prevista e um cenário econômico brasileiro de incertezas para o início do próximo ano”, explicou.

O indicador apresentou queda da confiança em 14 dos 19 segmentos industriais monitorados pela Sondagem, em novembro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda foi 9,7 pontos. O Índice Situação Atual (ISA) caiu 4,6 pontos, para 91,8 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) registrou queda de 2,4 pontos, indo para 92,6 pontos. Os dois estão no menor nível desde julho de 2020, “período crítico de lockdown da pandemia brasileira”, segundo o FGV Ibre, quando vigoravam as medidas restritivas de circulação devido à covid-19. Entre os componentes do ISA, a maior influência negativa veio do indicador que mede a percepção sobre a demanda no momento, com queda de 6,6 pontos no mês, para 91,5 pontos. Também apresentou piora a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios, com recuo de 4,9 pontos, para 89,7 pontos.

O nível de estoques apresentou leve piora ao subir 1,6 ponto em novembro, para 104,8. Acima de 100 pontos, esse indicador aponta que a indústria está operando com estoques acima do desejável. Nas expectativas, a principal influência do mês foi a tendência dos negócios para os próximos seis meses. A queda de 4,5 pontos, para 87,8 pontos, mantém o indicador abaixo dos 100 pontos desde setembro de 2021. No horizonte de três meses, as perspectivas sobre emprego caíram pela segunda vez seguida, com 2,5 pontos a menos, para 99,3 pontos. É a primeira vez em sete meses que o indicador fica abaixo dos 100 pontos, considerado o nível neutro. Segundo o FGV Ibre, isso sinaliza uma “desaceleração das contratações nos próximos meses”. O indicador que mede as perspectivas sobre a produção para os próximos três meses ficou estável em 91,1 pontos pelo terceiro mês consecutivo. Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci) caiu 0,9 ponto e alcançou 79,8%, mesmo patamar observado em abril deste ano.

PEC da Transição é formalizada no Senado

O relator do Orçamento no Congresso Nacional, senador Marcelo Castro (MDB-PI), informou nesta segunda-feira (28) ter protocolado a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. O texto exclui o programa Auxílio Brasil, que deverá ser rebatizado de Bolsa Família, da regra do teto de gastos para os próximos anos. A medida apresentada pelo senador é uma forma de viabilizar a manutenção do valor mínimo de R$ 600 para o programa de transferência de renda, além de instituir um valor adicional de R$ 150 por criança menor de 6 anos de idade de cada beneficiário. Esse é um dos principais compromissos de campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Vigente desde 2017, a regra constitucional do teto de gastos limita o crescimento das despesas públicas, exceto o pagamento de juros da dívida pública, ao crescimento da inflação do ano anterior. Para iniciar a tramitação, o texto ainda precisará ser subscrito por, pelo menos, 26 senadores, o que deve ocorrer ainda esta semana.

Mais cedo, Castro disse que o ideal é que a PEC esteja aprovada até o dia 10 de dezembro, já que no dia 16 do mesmo mês ele deve apresentar seu relatório final do Orçamento de 2023, que precisa ser aprovado antes do fim do ano. Para ser aprovada, a PEC precisa passar em dois turnos, tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados. O quórum de aprovação exigido em cada uma das duas Casas é de três quintos do total de parlamentares. O texto da PEC da Transição apresentado por Marcelo Castro é praticamente o mesmo da minuta enviada pelo governo eleito, mas com uma alteração. Inicialmente, a exclusão do Bolsa Família do teto de gastos seria permanente, mas como essa regra não foi bem recebida no mundo político e entre agentes econômicos, o novo governo decidiu fixar um prazo, que agora é de 4 anos, abrangendo o período da próxima gestão. A proposta, no entanto, ainda deve sofrer novas alterações durante a tramitação no Poder Legislativo.

“Claro que tudo isso vai ser fruto de intensas negociações e, quem cobre o Congresso Nacional sabe que, dificilmente, uma matéria entra no Congresso e sai da mesma maneira que entrou”, ponderou Marcelo Castro, pouco antes de entrar em uma reunião com o presidente eleito Lula, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede do governo de transição. Pelos cálculos dos valores previstos no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2023, a manutenção do Bolsa Família em R$ 600 teria um custo total de até R$ 175 bilhões. “Não tem valor na PEC. Tem a retirada do Bolsa Família que, com base nos valores previstos no PLOA, pode ser até R$ 175 [bilhões]. O governo eleito colocou essa proposta para avaliação do Congresso Nacional, vamos aguardar a avaliação e aí nós nos manifestamos”, disse o ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Nelson Barbosa, integrante da equipe de transição de governo na área econômica. “O fato é que não há, no Orçamento para 2023, previsão para manutenção do Auxílio Brasil, ou novo Bolsa Família, no valor atual. Então, é urgente garantir a manutenção desse valor, tem milhões de pessoas que dependem desse benefício para o seu dia a dia”, acrescentou Barbosa.

Outras mudanças: Além de excluir o programa Bolsa Família da regra de teto de gastos pelos próximos 4 anos, a PEC da Transição propõe usar receitas obtidas com excesso de arrecadação para investimentos públicos, limitado a cerca de R$ 23 bilhões. O outro item da proposta da PEC é excluir da regra do teto de gastos recursos extras obtidos por meio de convênios e serviços prestados pelas universidades públicas, além de doação feita por fundos internacionais para ações na área socioambiental. Assim, essas instituições não teriam esses recursos abatidos pela regra do teto de gastos, como acontece atualmente.

Google terá alertas de inundações em parceria com Serviço Geológico

Uma parceria entre o Google e o Serviço Geológico do Brasil (SGB), anunciada em Florianópolis (SC), vai possibilitar a emissão de alertas de inundações ribeirinhas no país. O indicador combina dados como os níveis de água dos rios, indicadores meteorológicos e imagens de satélite. Moradores de mais de 60 localidades terão disponíveis informações em tempo real. Nos próximos meses, a cobertura de alertas e previsão deverá ser expandida para outras regiões. Ao navegar pelo Google Maps, realizar pesquisas na busca ou acessar a nova plataforma de enchentes FloodHub, os usuários receberão alertas e previsões sobre as condições dos rios. Não fazem parte desse sistema as cheias rápidas, que ocorrem em cidades nas cabeceiras ou com as chuvas em grandes centros urbanos. São disponibilizadas informações de cheias graduais, sobre as quais é possível enviar dados, por exemplo, de quanto a água deve subir em determinado período, permitindo deslocamentos.

Relatório da Organização das Nações Unidos mostra que os brasileiros estão entre os mais expostos aos riscos de inundações ribeirinhas no mundo. Entre 2000 e 2019, mais de 70 milhões de pessoas foram afetadas por enchentes no país. “Temos observado, globalmente, um aumento da frequência dos desastres e dos eventos críticos em função das mudanças climáticas e, como parte dos esforços nesse campo, desenvolvido produtos que levam informação confiável a pessoas em momentos críticos para mantê-las seguras antes, durante e depois que esses eventos acontecem”, afirma Luisa Phebo, líder de Parcerias de Impacto Social do Google. A tecnologia já é utilizada em outros países, como Índia e Bangladesh, e agora, além do Brasil, estará disponível na Colômbia, no Sri Lanka e em 15 países africanos, como Chade, Nigéria, República do Congo e África do Sul. Em 2021, foram enviados 115 milhões de notificações e alertas de inundações para 23 milhões de pessoas na Índia e em Bangladesh.

O Sistema de Alertas de Inundações reúne “poder computacional, experiência em aprendizado de máquina para desenvolver sistemas automatizados de previsão e alerta de inundações em escala global”, destaca o Google. “A vantagem dessa parceria é aumentar a divulgação das informações geradas e aproveitar a capacidade do Google de programação, para expandir futuramente essas previsões a outros locais no Brasil”, diz Alice Castilho, diretora de Hidrologia do SGB. Wempresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, o SBG opera sistemas de Alerta Hidrológico em 17 bacias do território brasileiro, monitorando chuvas, níveis de rios e mapas de riscos hidrológicos. Essas informações são enviadas periodicamente para órgãos de defesa civil, agentes públicos estaduais e municipais, além da população em geral. “Atualmente, essas informações estão no site do Serviço Geológico do Brasil, temos as fotos, os níveis em tempo real, os boletins também em tempo real. Toda a população consegue acessar, mas, no entanto, não chega tão fácil para a população, não é tão palatável”, avaliou Artur Matos, coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do SGB.

Serra Dona Francisca é interditada por alto risco de deslizamentos

Foto: PMRv/Divulgação

A Serra da Dona Francisca, localizada no norte do estado, está totalmente interditada na manhã desta terça-feira (29). Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o bloqueio ocorre por conta do alto risco de deslizamentos no local. “Com a expectativa de continuidade das precipitações, ainda não é possível estimar quando o trecho será liberado para o tráfego”, informou a Polícia Militar Rodoviária. O tenente-coronel Thiago Vieira, secretário de Infraestrutura e Mobilidade. afirmou que não há segurança para trafegar na rodovia enquanto o tempo não firmar. A decisão de interditar é para preservar vidas”.

A chuva forte e volumosa registrada nos últimos dias provocou estragos entre domingo (27) e segunda (28). Equipes chegaram a retirar árvores, pedras e entulhos, mas a previsão de tempo instável torna o tráfego no loca inseguro. Em Santa Catarina, a chuva volumosa e intermitente registrada desde a noite de sábado (26) que ocasionou alagamentos, quedas de árvores, deslizamentos e resgate de pessoas em ao menos quatro regiões. Joinville, a maior cidade catarinense, decretou situação de emergência por causa das chuvas, informou a prefeitura na noite desta segunda-feira (28). De acordo com a prefeitura desde sábado (26), choveu 340 milímetros em Joinville. Esse acumulado é mais do que a média esperada para o mês de novembro, que é de até 190 milímetros, conforme a Epagri/Ciram, órgão que monitora as condições meteorológicas do estado. Houve cancelamento de aulas e a cidade mais populosa do Estado, Joinville, decretou situação de emergência.

Tragédia no Paraná: Deslizamento na BR-376 tem carros e caminhões soterrados

Foto: Redes sociais

Uma morte foi registrada após o deslizamento na BR-376 que deixou um trecho do quilômetro 669 completamente interditado, em ambos os sentidos, na noite desta segunda-feira (28). Por volta das 19h, houve um bloqueio no trecho por causa das fortes chuvas que atingem região e, instantes depois, o deslizamento de terra que atingiu diversos veículos que estavam parados. O corpo, sem identificação, foi encontrado por volta das 22h, segundo o Bom Dia Paraná, telejornal da RPC. Na manhã desta terça-feira (29), além do bloqueio total na BR-376, houve outro bloqueio total na BR-277. Ou seja, os principais caminhos sentido litoral estão bloqueados.

Por causa da forte chuva que atingia a região na hora do deslizamento os trabalhos precisaram ser suspensos na durante a madrugada. O serviço de resgate recebe atenção de equipes do governo do Paraná e de Santa Catarina, uma vez que o trecho bloqueado fica perto da divisa entre os dois estados. Lembrando que o alerta vermelho para chuvas fortes emitido pelo Inmet vale até a noite desta terça-feira. Ainda não há mais informações oficiais sobre feridos na grave ocorrência, mas mensagens em grupos médicos indicam a necessidade de leitos de UTI em hospitais de Curitiba, o que ainda não foi confirmado. Apenas durante segunda-feira, segundo o Simepar, a região de Guaratuba registrou 59,6 mm de chuva acumulada. Nesta terça-feira, até às 05h45, a chuva ficou perto dos 15 mm em Curitiba; 57 mm em Colombo; 35 mm em Antonina; 7 em Paranaguá e 30 mm em Guaraqueçaba.

Orientações para o trânsito: Segundo concessionária que administra o trecho, a ligação entre os estados do Paraná e Santa Catarina pelo trecho da Arteris Litoral Sul (BR-376/PR e BR-101/SC) segue interditada, sem previsão de liberação. Os bloqueios ocorrem na praça de pedágio de São José dos Pinhais-PR, km 635 da BR-376/PR, na unidade operacional da PRF em Tijucas do Sul (km 662) e na praça de pedágio de Garuva, no km 1,3 da BR-101/SC.

A recomendação da concessionária é para que os condutores antecipem a manobra de retorno (evitando prosseguir até os bloqueios definitivos nas duas praças). Opções de retorno:

  • BR-376/PR – interdição no km 635 sul: opções de retorno no km 617, 619, 625 e 633
  • BR-376/PR – Interdição no km 662 sul: opções de retorno no km 644, 648 e 654.
  • BR-376/PR – Interdição no km 669 sul: opções de retorno no km 663.
  • BR-101/SC – Interdição no km 1 norte: opções de retorno no km 27, 25, 20, 14, 10, 6 e 1,8.

A fila no FerryBoat chega ao centro de Guaratuba. Por causa dos bloqueios, a travessia que já é caótica ficou ainda mais complexa nesta manhã.

Na BR-101 (SC) sentido Curitiba: km 1,3: opções de retorno nos kms 27, 25, 20, 14, 10, 6 e 1,8. A empresa também informou que, no caso de condutores que precisam seguir viagem entre os estados, as rotas alternativas são via BR-470 e BR-116.

ES: PM abre investigação sobre acesso de atirador às armas do pai

A Corregedoria da Polícia Militar do Espírito Santo abriu, hoje (28), procedimento administrativo para apurar as circunstâncias em que o adolescente de 16 anos de idade teve acesso às armas do pai para provocar o ataque em duas escolas no distrito de Coqueiral, em Aracruz, na manhã de sexta-feira (25). Ele é filho de um policial militar e usou duas armas de responsabilidade do pai, um revólver de calibre 38 de propriedade privada, e uma pistola 40 pertencente à Polícia Militar. A Polícia Civil também está investigando a conduta ou omissão dos pais sobre a atuação do atirador. Eles serão interrogados hoje. O adolescente foi apreendido e informou à polícia que sempre que tinha oportunidade de ficar sozinho em casa manuseava as armas do pai.

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, as autoridades policiais informaram que as armas estavam escondidas no quarto dos pais do adolescente, uma delas com um cadeado. Após os ataques, o jovem voltou para casa, devolveu as armas para o mesmo lugar e fingiu que nada tinha acontecido até a chegada dos policiais. Os ataques ocorreram na Escola Estadual Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral, uma escola particular. De acordo com a polícia, o atirador escolheu os locais pela proximidade com a sua casa.

Durante o atentado o adolescente usava símbolos nazistas. Também foram encontrados conteúdos semelhantes em seu celular. Segundo as investigações, apesar de o atirador ser simpatizante de ideias nazistas, não há confirmação de que fazia parte de qualquer grupo organizado. À polícia, ele disse que planejou o ataque porque sofria bullying. O jovem era considerado introspectivo, fazia tratamento psiquiátrico e psicológico e havia abandonado a escola há 6 meses. O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo, Marcio Celante, reforçou que foi um fato isolado e pediu tranquilidade à população. “Nós conseguimos apreender o adolescente que executou o ato criminoso, as investigações estão avançando, pedimos essa tranquilidade à população e confiança nas forças de segurança”, disse.

Covid-19: Brasil registra 20,3 mil casos e 57 mortes em 24 horas

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste domingo (27) indicam que, em 24 horas, foram registrados 20.385 novos casos e 57 mortes por covid-19 no país. Desde o início da pandemia, o Brasil contabiliza 35.188.586 casos confirmados e 689.536 óbitos pela doença. Ainda segundo o boletim, 34.205.157 pessoas se recuperaram da infecção (97,2% do total) e 293.393 pacientes estão em acompanhamento. Os estados do Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Roraima, Santa Catarina e Tocantins, além do Distrito Federal, não atualizaram os dados em 24 horas.

Estados

O estado de São Paulo lidera o número de casos, com 6.190.045, seguido por Minas Gerais (3,911 milhões) e Paraná (2,77 milhões). Já o menor número de casos é registrado no Acre (153.687), seguido de Roraima (178.542) e Amapá (181.168). Os dados mostram ainda que São Paulo apresenta o maior número de mortes provocadas pela doença (176.165), seguido pelo Rio de Janeiro (76.054) e por Minas Gerais (63.950). Acre (2.029), Amapá (2.165) e Roraima (2.176) registram o menor número de óbitos.

Dados de covid-19 divulgados pelo Ministério da Saúde em 28/11/2022.

Divulgação/ Ministério da Saúde

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Identificadas duas linhagens novas do coronavírus no Brasil

O Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) informou hoje (28) que pesquisadores da faculdade confirmaram a presença das linhagens BQ 1.1.17 e BQ 1.18 da subvariante BQ.1 do coronavírus no Brasil. Segundo o centro universitário, os pacientes contaminados vivem em Santo André e São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.

Desde setembro de 2021 o centro universitário vem auxiliando os órgão de vigilância no monitoramento da covid-19. Os casos das linhagens que ainda não haviam sido detectadas no Brasil foram identificados em um lote com nove amostras. A maior parte era de pessoas infectadas com a variante BA.5, sendo que três eram da subvariante BQ.1. As pessoas contaminadas pelas novas linhagens apresentavam sintomas leves de covid-19. Não há informações de que as novas linhagens sejam mais transmissíveis ou gerem efeitos mais graves do que as predominantes atualmente.

Brasil bate Suíça e se classifica para as oitavas da Copa do Catar

Foto: Lucas Figueiredo – CBF – Divulgação

O Brasil não teve facilidades diante da organizada defesa da Suíça, mas garantiu a vitória de 1 a 0, nesta segunda-feira (28) no Estádio 974 (a famosa arena construída com contêineres às margens da baía de Doha e que será desmontada ao final da Copa), que lhe garantiu de forma antecipada uma das duas vagas do Grupo G para as oitavas de final da Copa do Catar.

A vitória teve um sabor especial, pois foi a primeira da seleção brasileira sobre a equipe europeia em mundiais, após dois empates (na Copa de 1950, disputada no Brasil, e da Copa de 2018, na Rússia). Na próxima rodada, a partir das 16h (horário de Brasília) de sexta-feira (2), o Brasil (já classificado para as oitavas e com tudo para ficar em primeiro lugar na chave) enfrenta Camarões. No mesmo horário, a Suíça terá um duelo europeu contra a Sérvia. A sorte está lançada.

Gana sofre, mas derrota Coreia do Sul por 3 a 2 pelo Grupo H da Copa

Em mais um duelo eletrizante na manhã desta segunda (28), Gana bateu a Coreia do Sul por 3 a 2 e se recuperou da derrota – pelo mesmo placar – para Portugal na estreia, somando seus primeiros pontos no grupo H da Copa do Mundo do Catar. A seleção africana conseguiu suportar um segundo tempo de intensa pressão sul-coreana, que resultou em uma reação fulminante para empatar a partida em 2 a 2 e quase culminou em outra igualdade nos minutos finais. Agora, os ganeses chegam à última rodada com boas chances de classificação. Vale lembrar que saem do grupo H os adversários do Brasil (Grupo G) nas oitavas de final. Agora, a seleção africana tem outro duelo complicado. Encara o Uruguai na sexta (2), no Estádio Al-Janoub, ao meio-dia (horário de Brasília), em uma reedição da histórica partida das quartas de final da Copa do Mundo de 2010. No mesmo dia e horário, a Coreia do Sul, novamente no Estádio Cidade da Educação, mede forças com Portugal. Todos os times da chave chegarão à última rodada com chance de classificação.

Bruno Fernandes brilha e garante vaga de Portugal nas oitavas

Portugal contou com o brilho do meio-campista Bruno Fernandes para superar o Uruguai por 2 a 0, nesta segunda-feira (28) no Estádio de Lusail, e garantir uma das duas vagas do Grupo H para as oitavas de final da Copa do Catar. Este duelo serviu como uma espécie de revanche do jogo das oitavas de final da última edição do Mundial, em 2018 (Rússia). Naquela oportunidade o Uruguai eliminou Portugal com uma vitória por 2 a 0. A vitória consolida o time de Fernando Santos na liderança do Grupo H, diminuindo muito a possibilidade de um confronto com o Brasil nas oitavas. A briga pela segunda vaga será na próxima sexta-feira (2), a partir das 12h (horário de Brasília), quando a Coreia do Sul joga sua sorte diante dos portugueses e Gana mede forças com o Uruguai.

Camarões e Sérvia empatam em 3 a 3 em jogo eletrizante pelo Grupo G

A Copa do Catar teve, nesta segunda (28), sua partida mais emocionante até agora. Em duelo de reviravoltas, Camarões e Sérvia empataram por 3 a 3 no Estádio Al-Janoub, em Al-Wakrah. Embora tenham proporcionado um belo espetáculo, as duas seleções respiram por aparelhos no grupo G e precisarão vencer na última rodada para conseguir avançar às oitavas de final do Mundial. Ambas somaram seu primeiro ponto na competição, enquanto Brasil e Suíça (que se enfrentam ainda hoje) já têm três. Na última rodada do grupo G, Camarões e Sérvia só têm uma opção: vencer. Qualquer outro resultado representa a eliminação ainda na fase de grupos. O último compromisso de ambos será na sexta (2), às 16h (horário de Brasília): a Sérvia encara a Suíça no Estádio 974, enquanto a seleção camaronesa tem pela frente o Brasil, no Lusail.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – Climatempo

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