Governo anuncia Marcelo Queiroga como novo ministro da Saúde
O presidente Jair Bolsonaro anunciou na noite desta segunda-feira (15), nas redes sociais, ter acertado a nomeação do médico Marcelo Queiroga como ministro da Saúde. Os dois se reuniram ao longo da tarde no Palácio do Planalto para discutir a troca no comando da pasta. O anúncio também foi feito pelo presidente durante conversa com apoiadores na porta do Palácio do Alvorada.
“Foi decidido agora a tarde a indicação do médico Marcelo Queiroga para o Ministério da Saúde. Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A conversa foi excelente, já o conhecia há alguns anos então não é uma pessoa que tomei conhecimento há poucos dias, e tem, no meu entender, tudo para fazer um bom trabalho dando prosseguimento em tudo que Pazuello fez até hoje”, afirmou Bolsonaro na conversa transmitida pelo site Foco do Brasil, mantido por apoiadores do presidente.
Mais cedo, o ministro Eduardo Pazuello deu uma coletiva de imprensa para atualizar informações sobre o combate à pandemia de covid-19 e confirmou que o presidente mantinha tratativas para a sua substituição na pasta . A nomeação de Queiroga será publicada na edição de amanhã (16) do Diário Oficial da União e o processo de transição no ministério deve durar entre uma e duas semanas, disse o presidente. Nas redes sociais, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, também comentou a indicação de Queiroga, classificando o Ministério da Saúde como “uma das pastas mais desafiadoras e relevantes” do governo.
Perfil: Marcelo Queiroga é natural de João Pessoal e se formou em medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ele fez especialização em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro. Sua área de atuação é em hemodinâmica e cardiologia intervencionista e atualmente Queiroga é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Com a indicação, Queiroga será o quarto ministro da Saúde desde o começo da pandemia de Covid, há exatamente um ano. Passaram pela pasta, neste período, os médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, seguido depois pelo general Eduardo Pazuello, do Exército. O principal desafio do novo ministro será acelerar o processo de vacinação em massa da população. Até agora, o país vacinou cerca de 4,59% da população com a primeira dose de imunizantes, percentual que corresponde a 9,7 milhões de pessoas. O Brasil acumula, até o momento, mais de 279 mil mortes por covid-19.
Ludhmila Hajjar diz ter sofrido ameaças de morte após convite para Ministério
A cardiologista Ludhmila Hajjar afirmou à CNN que sofreu ataques e ameaças de morte depois de ser convidada para assumir o Ministério da Saúde pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ela recusou a oferta, nesta segunda-feira (15), por ‘motivos técnicos’. “Recebi ataques, ameaças de morte que duraram a noite, tentativas de invasão em hotel que eu estava, fui agredida, [enviaram] áudio e vídeo falsos com perfis, mas estou firme aqui e vou voltar para São Paulo para continuar minha missão, que é ser médica”, disse Hajjar, em entrevista.
“Vou continuar atendendo pessoas de esquerda e de direita. Isso, talvez, para algumas pessoas muito radicais – e que estão defendendo o discurso da polarização – é algo que me diminui. Pelo contrário. Se eu fizesse isso, não seria médica, não estaria exercendo a profissão, negaria o juramento que fiz no dia que me formei na universidade de Brasília.” Ela disse que teve que deixar o hotel onde estava hospedada, em Brasília, com cuidado porque tinha sofrido ameaças de morte, mas negou que isso tenha afetado seus planos.
“Essa polarização, esse radicalismo, essa maldade utilizada em redes sociais, isso hoje é um atraso para o Brasil e vidas estão indo embora por causa disso, porque se criou uma narrativa baseada em algo que não tem lógica, não tem fundamento.” Ao ser questionada novamente pelos ataques, ela afirmou ter ficado um pouco assustada, mas disse que não foi isso que teve mais peso em sua decisão de não assumir a vaga.
“Sei que isso passa, que são pessoas que não tem fundamento, que são radicais, que estão polarizando o país (…) Realmente fiquei assustada, tive meu celular publicado em vários grupos de WhatsApp, duas tentativas de entrada no meu quarto do hotel durante a noite – coisas absurdas, indescritíveis, inimagináveis”, afirmou. A médica afirmou que comentou sobre esses episódios com o presidente Bolsonaro e que ele também relatou ter recebido o que chamou de “quantidade infinita de informações” e de “coisas irreais”. “Digamos que, para alguns, esse nosso encontro não fosse tão agradável e essas pessoas fizeram de tudo para que não houvesse uma convergência entre nós.”
Falta de convergência: Ao falar sobre o que faltou para que pudesse aceitar o convite para a pasta, Hajjar falou em “falta de linhas de convergência”. “Acho que o presidente ficou muito preocupado de a minha gestão não agradar alguns grupos ao mesmo tempo de eu sofrer muitos ataques de outros por, realmente, pensar um pouco diferente de algumas linhas”, disse.
“Acho que foi, realmente, [falta de] convergência de ideias. Acho que o ministro tem que vir para ajudar o presidente, para deixar o ambiente tranquilo e acho que isso, esse ambiente, não foi possível de ser criado entre nós e, de uma maneira muito honrosa, digo que que fiquei muito honrada pela lembrança do meu nome e acho que saio com esse convite muito grata”, completou. “Foi muito bom ter podido conversar com ele [Bolsonaro], ter exposto minhas ideias e desejo ao Brasil muita sorte na condução da pandemia.”
Butantan envia mais 3,3 milhões de doses de vacina ao governo
O Instituto Butantan entregou hoje (15) ao Ministério da Saúde mais 3,3 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus. Ao todo, já foram fornecidos 20,6 milhões de doses do imunizante CoronaVac, desenvolvido em parceria com laboratório chinês Sinovac, para serem distribuídas a todas as regiões do país, por meio do Programa Nacional de Imunizações.
Pelo cronograma apresentado pelo Butantan, na próxima quarta-feira (17), deve ser enviada mais uma remessa com 2 milhões de vacinas e, até o fim do mês, o instituto prevê fornecer um total de 22,6 milhões de doses. Até o fim de abril, a previsão é que tenham sido entregues 46 milhões de doses, conforme o contrato com o governo federal. De acordo com o Butantan, a produção da vacina foi acelerada e o quadro de funcionários responsáveis pelo envase do produto foi dobrado.
Vacinação em SP: O último balanço do governo de São Paulo aponta que 3,8 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus já foram aplicadas em todo o estado, sendo mais de 1 milhão da segunda dose.
Fiocruz entrega mais de 1 milhão de doses de vacina a partir de quarta
Um lote com 1,080 milhão de doses de vacinas produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) será estregue esta semana ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15) pela Fiocruz. Serão disponibilizadas 500 mil doses na quarta-feira (17) e mais 580 mil até sexta-feira (19). Em março, segundo a Fiocruz, será entregue um total de 3,8 milhões de doses da vacinas. Na última sexta-feira (12), uma segunda linha de produção entrou em operação, o que vai permitir o aumento da capacidade produtiva de Bio-Manguinhos/Fiocruz. A expectativa é chegar até o final do mês com uma produção de cerca de 1 milhão de doses por dia.
A vacina fabricada pela Fiocruz foi desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca. Para sua efetividade completa, ela necessita de duas doses, em um intervalo de oito a 12 semanas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o uso do imunizante inclusive para as novas variantes que vêm circulando no Brasil e em outros países, como a África do Sul. A vacina previne os casos graves e as hospitalizações por covid-19. De acordo com os estudos publicados sobre a vacina Oxford-AstraZeneca, sua eficácia geral é de 82%.
Covid-19: Brasil tem 279,2 mil mortes e 11,5 milhões de casos
A soma de pessoas que morreram de covid-19 alcançou 279.286. Em 24 horas foram registrados 1.057 óbitos. Ainda há 2.927 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.
Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado na noite de hoje (15). A atualização é produzida a partir das informações levantadas pelas autoridades estaduais e locais de saúde sobre casos e mortes provocados pela covid-19. O número de pessoas recuperadas chegou a 10.111.954. Já a quantidade de pessoas com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.128.369.
Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras pela menor quantidade de trabalhadores para fazer os novos registros de casos e mortes. Já às terças-feiras tendem a ser maiores já que neste dia o balanço recebe o acúmulo das informações não processadas no fim-de-semana.
Covid nos Estados
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (64.223), Rio de Janeiro (34.330), Minas Gerais (20.687), Rio Grande do Sul (15.105) e Paraná (13.626). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.129), Amapá (1.187), Roraima (1.232), Tocantins (1.697) e Sergipe (3.141).
Vacinação
Até o início da noite de hoje, haviam sido distribuídas 20,1 milhões de doses de vacinas. Deste total, foram aplicados 11,8 milhões de doses, sendo 8,8 milhões da 1ª dose (4,1% da população brasileira) e 2,9 milhões da 2ª dose (1,3% da população brasileira).
Coronavírus em SC: Estado confirma 733.309 casos, 691.309 recuperados e 8.791 mortes
Santa Catarina tem 733.309 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, sendo que 691.309 estão recuperados e 33.209 continuam em acompanhamento. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira, 15. A doença respiratória causou 8.791 mortes no estado desde o início da pandemia. Esses números colocam a taxa de letalidade em 1,2%. Em relação ao último boletim, há 96 óbitos a mais. A quantidade de casos confirmados aumentou 2.341 e outras 6.155 pessoas passaram a ser consideradas recuperadas, segundo estimativa do Governo do Estado. O número de casos ativos registrou uma redução de 3.910.
>>> Confira aqui o boletim diário desta segunda-feira, 15
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
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Casos de infecção pelo novo coronavírus já foram confirmados em todos os 295 municípios de Santa Catarina e 287 têm registro de ao menos um óbito. Estima-se que haja casos ativos em 290. A maior quantidade de pacientes que já confirmaram infecção está em Joinville, que soma 70.359 casos. Em seguida, estão Florianópolis (64.627), Blumenau (38.807), Chapecó (28.982), São José (28.535), Criciúma (25.069), Palhoça (22.084), Balneário Camboriú (19.846), Brusque (19.002) e Itajaí (18.669).
Dos 1.364 leitos de UTI Adulto existentes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina, há 1.333 ocupados, sendo 944 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19. A ocupação é de 97,7% e há 31 leitos vagos atualmente para adultos.
SC: 401,3 mil doses da vacina contra o coronavírus foram aplicadas no estado
O Balanço Parcial de Vacinação contra a Covid-19 divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina nesta segunda-feira, 15, traz um aumento de 29.726 no número de doses aplicadas em um comparativo com o balanço anterior divulgado na sexta, 12. De acordo com o boletim foram aplicadas 401.330 doses da vacina nos grupos prioritários.
Do total, 302.616 correspondem à primeira dose (D1) e 98.714 à segunda (D2). O balanço é elaborado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) com informações fornecidas pelos municípios catarinenses.
Os grupos prioritários que estão sendo vacinados neste momento são: os trabalhadores da saúde, os idosos e as pessoas com deficiência institucionalizados, a população indígena e os idosos com 75 anos ou mais. O estado aguarda o envio de novas doses para ampliar a vacinação para outros grupos prioritários.
Paraná: Boletim registra mais 2.136 casos de Covid-19. Estado já aplicou 638 mil doses da vacina
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta segunda-feira (15) mais 2.136 casos e 41 óbitos em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 758.740 casos e 13.519 mortes em decorrência da doença. Os casos confirmados divulgados nesta data são de março (1.793), fevereiro (69) e janeiro (31) de 2021 e dos seguintes meses de 2020: junho (1), julho (1), agosto (3), setembro (1), outubro (6), novembro (89) e dezembro (142).
VACINA – O Paraná aplicou 638.456 doses da vacina contra a Covid-19, sendo 479.024 da primeira dose e 159.432 da segunda, até o final da manhã desta segunda-feira (15). Portanto, 479.024 paranaenses já foram vacinados. Ao todo, o Estado recebeu 1.001.600 doses do Governo Federal.
Confira os números das imunizações no Paraná.
INTERNADOS – 2.501 pacientes com diagnóstico confirmado da doença estão internados. São 2.052 em leitos SUS (842 em UTI e 1.210 em leitos clínicos/enfermaria) e 455 em leitos da rede particular (234 em UTI e 215 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 2.783 pacientes internados, 885 em leitos UTI e 1.898 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos da rede pública e particular e são considerados casos suspeitos.
MORTES – A secretaria estadual informa a morte de mais 41 pacientes. São 17 mulheres e 24 homens, com idades que variam de 43 a 87 anos. Os óbitos ocorreram de 2 de fevereiro a 15 de março de 2021. Os pacientes que morreram residiam em Cascavel (15), Colorado (4), Foz do Iguaçu (3), Cornélio Procópio (2) e Clevelândia (2). A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Alto Piquiri, Araucária, Bandeirantes, Boa Vista da Aparecida, Cruzeiro do Oeste, Guaraniaçu, Guaratuba, Ibema, Itapejara D’Oeste, Marmeleiro, Nova Aurora, Pato Branco, Sapopema, Umuarama e Uniflor.
FORA DO PARANÁ – O monitoramento aponta 5.046 casos de residentes de fora, Destes, 107 pessoas morreram.
Confira o informe completo clicando AQUI.
Congresso promulga emenda para pagamento de auxílio emergencial
Em sessão solene remota do Congresso Nacional nesta segunda-feira (15), deputados e senadores promulgaram a Emenda Constitucional 109/2021. O texto é resultado da aprovação da proposta de emenda à Constituição Emergencial, a PEC Emergencial. Aprovada no Senado no dia 4 de março e confirmada pela Câmara na madrugada da última sexta-feira (12), a norma abre caminho para que o governo federal pague, em 2021, um novo auxílio emergencial aos mais afetados pela pandemia de covid-19.
A expectativa do governo é oferecer mais quatro parcelas do auxílio, que deve ter valores entre R$ 150 e R$ 375, a depender da composição familiar. A definição sobre valores e quantidade de parcelas será definida por meio de medida provisória, a ser editada pelo governo nos próximos dias. A primeira fase de pagamentos do auxílio chegou a R$ 292 bilhões para cerca de 68 milhões de pessoas, em duas rodadas: na primeira, foram pagas parcelas de R$ 600 por cinco meses; na segunda, chamada de “auxílio residual”, foram parcelas de R$ 300 durante quatro meses e com um público-alvo menor. Desta vez serão destinados R$ 44 bilhões por fora do teto de gastos.
Mudanças: Durante a análise da PEC na Câmara, foram excluídos do texto pontos como o que proibia promoção funcional ou progressão de carreira de qualquer servidor ou empregado público. Também foi retirada toda a parte que proibia a vinculação de qualquer receita pública a fundos específicos.
Gatilho: A emenda constitucional dá mais rigidez à aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários. Para a União, medidas de contenção de despesas com pessoal e com isenções tributárias serão acionadas quando for atingido um gatilho relacionado às despesas obrigatórias.
Já para estados, Distrito Federal e municípios, por causa da autonomia federativa, as medidas serão facultativas. Mas se os órgãos e poderes do ente federado não adotarem todas as medidas, o estado ou município em questão ficará impedido de obter garantia de outro ente federativo para empréstimos. Eles também não poderão fazer novas dívidas com outro ente da Federação ou mesmo renegociar ou postergar pagamentos de dívidas existentes.
A PEC 186/19 prevê ainda que uma lei complementar sobre sustentabilidade da dívida poderá autorizar a aplicação dessas restrições. Na lei devem ser definidos, por exemplo, níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida e planejamento de venda de estatais para reduzir seu montante.
São Paulo terá novo hospital de campanha para pacientes com covid-19
Batendo recordes de internações nas últimas três semanas, o governo de São Paulo anunciou hoje (15) que vai instalar um novo hospital de campanha para tratamento dos casos de covid-19. A estrutura será montada no centro da capital paulista e oferecerá 180 leitos para casos graves da doença. O novo hospital deve começar a operar no dia 31 de março. Entre os leitos, 50 serão de terapia intensiva para atender pacientes graves que precisam de intubação e recursos mais complexos. O Hospital de Campanha Metropolitano, como será chamada a nova unidade, vai ser de referência para a Grande São Paulo e outras regiões próximas, caso seja necessário.
Uma organização social de saúde (OSS), a ser definida nos próximos dias, será responsável pela operacionalização do hospital, em parceria com a Secretaria de Saúde. O investimento é de R$ 12 milhões por mês para custeio e montagem do serviço. Esse será o 12º hospital de campanha criado pelo governo paulista em um momento em que a pandemia cresce exponencialmente em todo o estado. Quatro hospitais de campanha (nas cidades de Franca, Bauru e Bebedouro, além de uma unidade em Heliópolis, a maior comunidade da capital paulista) já estavam em funcionamento. Com isso, São Paulo terá 9,2 mil leitos de unidades de terapia intensiva (UTI), mais do que os 8,5 mil leitos desse tipo que tinha durante o pico da pandemia no ano passado.
Governo autoriza reajuste de até 4,88% em remédios
A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) autorizou um aumento de até 4,88% nos preços de remédios. O reajuste foi publicado na edição desta segunda-feira (15) do Diário Oficial da União e já pode ser aplicado pelas farmacêuticas. A regulação é válida para um universo de mais de 19 mil medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro.
A decisão foi tomada pelo Comitê Técnico-Executivo da CMED, órgão vinculado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em reunião no último dia 12. Por meio da entidade, o governo controla o reajuste de preços de medicamentos periodicamente estabalecendo o aumento máximo que esses produtos podem atingir no mercado brasileiro.
O ajuste de preços vem 15 dias antes do usual, já que resolução da CMED estabelecia que os preços deveriam ser modificados em 31 de março de cada ano. A portaria não esclarece a antecipação. No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro anunciou um acordo com a indústria farmacêutica para que o reajuste anual de todos os remédios fosse adiado por 60 dias, por conta da crise provocada pela pandemia de coronavírus. Em junho, a CMED autorizou um aumento nos preços de remédios de até 5,21%.
Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 4,60% este ano
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) deste ano subiu de 3,98% para 4,60%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (15), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos. Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,50%. Tanto para 2023 como para 2024 as previsões são de 3,25%.
O cálculo para 2021 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
Taxa de juros: Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2021 em 4,50% ao ano. No boletim passado, a projeção para os juros básicos da economia era de 4%. Para o fim de 2022, a estimativa é que a taxa básica suba para 5,50% ao ano. E para o fim de 2023 e 2024, a previsão é 6% ao ano.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio: As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 3,26% para 3,23%. Para o próximo ano, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2,39%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%. A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 5,15 para R$ 5,30 ao final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20.
PGR recorre de decisão do STJ que anulou quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro
A PGR (Procuradoria Geral da República) recorreu, nesta 2ª feira (15.mar.2021), da decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que anulou as quebras dos sigilos do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das supostas “rachadinhas” na Alerj (Assembleia Legislativa no Rio de Janeiro). “Rachadinhas” são a prática do agente público que recolhe parte ou até a totalidade do salário pago a assessores e funcionários contratados.
No recurso, a PGR pede que o caso seja analisado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por entender que as possibilidades de recursos no STJ estão esgotadas. A peça, que está sob sigilo, afirma que não houve nulidade no processo. O vice-presidente do STJ, Jorge Mussi, será responsável por analisar o recurso apresentado pela PGR e decidir se a pauta será encaminhada ao Supremo.
Aumenta o número de reclamações relacionadas a crédito consignado
O número de reclamações relacionadas a crédito consignado aumentou 683% durante o ano de 2020, na plataforma digital consumidor.gov.br, administrada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Foi o maior salto percentual, muito além dos 427% verificados no setor de viagens, turismo e hospedagem – bastante afetado pela pandemia da covid-19. Considerando todos os setores, a plataforma recebeu 53% mais queixas que em 2019.
Segundo o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, Pedro Queiroz, ao longo do ano passado foram registradas cerca de 71 mil reclamações de assalariados, aposentados e pensionistas que fizeram um empréstimo a ser pago em prestações descontadas diretamente de seus vencimentos, além de outras 17 mil específicas de servidores públicos. “Somadas as duas modalidades, o total de reclamações, de aproximadamente 88 mil, fazem com que este seja o segundo tema mais reclamado na plataforma”, declarou Queiroz, hoje (15), durante apresentação do boletim Consumidor em Números, que apresenta um balanço anual das reclamações registradas nas duas principais bases de dados públicos sobre o tema, a consumidor.gov.br e o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec). O tema mais reclamado na plataforma é cartão de crédito e débito.
Ainda durante o evento, a secretária Nacional do Consumidor, Juliana Domingues, destacou que as reclamações envolvendo o empréstimo consignado preocupam a pasta, que, além de monitorar as empresas que fornecem esta modalidade de crédito, vem oferecendo, por meio da Escola Nacional de Defesa do Consumidor, cursos gratuitos sobre educação financeira como forma de instruir as pessoas a evitarem o superendividamento. Segundo ela, o número de matrículas para cursos à distância cresceu 42% no ano passado.
França investiga nova variante que escapa a teste PCR
Uma nova variante do novo coronavírus preocupa as autoridades francesas. A nova estirpe, detectada em um hospital de Lannion, na Bretanha, em Côtes-d’Armor, não foi identificada por meio dos testes PCR, mas apenas com testes sorológicos e coleta de matéria biológica. Especialistas investigam se a variante é mais infecciosa ou mortal. A nova variante foi detectada em meio a um foco de infecção no hospital de Lannion. Entre 79 doentes, oito tinham sintomas de covid-19, incluindo infecções pulmonares graves. No entanto, os testes desses oito pacientes apresentavam sucessivamente resultados negativos.
Nesses casos, só foi possível confirmar que se tratava de covid-19 por meio da realização de testes serológicos e coleta de matéria biológica nos pulmões, intervenção mais demorada e invasiva. Os cientistas do Instituto Pasteur procuram agora saber se a variante, com nove mutações genéticas, resiste à vacinação, ou se apresenta caráter mais infeccioso e mortal. “Está em curso uma avaliação para apurar o possível impacto dessas modificações genéticas na incapacidade de reconhecimento por testes virológicos, o que conduz a um subdiagnóstico e que poderá interferir na estratégia de rastreamento atualmente em vigor”, diz a Direction génerale de la Santé (DGS) em comunicado.
No comunicado, a DGS francesa indica que todos os casos que se enquadrem na definição dessa nova variante, prováveis ou confirmados “devem ser submetidos a um isolamento estrito durante um período de dez dias”. O alerta surge no momento altura em que a pandemia progride no país, sobretudo na área metropolitana de Paris. Nessa segunda-feira foram registrados 333 óbitos e 6,47 mil novos casos em todo o território francês.
No total, o país contabilizou 4,078 milhões e 90,78 mil mortes desde o início da pandemia. Estão internadas nos hospitais franceses mais de 25 mil pessoas, das quais 4,21 mil nos cuidados intensivos. A expectativa é que o presidente francês, Emmanuel Macron, anuncie novas medidas nos próximos dias, tendo em conta a evolução da pandemia sobretudo na região de Île-de-France. “Vamos ter de tomar novas decisões nos próximos dias, sem dúvida”, afirmou Macron nessa segunda-feira, quando questionado sobre a possibilidade de um novo confinamento na região parisiense, antes da divulgação de informações sobre a nova variante, no norte de França.
Copa América 2021: Conmebol define novo calendário com dez seleções
O novo calendário da Copa América 2021, adiada para este ano em razão da pandemia de covid-19, foi anunciado hoje (15), pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). O torneio ocorrerá de 13 de junho a 10 de julho na Argentina e Colômbia, com apenas dez seleções, após a desistência de Austrália e Catar, países convidados. O Brasil é o atual campeão – a última edição ocorreu em 2019. O jogo de abertura no dia 13 de junho será entre Argentina e Chile, na capital Buenos Aires. No mesmo dia, Paraguai e Bolívia duelam na cidade argentina de Medonza.
Já o Brasil estreia no dia seguinte, contra a Venezuela, em Medellín (Colômbia). O escrete nacional disputará todos os jogos da primeira fase na Colômbia, onde também será realizada a final da Copa América, em 14 de julho, na cidade de Barranquilla. Na primeira fase da Copa América, as seleções estão divididas em dois grupos, e apenas os dois melhores em cada chave avançam às quartas de final. Para não precisar sair do país, o Brasil precisa terminar em primeiro ou segundo lugar na chave. Se ficar em terceiro ou quarto, fará as quartas de final na Argentina.
O Brasil soma nove títulos da Copa América. O Uruguai é o maior vencedor, com 15, seguido pela Argentina, com 14. Paraguai, Chile e Peru somam duas taças, enquanto Colômbia e Bolívia ganharam uma. Das seleções sul-americanas, somente Equador e Venezuela nunca venceram o torneio.
Restrições levam jogo do Palmeiras pelo Paulista para Belo Horizonte
A Federação Paulista de Futebol (FPF) transferiu o jogo entre Palmeiras e São Bento, marcado para quarta-feira (17), às 19h (horário de Brasília), pela terceira rodada do Campeonato Paulista, para o Independência, em Belo Horizonte. A partida estava marcada para o estádio Walter Ribeiro, em Sorocaba (SP), mas mudou de local devido à restrição à realização atividades esportivas coletivas no estado, determinada na última quinta-feira (11) pelo governo de São Paulo, como forma de conter a disseminação do novo coronavírus (covid-19). A medida entrou em vigor nesta segunda-feira (15) e tem duração de 15 dias.
Segundo números divulgados pelo Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo nesta segunda, o estado está com 88,4% dos leitos das unidades de terapia intensiva (UTIs) ocupados. Na região metropolitana da capital, a taxa chega a 90%. Mais de 2,2 milhões de casos da covid-19 foram confirmados em território paulista desde o início da pandemia, há cerca de um ano, com 64.223 óbitos.
Além do jogo entre Palmeiras e São Bento, a vigência da restrição afeta diretamente três rodadas (quinta a sétima) e dois confrontos entre clubes de São Paulo na primeira fase da Copa do Brasil. A partida entre Mirassol e Red Bull Bragantino, marcada inicialmente para o estádio José Maria de Campos Maia, em Mirassol (SP), nesta quinta-feira (18), foi levada para o estádio Kleber Andrade, em Cariacica (ES), às 19h15. E Marília (que disputa a Série A3, a terceira divisão paulista) e Criciúma, que seria nesta quarta, às 16h, no estádio Bento de Abreu, em Marília, passou para o estádio Dilzon Melo, o Melão, em Varginha (MG), às 15h30 do mesmo dia. A FPF ainda tenta convencer o poder público a liberar a realização dos jogos do Paulistão no estado durante a vigência da fase emergencial do Plano São Paulo, de enfrentamento à covid-19. Nesta segunda-feira pela manhã, a entidade se reuniu com o governo de São Paulo, que manteve o discurso de veto às partidas.
Fonte: Agência Nacional/EBC – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.