Copom inicia segunda reunião do ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa hoje (15) a segunda reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Amanhã (2), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. Nas estimativas das instituições financeiras, o Copom deverá tirar o pé do acelerador, apesar das pressões atuais sobre a inflação. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a Selic deverá passar de 10,75% para 11,75% ao ano, com alta de 1 ponto percentual. Nas últimas três reuniões, o órgão elevou a taxa em 1,5 ponto a cada encontro. Na ata da última reunião, os membros do Copom tinham sinalizado que reduziriam o ritmo de alta da Selic porque as elevações mais recentes ainda estão sendo sentidas pelo mercado. No entanto, a guerra entre Rússia e Ucrânia passou a influenciar a inflação brasileira, por meio do aumento recente dos combustíveis.

O mercado financeiro sentiu o impacto do conflito. A última edição do boletim Focus elevou a previsão de inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,65% para 6,45% em 2022, apenas por causa da alta dos combustíveis. As próximas projeções podem subir ainda mais, caso os aumentos se disseminem para outros produtos, como alimentos e fertilizantes. Para 2022, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior, 5%. Os analistas de mercado consideram que o teto da meta será estourado pelo segundo ano consecutivo.

Aperto monetário: Principal instrumento para controle da inflação, a Selic continua em ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018. Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até chegar ao menor nível da história em agosto de 2020, 2% ao ano. Começou a subir novamente em março do ano passado, tendo subido 8,75 pontos percentuais até agora.

Taxa Selic: A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. É o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Desse modo, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Inscrições para o Fies terminam hoje às 23h59

As inscrições para o primeiro processo seletivo de 2022 do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) terminam às 23h59 desta terça-feira (15). A data do resultado da chamada regular que, anteriormente, seria divulgado hoje, também, mudou. Será publicado no dia 18 de março, no portal Acesso Único. https://acessounico.mec.gov.br/

“O MEC [Ministério da Educação] decidiu ampliar o prazo após identificar lentidão e interrupções pontuais na performance da solução tecnológica, durante poucos minutos, no sistema eletrônico de inscrição. A instabilidade, ocorrida apenas no final da noite do último prazo previsto para inscrição, que seria no dia 11, foi pontual, tanto que somente foi percebida por quem acessava o sistema, no horário próximo do encerramento do prazo de inscrição”, justificou a pasta.

Para concorrer a uma vaga, o candidato precisa ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010 e ter obtido nota igual ou superior a 450 pontos. Outra exigência para inscrição é não ter zerado a redação.

Novo cronograma do Fies: 

  • Dia 15 de março – último dia para inscrição;
  • Dia 18 de março– resultado da chamada única e lista de espera;
  • De 21 a 23 de março – prazo para complementação das inscrições dos pré-selecionados na chamada regular;
  • De 24 de março a 4 de maio – prazo para convocação dos pré-selecionados por meio da lista de espera.

Líderes da Polônia, República Tcheca e Eslovênia viajam a Kiev

Os primeiros-ministros da Polônia (Mateusz Morawiecki), República Tcheca (Petr Fiala) e Eslovênia (Janez Janša) viajaram de trem com destino a Kiev nesta terça-feira (15) para mostrar apoio à Ucrânia por parte da União Europeia. Eles são os primeiros líderes que visitam a capital ucraniana desde que a Rússia invadiu o país.

Kiev está sob ataque. Duas explosões atingiram a capital antes do amanhecer nesta terça-feira. Os dirigentes de serviços de emergência disseram que duas pessoas morreram. O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, afirmou em uma rede social que a viagem acontece no vigésimo dia da “agressão criminal de Vladimir Putin contra a Ucrânia”. A delegação cruzou a fronteira com a Ucrânia por volta de 4h de Brasília.

Rússia eleva pressão militar para retomar negociação com a Ucrânia

A Rússia aumentou sua pressão militar com ataques a Kiev e reforçando sua posição em torno de cidades cercadas antes de mais uma rodada de negociações. Elas estão, nas palavras de um assessor do presidente Volodimir Zelenski, Oleski Arestovitch, “numa encruzilhada”. “Ou nos acertamos nas conversas atuais, ou os russos farão uma segunda tentativa [de tomada de Kiev e submissão do país] e aí teremos conversas novamente”, afirmou. A reunião virtual entre os grupos que discutem os termos para o fim do conflito ocorre nesta terça (15), após uma “pausa técnica” anunciada pelos ucranianos na segunda. Antes das conversas desta semana, houve três rodadas presenciais ocorridas na Belarus e um anticlimático encontro dos chanceleres dos países na Turquia na quinta (10).

Ainda com a iniciativa militar apesar dos problemas de sua invasão, os russos mantêm a fleugma. “O trabalho é difícil e, na situação, o fato de eles continuarem é provavelmente positivo. Nós não queremos fazer previsões, nós esperamos resultados”, disse o porta-voz de Vladimir Putin, Dmitri Peskov. Na madrugada e manhã desta terça, a violência continuou. Kiev sofreu ataques em áreas residenciais e decidiu por um toque de recolher a partir desta noite, por 36 horas, em antecipação ao eventual fracasso das conversas e início de uma nova ofensiva russa. As forças de Putin cercam a cidade pelo nordeste e o noroeste, mas não a fecharam completamente –são necessários mais soldados e equipamento para tanto. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, que acompanha a guerra civil na ditadura árabe apoiada por Moscou, 40 mil voluntários já se inscreveram para lutar na Ucrânia.

Os ataques ocorreram horas antes da chegada dos premiês da Polônia, República Tcheca e Eslovênia, uma demonstração inédita até aqui de apoio a Zelenski por países do Leste Europeu especialmente refratários aos russos. A demora nas negociações é previsível. O Kremlin quer a desmilitarização do vizinho, sua renúncia à adesão à Otan (aliança militar ocidental) e à União Europeia e o reconhecimento das áreas que perdeu para a Rússia (Crimeia) e para separatistas (Donbass) em 2014. Kiev sugere topar algo intermediário, mas exige a retirada imediata de forças russas, o que tiraria a pressão exercida por Putin.

Civis conseguem escapar de Mariupol; mas comboio de ajuda tem passagem bloqueada

Forças russas deixaram um comboio de carros sair de Mariupol neta segunda-feira após 10 dias de tentativas fracassadas de resgatar civis. A Ucrânia disse, no entanto, que o corredor humanitário foi fechado para a passagem de caminhões que levavam ajuda e mantimentos à cidade. A cidade portuária está totalmente cercada por tropas russas desde a primeira semana da invasão e sofre com ataques diários.

Com o pior impacto humanitário da guerra, a cidade tem centenas de milhares de pessoas abrigadas em porões sem comida, água ou abrigo. Autoridades ucranianas locais dizem que até agora 2.500 civis morreram na cidade, número que não pode ser confirmado. A Rússia – que não usa o termo guerra, e sim “operação especial” – nega ter como alvo civis.

Estados Unidos alertam contra ajuda chinesa à Rússia

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, alertou que haverá consequências caso a China ajude a Rússia a contornar sanções internacionais impostas devido à guerra contra a Ucrânia. Segundo uma fonte do governo americano citada pela mídia dos Estados Unidos sob condição de anonimato, a Rússia teria pedido apoio à China nos últimos dias, incluindo assistência militar na forma de equipamentos bélicos e ajuda econômica. A fonte governamental dos EUA não forneceu detalhes sobre o pedido de ajuda, que foi noticiado primeiramente pelos jornais Financial Times e The Washington Post.

O Ministério do Exterior chinês negou a notícia, afirmando que Washington está disseminando “desinformação” contra a China de forma maliciosa. Sullivan reuniu-se ontem (14), em Roma, com Yang Jiechi, assessor de política externa do governo chinês. “Não vou sentar-me aqui publicamente e brandir ameaças”, disse Sullivan em entrevista à CNN na véspera do encontro. “Mas estamos comunicando direta e privadamente a Pequim que haverá absolutamente consequências” se a China ajudar a Rússia a contornar suas perdas com as sanções.

A invasão da Ucrânia pela Rússia deixou a China numa posição delicada em relação a dois de seus principais parceiros comerciais: os EUA e a União Europeia. Pequim precisa de acesso a esses mercados e, no entanto, demonstrou apoio a Moscou, com quem afirmou ter uma amizade “sem limites”. Em sua conversa com Yang Jiechi, Sullivan deverá justamente buscar limites para o que Pequim fará por Moscou. Ao alegar que os EUA estão espalhando desinformação contra a China, o porta-voz do Ministério do Exterior chinês, Zhao Lijian, afirmou que todas as partes deveriam contribuir para reduzir as tensões relativas à Ucrânia. “Deveríamos promover acordos diplomáticos em vez de escalar mais a situação”, disse.

Suposta desinformação sobre armas químicas

A possibilidade de a China oferecer ajuda financeira à Rússia é uma das várias preocupações do presidente americano, Joe Biden. Washington também acusa Pequim de espalhar desinformação russa que poderia servir de pretexto para forças de Putin atacarem a Ucrânia com armas químicas ou biológicas. O governo Biden diz que Pequim está espalhando falsas alegações russas de que a Ucrânia opera laboratórios de armas químicas e biológicas com apoio dos EUA. Quando a Rússia começa a acusar outros países de se prepararem para o lançar ataques biológicos ou químicos, “é um sinal de que eles podem estar à beira de fazer isso eles mesmos”, disse Sullivan à emissora NBC.

A comunidade internacional concluiu que a Rússia utilizou armas químicas em tentativas de assassinar opositores de Putin, como Alexei Navalny e o ex-espião Serguei Skripal. A Rússia também apoia o governo de Bashar al-Assad na Síria, que usou armas químicas contra a população na guerra civil que assola o país há mais de uma década. A China tem sido um dos poucos países a evitar criticar a Rússia pela invasão da Ucrânia. O presidente Xi Jinping recebeu Putin para a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, apenas três semanas antes da invasão russa em 24 de fevereiro. Durante o encontro, os dois líderes emitiram um comunicado declarando uma amizade sem limites. A China se absteve em votações na ONU censurando a Rússia e criticou sanções econômicas impostas contra Moscou. O país asiático expressou apoio a negociações de paz e ofereceu seus serviços como mediador, apesar de questionamentos quanto à sua neutralidade. (LF/CN (AP, AFP, ots).

 ONU: Três milhões de pessoas já deixaram Ucrânia, quase metade são crianças

Em menos de três semanas, cerca de três milhões de pessoas que viviam na Ucrânia já deixaram o país fugindo dos bombardeios da Rússia, que invadiu o território ucraniano no dia 24 de fevereiro. O número, divulgado nesta terça-feira (15) pela Organização das Nações Unidas, representa quase 7% da população da Ucrânia.

No balanço, a ONU também apresentou outro dado alarmante: quase a metade dos que fugiram da Ucrânia, 1,4 milhão, são crianças, de acordo com levantamento do Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância. Ainda segundo a ONU, a Polônia é o país que mais recebeu refugiados da Ucrânia, seguido da Romênia, Hungria e Moldávia.

Anvisa emite comunicado sobre impurezas em remédios para hipertensão

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu alertas internacionais relacionados à presença de impurezas conhecidas como “azido” no insumo farmacêutico ativo (IFA) losartana potássica e em outros fármacos pertencentes à classe das sartanas, utilizados na fabricação de medicamentos para o tratamento de hipertensão arterial (pressão alta). A Anvisa vem adotando uma série de medidas após a detecção dessas impurezas, mas alerta aos consumidores brasileiros para não interromperem seus tratamentos. “Apesar das novas informações sobre a presença dessa impureza nessa classe de medicamentos, a Anvisa reitera que os medicamentos contendo ‘sartanas’ são seguros e eficazes no controle do tratamento de hipertensão e insuficiência cardíaca, reduzindo significativamente o risco de derrame e infarto”, diz comunicado do órgão.

Desde 2018, a Anvisa e outras agências reguladoras em todo o mundo ficaram cientes da presença de nitrosaminas acima dos níveis permitidos em medicamentos da classe das sartanas, e adotaram medidas para o controle sanitário desse tipo de impureza. No Brasil, as ações de controle promovidas pela Anvisa foram iniciadas com inspeções em 30 empresas fabricantes de medicamentos, nas quais foram inspecionados 111 produtos. Como resultado, 31 ações sanitárias foram efetuadas, incluindo interdições, suspensões e recolhimento de medicamentos. As nitrosaminas são compostos comumente encontrados na água, em alimentos defumados e grelhados, laticínios e vegetais. Sabe-se que a exposição a esses compostos dentro de limites seguros representa baixo risco de agravos à saúde. No entanto, acima de níveis aceitáveis e por longo período, a exposição às nitrosaminas pode aumentar o risco da ocorrência de câncer.

A Anvisa notificou os demais detentores de registro desse medicamento para avaliarem a potencial existência dessa impureza em seus produtos e aguarda o envio da documentação complementar. Até o momento, os recolhimentos publicados são uma medida de precaução, iniciada pelas próprias empresas, pois não existem dados para sugerir que o produto causou uma mudança na frequência ou natureza dos eventos adversos relacionados a cânceres, anomalias congênitas ou distúrbios de fertilidade. Assim, segundo a Anvisa, não há risco imediato em relação ao uso dessa medicação. Ainda de acordo com a Anvisa, os pacientes não devem interromper o tratamento, a menos que tenham sido aconselhados pelo seu médico e somente devem trocar de medicamento quando já tiverem o novo em mãos, pois a interrupção do tratamento da hipertensão pode produzir malefícios instantâneos, inclusive risco de morte por derrame, ataques cardíacos e insuficiência renal.

Ao menos 11 unidades federativas flexibilizaram uso de máscaras 

Ao menos dez estados brasileiros e o Distrito Federal já flexibilizaram suas regras de uso de máscaras de proteção respiratória, autorizando prefeituras locais a seguirem o mesmo caminho. Embora haja, entre os especialistas, quem julgue prematuro o relaxamento da medida de proteção contra o novo coronavírus, os governantes alegam que o avanço da vacinação e o menor número de casos da covid-19 no país tornam seguro que as pessoas voltem a descobrir seus rostos após dois anos de pandemia. Entre as 11 unidades federativas, a última a implementar as novas normas foi Minas Gerais. Desde o sábado (12), o governo estadual tornou opcional o uso de máscaras em locais abertos. A decisão final, contudo, cabe aos municípios, que podem não adotar o que o governo estadual classifica como uma “orientação”, adotada “a partir da melhoria dos indicadores da pandemia” no estado. Qualquer que seja a decisão das prefeituras em relação aos espaços abertos, a máscara deve continuar sendo exigida em locais fechados de cidades onde menos de 70% da população com idade para ser imunizada tenham completado o ciclo vacinal.

O governo do Rio de Janeiro autorizou que as prefeituras fluminenses liberassem a população da obrigação de usar máscaras em ambientes ao ar livre, desde que observados critérios como o respeito ao distanciamento social e o percentual da população imunizada. Inicialmente, o avanço da variante Ômicron desestimulou muitas cidades a relaxarem as regras. Até que, no começo deste mês, o governo estadual liberou os municípios a flexibilizarem as regras também em lugares fechados. Na ocasião, o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, recomendou às pessoas com sinais e sintomas de quaisquer doenças respiratórias que continuassem a utilizar o protetor ao se aproximarem de outras pessoas. Na capital fluminense, o prefeito, Eduardo Paes, revogou a obrigatoriedade do uso de máscaras na última segunda-feira (7).

Além de Minas Gerais e Rio de Janeiro, também já anunciaram regras mais flexíveis que as adotadas nos primeiros meses da pandemia as seguintes unidades federativas: Amazonas; Distrito Federal; Espírito Santo; Goiás; Maranhão; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Santa Catarina e São Paulo. Outros estados como Bahia e Paraná já informaram que anunciarão novas normas em breve se os números de contágio e, principalmente, mortes, seguirem em queda. No Amazonas, desde a última sexta-feira (11), as prefeituras podem tornar facultativo o uso de máscaras em locais abertos. Ainda assim, a Secretaria Estadual de Saúde orienta os municípios que o fizerem a continuarem recomendando o uso do equipamento de proteção, principalmente por quem tem mais de 60 anos de idade, e que a população evite aglomerações.

No Distrito Federal, onde a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais ao ar livre foi revogada no início de março, a utilização em locais fechados se tornou facultativa na última quinta-feira (10). “A gente espera que a população tenha os cuidados, evitando aglomeração, pois a pandemia ainda existe. Chegou a hora de tentarmos voltar a ter uma vida normal”, declarou o governador Ibaneis Rocha ao anunciar a medida. Já no Espírito Santo, só hoje (14) os moradores das cidades capixabas puderam voltar a circular por locais abertos com os rostos à vista. O fim da obrigatoriedade em espaços ao ar livre vale para os municípios considerados como de baixo risco de transmissão da covid-19,. Nas cidades classificadas como de risco moderado, a máscara continuará sendo exigida mesmo em ambientes abertos. Enquanto nas de risco muito baixo, o uso em ambientes fechados é somente recomendado – sendo obrigatório apenas para pessoas que tenham testado positivo para a doença.

Em Goiás, no último dia 10, o governo estadual recomendou aos gestores municipais a liberação do uso de máscaras em locais abertos, sem aglomerações, em cidades onde ao menos 75% da população a partir de 5 anos já tenham completado o ciclo vacinal. A secretaria continua preconizando os protetores em ambientes coletivos fechados, como, por exemplo, transporte público, aeroportos, rodoviárias, escolas, e em ambientes abertos com aglomeração, e por pessoas imunodeprimidas, com comorbidades de alto risco, não vacinadas e com sintomas de síndrome gripal, mesmo quando em locais abertos e sem aglomeração. Em novembro de 2021, o Maranhão tornou opcional o uso de máscaras em locais abertos e facultativo em locais fechados de municípios com mais de 70% da população com ao menos duas doses da vacina. No entanto, tal como o Rio de Janeiro, o governo maranhense recuou após o número de casos da doença voltar a aumentar no início deste ano, e retomou o uso obrigatório de máscaras nos ambientes fechados de todo o território maranhense.

Já Mato Grosso delegou às prefeituras o poder de decidir sobre a obrigatoriedade em espaços públicos e privados, levando em conta o contexto local. Ao menos 40 localidades mato-grossenses já deixaram de exigir o item, seja em locais abertos, seja em espaços fechados. Na capital, Cuiabá, contudo, o prefeito Emanuel Pinheiro disse, no último dia 8, que ainda manteria a obrigatoriedade em lugares fechados por mais alguns dias. “Nossos números são altamente satisfatórios, mas, ainda não nos permitem retirar as máscaras”, disse. “A tendência é, em poucos dias, colocar como facultativa e cada cidadão decida qual a melhor forma de se defender, de proteger a si e a sua família da covid-19”, completou. O governo de Mato Grosso do Sul liberou as cidades do estado a decretarem o fim da obrigatoriedade nos ambientes fechados no último dia 10. Como nos demais casos, a decisão não impede as prefeituras de manterem medidas mais rígidas, caso julguem necessário.

Em Santa Catarina, o governo estadual publicou um decreto no sábado (12) desobrigando os municípios catarinenses a cobrarem o uso da máscara, em locais abertos ou fechados. Porém, o governo estadual alerta que, em locais onde não é possível manter o distanciamento, tais como no transporte público, bem como em hospitais e centros de saúde, a proteção continua sendo “altamente recomendada devido ao risco de transmissão da doença”. O governo de São Paulo mantém a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados, mas, no último dia 9, liberou as prefeituras paulistas para que tornem opcional a utilização em locais abertos. A liberação vale para ruas, praças, parques, pátios de escolas, estádios de futebol, centros abertos de eventos e autódromos. Na ocasião em que detalhou a medida, o governador João Doria mencionou planos de estender a liberação para ambientes fechados a partir de 23 de março – medida ainda em estudo.

Brasil registra 655,2 mil mortes por covid-19

O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 655.249 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (14) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 29.380.063. Em 24 horas, foram registrados 11.287 casos. No mesmo período, foram confirmadas 171 mortes por causa do vírus.

Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o número diário tende a ser menor pela dificuldade de alimentação dos bancos de dados pelas secretarias municipais e estaduais. Já às terças-feiras, o quantitativo em geral é maior pela atualização dos casos acumulados aos fins de semana. Ainda segundo o boletim, 27.838.793 pessoas se recuperaram da doença e 886.021 casos estão em acompanhamento.

Boletim 14.03.2022
Boletim 14.03.2022 – Ministério da Saúde

Estados

São Paulo lidera o número de casos, com 5,1 milhões, seguido por Minas Gerais (3,26 milhões) e Paraná (2,38 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (123,3 mil). Em seguida, aparece Roraima (154,5 mil) e Amapá (160,2 mil). Em relação às mortes, São Paulo tem o maior número de óbitos (166.119), seguido de Rio de Janeiro (72.233) e Minas Gerais (60.354). O menor número de mortes está no Acre (1.989), Amapá (2.119) e Roraima (2.140).

SC: Estado confirma 1.648.047 casos, 1.619.316 recuperados e 21.567 mortes

Santa Catarina chegou a 1.648.047 casos confirmados de Covid-19. Desses, 1.619.316 são considerados recuperados e 7.164 continuam em acompanhamento. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira, 14. O coronavírus causou 21.567 óbitos no estado desde o início da pandemia. Esses números colocam a taxa de letalidade em 1,31%.

Houve mais 10 óbitos registrados em comparação com o dia anterior. O total de confirmados cresceu 577, enquanto 1.676 pessoas passaram a se enquadrar nos critérios para serem consideradas recuperadas. São 1.109 casos ativos a menos.

>>> Confira aqui o boletim diário desta segunda-feira, 14
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

A estimativa do Governo do Estado é que 26 municípios não tenham caso ativo algum. Atualmente, a regional de saúde com mais casos ativos proporcionalmente à população é a Oeste, com 220 para cada 100 mil habitantes. Em seguida, estão Serra (173) e Meio-Oeste (165). As que menos têm são Foz do Rio Itajaí (48), Alto Vale do Itajaí (51) e Médio Vale do Itajaí (55).

Dos 816 leitos de UTI Adulto existentes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina, há 562 ocupados, sendo 71 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19. A ocupação é de 68,9%.

Santa Catarina comemora abertura do mercado canadense para a carne suína produzida no estado

Reconhecido internacionalmente pela qualidade de sua produção, Santa Catarina poderá exportar carne suína para o Canadá. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizou o anúncio nesta segunda-feira, 14, e este será mais um mercado exclusivo para os catarinenses. O governador Carlos Moisés e o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, comemoram a notícia e destacam a importância do setor produtivo para o fortalecimento da economia catarinense.

“Essa é uma notícia que deve ser muito comemorada. O agronegócio catarinense sempre foi um exemplo para o Brasil. A abertura do mercado do Canadá para a nossa carne suína exemplifica o cuidado extremo com a saúde animal em nosso estado e também é um ótimo indício para o futuro desta atividade econômica”, afirma o governador.

Santa Catarina é o único estado brasileiro autorizado a exportar carne suína para o Canadá devido ao status sanitário diferenciado do seu rebanho. O estado é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação, o que demonstra um cuidado extremo com a sanidade animal e é algo extremamente valorizado pelos importadores de carne. Além disso, junto com o Rio Grande do Sul, é zona livre de peste suína clássica.


Fotos: Julio Cavalheiro / Secom

O agronegócio catarinense passa por grandes desafios com a alta nos custos de produção e esta notícia nos traz a certeza da competência e da qualidade dos nossos produtos. Mais uma vez, Santa Catarina se destaca internacionalmente pela excelência sanitária do seu rebanho, um trabalho de décadas que se traduz em mais renda, emprego e qualidade de vida em todo o estado. Temos um estado forte, pujante e que ganha cada vez mais espaço no mercado internacional, ressalta o secretário da Agricultura Altair Silva.

Segundo o gerente executivo do Sindicato da Indústria da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne SC), Jorge de Lima, o mercado canadense é um dos mais exigentes do mundo, assim como os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão – países já compradores da carne suína catarinense. “Estamos preparados para atender o Canadá com excelência e sanidade. Essa notícia vem em muito boa hora e esperamos poder fomentar nosso setor, numa retomada de crescimento da economia mundial.

Em breve, pretendemos ter um incremento de renda, de produção e na produtividade. Sempre respeitando os pilares de sanidade, nutrição e genética, em consonância com as regras ambientais. Isso nos habilita a acessar um mercado tão importante quanto o canadense”, destaca. Mesmo sendo o sétimo maior produtor mundial de carne suína, o Canadá é também um grande importador. Em 2021, o país adquiriu 260 mil toneladas do produto, principalmente dos Estados Unidos. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção catarinense deverá atuar em complementaridade à produção local, com oferta de produtos premium.

Suinocultura em SC: Os catarinenses são os maiores produtores e exportadores de carne suína do Brasil. Em 2021, as agroindústrias instaladas no estado embarcaram 578,5 mil toneladas do produto com destino a 67 países – entre eles, os mercados mais exigentes e competitivos do mundo. No último ano, as vendas internacionais geraram receitas de US$ 1,4 bilhão – um aumento de 19% em comparação a 2021. Ao longo dos anos, Santa Catarina se consolidou como grande fornecedor de proteína animal, com um grande foco na saúde animal e defesa agropecuária. Com um status sanitário diferenciado, que demonstra a qualidade da sua produção, a carne catarinense é comercializada nos países mais exigentes do mundo.

Paraná registra 1.650 novos casos e 21 óbitos pela Covid-19

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta segunda-feira (14) mais 1.650 casos e 21 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 2.372.304 casos e 42.448 óbitos pela doença.

Os casos confirmados divulgados nesta data são de março (1.103), fevereiro (329) e janeiro (200) de 2022; dezembro (1), setembro (1), julho (2), junho (3), maio (1), fevereiro (5) e janeiro (3) de 2021; e julho (2) de 2020. Os óbitos são de março (12), fevereiro (5) e janeiro (2) de 2022; e dezembro (1) e junho (1) de 2021.

INTERNADOS – 91 pacientes com diagnóstico confirmado estão internados, todos em leitos SUS (45 em UTIs e 46 em leitos clínicos/enfermaria). Há outras 685 pessoas internadas, 261 em leitos de UTI e 333 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Elas estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos.

ÓBITOS – A Sesa informa a morte de mais 21 pacientes. São 10 mulheres e 11 homens, com idades que variam entre 42 e 108 anos. Os óbitos ocorreram entre 13 de junho de 2021 e 14 de março de 2022. Os pacientes que morreram residiam em Curitiba (5), Araruna (4), Irati (2), Fazenda Rio Grande (2), além de um óbito em cada uma dos seguintes municípios: Reserva, Prudentópolis, Pinhais, Paranaguá, Medianeira, Lapa, Guaraniaçu e Cascavel.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Secretaria da Saúde registra 10.694 casos de não residentes no Estado – 231 pessoas morreram.

Confira o informe completo AQUI

Corinthians arranca empate com o Atlético-MG no Brasileiro Feminino

Com um gol de Grazi nos acréscimos, o Corinthians arrancou um empate de 1 a 1 com o Atlético-MG, nesta segunda-feira (14) na Arena Independência, em partida válida pela 2ª rodada do Campeonato Brasileiro de futebol feminino. Após este resultado o Timão termina a rodada na 5ª rodada com 4 pontos. Já o Galo é o 12º com apenas 1 ponto conquistado. O Corinthians volta a entrar em campo pela competição na próxima sexta-feira (18), quando mede forças com o Cruzeiro. Um dia depois o Atlético-MG visita o Grêmio.

São Paulo vence primeira no Brasileiro Feminino

O São Paulo alcançou a primeira vitória na atual edição do Brasileiro Feminino, ao superar o Real Brasília por 3 a 1, nesta segunda-feira (14) em partida disputada no Centro de Treinamento Laudo Natel, na Cotia (São Paulo). O Real Brasília volta a entrar em campo pela competição no domingo (20), quando pega o Bragantino. Um dia depois o São Paulo visita o Internacional.

Flamengo anuncia o zagueiro Pablo, que estava na Rússia

O Flamengo anunciou nesta segunda-feira (14) a contratação do zagueiro Pablo. O jogador de 30 anos, que estava no Lokomotiv Moscou (Rússia), assinou até o final de 2025.

“O Flamengo é um time europeu no Brasil, pois tem toda a estrutura e elenco com muita qualidade. Com certeza vamos brigar por todos os títulos do ano. Estrutura impecável, não deixa a desejar para nenhum time na Europa”, declarou Pablo em entrevista à Fla TV.

Segundo o atleta, a invasão da Ucrânia pela Rússia influenciou na sua decisão de mudar de equipe: “Situação bem difícil de guerra entre dois países, dificulta muito a nossa situação fora do país. Com as sanções à Rússia, dificulta muito para mandar dinheiro para o Brasil. Tem muita gente que precisa dessa parte financeira dos jogadores”.

Outra equipe a anunciar, nesta segunda, um defensor que estava na Rússia foi o Atlético-MG. O Galo chegou a um acordo com o Krasnodar (Rússia) para repatriar o paraguaio Junior Alonso.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná  

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