Manaus recebe cilindros de oxigênio de São Paulo e de empresa fornecedora

Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) carregados com cilindros de oxigênio chegaram a Manaus no início da madrugada desta sexta-feira (15). Eles foram enviados de Guarulhos (SP) para ajudar na crise de saúde que assola o estado do Amazonas. Nesta quinta-feira (14), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o governo não tinha transporte para mandar os cilindros por conta própria. O sistema de saúde amazonense entrou em colapso após as internações por Covid-19 no estado baterem recorde. Sobrecarregados, os hospitais ficaram sem oxigênios para pacientes. Médicos transportando cilindros nos próprios carros para levar ao hospital e familiares tentando comprar o insumo foram algumas das cenas registradas pelo G1 nesta quinta. Doentes começaram a ser levados para outros estados. Cemitérios estão lotados e instalaram câmaras frigoríficas.

De acordo com informações da FAB, os dois aviões Hércules que levavam os cilindros para Manaus decolaram do Aeroporto Internacional de Guarulhos na noite de quinta-feira. O último voo saiu por volta das 20h30, com 6 cilindros de oxigênio. As aeronaves pousaram na capital amazonense no início da madrugada desta sexta-feira. No total, 386 cilindros de oxigênio foram transportados, com mais de 18 toneladas. Eles serão utilizados pelos hospitais no atendimento aos pacientes da Covid-19 no estado. O ministro Eduardo Pazuello, ao afirmar que o governo não tinha transporte para levar o oxigênio, afirmou estar “manobrando” para reverter o quadro.

“A ponte aérea de oxigênio está impactada porque nós não temos os cargueiros específicos da FAB pra fazer isso. Então a situação em Manaus é muito grave. Estamos manobrando pra tentar reverter o quadro”, disse o ministro Durante transmissão ao vivo por uma rede social ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Pazuello havia dito que há um “colapso” no sistema de saúde de Manaus. No último domingo, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), enviou um pedido de ajuda aos governadores do país por conta da “iminência de sofrer desabastecimento” de oxigênio. A partir desta sexta-feira, o estado iniciou toque de recolher por 10 dias. Ninguém pode sair de casa entre 19h e 6h. A medida é uma tentativa de conter a propagação do vírus.

A empresa White Martins, principal fornecedora de oxigênio do governo do Amazonas, também conseguiu disponibilizar cilindros para o estado. A Polícia Militar da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) realizou, na tarde de quinta-feira (14), a escolta de cilindros de oxigênio destinados a pacientes internados com Covid-19. Os cilindros chegaram pelo Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e foram entregues à Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), no bairro Praça 14, zona sul de Manaus, segundo nota da PM. Ao todo, foram 150 cilindros, sendo 80 destinados ao interior do estado e os outros 70 para unidades hospitalares da capital. De acordo com a Polícia Militar, duas viaturas com oito policiais realizaram a escolta dos cilindros de oxigênio para agilizar a chegada do material, principalmente em razão do tráfego e da necessidade de dar celeridade à entrega. A empresa também informou ter identificado a disponibilidade do produto em suas operações na Venezuela e que neste momento está atuando para viabilizar a importação do produto para a região”.

Venezuela enviará oxigênio a Manaus, diz chanceler do país

A Venezuela enviará oxigênio a Manaus, onde pacientes estão morrendo por causa da falta do produto em meio à elevação da demanda causada pelo aumento de casos de Covid-19 na capital do Amazonas, disse em sua conta no Twitter o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza. “Por instruções do presidente Nicolás Maduro, conversamos com o governador do Estado do Amazonas, Brasil, Wilson Lima para colocar imediatamente à sua disposição o oxigênio necessário para atender à contingência sanitária em Manaus. Solidariedade latino-americana antes de tudo!”, escreveu o chanceler venezuelano em seu perfil na rede social na noite de quinta-feira.

Também na quinta, o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) disse que o governo brasileiro pediu ajuda ao governo dos Estados Unidos para que disponibilizasse um avião militar que permita o transporte de oxigênio para Manaus. O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), admitiu na quinta que o Estado está enfrentando seu pior momento na pandemia de Covid-19, com dificuldades especialmente para a aquisição de oxigênio, em meio a uma nova disparada na contagem de casos e óbitos em decorrência da doença.

Segundo a Secretaria de Saúde amazonense, o Estado foi comunicado na noite de quarta-feira, pela empresa responsável, do colapso do plano logístico para algumas entregas de oxigênio, o que causaria a interrupção da programação por “algumas horas”. O governo do presidente Jair Bolsonaro não reconhece Maduro como presidente legítimo da Venezuela e o Ministério das Relações Exteriores, comandado por Ernesto Araújo, tem atuado como um dos líderes na condenação internacional ao atual governo venezuelano.

Amazonas decreta toque de recolher devido à covid-19

O governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou, omtem (14), novas medidas para tentar conter a disseminação do novo coronavírus (covid-19) e o consequente aumento do número de casos da covid-19 no estado. Entre as restrições está a proibição da circulação de pessoas nas ruas de todo o Amazonas, das 19h às 6h. O governo estadual também já começou a transferir pacientes diagnosticados com a covid-19 para hospitais de outras seis unidades da federação (Goiás, Piauí, Maranhão, Distrito Federal, Paraíba e Rio Grande do Norte) e recorreu à Justiça para que a empresa White Martins seja obrigada a fornecer todo o oxigênio hospitalar de que a rede pública de saúde do estado precisar.

“Estamos decretando o fechamento das atividades de circulação de pessoas entre 19h e 6h da manhã, exceto de atividades e transporte de produtos essenciais à vida”, informou o governador nas redes sociais. Lima explicou que o toque de recolher não atinge quem trabalha em atividades estratégicas e essenciais, como saúde e segurança pública, nem profissionais de imprensa. Farmácias também poderão atender os clientes, mas apenas por meio de entrega em domicílio.

A medida será detalhada em um decreto a ser publicado no Diário Oficial do estado. O decreto também proibirá o transporte coletivo de passageiros por estradas ou barcos. Quanto à remoção de pacientes para outras unidades da federação, Lima garantiu que, além do traslado, o governo estadual vai oferecer apoio psicossocial para atender aos doentes e a seus parentes. “Estamos montando um grupo de apoio para esses pacientes e familiares que irão ser deslocados para os outros estados”, disse o governador. “Também já entramos com uma ação na Justiça contra a empresa [White Martins] para garantir que ela abasteça [com oxigênio medicinal] em quantidade suficiente a rede hospitalar para atender nossos irmãos acometidos da covid-19”, acrescentou Lima, que disse que tem conversado com os ministros da Saúde, Eduardo Pazuello; da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, sobre os riscos do desabastecimento do produto.

Médicos e familiares de pacientes descrevem colapso com falta de oxigênio em Manaus

Manaus está em colapso com o avanço dos casos de Covid-19: as internações e os enterros bateram recordes, as unidades de saúde ficaram sem oxigênio e pacientes estão sendo enviados para outros estados. Os cemitérios estão lotados também e instalaram câmaras frigoríficas. Para frear o vírus, o governo do estado decidiu proibir a circulação de pessoas entre 19h e 6h na capital.

Ontem, o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais da cidade, levando pacientes internados à morte por asfixia, segundo relatos desesperados de médicos e moradores da capital amazonense. O Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), ligado à Universidade Federal do Amazonas (Ufam), ficou cerca de quatro horas sem o insumo, indispensável no tratamento de síndromes respiratórias, um dos sintomas mais graves da doença causada pelo novo coronavírus.

O Amazonas registrou 3.816 casos e 51 mortes em 24 horas. E o novo coronavírus segue avançando Brasil afora. Ontem, foram mais 1.131 mortes e 67.758 casos confirmados, segundo o Ministério da Saúde. Ao todo, já são 207.095 óbitos desde março do ano passado e 8.324.294 diagnósticos confirmados.

Relatos de médicos, funcionários de hospitais e familiares de pacientes sobre a crise sem precedentes.

A médica residente Gabriela Oliveira, do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), diz que a falta de oxigênio deixa os profissionais desesperados ao verem os pacientes agonizando. “O que eu vivi hoje, nem nos meus piores pesadelos pensei que poderia acontecer. Não ter como assistir paciente, não ter palavras para acalentar um familiar. Isso é uma coisa que vai ficar uma cicatriz eterna nos nossos corações (…). Já não temos mais saúde mental para lidar com a situação que Manaus está enfrentando. Hoje acordamos no nosso pior dia, a falta do oxigênio em algumas instituições nos deixou desesperados. É muito angustiante a gente não ter o que fazer”, afirma.

Um funcionário do Hospital 28 de Agosto conta que a falta de equipamentos e de oxigênio obriga as equipes a adotar procedimentos manuais para tentar manter os pacientes vivos. “Em muitas ocasiões, a gente recebe paciente, entuba e fica ventilando na mão até arrumar um ventilador. Mas é complicado, porque até oxigênio está faltando.” Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas informou que as unidades de saúde operam com limitação de oxigênio e passaram a adotar um novo protocolo para “uso racional”.

Com hospitais superlotados e sem oxigênio, pacientes de Covid-19 do Amazonas serão transferidos para outros 6 estados,

Internados com Covid-19, 235 pacientes do Amazonas serão levados a outros 6 estados para receber atendimento médico devido ao colapso no sistema de saúde local, segundo informou o governador Wilson Lima nesta quinta-feira (14). Em situação de caos, os hospitais estão lotados e sem oxigênio para os pacientes infectados com coronavírus. A capital amazonense passa por um aumento dramático no número de casos, internações e mortes por Covid-19 — a média móvel de mortes cresceu 183% nos últimos 7 dias. imagens circulam pelas redes sociais mostram médicos e acompanhantes transportando cilindros nos próprios carros para levar aos hospitais. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, visitou o Amazonas nesta semana e afirmou que Manaus é “prioridade nacional neste momento”.

De acordo com o governador Wilson Lima, os lugares que devem atender pacientes amazonenses são: Goiás, Piauí, Maranhão, Brasília, Paraíba e Rio Grande do Norte. O governo diz ter feito um estudo dos estados para decidir quais participariam do acolhimento aos pacientes para que não sobrecarregassem a rede assistencial de outros locais. O Coronel Franco Duarte, representante do Ministério da Saúde, afirmou que serão transportados pacientes com estado de saúde considerado em fase moderada da doença.

“Todos estamos voltados para o foco no paciente, para que a gente tenha sucesso e que chegue no destino com toda a segurança e o acolhimento que o nosso doente tem que ter, que é o acolhimento de excelência”, disse. O representante do Ministério da Saúde falou sobre a dificuldade logística de trazer o oxigênio para o Amazonas, em função da distância. Estão sendo usadas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para o transporte do gás.

Avião que vai buscar vacinas na Índia decola hoje do Recife

Decola hoje (15) do Recife em direção a Mumbai, na Índia, o avião da companhia aérea Azul que vai buscar os 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19 importadas do país asiático. A previsão é que a aeronave decole às 23h e chegue amanhã (16) à Índia. Inicialmente o voo estava previsto para decolar na noite de ontem (14), também às 23h, mas a viagem foi reprogramada em razão de questões logísticas internacionais.

O voo com destino ao Recife partiu na tarde de ontem, por volta das 15h30, do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A Azul comentou a alteração na viagem e disse que, após chegar à capital pernambucana, a tripulação pernoitaria na cidade, prosseguindo o voo nesta sexta-feira. A volta da aeronave ao Brasil estava marcada para sábado(16), aterrissando no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Mas, com a alteração no voo, ainda não há informações sobre o retorno do avião. “A data de retorno ao Brasil, com a carga de vacinas estimada em 15 toneladas, ainda está sendo avaliada de acordo com o andamento dos trâmites da operação de logística feita pelo governo federal em parceria com a Azul”, disse o Ministério da Saúde, ontem, em nota.

Ao chegar, a vacina ainda precisa aguardar o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência se reúne no domingo (17) para analisar o pedido de uso emergencial apresentado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira da AstraZeneca e da Universidade de Oxford no Brasil. De acordo com o ministério, a vacina será distribuída aos estados em até cinco dias após o aval da Anvisa para, assim, dar início à imunização em todo o país, de forma simultânea e gratuita. A segurança no transporte das doses pelo Brasil será realizada pelas Forças Armadas, em ação conjunta com o Ministério da Defesa.

Aeronave: O avião que parte em direção à Índia é um Airbus A330neo, maior aeronave da frota da Azul, e estará equipado com contêineres específicos para garantir o controle de temperatura das doses, de acordo com as recomendações do fabricante. O avião percorrerá cerca de 15 mil quilômetros até o destino final. O ministério informou que, além do apoio da Azul, conta com a Associação Brasileira de Empresas Aéreas por meio das companhias aéreas Gol, Latam e Voepass, para a logística de transporte gratuito da vacina.

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia não garante exportação de vacinas para o Brasil

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, afirmou nesta quinta-feira (14) que “é muito cedo” para dar respostas sobre exportações das vacinas produzidas no país, já que a campanha nacional de imunização ainda está só começando.

A declaração foi dada em resposta a questionamentos sobre a entrega ao Brasil de 2 milhões de doses da vacina produzida pelo Instituto Serum a partir da Universidade de Oxford e do Laboratório AstraZeneca. O porta-voz, no entanto, não deixou claro se a resposta vale para esse lote importado pelo Brasil. Um avião contratado pelo governo brasileiro decolou nesta tarde de Campinas rumo à Índia para buscar essas doses. A aeronave está em Recife e segue para Mumbai nesta sexta-feira.

Conselho Federal de Medicina (CFM)  diz que vacina possibilita redução do número de casos de covid-19

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou uma nota na qual, além de se manifestar favorável à vacinação contra o covid-19, “clama às autoridades a adoção de uma ampla campanha de vacinação”, que permitirá ao país “lograr êxito em sua cruzada” contra a pandemia. A manifestação se dá após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter dado o aval positivo em relação à segurança e à eficácia dos imunizantes. De acordo com o CFM, “os resultados divulgados apontam taxas de eficácia que tornam possível a redução do número de casos de covid-19 de maneira geral e, em particular, em relação às formas graves da doença”, informou por meio de nota.

“A imunização de grande parcela da população é fundamental para que haja redução significativa da circulação do vírus e, consequentemente, da transmissão. Assim, espera-se controlar o avanço da pandemia e permitir a retomada plena das atividades econômicas e das relações em sociedade, tão logo grande parte da população esteja vacinada”, complementa do conselho. O CFM ressaltou ser necessário respeitar as decisões tomadas pela Anvisa no que se refere à aprovação emergencial ou definitiva das vacinas, e com relação à transparência nos processos decisórios, bem como de monitoramento e fiscalização no período pós-vacinação. Pede, ainda, a valorização do Programa Nacional de Imunização.

Ocupação de leitos de UTI para covid-19 no País está no pior nível

A ocupação de leitos de UTI para pacientes de covid-19 já é a pior no País desde julho do ano passado, em um dos momentos mais críticos da pandemia de covid-19 no País, de acordo com levantamento feito pelo Observatório Covid-19, da Fiocruz. Em 21 Estados e na cidade do Rio de Janeiro, o nível é de alerta ou crítico. A iniciativa, que monitora dados da doença desde que o primeiro caso foi registrado no Brasil, avalia semanalmente o número de casos e de mortes, assim como a ocupação de leitos de UTI. Neste último quesito, medido desde julho quinzenalmente, a situação começou a piorar na semana de 7/12 e não tem arrefecido desde então.

Na última semana de 2020 (que vai até o dia 4 de janeiro), seis Estados Amazonas, Amapá, Pernambuco, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal), além da capital do Rio estavam em nível crítico, com mais de 80% dos leitos de UTI ocupados. E outros 15 estavam em nível de alerta intermediário, com mais de 60% de ocupação. Somente seis Estados tinham ocupação inferior a isso. No fim de novembro, 16 Estados estavam com nível baixo de ocupação dos leitos, e somente dois (Amazonas e Espírito Santo), além da cidade do Rio, tinham ocupação alta, num claro sinal de piora da pandemia no País, que vem apresentando uma retomada da alta de casos e de mortes nas últimas semanas.

De acordo com levantamento feito pelo consórcio de imprensa, foram registrados 68.656 novos casos e a média móvel de mortes está em mil. Na última semana de dezembro, de acordo com o boletim epidemiológico do observatório divulgado nesta quarta-feira, 13, com dados obtidos até o dia 4, havia uma média de 40 mil novos casos e 600 mortes por dia. O observatório revelou também a situação crítica de leitos em várias capitais. Nove estão com altas taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos: Manaus (89,4%), Boa Vista (83,3%), Macapá (94,4%), Belém (100%), Belo Horizonte (80,5%), Vitória (80,1%), Rio de Janeiro (99,8%), Curitiba (80,0%) e Campo Grande (100,0%). Outras duas tinham taxas superiores a 70%, Recife (77,5%) e Porto Alegre (73,8%).

Covid-19: Anvisa cobra de Fiocruz e Butantan informações sobre vacinas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou informações adicionais ao Instituto Butantan e à Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz) sobre os pedidos de autorização de suas vacinas para o uso em caráter emergencial. Em nota, o órgão destacou que, sem o conjunto das informações necessárias, à análise dos requerimentos de autorização não é possível cumprir o prazo estabelecido de até 10 dias. A agência marcou para o próximo domingo (17) a reunião da sua diretoria colegiada para decidir sobre as solicitações do dois centros de pesquisa. O Instituto Butantan desenvolve a vacina CoronaVac, em parceria com a farmacêutica Sinovac. A Fiocruz firmou parceria com o consórcio do laboratório Astrazeneca e da Universidade de Oxford, do Reino Unido.

No caso do Butantan, a Anvisa disse em nota que já havia solicitado o restante da documentação no sábado passado (9). Essas informações são necessárias para avaliar os resultados da eficácia do imunizante no estudo clínico na Fase 3. Também são necessários dados adicionais para aferir a imunogenicidade da vacina na Fase 3 dos estudos clínicos. No processo de exame da vacina da Fiocruz com o consórcio Astrazeneca/Universidade de Oxford também estão faltando informações. A Anvisa informou que solicitou à instituição dados de comparabilidade, estabilidade e transporte.

Em nota, o Instituto Butantan afirmou que desde o sábado (9), quando recebeu a primeira solicitação de complementação, tem feito uma força-tarefa para apresentar os dados que ainda não foram enviados. De acordo com o comunicado, as informações serão entregues “ainda nesta semana”. Em nota, a Fiocruz afirmou que “tem mantido seu corpo técnico à disposição para eventuais esclarecimentos que ainda se façam necessários durante a fase de análise da Anvisa”. A fundação acrescentou que está em contato com o laboratório indiano Serum, responsável pela fabricação das doses de vacina que serão importados para o Brasil, para prestar os esclarecimentos à agência reguladora.

Lewandowski dá 5 dias para estados informarem estoque de seringas

O Distrito Federal e os 26 estados terão de informar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a real situação dos estoques de seringas e agulhas para a vacinação contra a covid-19, determinou nesta quinta-feira (14) o ministro Ricardo Lewandowski. As informações servirão de subsídio para o ministro tomar uma decisão sobre uma ação apresentada pelo partido Rede Sustentabilidade. A Rede Sustentabilidade quer que o governo comprove o estoque de seringas e agulhas da União e dos estados para a vacinação de, pelo menos, quatro grupos prioritários para o plano de vacinação. Além de comprovarem os estoques, os governos locais terão de detalhar quantas unidades estão disponíveis para a imunização contra a covid-19 e quantas serão usadas em outras ações de saúde pública.

Caso falte insumos, o partido pede que o STF obrigue o governo a apresentar, em 48 horas, o planejamento de novas compras de seringas e agulhas para a execução das primeiras fases do plano de vacinação. A decisão de Lewandowski vem um dia depois de o Ministério da Saúde informar, em ofício enviado ao Supremo, que sete estados não teriam estoque suficiente de seringas e agulhas para a aplicação de 30 milhões de doses nas primeiras fases do plano. Segundo a pasta, os estados com insuficiência de material são Acre, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina. A pasta informou que requisitou 60 milhões de seringas às fabricantes nacionais do produto para distribuir aos estados.

Prefeituras: Por outro lado, o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, disse hoje (14), que a maioria dos 5.570 municípios brasileiros estará apta a iniciar a campanha de vacinação contra a covid-19 tão logo o Ministério da Saúde distribua os imunizantes autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Todas as cidades que se manifestaram disseram que estão preparadas para realizar a vacinação”, disse o presidente da entidade, logo após se reunir, em Brasília, com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Belo Horizonte volta a endurecer quarentena, mas comerciantes ameaçam boicotar medidas

O prefeito  de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), cumpriu a promessa de fechar novamente o comércio caso a população não respeitasse as medidas de isolamento social durante as festas de fim de ano. Nesta segunda-feira, 11 de janeiro, passou a vigorar o decreto que mantém abertos somente serviços considerados essenciais, como supermercados e farmácias. Bares, restaurantes, shoppings, clubes de lazer e academias estão impedidos de abrir as portas. O endurecimento da quarentena em Belo Horizonte, entretanto, gerou revolta de associações comerciais e empresários, que organizaram protestos em frente à Prefeitura.

Na sexta-feira, 8 de janeiro, cerca de 100 profissionais do setor de educação física e fitness já haviam protestado contra o fechamento de academias. Já nesta segunda, centenas de comerciantes, vendedores, líderes sindicais e representantes de associações fizeram uma marcha para exigir a revogação do decreto. Manifestantes, muitos deles vestidos com camisas verde e amarelo, exibiam cartazes criticando Kalil e pregavam a desobediência civil, gritando em coro que boa parte dos empresários pretende manter suas lojas abertas, à revelia do decreto. Apesar da ameaça de boicote, os comerciantes que desobedeceram a ordem municipal foram exceções, pelo menos na região central.

Com lideranças presentes no ato, o Sindicato de Lojistas de BH (Sindilojas) informou que a medida da Prefeitura provoca o fechamento de 30.000 estabelecimentos e impacta mais de 90.000 trabalhadores. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel), que trava uma batalha de liminares na Justiça em contraposição às medidas restritivas ao funcionamento da categoria que representa, divulgou nota explicando que não convocou nem engrossou a manifestação. Porém, a entidade segue cobrando Kalil pelo fim das imposições aos donos de bares e restaurantes, que estavam proibidos de vender bebidas alcoólicas desde 7 de dezembro. “O número de leitos em BH diminuiu. O prefeito teve nove meses para preparar a cidade, mas acreditou que a doença tinha acabado e agora quer cobrar a conta de quem não tem culpa”, afirma Matheus Daniel, presidente da Abrasel.

Número de infectados pela covid-19 no Brasil chega a 8,32 milhões

O número de pessoas infectadas com o novo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 8.324.294 no Brasil. Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde registraram 67.758 novos diagnósticos positivos de covid-19. Foi a segunda maior marca do ano, atrás apenas do recorde batido no dia 7 de janeiro, quando foram acrescidas às estatísticas 87.843 confirmações de pessoas infectadas. O total de vidas perdidas para a pandemia subiu para 207.095. Entre ontem e hoje, foram registradas 1.131 mortes causadas pela covid-19. Foi o terceiro dia seguido com novos óbitos acima da casa dos 1.100. Ontem (13) o painel do Ministério da Saúde trazia 205.964 óbitos. Ainda há 2.694 falecimentos sendo investigados para averiguar se trata-se de covid-19.

Os dados foram divulgados na atualização diária do Ministério da Saúde, no início da noite desta quinta-feira (14). O balanço é feito a partir de informações sobre casos e mortes coletadas e enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde. Ainda há 777.496 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde, e 7.339.703 pacientes recuperaram-se da doença. Normalmente os registros de casos e de mortes são mais baixos nos domingos e nas segundas-feiras. O motivo é a dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de Saúde nos fins de semana. Às terças-feiras, os totais tendem a ser mais altos pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao Ministério da Saúde.

Covid nos Estados

Na lista de estados com mais mortes, o topo é ocupado por São Paulo (49.289), seguido por Rio de Janeiro (27.441), Minas Gerais (13.028), Ceará (10.209) e Pernambuco (9.946). As unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (800), Acre (832), Amapá (991), Tocantins (1.294) e Rondônia (1.976).

SC: Estado confirma 533.338 casos, 506.472 recuperados e 5.794 mortes por Covid-19

Santa Catarina já registrou 533.338 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, dos quais 506.472 estão recuperados e 21.072 permanecem em acompanhamento. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira, 14. Desde o início da pandemia, 5.794 óbitos foram causados pela Covid-19. Esses números colocam a taxa de letalidade em 1,09%. Em relação ao último boletim, cresceu em 897 o número de casos ativos e houve mais 29 óbitos. A quantidade de casos confirmados subiu 3.949 e outras 3.023 pessoas passaram a ser consideradas recuperadas, segundo estimativa do Governo do Estado.

>>> Confira aqui o boletim diário desta quinta-feira, 14
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

Casos de infecção pelo novo coronavírus já foram confirmados em todos os 295 municípios de Santa Catarina e 267 têm registro de ao menos um óbito. A estimativa do Governo do Estado é que 287 tenham casos ativos. O local com a maior quantidade de casos é Joinville, que registra 49.168 casos, seguida por Florianópolis (45.690), Blumenau (28.287), São José (22.281), Criciúma (20.257), Palhoça (15.904), Balneário Camboriú (15.556), Itajaí (15.262), Chapecó (14.538) e Brusque (13.740). Atualmente, há 1.533 leitos de UTI ativos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado, dos quais 1.211 estão ocupados, sendo 527 por pacientes com confirmação ou suspeita de infecção por coronavírus. A taxa de ocupação geral é de 79% e há 322 leitos vagos atualmente.

Paraná soma 8.902 mortes e 488.801 casos de Covid

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quinta-feira (14) 5.796 novos casos confirmados e 78 mortes em decorrência do novo coronavírus. Há ajustes de casos confirmados e óbitos ao final do texto. Os dados acumulados do monitoramento mostram que o Paraná soma 488.801 casos confirmados e 8.902 mortos. Os casos divulgados nesta quinta-feira (14) são de janeiro de 2021 (5.391) e dos meses de abril (1), julho (1), agosto (3), setembro (7), outubro (4), novembro (32) e dezembro (357) de 2020.

INTERNADOS – 1.364 pacientes com diagnóstico confirmado estão internados. São 1.121 pacientes em leitos SUS (560 em UTI e 561 em leitos clínicos/enfermaria) e 243 em leitos da rede particular (112 em UTI e 131 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 1.291 pacientes internados, 488 em leitos UTI e 803 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos.

ÓBITOS – A secretaria informa a morte de mais 78 pacientes. São 32 mulheres e 46 homens, com idades que variam de 20 a 98 anos. As mortes ocorreram entre 4 de agosto de 2020 a 14 de janeiro de 2021. Os pacientes que morreram residiam em Maringá (12), Londrina (10), Apucarana (5), Arapongas (4), Cascavel (3), Curitiba (3),  Araucária (2), Cambé (2), Faxinal (2), Guaratuba (2), Palmital (2), Ponta Grossa (2), Rolândia (2), Toledo (2) , Umuarama (2). A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Almirante Tamandaré, Campo Largo, Campo Magro, Campo Mourão, Colorado, Cruzeiro do Oeste, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guairá, Guarapuava, Ibiporã, Jacarezinho, Jandaia do Sul, Mandaguaçu, Mangueirinha, Marialva, Paiçandu, Paranaguá, Perobal, Pinhais, Ribeirão Claro e São José dos Pinhais.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento registra 3.853 casos de residentes de fora, 75 pessoas foram a óbito.

Terremoto na Indonésia deixa mortos e dezenas de feridos

Um terremoto de magnitude 6,2 atingiu nesta sexta-feira (15) a ilha de Sulawesi, na Indonésia. Ao menos 35 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas, segundo o governo local. Milhares de pessoas tiveram de deixar suas casas após o tremor. O governo indonésio diz que dezenas de casas, dois hotéis e um prédio público que abriga o escritório do governador ficaram severamente danificados pelos tremores. A agência meteorológica do país alertou para o risco de tremores secundários, fortes o suficiente para produzirem um tsunami. O epicentro do tremor ocorreu a 18,4 km de profundidade e a 6 km da cidade de Majene, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitora a atividade sísmica pelo mundo.

FUTEBOL

Final da Libertadores faz CBF mudar jogos de Palmeiras e Santos

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) anunciou na noite desta quinta-feira (14) que a classificação de Palmeiras e Santos para a final da Copa Libertadores da América levou à alteração da 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Como a grande decisão está programada para acontecer no dia 30 de janeiro, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, a diretoria de competições da CBF decidiu mudar os jogos do Peixe e do Verdão pelo Brasileiro programados para o dia 31 de janeiro. Agora, o Palmeiras mede forças com o Botafogo no dia 2 de fevereiro, às 16h (horário de Brasília), no Allianz Parque, em São Paulo. Já o Santos faz o clássico com o Corinthians em 17 de fevereiro, no estádio da Vila Belmiro, em Santos.

Copa do Brasil: CBF altera fórmula e edição 2021 terá uma fase a menos

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta quinta-feira (14) o Regulamento da Copa do Brasil de 2021. Na edição deste ano, o mata-mata mais famoso do país teve uma mudança importante no formato de disputa, e terá uma fase a menos. Com isso, o grupo de clubes da Libertadores e campeões da Série B, Copa do Nordeste e Copa Verde, que entrava a partir das oitavas de final, agora ingressará na terceira fase do torneio, juntando-se a outras 20 equipes.

Dessa forma, na fase inicial, serão 80 clubes distribuídos em 40 confrontos. Depois, 40 clubes, em 20 confrontos. Na sequência, os 20 clubes ainda vivos no torneio receberão os 12 times classificados através de outras competições (participantes da Libertadores, campeão da Série B, campeão da Copa do Nordeste e campeão da Copa Verde). Em razão dessa alteração, o número de equipes participantes da Copa do Brasil aumentou de 91 para 92.

Definição de times que entram direto na 3ª fase: Com sete brasileiros classificados à Libertadores: 7 clubes classificados para Libertadores, 1 clube campeão da Copa do Nordeste 2020, 1 clube campeão da Copa Verde 2020, 1 clube campeão da Série B 2020 e 2 clubes do Campeonato Brasileiro da Série A de 2020, cuja chamada respeitará a ordem de classificação.

Com oito classificados para Libertadores: 8 clubes classificados para Libertadores, 1 clube campeão da Copa do Nordeste 2020, 1 clube campeão da Copa Verde 2020, 1 clube campeão da Série B 2020 e 1 clube do Campeonato Brasileiro da Série A de 2020, cuja chamada respeitará a ordem de classificação. Com nove classificados para Libertadores: 9 clubes classificados para Libertadores, 1 clube campeão da Copa do Nordeste 2020, 1 clube campeão da Copa Verde 2020 e 1 clube campeão da Série B 2020.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.