Caixa paga hoje auxílio emergencial a nascidos em fevereiro

Trabalhadores informais nascidos em fevereiro começam a receber hoje (9) a nova rodada do auxílio emergencial. O benefício terá parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da família. O pagamento também será feito a inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos no mesmo mês. O dinheiro será depositado nas contas poupança digitais e poderá ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem.

Somente de duas a quatro semanas após o depósito o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta-corrente. Ao todo, 45,6 milhões de brasileiros serão beneficiados pela nova rodada do auxílio emergencial. O calendário de pagamentos foi divulgado pelo governo na semana passada. O auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada.

Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial.
Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial. – Arte/Agência Brasil

Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do Número de Inscrição Social (NIS). O auxílio emergencial somente será pago quando o valor for superior ao benefício do programa social.

Calendário do Bolsa Família 2021
Calendário do Bolsa Família 2021

Mais de 70% das indústrias têm dificuldades em conseguir matéria-prima

A escassez de insumos e matérias-primas nacionais para a produção atingiu 73% das empresas da indústria geral (extrativa e de transformação) e 72% da indústria da construção em fevereiro. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) dentro de uma pesquisa feita com 1.782 empresas. Os percentuais são próximos aos da sondagem anterior, realizada em novembro de 2020, de 75% e 72%, respectivamente, fazendo com que as expectativas anteriores dos empresários, de que a normalização das cadeias produtivas nacionais se desse no primeiro semestre de 2021, fossem postergadas. Enquanto 37% acreditam que a situação se normalize até o fim de junho, 42% creem que isto acontecerá no segundo semestre e 14%, somente em 2022.  Cerca de 6% esperavam que a normalização ocorresse ainda em março.

Além da escassez de insumos nacionais, as empresas também estão enfrentando dificuldades em conseguir matérias-primas importadas, independente de pagarem mais caro pelos produtos. Nas empresas da indústria geral que precisam importar, em fevereiro 65% estavam com essa barreira, patamar que chegou a 79% na indústria da construção. Segundo a CNI, as dificuldades atuais ainda são resultado das incertezas que a economia atravessou durante a primeira onda da pandemia de covid-19 em 2020, quando muitas empresas cancelaram a compra de insumos. “A rápida retomada da economia no segundo semestre de 2020 não pode ser acompanhada no mesmo ritmo por todas as empresas, o que gerou dificuldades nos diversos elos da cadeia”, explicou a entidade.

Dólar alto prejudica importações: A desvalorização do real frente ao dólar, de acordo com a CNI, além de elevar o custo das importações, também fez com que as exportações de insumos brasileiros se tornassem mais atrativas, levando fornecedores nacionais a redirecionar para o mercado internacional parte do que era comercializado aqui. Com a escassez de insumos, várias empresas também declararam na pesquisa dificuldade para atender clientes. Na indústria da construção, o problema atinge 30% delas, enquanto na indústria geral aumenta para 45%. No setor de informática, eletrônicos e ópticos, a falta de insumos alcançou 69% das empresas em fevereiro. Ainda segundo a pesquisa da CNI, entre os setores com maior dificuldade para atender às demandas dos clientes estão: metalurgia, veículos automotores, máquinas e equipamentos, móveis, têxteis, celulose e papel, madeira, máquinas e materiais elétricos, produtos de metal e material plástico.

Ministro do Supremo manda abrir CPI da Pandemia

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou nesta quinta-feira (8) que o Senado adote as medidas necessárias para a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar eventuais omissões do governo federal no combate à pandemia de covid-19. Barroso atendeu ao pedido de liminar feito pelos senadores Jorge Kajuru (GO) e Alessandro Vieira (RS), ambos do Cidadania. Os parlamentares alegaram suposta omissão da Casa na instalação da comissão.

Ao analisar o mandado de segurança, o ministro entendeu que a CPI deve ser instalada porque preenche os requisitos constitucionais. “É certo que a definição da agenda e das prioridades da Casa Legislativa cabe ao presidente da sua Mesa Diretora. No entanto, tal prerrogativa não pode ferir o direito constitucional do terço dos parlamentares à efetivação da criação da comissão de inquérito”, decidiu o ministro. Barroso também determinou que sua decisão individual seja incluída na sessão virtual de julgamentos da Corte, que está prevista para começar no dia 16.

STF decide que estados e municípios podem proibir cultos na pandemia

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que hoje (8) que prefeitos e governadores podem proibir a realização de cultos religiosos presenciais para conter a disseminação da covid-19. A decisão da Corte não obriga o fechamento total de templos religiosos. No entanto, a partir de agora, os governadores e prefeitos que quiserem adotar a medida estão liberados pelo STF. Por 9 votos a 2, a Corte validou o decreto do estado de São Paulo que vetou a realização de atividades coletivas por um período determinado para impedir aglomerações de pessoas.

O placar da votação foi obtido com base no voto do relator, ministro Gilmar Mendes, que votou ontem (7) para validar o decreto. No início da sessão de hoje, o ministro Nunes Marques votou pela ilegalidade dos decretos que determinam o fechamento total de templos. Segundo o ministro, além da crise de saúde provocada pela pandemia, o país também passa por uma “crise nos direitos individuais e coletivos”. Para Nunes Marques, a Constituição não pode ser descumprida temporariamente.

“Criou-se uma atmosfera de intolerância, na qual não se pode mais falar sobre os direitos das pessoas, porque isso é logo taxado de negacionismo e outros ‘ísmos’ semelhantes, numa monótona cantilena que pretende transformar em óbvio o que é apenas uma opinião”, afirmou. Na semana passada, em uma decisão individual, o ministro atendeu pedido de liminar pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) e liberou a realização de cultos, desde que os protocolos sanitários sejam respeitados, como ocupação máxima de 25%, distanciamento social e uso obrigatório de máscara.

Senado: Pacheco suspende votação de projeto que anula decreto de armas

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tirou de pauta o Projeto de Decreto Legislativo que susta o decreto do presidente Jair Bolsonaro sobre a ampliação do acesso a armas de fogo. Pacheco atendeu a um pedido do relator, Marcos Do Val (Cidadania-ES), apesar de vários apelos de senadores de votar o projeto no dia de hoje (8). Em fevereiro, Bolsonaro editou um decreto alterando outros quatro decretos com o objetivo de desburocratizar e ampliar o acesso a armas de fogo e munições no país. Uma das mudanças permite que profissionais com direito a porte de armas, como os das Forças Armadas, polícias e membros da magistratura e do Ministério Público, possam adquirir até seis armas de uso restrito. Antes, esse limite era de quatro armas.

O decreto também permite que atiradores possam adquirir até 60 armas e caçadores, até 30, sendo exigida autorização do Exército somente quando essas quantidades forem superadas. A medida também eleva a quantidade de munições que podem ser adquiridas. A ampliação do acesso a armas de fogo é uma pauta defendida pelo presidente desde a sua campanha eleitoral. O decreto editado em fevereiro entra em vigor no dia 13 de abril. Marcos Do Val pediu o adiamento da discussão do projeto que anula as alterações do presidente e argumentou que não teve tempo suficiente para preparar seu relatório. Do Val é da área da segurança pública e conhece o tema envolvendo armamentos, mas afirmou que não justificará sua posição com base no mérito, e sim com base na sua experiência. “Meu voto não é tendencioso, é técnico. Meu voto é com base na minha experiência de 20 anos na área da segurança pública, como professor das instituições policiais em outros países”.

Na mesma fala, porém, defendeu o decreto do presidente da República e afirmou que “armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas”. Segundo a Constituição, ele afirmou, a segurança pública é “direito e responsabilidade de todos”. O senador ainda relatou ter salvado recentemente uma mulher de uma tentativa de feminicídio, graças à arma que portava no momento. Após afirmar que seu relatório não estava pronto por uma questão de tempo, pediu audiência pública e discussão sobre o tema. Sua colega de partido, Eliziane Gama (Cidadania-MA), divergiu e apresentou um voto em separado. Na prática, trata-se de um outro parecer com voto contrário ao do relator. “Nós temos, hoje, no Brasil, o fato de que 70% dos homicídios são com armas de fogo. A Polícia Federal demonstrou claramente: 65% de aumento de armas de fogo nessa gestão na mão da população brasileira”, disse a senadora.

Eliziane ainda destacou que esta discussão vem no momento em que a covid-19 tem matado milhares de brasileiros todos os dias. “Nós temos hoje, uma quinta-feira, mais um recorde: 4.249 pessoas mortas; e nós temos um decreto presidencial tratando de armas, tratando de colocar armamento nas mãos da população brasileira. Isso é revoltante”. Vários senadores, dentre eles Simone Tebet (MDB-MS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Rose de Freitas (MDB-ES) pediram a apreciação do projeto, com a análise do substitutivo apresentado por Eliziane. A ideia era evitar que o decreto de Bolsonaro entrasse em vigor. Mas Pacheco foi irredutível e manteve sua decisão a pedido de Do Val. Não há nova data para o projeto de Decreto Legislativo ser votado no Senado. Depois, ainda terá que passar pela Câmara.

Frente Parlamentar pelo Desarmamento: Na mesma sessão, os senadores aprovaram, por votação simbólica, a criação da Frente Parlamentar pelo Desarmamento. “Temos para nós que é indiscutível a necessidade, e até a urgência, de ações congressuais no sentido de refrear os evidentes ventos armamentistas que sopram atualmente no País, soprados por valores e inspirados por finalidades ainda não de todo claras”, afirmou o relator do Projeto de Resolução que cria a frente parlamentar, Paulo Rocha (PT-PA).

Mourão defende teto de gastos e nova reforma da Previdência

O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu hoje (8) a manutenção do teto federal de gastos. Em evento com investidores, ele disse que a “era do dinheiro fácil acabou” e defendeu uma nova reforma da Previdência. “Uma coisa é clara: temos que operar dentro do limite da âncora que temos hoje que é a questão do teto de gastos”, afirmou. “Não podemos fugir da âncora fiscal, senão o país quebra e, se o país quebrar, vamos ficar igual ao nosso vizinho do sul, igual à Argentina, eterno mendigo”, disse o vice-presidente, comparando a situação do Brasil com o país sul-americano.

Durante a apresentação, Mourão defendeu a continuidade das reformas e disse ser necessária uma nova reforma da Previdência em breve, porque as economias com a reforma de dois anos atrás foram gastas com a pandemia de covid-19. “O pilar das contas públicas, iniciamos com a questão da nova Previdência, mas acho que ninguém aí tem dúvida que nós vamos ter que fazer uma nova reforma da Previdência, porque aquele ganho que foi feito com a reforma de 2019 foi gasto no ano passado para poder enfrentar a questão da pandemia”, disse.

Liberalização: O vice-presidente também defendeu medidas liberalizantes, como a desvinculação do Orçamento, a abertura comercial, a realização de privatizações e a redução da burocracia. Segundo ele, só poderá haver aumento salarial para o funcionalismo público caso a economia volte a crescer e a arrecadação aumente. “A sociedade tem que entender que acabou a era do dinheiro fácil. O próprio estamento estatal, o funcionalismo público tem que entender que só pode haver aumento salarial se houver aumento da arrecadação que vem no rastro de aumento do produto interno bruto, fruto de um desenvolvimento sustentável”, acrescentou.

Pandemia: Sobre a pandemia do novo coronavírus, o vice-presidente defendeu a vacinação em massa e informou que os maiores de 60 anos deverão estar imunizados até maio ou junho. Segundo ele, a campanha não avança em ritmo mais rápido porque há carência de vacinas em todo o planeta. Na avaliação de Mourão, a população brasileira tem dificuldades em cumprir as medidas restritivas porque “não é disciplinada”. Ao encerrar a apresentação, o vice-presidente pediu serenidade no enfrentamento da crise e da pandemia e citou um personagem de ficção científica. “O medo gera raiva, a raiva gera ódio e o ódio gera ressentimento. Isso aí foi dito pelo Mestre Yoda, lá na série Star Wars. Vamos lembrar: Yoda, hein?”, concluiu.

Guedes nega atritos com Congresso em negociações sobre Orçamento

O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou hoje (8) haver atritos com o Congresso Nacional na negociação sobre vetos ao Orçamento Geral da União de 2021. Em evento promovido pela Câmara de Comércio Brasil–Estados Unidos e pelo Conselho de Negócios Brasil–Estados Unidos, ele declarou que o Poder Executivo e os parlamentares estão em parceria contínua na construção do orçamento. “Pela primeira vez, o governo e o Congresso estão construindo, juntos, o orçamento. É um time que nunca jogou junto. Mas somos parceiros, Poderes independentes que podem cooperar entre si”, comentou o ministro no evento virtual 2021 Brasil Summit. De acordo com o ministro, houve um acordo político para a aprovação do Orçamento no fim de março que permitiu aos parlamentares inserirem emendas impositivas em programas do governo voltados principalmente para a proteção social.

Nas últimas semanas, a equipe econômica e os parlamentares têm enfrentado entraves nas negociações para o presidente Jair Bolsonaro vetar pontos do Orçamento aprovado. Durante a tramitação, o Congresso cortou R$ 26,45 em despesas obrigatórias, como Previdência Social, abono-salarial e seguro-desemprego, para reforçar emendas impositivas. O Ministério da Economia passou a recomendar o veto a parte das emendas para evitar um eventual crime de responsabilidade. Atribuindo as negociações à estreia na coordenação entre Executivo e Legislativo, Guedes disse que os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), fazem parte da base aliada. “Tem muito barulho hoje sobre crise política no Brasil e problemas do Orçamento, mas eu espero que seja só barulho. O sinal é de que a coalizão política vai, pela primeira vez, aprovar o orçamento junto. É normal que tenha erros aqui, excessos ali, mas achamos que tudo vai terminar bem”, afirmou.

Prazo de inscrições para o Sisu termina nesta sexta-feira

As inscrições para o processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do primeiro semestre de 2021 terminam, às 23h59, desta sexta-feira (9). Para a inscrição, não há qualquer cobrança de taxa. O resultado está previsto para ser divulgado no dia 13 de abril. De acordo com o Ministério da Educação, o primeiro processo seletivo de 2021 ultrapassou a marca de 2 milhões de inscrições, nessa quinta-feira. Até as 18h de ontem  (98) foram registradas 2,031 milhões de inscrições. Já o total de estudantes inscritos estava em 1,057 milhão. Cada inscrito pode fazer inscrição em até dois cursos de sua escolha, por isso o dado de inscrição pode ser até o dobro do de inscritos. Para participar do Sisu será exigido do candidato que ele tenha feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição de 2020, cujo resultado foi divulgado no último dia 29, obtido nota superior a zero na prova de redação, e não tenha participado do Enem na condição de treineiro.

Inscrição: Para se inscrever o candidato deve utilizar o mesmo login cadastrado no portal de serviços do governo federal (acesso.gov.br), da mesma forma que fez para acessar o resultado do Enem 2020. Por isso, o candidato deve se preparar com antecedência para não ter problemas no ato da inscrição do Sisu, quando é exigida a senha do cadastro no portal de serviços. Quem precisar recuperar esses dados já deve providenciá-los. As mais de 209 mil vagas ofertadas, a maioria delas em universidades e institutos federais, estão disponíveis para consulta desde o dia 5 de março, na página do Sisu, na aba “vagas”.

Cronograma: Inscrições: de 6 a 9 de abril; Resultado da chamada única: 13 de abril; Matrícula ou registro acadêmico: de 14 a 19 de abril; Manifestar interesse em participar da lista de espera: de 13 a 19 de abril.

Polícia não tem dúvida de que Dr. Jairinho é o autor da morte de Henry

O delegado titular da 16ª Delegacia de Polícia Henrique Damasceno disse hoje (8) que o vereador Dr. Jairinho (RJ), expulso nesta quinta-feira do partido Solidariedade, assassinou Henry Borel, de 4 anos, filho da namorada do vereador. Segundo o delegado, a investigação continua, mas já existem provas suficientes para assegurar que a morte do garoto, no dia 8 de março, não foi um acidente, e sim um crime duplamente qualificado com emprego de tortura e sem possibilidade de defesa da vítima. De acordo com o delegado, até o momento, não há possibilidade de garantir que a mãe da criança participou das torturas, mas Damasceno acrescentou que Monique Medeiros da Costa e Silva foi omissa em não procurar a polícia para relatar uma agressão ocorrida no dia 12 de fevereiro, dentro do apartamento do casal. Conforme o delegado, a agressão ficou evidente em troca de mensagens entre Monique e a babá de Henry, Thayná, recuperadas pela polícia com a utilização do software israelense Cellebrite Premium.

As mensagens foram fundamentais para determinar a prisão do casal nesta quinta-feira. A aquisição do software vinha sendo pedida pela polícia há dois anos e foi autorizada pelo governador em exercício Cláudio Castro durante as investigações. Nas mensagens, que tinham sido apagadas do celular de Monique, a babá informou que o menino foi trancado no quarto por Dr. Jairinho e naquele momento sofria agressões. A mãe então pediu para que ela entrasse no quarto, o tirasse de lá e desse um banho para ele ficar mais calmo. A babá contou ainda que o menino relatou que levou “uma banda” do padrasto e que pediu para que a sua cabeça não fosse lavada, porque sentia dor. Henry falou ainda que tinha dores no joelho.

Ameaças: O delegado descartou a possibilidade de a mãe ter sofrido ameaças para não relatar as agressões e ressaltou que não faltaram oportunidades para falar das agressões sofridas pelo menino. “Com relação à ameaça, com bastante sinceridade, não é isso que percebi. Ela teve inúmeros momentos em que poderia ter falado conosco. O depoimento foi bastante longo e ela se mostrou à vontade em vários pontos dele [depoimento]”, afirmou. O comportamento de Monique após a morte do filho chamou atenção de Damasceno. “Ela conseguiu prestar um depoimento por mais de quatro horas e apresentou uma versão fantasiosa protegendo o assassino do próprio filho”, ressaltou, destacando, que com base na legislação brasileira, a denúncia seria uma obrigação legal da mãe.

“A mãe não procurou a polícia, não afastou a vítima do agressor, do convívio de uma criança de 4 anos, filho dela. É bom que se diga que ela tem obrigação legal. Além disso, quando verificamos depois de uma rotina, esteve em sede policial por mais de quatro horas protegendo o assassino do próprio filho. Não só se omitiu, como também concordou”. O delegado informou ainda que após o enterro do filho, Monique foi a um salão de beleza para tratar do cabelo e das unhas. A imagem que o casal tentava passar da convivência com o menino era de uma família harmoniosa, inclusive induzindo a polícia para esta versão.

IML: Durante as investigações foi ouvido um alto executivo da Saúde, com nome não revelado pelo delegado, que no seu depoimento na 16ª DP revelou ter recebido quatro ligações de Dr. Jairinho pedindo que o corpo fosse liberado pelo Hospital Barra D’Or, onde a criança já chegou morta, e não fosse encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). O executivo, segundo o delegado, negou o pedido, porque constatou que o menino tinha sido vítima de agressões e, por isso, o corpo precisava ser levado ao IML.

Descarte de celulares: O casal foi preso na casa de uma tia do vereador, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. O endereço não tinha sido informado às autoridades policiais, que conheciam apenas a localização da casa da mãe de Monique e dos pais de Dr. Jairinho, onde estavam morando separados nos últimos dias. Esse foi um dos motivos pelos quais a prisão foi feita nesta quinta-feira. O delegado relatou que não houve resistência no momento que foram presos, mas o vereador tentou se livrar de dois celulares que o casal estava usando depois que tiveram anteriormente a apreensão dos seus aparelhos. Jarinho jogou os celulares pela janela, mas a polícia recolheu e os encaminhou para perícia.

O promotor do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), titular da 1ª Promotoria da Zona Sul e Barra, Marcos Kac, disse que as provas continuam sendo produzidas porque as investigações ainda não terminaram, uma vez que ainda tem uma série de atos de polícia judiciária e pericial para serem praticados para que todo o acervo probatório seja encaminhado ao Ministério Público. “Aí sim, vai valorar a conduta de cada um e imputar o tipo penal violado por cada um dos atores dessa tragédia”, contou Marcos Kac, esclarecendo o processo para determinar a punição de cada um no crime.

Para o diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC), delegado Antenor Lopes, para as investigações este foi um caso extremamente sensível e delicado, que começou com a possibilidade de ser um acidente doméstico, mas que avançou nas apurações. “Caso difícil porque ocorreu dentro de um apartamento sem maiores testemunhas e sem câmeras. Era um caso com dificuldade muito grande, mas a equipe do Dr Henrique evoluiu na investigação e eles começaram a perceber que algo estava errado. Fomos auxiliados pela perícia técnica, bem como toda a investigação foi acompanhada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, com o Dr Marcos Kac”, completou.

Expulsão: O partido Solidariedade, que ontem tinha anunciado o afastamento de Dr. Jairinho, em nota nesta quinta-feira, informou a expulsão do vereador. “Diante dos novos fatos revelados, a Executiva Nacional do Solidariedade, em conjunto com a Estadual do partido, resolve expulsar, de forma sumária, o vereador Dr. Jairinho”. A Câmara Municipal do Rio de Janeiro confirmou que se reunirá hoje para definir a situação do vereador, com a responsabilidade que o caso exige e atenta à gravidade da prisão de Dr. Jairinho. Está prevista para esta tarde uma reunião do Conselho de Ética. “Embora inexista até o momento representação formulada no Conselho de Ética, será dada toda celeridade que o caso exige. Em razão da prisão, o vereador tem sua remuneração imediatamente suspensa e fica formalmente afastado do mandato a partir do trigésimo primeiro dia, na forma do art. 14 do Regimento Interno”, informou. Depois de passar por exames de corpo de delito no IML, o casal foi levado para o presídio de Benfica, na zona norte, para entrada no sistema prisional do estado do Rio.

Pesquisa constata reinfecções de covid-19 com sintomas mais fortes

Um estudo coordenado pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (CDTS/Fiocruz) constatou quatro casos de reinfecção por covid-19 em que os pacientes tiveram sintomas mais fortes da doença na segunda contaminação, apesar de os dois episódios terem sido considerados leves, sem hospitalização. Em ao menos um desses casos, a reinfecção foi provocada pela mesma variante do primeiro episódio. A pesquisa será publicada na forma de artigo científico na revista Emerging Infectious Disease (EID), do Centro de Controle e Prevenção de Doença dos Estados Unidos (CDC). Além da Fiocruz, participaram pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa (Idor) e da empresa chinesa MGI Tech Co. Segundo o coordenador do estudo, o virologista do CDTS/Fiocruz Thiago Moreno, a constatação reforça que uma parcela da população que tem a doença na forma branda não desenvolve memória imunológica.

“Demonstramos que um grupo de pessoas com sintomatologia leve para covid-19 teve um segundo episódio de covid um pouco mais forte, porque não foi capaz de gerar uma imunidade de memória depois do primeiro episódio. Assim como vários casos brandos de covid-19, esses indivíduos tiveram o controle dessa primeira infecção pela resposta imune inata, aquela que não forma uma memória consistente e de longo prazo”. Os testes realizados mostraram que a defesa do organismo com base em anticorpos só foi formada nesses indivíduos após a segunda infecção. “Isso mostra também pra gente que uma parcela da população que teve a doença branda no primeiro episódio pode voltar a ter covid-19 depois de algum tempo, e não necessariamente ela será branda de novo”. Moreno explica que a possibilidade de reinfecção com sintomas mais contundentes se dá independentemente de o indivíduo contrair a mesma variante do novo coronavírus ou uma nova. “A reinfecção pelo novo coronavírus é possível, e isso é algo similar com o que acontece com coronavírus sazonais humanos e até alguns coronavírus veterinários”, diz o pesquisador.

Os pesquisadores envolvidos no estudo acompanharam um grupo de 30 pessoas de março a dezembro de 2020 com testagens semanais. O objetivo do estudo não era investigar a reincidência da covid-19, e sim monitorar a segurança do grupo em seu local de trabalho. Diante das suspeitas de reinfecção constatadas, os cientistas se debruçaram sobre esses casos e comprovaram, por meio de sequenciamento, duas reinfecções. Nas outras duas, não havia material genético suficiente para o sequenciamento, mas os episódios da doença tiveram meses de intervalo com testes negativos. Thiago Moreno ressalta que o estudo não foi desenhado para ter representatividade estatística, o que significa que não é possível extrapolar a proporção de pessoas reinfectadas para toda a população. Além disso, ele acrescenta que, apesar de o estudo ter constatado sintomas mais contundentes no segundo episódio de covid-19 entre os quatro pesquisados, isso não permite interpretar um padrão para os casos de reinfecção.

As quatro pessoas que se reinfectaram com a doença não precisaram ser internadas em nenhum dos dois episódios e tiveram casos considerados brandos em ambos. Para o pesquisador, quanto mais brando for o quadro de covid-19, maiores são as chances de a memória imunológica não ser capaz de neutralizar o vírus em um segundo contato. Moreno recomenda que pessoas já infectadas mantenham os cuidados para a prevenção da covid-19 e explica que mesmo os exames laboratoriais comuns que permitem a detecção de anticorpos não são capazes de determinar se o corpo formou defesas neutralizantes. “O que esses testes, em geral, não medem é se essa memória vai servir para a gente só como um traço para saber se foi exposto ao vírus ou se é uma memória neutralizante, capaz de bloquear a infecção viral. Tem uma diferença de magnitude muito grande entre ter detecção de anticorpos e esses anticorpos de fato te protegerem contra a infecção”, explica ele, que acrescenta que não se surpreenderia se os casos de reinfecção relatados no estudo tivessem um terceiro episódio de covid-19. “Não agora por não ter feito essa memória, mas porque a sustentação dessa memória pode ser curta”.

Covid-19: “Situação está longe do fim”, diz presidente da Anvisa

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, disse nesta quinta-feira (8) que a situação pandêmica está longe do fim. “O entendimento que temos aqui na agência, e não é um entendimento dos mais felizes, é que essa situação que atravessamos está longe do seu fim. Não há entre nós a convicção de que a fase pior tenha passado. Nós temos tido uma série de sinalizações de possibilidades ainda mais desafiadoras estão por vir no curto e no médio prazo”. Ao participar, nesta quinta-feira (8), de audiência pública na Comissão Temporária da Covid-19 no Senado e questionado sobre a possibilidade de vacinas contra covid-19 serem fabricadas em plantas de produção veterinária, Torres disse que Anvisa considera factível, mas serão necessários investimentos.

“De fato alguns investimentos serão necessários, pois há que se fazer determinadas elevações de nível de segurança biológica desses, por assim dizer, laboratórios, dessas áreas de fabricação vacinal – talvez algumas capazes de dominar o ciclo completo, outras não, talvez mais direcionadas à questão do envase –, mas não é, na ótica da Anvisa, algo a ser descartado”, afirmou. Ainda sobre esse assunto, Torres ressaltou que a Anvisa não vê nenhum sentido em manter os olhos apenas nos próximos minutos, nos próximos dias. “Temos, sim, que olhar para um futuro até mesmo mais distante. Já tomamos providências há algum tempo em relação a isso aqui na Anvisa, inclusive com a criação de um grupo de análise estratégica desse quadro, com visão prospectiva, focando nos próximos anos inclusive”.

Na avaliação de Antônio Barra Torres, toda uma estrutura mundial vai ter que se reorganizar. “Nascerá um novo mundo dessa pandemia. E em setores da economia que, por uma ação fundamentalmente focada no capitalismo, tinham uma justificação, como a terceirização de áreas essenciais de produção em troca de mão de obra mais barata e questão fiscal mais atraente, hoje se dá por comprovado que quem fez essa escolha encontra-se em uma posição de refém diante da oferta de insumos essenciais que vêm do exterior – no caso concreto, basicamente de dois países”.

Fiocruz: Também convidada para a audiência pública, a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, disse que no momento em que o Brasil enfrenta dificuldades na importação do IFA (insumo farmacêutico ativo) a fundação, responsável no país pela vacina de Oxford/AstraZeneca, vai assinar, em duas semanas, o acordo de transferência de tecnologia do IFA desse imunizante para que ele seja, enfim, produzido em território nacional. Segundo Nísia, a Fiocruz trabalha atualmente com duas linhas de produção que permitem a fabricação de 900 mil doses por dia. “Em breve, estaremos trabalhando em uma nova linha de produção, com segundo turno de trabalho, que nos permitirá a produção de 1,2 milhão de doses/dia”, explicou. Segundo a Fiocruz, a previsão é de que as vacinas produzidas com IFA nacional sejam entregues só a partir de setembro. “Temos IFA garantido para produção até o mês de maio. Mas o embaixador da China disse que estará acompanhando pessoalmente isso”, enfatizou. A China é o país exportador do IFA usado pelo Brasil na produção dos imunizantes.

Campanha de vacinação contra a gripe começa na segunda

O Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde começam na segunda-feira (12) a campanha de vacinação contra a gripe. Além de evitar complicações decorrentes da gripe causada pelo vírus, a vacinação ganha uma outra importância no momento. Com diversos estados com leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) lotados e filas de espera em função da pandemia do novo coronavírus, a iniciativa também é importante para evitar uma sobrecarga nos sistemas de saúde.

O público estimado pelo ministério é de 79,7 milhões de pessoas e o objetivo é vacinar pelo menos nove em cada dez pessoas dos grupos prioritários. Os grupos serão organizados para vacinação em três etapas. Os dias de mobilização, chamados de dias D, serão definidos em cada município pela Secretaria de Saúde local.

Os grupos prioritários são: Crianças de 6 meses a menores de 6 anos; Gestantes; Puérperas; Povos indígenas; Trabalhadores de saúde; Pessoas com 60 anos ou mais; Professores; Portadores de doenças crônicas não transmissíveis; Pessoas com deficiência permanente; Forças de segurança, de salvamento e armadas; Caminhoneiros; Trabalhadores do transporte coletivo de passageiros; Funcionários trabalhando em prisões e unidades de internação; Adolescentes cumprindo medidas socioeducativas em unidades de internação; População privada de liberdade.

Covid-19: Brasil bate recorde com 4.249 mortes registradas em 24 horas

O Brasil bateu novo recorde de mortes por covid-19 registradas em 24 horas, com 4.249. O país já havia passado dos quatro mil óbitos em um dia anteontem (6), quando o sistema de informações da pandemia marcou 4.195 vidas perdidas confirmadas. Com isso, o total de vítimas que não resistiram à covid-19 subiu para 345.025. Ontem, a contabilização marcava 340.776 mortos na pandemia do novo coronavírus.

Ainda há 3.572 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (8) pelo Ministério da Saúde com base em dados fornecidos pelas secretarias estaduais.

Já o total de casos desde o começo da pandemia chegou a 13.279.957. Entre ontem e hoje, foram confirmados 86.652 novos diagnósticos positivos. Ontem, a soma de pessoas infectadas até o momento estava em 13.193.205. O número de pessoas recuperadas subiu para 11.732.193. Já a quantidade de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.202.639.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (08.04.21).

Covid nos Estados

ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (70.742), Rio de Janeiro (38.657), Minas Gerais (26.795), Rio Grande do Sul (21.538) e Paraná (18.492). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.325), Amapá (1.371), Roraima (1.384), Tocantins (2.181) e Sergipe (3.693).

Vacinação

Até o início da noite de hoje, haviam sido distribuídos 45,2 milhões de doses de vacinas. Deste total, foram aplicados 24,8 milhões de doses, sendo 19,2 milhões da primeira dose e 5,5 milhões da segunda dose.

SC: Estado confirma 829.444 casos, 797.180 recuperados e 11.759 mortes

Há 829.444 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus em Santa Catarina, sendo que 797.180 estão recuperados e 20.505 continuam em acompanhamento. O dado foi divulgado nesta quinta-feira, 8. A Covid-19 causou 11.759 mortes no estado desde o início da pandemia. A taxa de letalidade é de 1,3%. Esses números representam um acréscimo de 146 óbitos em comparação ao último boletim. Registrou-se uma alta de 5.584 na quantidade de confirmados.

>>> Confira aqui os dados desta quinta-feira, 8
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data

>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

Casos de infecção pelo novo coronavírus já foram confirmados em todos os 295 municípios de Santa Catarina. As maiores altas nesta quinta foram registradas em Joinville, com 359 casos, Jaraguá do Sul, com 313. Brusque, com 233 , Blumenau, com 110 e Lages, com 110. Os detalhes podem ser acessados no BI disponível no site www.coronavirus.sc.gov.br,  no menu do topo, opção Transparência e escolhendo Painéis: casos e óbitos. A lista completa de pacientes que aguardam transferência pode ser acessada aqui.

Boletim hídrico aponta agravamento da estiagem em Santa Catarina

Foto: Julio Cavalheiro / Arquivo/ Secom

O Boletim Hidrometeorológico divulgado nesta quinta-feira, 08, mostra o agravamento da seca em quase todas as regiões de Santa Catarina, devido aos baixos volumes de precipitação nos últimos dois meses. A publicação é coordenada pela Secretaria Executiva do Meio Ambiente (SEMA), integrada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), e pela Defesa Civil do Estado de Santa Catarina.

>> Confira o boletim aqui

“Quando se trata do interior de Santa Catarina, a situação hidrológica é mais grave que no resto do Estado. O litoral, por exemplo, teve chuvas próximas ou acima da média. Portanto, o comprometimento do abastecimento urbano em diversos municípios e a intensidade da estiagem permanecem e exigem o monitoramento contínuo”, destaca o secretário da SEMA, Leonardo Ferreira. Ele acrescenta que o Governo do Estado retorna com a emissão de boletins quinzenais e na atuação conjunta com a Defesa Civil para acompanhar mais de perto a situação do agravamento da seca.

Dentre os 295 municípios de Santa Catarina, 181 estão em estado de normalidade; 76 de atenção; oito de alerta, e sete em situação crítica frente à estiagem. Além disso, 23 cidades não encaminharam informações da situação. “O estado mais crítico é encontrado na região Oeste do Estado. Por isso, o monitoramento da situação do abastecimento público pelas agências de regulação volta a ser concentrado nas ações de mitigação dos prestadores e municípios, visando a continuidade deste serviço público que é primordial para saúde da população catarinense”, acrescenta a gerente de Fiscalização da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc), Luiza Burgardt.

Sem chuva: Ao longo do mês de março, nas regiões litorâneas e proximidades, a chuva foi um pouco melhor distribuída em relação aos demais locais. Isso se explica principalmente pela maior quantidade de umidade vindo do oceano para estas áreas. Nos Planaltos e no Oeste, foram registrados de 17 a 21 dias sem chuvas. A precipitação mais irregular foi observada no Extremo Oeste e em proximidades ao Rio Grande do Sul, com 21 a 25 dias sem precipitação.

Informe registra mais 4.777 casos e 374 mortes pela Covid-19 no Paraná

Mais 4.777 casos de Covid-19 e 374 mortes foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde em boletim emitido nesta quinta-feira (8). Os números são referentes a meses ou semanas anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas. Os dados acumulados do monitoramento da doença mostram que o Paraná soma 868.567 casos confirmados e 18.375 óbitos desde o início da pandemia. Os casos confirmados divulgados nesta quinta-feira são de abril (3.344), março (1.262), fevereiro (90) e janeiro (27) de 2021 e dos seguintes meses de 2020: abril (2), maio (1), julho (4), agosto (2), setembro (5), outubro (4), novembro (14) e dezembro (22).

VACINA – A Secretaria da Saúde possui um vacinômetro atualizado em tempo real à medida que os municípios inserem o número de doses aplicadas no sistema.

INTERNADOS  O boletim relata que há 2.536 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 internados. São 2.031 em leitos SUS (976 em UTI e 1.055 em enfermaria) e 505 em leitos da rede particular (298 em UTI e 207 em enfermaria). Há outras 2.551 pessoas internadas, 1.628 em UTI e 923 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Elas estão em leitos das redes pública e particular e são consideradas casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A secretaria estadual informa a morte de mais 374 pacientes. São 147 mulheres e 227 homens, com idades que variam de 26 a 99 anos. Os óbitos ocorreram de 4 de abril de 2020 a 8 de abril de 2021.

Os pacientes que foram a óbito residiam em Curitiba (75), Londrina (25), Campo Mourão (23), Colombo (16), Maringá (16), Santo Antônio da Platina (15), Piraquara (13), Ponta Grossa (12), Paranaguá (9), Laranjeiras do Sul (7), Cantagalo (6), Telêmaco Borba (6), Apucarana (5), Mandaguaçu (5), Almirante Tamandaré (4), Campo Largo (4), Francisco Beltrão (4), Tijucas do Sul (4), Umuarama (4), Cambé (3), Campina Grande do Sul (3), Cascavel (3), Foz do Iguaçu (3), Guarapuava (3), Pinhão (3), Rolândia (3), Santa Terezinha de Itaipu (3), Arapoti (2), Centenário do Sul (2), Fazenda Rio Grande (2), Guaíra (2), Ibiporã (2), Iguaraçu (2), Joaquim Távora (2), Lapa (2), Matelândia (2), Matinhos (2), Munhoz de Melo (2), Pato Branco (2), Pinhais (2), Pontal do Paraná (2), Quatiguá (2), Rio Branco do Sul (2), Santa Fé (2), São José dos Pinhais (2), Sarandi (2), Tibagi (2) e Toledo (2), .

A Secretaria da Saúde registra, ainda, a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Agudos do Sul, Ampére, Araucária, Bandeirantes, Barbosa Ferraz, Bela Vista do Paraíso, Campo Magro, Carambeí, Castro, Cerro Azul, Clevelândia, Colorado, Conselheiro Mairinck, Contenda, Cornélio Procópio, Coronel Vivida, Dois Vizinhos, Figueira, Floresta, Goioerê, Guapirama, Guaratuba, Icaraíma, Jacarezinho, Jaguariaíva, Juranda, Luiziana, Lupionópolis, Mandaguari, Mandirituba, Mangueirinha, Manoel Ribas, Marialva, Marquinho, Nova Aurora, Nova Esperança, Nova Fátima, Ortigueira, Ouro Verde do Oeste, Palmas, Palmeira, Piên, Quitandinha, Rancho Alegre D’Oeste, Reserva, Rio Azul, Salto do Lontra, Santa Inês, São Jorge do Patrocínio, São Tomé, Tapejara, União da Vitória, Vera Cruz do Oeste, Verê e Wenceslau Braz.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Saúde registra 5.405 casos de residentes de fora, sendo que 117 pessoas foram a óbito.

Confira o Informe.

Com nova remessa, Paraná vai intensificar vacinação de domingo a domingo

O Paraná vai intensificar o processo de vacinação de domingo a domingo com a distribuição de um novo lote de imunizantes contra a Covid-19. As 242.050 doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde começam a chegar ainda nesta quinta-feira (8) nas 22 Regionais que formam o sistema público de saúde do Estado. O material será transportado do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba, por meio de aeronaves e caminhões.

Essa é a 12ª remessa destinada ao Paraná pelo Governo Federal. É formada por 127.250 imunizantes da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz e 114.800 da Coronavac/Butantan. Com o lote, o Paraná recebeu até o momento 2.495.350 conjuntos vacinais. “O pedido é para agilizar a distribuição. Queremos que os municípios aproveitem o fim de semana para vacinar o maior número possível de pessoas. Ficar sem vacina é sinal de que todas as doses foram aplicadas. Não queremos vacina no estoque. Queremos sim no braço dos paranaenses”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Príncipe Philip morre aos 99 anos no Castelo de Windsor

O príncipe britânico Philip, marido da rainha Elizabeth, morreu aos 99 anos de idade, informou o Palácio de Buckingham nesta sexta-feira. Segundo Twitter publicado na conta oficial da família real britânica, ele faleceu tranquilamente no Castelo de Windsor, uma das propriedades da realeza britânica. Ainda de acordo com o tuíte, outras informações sobre as cerimônias fúnebres serão anunciadas ao longo do dia.

Papa pede que FMI e Banco Mundial reduzam dívidas de países pobres

O papa Francisco disse aos líderes das finanças do mundo que os países pobres atingidos pelo impacto econômico da pandemia de covid-19 precisam ter reduzidos os fardos de suas dívidas e receber uma voz maior na tomada global de decisões. Em carta aos participantes do encontro anual de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, o papa disse que a pandemia forçou o mundo a lidar com as crises inter-relacionadas nas áreas sócio-econômica, ecológica e política.

“A noção de recuperação não pode se contentar com o retorno a um modelo desigual e insustentável da vida social e econômica, onde uma minúscula minoria da população mundial detém metade da riqueza”, disse o pontífice na carta, datada de 4 de abril. Ele disse que um espírito de solidariedade global “exige, no mínimo, uma redução significativa do fardo da dívida das nações mais pobres, que foi exacerbada pela pandemia”.

Criciúma se classifica para a terceira fase da Copa do Brasil

O Criciúma garantiu a classificação para a terceira fase da Copa do Brasil após superar a Ponte Preta na disputa de pênaltis em jogo realizado nesta quinta-feira (8) no estádio Heriberto Hülse. Após empate em 1 a 1 nos 90 minutos, o Tigre venceu por 5 a 4 nas penalidades máximas.

Classificação do Vila Nova

Outra equipe a avançar na disputa de pênaltis na Copa do Brasil nesta quinta foi o Vila Nova, que superou o Juventude por 4 a 3 após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar.

América-MG marca no fim e evita derrota para Patrocinense no Mineiro

Um gol do atacante Ribamar, ex-Vasco, nos minutos finais, evitou a segunda derrota consecutiva do América-MG pelo Campeonato Mineiro. Nesta quinta-feira (8), o Coelho empatou por 1 a 1 com o Patrocinense no estádio Independência, em Belo Horizonte, pela oitava rodada da competição.

Volta do lockdown no DF impacta Supercopa, Recopa, Libertadores e NBB

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) impugnou nesta quinta-feira (8) a decisão que havia suspendido a volta do lockdown no Distrito Federal. A medida afeta partidas de futebol e basquete marcadas para Brasília nos próximos dias, uma vez que o fechamento inclui a restrição a eventos esportivos, mesmo sem presença de público, por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Em nota, o governo distrital anunciou que recorrerá. O estádio Nacional Mané Garrincha, por exemplo, tem três jogos decisivos entre domingo (11) e quarta-feira (14). O primeiro é a Supercopa do Brasil, entre Flamengo e Palmeiras, às 11h (horário de Brasília) de domingo (11). Na terça-feira (13), às 21h30, o Santos enfrenta o San Lorenzo (Argentina) no duelo de volta do confronto que vale vaga na fase de grupos da Libertadores. Já na quarta, também às 21h30, o Verdão volta a campo no Mané Garrincha para enfrentar o Defensa y Justicia (Argentina), na segunda partida da Recopa Sul-Americana.

Além disso, a reta final da primeira fase do Novo Basquete Brasil (NBB) é disputada no ginásio da Associação dos Empregados da Companhia Energética de Brasília (Asceb) desde o último dia 30, com previsão de término no próximo dia 13. A capital federal é a terceira sede para a qual os jogos foram levados, após restrições no Rio de Janeiro e em São Paulo. Flamengo, Palmeiras e Santos ainda não se pronunciaram sobre a decisão, assim como as confederações Brasileira (CBF) e Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Em nota, a Liga Nacional de Basquete (LNB), responsável pelo NBB, disse que só se manifestará quando receber uma informação oficial sobre a possibilidade (ou não) de realização dos jogos.

“Na semana passada, a LNB entrou com uma petição nesse processo e pediu para que a Juíza marque uma audiência de tentativa de conciliação, para mostrar à Defensoria, Ministério Público e Juíza os protocolos de segurança do NBB, que são reconhecidos por diversas autoridades como absolutamente rígidos para realização dos jogos com segurança para os envolvidos. Estamos aguardando que a audiência seja marcada”, informou a Liga, por meio da assessora de imprensa. “A gravidade do quadro inicialmente verificado […] não sofreu qualquer redução, mas sim agravamento, a demonstrar que houve e há uma escalada no risco de iminente colapso do serviço de saúde público e privado no Distrito Federal, não se justificando, dessa maneira, o relaxamento de tais medidas, enquanto não reduzidos os índices de contaminação e de capacidade de atendimento e tratamento às enfermidades decorrentes do contágio do coronavírus”, argumentou o desembargador federal Souza Prudente, na decisão.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.