Com alta dos combustíveis: Petrobras tem lucro líquido de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre

A Petrobras atingiu lucro líquido no primeiro trimestre deste ano de R$ 44,5 bilhões. O número faz parte do Relatório de Desempenho Financeiro do 1º Trimestre de 2022, divulgado nesta quinta-feira (5). No trimestre anterior, o lucro líquido havia sido de R$ 31,5 bilhões, o que representou um crescimento de 41,4%. A estatal destacou que o lucro líquido foi reflexo, principalmente, da melhor eficiência operacional, maior produção e exportação de petróleo, menores custos com importação de Gás Natural Liquefeito (GNL), ganhos cambiais devido à valorização do real frente ao dólar e os preços do petróleo no período. “A Petrobras apresentou resultados positivos no primeiro trimestre de 2022 graças à sua estratégia de maior eficiência, redução de custos e foco em negócios mais rentáveis, como a produção de petróleo e gás natural no pré-sal. Cerca de 80% dos ganhos do período foram provenientes das atividades de Exploração e Produção (E&P) e 20% decorrem de ganhos provenientes dos demais segmentos, como refino”, informou a estatal.

A geração de caixa operacional no primeiro trimestre de 2022 medida pelo EBITDA [Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na sigla em inglês] ajustado recorrente foi de R$ 78,2 bilhões e o fluxo de caixa livre foi de R$ 40,5 bilhões. Estes indicadores estão em linha com a média do resultado dos pares da indústria de petróleo e gás natural. “Este resultado financeiro deve-se ao fato de termos agora uma Petrobras saneada, que reduziu os encargos com pagamento de dívida, investe com responsabilidade e opera com eficiência. Por isso, é possível gerar esse retorno importante para o acionista, em especial a sociedade brasileira, representada pela União”, destacou o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho. Segundo Coelho, tudo isso gera desenvolvimento econômico na cadeia produtiva, gerando emprego, renda e arrecadação de tributos para o país: “Neste trimestre, pagamos para União, estados e municípios em tributos uma vez e meia o valor do nosso lucro líquido. A Petrobras está distribuindo os frutos de sua geração de valor para a população brasileira”.

Presidente do STF defende liberdade de imprensa e combate às fake news

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse hoje (5) que não há democracia verdadeira nos países em que não há imprensa livre de intimidações e censuras e nos quais haja regulação do trabalho da imprensa. “Num país onde a imprensa não é livre, num país onde a imprensa é intimidada, num país onde a imprensa é amordaçada, num país onde a imprensa é regulada, sendo a imprensa um dos pilares da democracia, nesse país, com tantas restrições à liberdade de imprensa, a democracia é uma mentira e a Constituição Federal é uma mera folha de papel”, afirmou o ministro.

A declaração foi dada no discurso de abertura de uma exposição na sede do STF, em Brasília, intitulada Liberdade e Imprensa – o papel do jornalismo na democracia brasileira. O evento foi pensado como uma homenagem ao Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, lembrado na última terça-feira (3). Fux defendeu o papel de imprensa também em lutar contra as notícias falsas e a desinformação da população, principalmente em ano de eleição. “A imprensa, no seu trabalho de combate às fake news, busca a verdade”, disse.

“Devemos ter cuidado com as fake news porque desinformam e impedem, dentre outros aspectos, que o cidadão possa ser bem informado, criar a sua agenda e, acima de tudo, nesse momento em que nós estamos vivendo, proferir aquele seu voto consciente e bem informado no momento das eleições”, completou. Durante a cerimônia, o presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech, destacou que a liberdade de imprensa não é para o jornalista, mas um patrimônio de toda sociedade.

“É a essa sociedade que a imprensa presta contas. Por meio dela é mantida e para ela exerce seu essencial e constante papel de vigilante para as distorções, os desvios, as injustiças, as falhas e os desacertos, propositais ou não, de poderes, governos, empresas, partidos, organizações, instituições – desde uma denúncia de inépcia em uma pequena prefeitura do interior até as mais altas autoridades do país”, disse Rech.

TSE fecha cadastro e comemora alistamento alto para as Eleições 2022

Após o fechamento do cadastro eleitoral para as Eleições 2022, nesta quinta-feira (5), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministrou Edson Fachin, antecipou e comemorou alguns dados sobre o alistamento de eleitores, durante sessão plenária da Corte. Nos últimos 31 dias, foram registrados 8.951.527 pedidos relativos ao título de eleitor, seja de forma presencial nos cartórios, pelo sistema Elo, ou de forma virtual pelo Título Net, informou Fachin. “A Justiça Eleitoral mostrou toda a força que tem nessa reta final do cadastro eleitoral para as Eleições 2022, encerrado no dia de ontem”, disse o ministro.

Somente na quarta (4), último dia antes para fazer qualquer pedido relativo ao título de eleitor, foram atendidas 1.738.808 solicitações. Segundo o TSE, entre janeiro e abril deste ano o país ganhou 2.042.817 novos eleitores entre 16 e 18 anos, faixa etária que pode mas não é obrigada a votar. O número representa aumento de 47,2% em relação ao mesmo período em 2018 e de 57,4% em relação aos quatro primeiros meses do ano em 2014. A Justiça Eleitoral atribuiu o resultado à campanha de alistamento de jovens promovidas neste ano, que contaram com a adesão de influenciadores digitais e famosos. A Semana do Jovem Eleitor foi realizada entre os dias 14 e 18 de março e resultou na emissão 522.471 títulos naquele mês.

“Vimos, como há muito não se via, um país unido pelo bem e fortalecimento da democracia. Por isso, agradeço a cada um, influenciador ou não, famoso ou não, brasileiro ou não, jovem ou não, que criou conteúdos nas redes sociais para chamar a atenção de todos para a regularização do título”, disse Fachin. As Eleições 2022 – em que o eleitor vota para presidente, governador, senador e deputados estadual e federal – estão marcadas para 2 de outubro. Eventual segundo turno para os cargos de presidente e governador que ocorre em 30 de outubro.

Presidente veta Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura

O presidente Jair Bolsonaro vetou o projeto de lei que instituiria a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Aprovada em março pelo Legislativo, a lei previa repasses anuais de R$ 3 bilhões da União a estados e municípios para ações no setor. Nas justificativas, apresentadas hoje (5) pela Secretaria-Geral da Presidência da República, o governo federal informa que “o veto decorre da necessidade de salvaguardar as contas públicas haja vista que o setor cultural já foi contemplado por outras ações de recuperação durante a pandemia”.

No que se refere às fontes de recursos a serem utilizadas – no caso, citando especificamente dotações consignadas na lei orçamentária anual e nos seus créditos adicionais; arrecadação bruta de concursos de prognósticos e de loterias – a Secretaria-Geral informou que, “ouvidas as pastas ministeriais competentes”, decidiu vetar dispositivos “por vício de inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público”.

Além disso, acrescenta a Secretaria-Geral, “a proposição não cumpriria o teto de gastos, nem o resultado primário, uma vez que não haveria espaço fiscal para novos aportes de recursos da União para os estados, o Distrito Federal e os municípios”. “É importante salientar que foram expressivos os repasses da União para os entes federativos em decorrência do enfrentamento à pandemia da covid-19, de maneira que o país encontra-se em situação fiscal delicada, na qual não há espaço para novas transferências financeiras da União”, acrescentou.

Pacheco assume Presidência da República

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assumirá a Presidência da República nesta sexta-feira (6). Com as viagens do presidente da República, Jair Bolsonaro, do vice-presidente, Hamilton Mourão, e do presidente da Câmara, Arthur Lira, todas nesta sexta-feira, o comando da nação recai sobre o presidente do Senado, terceiro na linha de sucessão presidencial.

“Fui comunicado pela Casa Civil, também pelo GSI [Gabinete de Segurança Institucional], a respeito da viagem do senhor presidente da República à Guiana. E aí, naturalmente, nessa linha sucessória, também com viagens internacionais do vice-presidente [da República] e do presidente da Câmara, Arthur Lira, cabe ao presidente do Senado fazê-lo. E assim será feito pela presidência do Senado”, disse Pacheco, em rápido pronunciamento no Senado, na tarde de hoje (5).

Segundo Pacheco, não está prevista a assinatura de nenhum ato ou medida. Será apenas, como Pacheco mesmo disse, “o cumprimento de uma obrigação constitucional”. Bolsonaro viajará amanhã para a Guiana, com previsão de retorno no mesmo dia, à noite. Mourão irá para o Uruguai e Lira viajará para os Estados Unidos.

Presidente da Câmara volta a defender adoção semipresidencialismo

Em audiência nesta quinta-feira (5) com o presidente da Assembleia da República de Portugal, Augusto Santos Silva, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a defender o debate sobre a adoção do semipresidencialismo no Brasil. Lira pediu o apoio de Santos Silva para que representantes de Portugal, país que adota sistema político semelhante, ajudem com o debate no Brasil. No semipresidencialismo português, o presidente é eleito pelo voto popular e representa o Estado. Há ainda a figura do primeiro-ministro, líder do partido mais votado em cada eleição para o Legislativo, que é nomeado pelo presidente da República.

A Câmara dos Deputados instituiu um grupo de trabalho que está debruçado na proposta que, se for aprovada, teria vigência apenas em 2030. “Vamos precisar fazer essa discussão da mudança de sistema no Brasil. É um tema polêmico, porque todos os candidatos de agora enxergam uma perda de poder. O Brasil é muito peculiar, nós temos distâncias geográfica entre a capital do Amazonas e do Rio Grande do Sul, a distância de Lisboa a Moscou”, disse Lira ao lado do português.

Ainda na avaliação do deputado, o sistema atual tem se mostrado inviável em razão do grande número de partidos no Congresso. E acrescentou que o modelo brasileiro exige a coalização entre o Legislativo e o Executivo. “Temos 23 partidos orientando na Câmara. Para eu fazer uma simples votação de destaque, eu levo 30 minutos só para que os partidos orientem. Nessa adequação, o Parlamento é levado a fazer um governo de coalizão”, justificou Arthur Lira. Ainda nas críticas ao presidencialismo brasileiro, o deputado ressaltou que o cumprimento de promessas de campanha fica refém de uma coalização entre os partidos. Quando isso acontece, ele disse que os governos são acusados de praticar o toma lá dá cá. Por outro lado, observou, quando isso não ocorre começam as acusações de incompetência e falta de governabilidade.

Polícia Federal apreende 77 kg de ouro em avião particular

A Polícia Federal (PF) apreendeu na tarde de ontem (4) 77 kg de ouro em barras transportado por seis brasileiros em um avião particular que aterrissou no Aeroporto Estadual de Sorocaba – Bertram Luiz Leupolz. Em seguida, foram abordados dois veículos Corollas na altura do quilômero (km) 74 da rodovia Castelo Branco, sentido capital paulista. Dentro dos veículos foram encontradas três malas nas quais estavam as barras de ouro. Foi encontrada também uma quarta mala com documentos diversos.

Seis suspeitos foram levados para a delegacia da PF em Sorocaba onde foi instaurado inquérito policial para apurar a possível prática dos crimes de usurpação de bens da União e receptação dolosa. Segundo os documentos apreendidos, a origem do ouro seria o Mato Grosso e Pará. O valor da apreensão é estimado em cerca de R$ 23 milhões. “O metal foi encaminhado para realização de perícia em laboratório específico da PF. O avião também foi apreendido e passa a ser objeto de sequestro criminal em outro inquérito policial. As circunstâncias da utilização proibida da aeronave serão apuradas”, informou a PF.

Diretor da CIA disse ao governo Bolsonaro para não levantar dúvidas sobre sistema eleitoral, segundo agência

O diretor da CIA, o serviço de inteligência dos Estados Unidos, disse a integrantes do governo Bolsonaro que o presidente deveria deixar de questionar a integridade das eleições no país, informou a agência de notícias Reuters nesta quinta-feira (5). A agência disse ter conseguido a informação com fontes que falaram com a condição de que não fossem identificadas. O alerta, segundo a Reuters, foi feito por William Burns, diretor da CIA, em uma reunião em julho de 2021, de acordo com duas fontes ouvidas pela agência de notícias. Ainda não está claro onde a reunião ocorreu. Porém, a Reuters afirma que Burns esteve no Brasil em julho, em viagem que não estava prevista em sua agenda oficial.

Na ocasião, o diretor da CIA encontrou Bolsonaro, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e o então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. De acordo com a agência, Burns jantou com o generais Augusto Heleno e o Luiz Eduardo Ramos, ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência durante a mesma visita à Brasília, a quem o norte-americano disse que o processo democrático é sagrado, e que Bolsonaro não deveria se referir a ele publicamente como vinha fazendo. Uma fonte da Reuters em Washington, que também não quis se identificar, confirmou que uma delegação liderada pelo diretor da CIA aconselhou a assistentes de Bolsonaro que o presidente brasileiro deixasse de “subestimar o sistema de votação no Brasil”.

Santa Catarina registra 119 municípios atingidos pelas chuvas

Foto: Mauricio Vieira / Secom

Equipes do Governo do Estado continuam com apoio e auxílio aos municípios impactados pelas chuvas fortes, que atingiram Santa Catarina entre segunda, 2, e quarta-feira, 4. Até o momento, 119 cidades relataram ocorrências que vão desde alagamentos, deslizamentos, queda de árvores e muros. Há a confirmação de três óbitos, dois em São Joaquim e um em Urubici, além de 44 mil pessoas afetadas, entre 7.100 desalojados e 518 desabrigados.  Os dados estão no último boletim da Defesa Civil estadual, conforme repassados pelos municípios.

:: Relatório atualizado da Defesa Civil disponível aqui

Entre os municípios afetados, 11 decretaram situação de emergência: Tubarão, Orleans, Forquilhinha, Urubici, Maracajá, Araranguá, São Joaquim, Lages, Laurentino, Anitápolis e Taió. A Defesa Civil do Estado já deu início à distribuição de itens de assistência humanitária, entre cestas básicas, água potável, colchões, kits de higiene pessoal e limpeza.

Governador visita áreas afetadas e sobrevoa regiões atingidas

Foto: Peterson Paul / Secom

Nesta quinta-feira, Carlos Moisés foi a Rio do Sul e Tubarão para visitar áreas afetadas e sobrevoar regiões atingidas pelas chuvas. Pela manhã, vistoriou locais no Alto Vale do Itajaí e reforçou o compromisso do Estado de investir permanentemente na prevenção de enchentes. Na parte da tarde, no Sul do estado, também sobrevoou as regiões mais castigadas.  As duas regiões foram mais atingidas por conta do alto volume pluviométrico registrado em Santa Catarina desde segunda-feira.

O governador reforçou o auxílio à população atingida, além da união de esforços com os municípios para superar o momento. “É um momento delicado, mas temos a convicção de que tudo será restabelecido com a ajuda de todos. Estamos apoiando todos os atingidos, desde o início deste evento climático, com todas as suas instituições”, disse o governador.

Situação nas estradas

O tráfego de veículos na Serra do Rio do Rastro (SC-390) está liberado. A rodovia estava bloqueada por questões de segurança desde a tarde desta quarta-feira, 4. Equipes da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade e da Polícia Militar Rodoviária monitoram a situação, ocasionada pelo alto volume de chuvas dos últimos dias. A atualização está disponível aqui.

SC-135 | Foto: Divulgação / PMRv

Aulas suspensas pelo Estado

A Secretaria da Educação comunica que 152 escolas estaduais estão com as aulas suspensas nesta quarta-feira. O principal motivo da suspensão é devido à locomoção dos estudantes, que não conseguem chegar às unidades por causa das chuvas. O retorno das aulas está previsto até o fim da semana, a depender da situação de cada região. As suspensões atingem escolas das coordenadorias regionais de Educação de Araranguá, Criciúma, Florianópolis, Ibirama, Laguna, Rio do Sul, Taió e Tubarão. A reposição das aulas está garantida para cumprimento dos 200 dias letivos previstos em lei.

Covid-19: Brasil tem 21,6 mil novos casos e 137 óbitos

O Brasil registrou, desde o início da pandemia da covid-19, 663.896 mortes causadas pela doença, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (5) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 30.524.183.

Em 24 horas, foram registrados 21.682 casos. No mesmo período, foram confirmadas 137 mortes. Ainda segundo o boletim, 29.609.094 pessoas se recuperaram da doença e 251.193 casos estão em acompanhamento.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza os números da pandemia de covid-19 no Brasil.

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Estados

São Paulo lidera o número de casos, com 5,41 milhões, seguido por Minas Gerais (3,36 milhões) e Paraná (2,46 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (124,9 mil). Em seguida, aparece Roraima (155,4 mil) e Amapá (160,3 mil). Em relação às mortes, São Paulo tem o maior número de óbitos (168.311), seguido de Rio de Janeiro (73.480) e Minas Gerais (61.353). O menor número de mortes está no Acre (2.002), Amapá (2.131) e Roraima (2.151).

Vacinação

Até hoje, foram aplicadas 416,4 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 175 milhões com a primeira dose e 155,3 milhões com a segunda dose. A dose única foi aplicada em 4,8 milhões de pessoas. Outras 76 milhões de pessoas já receberam a dose de reforço.

Fiocruz vai produzir primeiro antiviral oral contra covid-19 no Brasil

O Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz (Farmanguinhos/Fiocruz) anunciou hoje (5) que assinou um acordo de cooperação tecnológica com a farmacêutica americana Merck Sharp & Dohme (MSD), com o objetivo de produzir no Brasil o molnupiravir, primeiro antiviral oral para o tratamento da covid-19. O acordo foi assinado na terça-feira (3) e o medicamento recebeu ontem (4), da Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), a autorização de uso emergencial no país. O pedido à Anvisa foi protocolado pela MSD em novembro.

Em princípio, a Fiocruz será responsável pela importação, administração, testagem, armazenagem, embalagem, rotulagem, liberação e fornecimento do medicamento para o Sistema Único de Saúde (SUS). A transferência da tecnologia para a produção 100% nacional será viabilizada ao longo dos próximos dois anos, após avaliação das condições técnicas e demanda do SUS pelo molnupiravir. O acordo prevê também a condução de ensaios clínicos para verificar a eficácia em um eventual uso profilático para a covid-19, além de estudos experimentais da atividade do medicamento contra vírus como o da dengue e da chikungunya. A MSD vai monitorar e prestar assistência nas atividades para a transferência parcial de tecnologia.

Segundo a farmacêutica, o molnupiravir reduz “significativamente” as hospitalizações e até 89% da mortalidade por covid-19. O diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, explicou que o acordo vem sendo discutido desde o começo de 2021 e as negociações resultaram em um projeto de grande potencial também para o tratamento de outras doenças. “Faz mais de um ano que a gente vem conversando com a MSD e acompanhando toda a evolução dos testes e dos resultados, na torcida, porque tínhamos uma pandemia e toda uma população para tratar. Acho que chegamos a um documento bastante robusto, não só no sentido de trazer mais uma ferramenta de combate à covid-19, mas também de internalização do produto e de utilização dele para outras doenças importantes para o SUS”.

Molnupiravir: O molnupiravir já recebeu aprovação condicional pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA) e pela Agência Regulatória Europeia (EMA), além de aprovação para uso emergencial pelo Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA), sendo usado atualmente em 17 países. Segundo a autorização da Anvisa, o molnupiravir poderá ser usado no tratamento de pacientes de covid-19 maiores de 18 anos, não grávidas, que não precisam de oxigênio suplementar e apresentam risco de evolução para a forma grave da doença, com necessidade de prescrição médica. O estudo clínico global de fase 3, iniciado em abril do ano passado, teve sete centros no Brasil, sendo três em São Paulo, um em Brasília, um em Belo Horizonte, um em Curitiba e outro em Bento Gonçalves (RS).

Paraná registra mais 2.694 casos e sete óbitos pela Covid-19

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quarta-feira (4) mais 2.694 casos confirmados e sete mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 2.451.914 casos confirmados e 42.879 mortos pela doença.

Os casos são de maio (1.841), abril (283), março (19), fevereiro (265) e janeiro (271) de 2022; novembro (2), outubro (3), setembro (4), agosto (1), julho (1), junho (1), maio (1) e abril (1) de 2021; e dezembro (1) de 2020. Os óbitos são de maio (4), abril (1), março (1) e fevereiro (1) de 2022.

INTERNADOS – 158 pacientes com diagnóstico confirmado ou suspeito de Covid-19 estão internados em leitos SUS (68 em UTIs e 90 em leitos clínicos/enfermaria).

ÓBITOS – A Sesa informa a morte de mais sete pacientes. São duas mulheres e cinco homens com idades entre 46 e 83 anos. Os óbitos ocorreram entre 8 de fevereiro e 3 de maio de 2022. Dois pacientes que morreram residiam em Londrina. A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Ponta Grossa, Paiçandu, Maringá, Goioerê e Cambé.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Sesa registra 10.911 casos de residentes de fora do Estado, 233 pessoas morreram.

Confira o informe completo clicando AQUI.

Diretora da OMS diz que mortes por covid são mais do que o anunciado

Na situação global da pandemia da covid-19, incluindo a variante Ômicron, existem 6,2 milhões de óbitos relatados, com 511 milhões de casos acumulados. Mas, de acordo com a diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Covid-19, Maria Van Kerkhove, o número de mortes pela doença deve ser três vezes maior, devido à ausência de testes. A informação foi dada pela diretora durante palestra na reunião magna da Academia Brasileira de Ciências (ABC), realizada hoje (5), no Rio de Janeiro, cujo tema principal foi o papel da ciência na construção do futuro.

Segundo a epidemiologista, cada país está enfrentando uma situação diferente com a covid-19. Existem vários fatores para que isso aconteça. “Tem a ver com a estratégia passada e a atual, a epidemiologia atual e a circulação do vírus, os dados demográficos da população, os níveis de imunidade da população com vacinação, se há prevalência alta da imunização, entendendo a complexidade da imunidade, se ainda precisa muita pesquisa, o acesso a ferramentas que salvam vidas e a capacidade de se ajustar”, enumerou Maria Van Kerkhove.

Segundo a diretora da OMS, um dos grandes problemas percebidos na pandemia foi a falta de confiança da ciência e do público. Outro entrave é a falta de vacinação completa nas populações acima de 60 anos de idade, percebida em muitos países, ou que ainda não tiveram nenhuma dose. Na África do Sul, por exemplo, ela disse que a cada onda nova da covid-19, houve cobertura vacinal muito baixa. Já na Coreia do Sul, identificou-se alto nível de cobertura vacinal, seguindo uma estratégia de covid zero, que resultou na modernização do sistema de saúde pública e investimentos em recursos humanos.

Otimização: A epidemiologista criticou o fato de alguns países terem aberto mão das máscaras contra a covid-19, principalmente em locais fechados. Segundo Maria Van Kerkhove, há muita desinformação e politização, que diminuíram a eficácia dessas medidas. “Eu nunca tinha visto isso antes”, disse, referindo-se a todas as suas experiências em surtos. Ela mencionou também as políticas de desinformação em alguns países, que provocaram muitas mortes pela doença. Maria Van Kerkhove disse que a pandemia não acabou e o que é preciso fazer é otimizar as estratégias global e nacional, alguns objetivos principais: prevenir o diagnóstico, tratar a doença e reduzir a morbidade e a mortalidade, além de diminuir também a transmissão, o que inclui a proteção à exposição, principalmente dos mais vulneráveis, daqueles que não foram vacinados. É preciso, ainda, segundo a epidemiologista, reduzir o risco da emergência de variantes. “Focar em apenas uma (variante) gera um sentido de falsa segurança, porque não sabemos qual será o custo das variantes”.

A expectativa da OMS é que o vírus vai continuar evoluindo. “Esperamos com uma severidade baixa, porque temos ferramentas e vacinação, imunização populacional aumentando”, disse. Ela aposta que veremos surtos menores entre aqueles que não estão protegidos. “Teremos uma sazonalidade, porque é um patógeno respiratório”, disse. O pior cenário prevê uma variante mais transmissível e letal, em que será necessário fazer uma revisão grave das vacinas e impulsionar a vacinação nas populações mais vulneráveis, alerta. Há também um bom cenário, no qual as variantes são menos severas e apenas mantemos as proteções já existentes. Maria Van Kerkhove disse que a OMS está se preparando ainda para um quarto cenário, que seria o surgimento de um vírus tão diferente que toda a população global estaria suscetível a ele. “A gestão do pós-covid será essencial nesse cenário”. Muitos estudos já estão relatando as consequências da covid-19, incluindo condições graves cerebrais, cardíacas e nos pulmões, disse.

Testagem: Maria Van Kerkhove citou entre as principais áreas foco da OMS a vigilância e as estratégias de testagem, que caíram drasticamente. “Isso é importante para prever o vírus. Nós precisamos garantir que isso seja mantido”. Em termos de vacinação, a meta da OMS é atingir 70% das populações de todos os países imunizados. E, dentro desses 70%, atingir 100% dos profissionais de saúde e indivíduos com comorbidades. “A cobertura vacinal está bem menor do que deveria ser em alguns países, principalmente na África”, alertou.

A epidemiologista disse que com os avanços das vacinas contra a covid-19 que já temos, e o desenvolvimento das futuras vacinas para a doença, tem sido um triunfo científico. Uma das coisas boas que ela viu nessa pandemia foi a solidariedade global entre cientistas. Segundo a diretora da OMS, foram distribuídas globalmente 11,7 bilhões de doses de vacinas, com 41 milhões de doses sendo administradas diariamente, mas só 59% das pessoas completaram a vacinação principal e só 13% nos países de baixa renda. “Trata-se de acesso, não de caridade”, disse. Maria Van Kerkhove disse que há muito trabalho a ser feito. E que é preciso criar sistemas para o futuro, com investimentos sustentáveis, porque ninguém está seguro até que todos estejam seguros. “E esses sistemas têm que ser eficientes localmente, para depois ganhar âmbito maior. A preparação para a pandemia não vai parar. E a testagem é o caminho para o futuro”.

Com dores no joelho, Papa usa cadeira de rodas em público pela 1ª vez

O papa Francisco usou cadeira de rodas em público nesta quinta-feira (5) pela primeira vez, desde que uma nova crise de dor no joelho limitou sua capacidade de andar. Em uma audiência com um grupo de freiras na sala de audiências gerais do Vaticano, Francisco foi levado para seu assento no palco. Um assessor então o ajudou a sair da cadeira de rodas e a se sentar. O papa de 85 anos teve que cancelar ou reduzir as atividades várias vezes, no mês passado, por causa da dor no joelho direito.

Antes de quinta-feira, ele conseguia caminhar por cerca de 10 metros, da entrada lateral do palco até seu assento no centro, embora com ajuda de assessores. Várias vezes durante o período da Páscoa no mês passado, Francisco participou, mas não presidiu as missas na Basílica de São Pedro. Em cada ocasião, ele delegou a um arcebispo ou cardeal a missão de rezar a missa enquanto ficava sentado. Ele também leu a homilia sentado. O pontífice afirmou que os médicos lhe disseram que darão uma injeção para ajudar no movimento de suas articulações. Não está claro se essa terapia já começou.

Rússia nega ter entrado na siderúrgica de Azovstal

O Kremlin negou que tropas russas estejam invadindo a usina siderúrgica Azovstal na cidade portuária de Mariupol, no sul da Ucrânia, onde combatentes e civis ucranianos estão presos, e disse que corredores humanitários estavam operando no local nesta quinta-feira (5). Questionado se uma afirmação de um alto funcionário ucraniano de que tropas russas invadiram o território da fábrica era verdadeira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, encaminhou os repórteres para a ordem anterior do presidente Vladimir Putin de não invadir a fábrica. Por outro lado, um meio de comunicação do Ministério da Administração Interna da República Separatista de Donetsk divulgou nesta quarta-feira um vídeo de um bombardeio em Azovstal. O vídeo não especifica a data que foi gravado.

Rússia garante que não usará armas nucleares na Ucrânia

Apesar da escalada das tensões entre a Rússia e o Ocidente nas últimas semanas, Moscou garantiu nesta sexta-feira (6) que não usará armas nucleares em ataques em território ucraniano. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Alexei Zaistev, afirmou que este tipo de armamento não faz parte da “operação especial militar”, como o Kremlin chama a guerra na Ucrânia. A garantia é feita dois dias depois de a Rússia anunciar que testou mísseis com capacidade nuclear em uma base do país, deixando o mundo em alerta.

Ao longo das últimas semanas, o presidente russo, Vladimir Putin, fez repetidas ameaças de escalada da guerra a níveis sem precedentes. Na semana passada, diante do crescente envio de armas do Ocidente à Ucrânia, Putin prometeu “respostas fulminantes” a quem interferisse na guerra da Ucrânia. O diretor da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, William Burns, já havia afirmado que o potencial de uso de armas nucleares não podia ser descartada.

Segundo Scholz Ministra das Relações Exteriores da Alemanha visitará a Ucrânia em breve

A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, visitará a Ucrânia em breve, depois que os dois países consertaram uma divergência diplomática sobre a recusa de Kiev em receber o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, disse o chanceler Olaf Scholz nesta quinta-feira. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e Steinmeier tiveram “boas conversas” nesta quinta-feira, disse Scholz em entrevista coletiva.

O chefe de Estado alemão planejava visitar a capital ucraniana em meados de abril, mas Kiev se recusou a recebê-lo, em meio à inquietação por seu apoio anterior à reaproximação com a Rússia. A recusa de Kiev causou um escândalo na Alemanha e levou Scholz a dizer que não visitaria o país devastado pela guerra antes que o presidente alemão o fizesse. “Tive uma conversa boa, construtiva e importante com o Presidente Federal da Alemanha, Sr. Steinmeier. Agradecido pelo forte apoio à Ucrânia. Espere que seja intensificado. A liderança da Alemanha é importante para combater a agressão da Rússia. Informado sobre a situação na linha de frente, situação crítica em Mariupol”, disse Zelensky em sua rede social nesta quinta-feira.

GP de Miami: confira os dias e horários da F1 nos Estados Unidos

O Grande Prêmio de Miami, 5ª etapa da temporada 2022 da Fórmula 1, acontece neste fim de semana (6, 7 e 8 de maio – sexta-feira, sábado e domingo) no Miami Internacional Autodrome, no sul da Flórida, Estados Unidos.

Confira os dias e horários, sempre no horário de Brasília: 

Sexta-feira, 06 de maio
15h30 às 16h30 – Treino Livre 1 (TL1)
18h30 às 19h30 – Treino Livre 2 (TL2)

Sábado, 07 de maio
14h às 15h – Treino Livre 3 (TL3)
17h às 18h – Qualificação

Domingo, 08 de maio
16h30 – Grande Prêmio de Miami de F1 (57 voltas ou 120 minutos)

Santos na vice-liderança do Grupo C da Copa Sul-Americana

O Santos venceu a Universidad Católica de Quito por 1 a 0. A vitória veio aos  45 minutos do segundo tempo. O time santista joga contra o Cuiabá no domingo, pela quinta rodada do Brasileirão, na Vila. Depois, decide a terceira fase da Copa do Brasil em duelo com o Coritiba e joga com o Goiás, novamente pelo Brasileirão. Apenas no dia 18 de maio volta a jogar pela Sul-Americana, contra o La Calera, em Santos.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná  

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