Orçamento de 2024 prevê salário mínimo de R$ 1.421

A nova regra de correção fez o governo elevar a previsão para o salário mínimo no próximo ano. O projeto da Lei Orçamentária de 2024, que será enviado até o fim da tarde desta quinta-feira (31) ao Congresso, prevê o mínimo de R$ 1.421, R$ 32 mais alto que o valor de R$ 1.389 proposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O valor, confirmado pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, representa aumento real (acima da inflação) de 7,7% em relação a 2023. A alta obedece ao retorno da regra de correção automática do salário mínimo, sancionada nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia sido extinta em 2019.

Essa regra estabelece que o salário mínimo subirá o equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro do ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de dois anos antes. Para 2024, a correção considera o PIB de 2022, que cresceu 2,9%.

O valor final do salário mínimo em 2024 pode ficar ainda maior, caso o INPC até novembro suba mais que o esperado até novembro. Com base na inflação acumulada entre dezembro de 2022 e novembro de 2023, o governo enviará uma mensagem modificativa ao Congresso no início de dezembro. A previsão oficial para o INPC em 2023 está 4,48%. O valor consta no último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado no fim de julho. A próxima estimativa será divulgada no fim de setembro, na nova edição do Boletim Macrofiscal pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Orçamento de 2024 terá R$ 69,7 bilhões em investimentos

Os investimentos (obras públicas e compra de equipamentos) deverão consumir R$ 69,7 bilhões no próximo ano, prevê o projeto de lei do Orçamento de 2024, enviado nesta quinta-feira (31) ao Congresso Nacional. O valor está acima do piso de R$ 68,5 bilhões, equivalente a 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) estabelecido pelo novo arcabouço fiscal.Do total a ser investido com recursos do Orçamento, R$ 61,7 bilhões virão do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além desse montante, o PAC terá R$ 91,1 bilhões de investimentos de estatais federais, que têm um Orçamento próprio, também encaminhado hoje ao Congresso.

Bolsa Família: Em relação às políticas sociais, o texto destina R$ 169,5 bilhões ao Bolsa Família em 2024. Não está detalhado, no entanto, se haverá aumento no número de beneficiários ou se o valor mínimo de R$ 600 de benefício será reajustado ou mantido para o próximo ano. O novo arcabouço fiscal – publicado nesta quinta-feira (31) no Diário Oficial da União – restabeleceu os mínimos constitucionais para a saúde e a educação. Equivalente a 15% da receita corrente líquida (RCL), o piso para a saúde corresponderá a R$ 218,4 bilhões, alta de 30% em relação a 2023.

Em relação à educação, o piso, equivalente a 18% da receita líquida de impostos (RLI), somará R$ 108,4 bilhões, aumento de 8% sobre este ano. Antes do teto de gastos, os dois mínimos constitucionais eram corrigidos com base na variação dos dois tipos de receita – RCL e RLI. No entanto, durante seis anos, os pisos passaram a ser corrigidos pela inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O projeto do Orçamento de 2024 prevê ainda R$ 37,6 bilhões para as emendas parlamentares impositivas. O valor é 14% maior que o deste ano.

Consumo nos Lares Brasileiros cresce 4,24% de junho para julho

O Consumo nos Lares Brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), registrou alta de 4,24% em julho, na comparação com o mês anterior. Em relação a julho do ano passado, o aumento é de 3,37% e, no acumulado do ano, de 2,52%. Os resultados contemplas estabelecimentos nos formatos atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, a queda expressiva nos preços dos alimentos para consumo no domicílio em julho sinalizou mais uma vez que as medidas de combate à inflação precisam ser mantidas. “A busca por produtos de preços mais baixos reflete o comportamento de 54% dos brasileiros no momento de compor a cesta de abastecimento dos lares”, analisou Milan.

De acordo com a Abras, os preços dos hortifrutigranjeiros, das carnes, dos laticínios e dos alimentos industrializados devem ser elevados em função dos aumentos de preços dos combustíveis, principalmente o óleo diesel. “Além dos repasses imediatos pelos fornecedores, a reoneração dos combustíveis prevista para o início de setembro deve pressionar ainda mais o preço dos produtos no varejo. Com essa medida, o diesel passa a ter PIS/Cofins de R$ 0,11 por litro em setembro e mais R$ 0,03 por litro em outubro”, diz a Abras.

Os dados da associação indicam que o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) em julho teve queda de 1,51% na comparação com junho. Em média, os preços da cesta baixaram de R$ 741,23 para R$ 730,06, menor valor registrado desde fevereiro de 2022 (R$719,06). Na análise regional, a maior queda ocorreu na Região Sudeste (-1,58%), seguida do Sul (-1,13%), Nordeste (-1,13%), Norte (-1,05%) e Centro-Oeste (-1%). A principal contribuição para a queda partiu dos preços dos produtos lácteos, da proteína animal e a menor pressão das cestas de higiene e de limpeza.

Segundo o levantamento, as quedas na cesta de lácteos foram puxadas por leite longa vida (-1,86%), leite em pó (-0,48%), margarina cremosa (-0,13%), queijos muçarela e prato (-0,20%). As carnes seguiram a tendência de queda registrada no primeiro semestre com recuos em cortes do dianteiro (-2,47%), cortes do traseiro (-2,44%), frango congelado (-2,27%) e pernil (-1,44%). Os ovos apresentaram estabilidade nos preços (0,01%) pela primeira vez em 2023. Entre os itens básicos, a única alta foi puxada por açúcar refinado (+1,58%). A queda mais expressiva foi registrada no preço do feijão (-9,24%), seguido de óleo de soja (-4,77%), café torrado e moído (-1,58%), farinha de mandioca (-1,54%). Na cesta de higiene e beleza, as principais quedas foram registradas em xampu (-0,69%), sabonete (- 0,11%) e papel higiênico (-0,03%). Em limpeza, o sabão em pó registrou queda de 0,80% nos preços.

IBGE: desemprego cai para 7,9% no trimestre encerrado em julho

A taxa de desocupação no trimestre encerrado em julho de 2023 ficou em 7,9%. É o menor resultado para o período desde 2014, quando foi de 6,7%. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (31) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado aponta uma redução de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre encerrado em abril (8,5%) e de 1,2 p.p. ante o mesmo período do ano passado (9,1%). “Esse recuo ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, explica Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.

Alta na ocupação: O número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda, chegando a 99,3 milhões, um aumento de 1,3 milhão em relação ao período de fevereiro a abril. Na comparação anual, o crescimento foi de 0,7% (mais 669 mil), o menor dos últimos nove trimestres seguidos de alta. “Após a pandemia, tivemos um período de recuperação da população ocupada onde registramos aumentos intensos disseminados pelas atividades. À medida que esse processo de recuperação se consolida, os acréscimos voltam a ser mais influenciados pelas características econômicas e sazonais de cada atividade. Com isso, na perspectiva anual, o crescimento passa a ser menos intenso”, analisa Beringuy. A população desocupada ficou em 8,5 milhões de pessoas, uma retração de 6,3% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% se comparada ao mesmo período de 2022.

Tipo de emprego: Na comparação trimestral, destaca-se o crescimento do emprego sem carteira assinada (4% ou mais 503 mil pessoas) que somou 13,2 milhões de pessoas. Já no comparativo anual, chama atenção o contingente de empregados com carteira, que cresceu 3,4% ou 1,2 milhão de pessoas, formando um universo de 37 milhões. O número de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e caiu 2,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A Pnad revela que a taxa de informalidade – que leva em consideração trabalhadores sem carteira assinada em empresas e no serviço doméstico; e os que atuam por conta própria, mas sem CNPJ – ficou em 39,1%, índice semelhante ao trimestre anterior (38,9%).

Pedido de recuperação judicial da 123Milhas é aceito pela Justiça

A juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, deferiu o pedido de recuperação judicial da empresa 123Milhas. Segundo a decisão, o plano de recuperação deve ser apresentado no prazo de 60 dias e deve conter medidas para reparação aos consumidores. “Em se tratando de pedido de Recuperação Judicial de empresas cujo objeto principal é a atuação no mercado consumerista que goza de especial proteção legal de caráter público, o Plano de Recuperação a ser apresentado ao juízo deve conter medidas de reparação ao universo dos credores consumeristas pelos danos causados em todo território nacional”, informa a juíza, na sua decisão.

A 123Milhas, bem como as sócias HotMilhas e Novum Investimentos, deverão apresentar em 48 horas a sua planilha de credores. Os credores têm o prazo de 15 dias para apresentar à Administração Judicial suas habilitações ou divergências em relação aos créditos relacionados. O pedido de recuperação judicial da 123Milhas foi apresentado ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais na última terça-feira (29).

Segundo a empresa, a recuperação judicial tem como objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores. A agência de viagens suspendeu a emissão de passagens para embarques previstos entre setembro e dezembro deste ano, por “motivos alheios à sua vontade”. Também foi deferido o pedido de entidades de defesa do consumidor e de órgãos públicos para participar no processo de recuperação judicial como amicus curie podendo apresentar sugestões, requerimentos e audiências públicas.

G. Dias diz que Plano Escudo estava acionado, mas não foi cumprido

O protocolo de ações para a defesa do Palácio do Planalto, o chamado Plano Escudo, estava ativo no dia 6 de janeiro, mas não foi colocado em execução no dia 8 de janeiro, segundo o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias. “Reafirmo: o Plano Escudo do Planalto estava ativado e operante por determinação minha. Deixei o Palácio por volta de 18h [do dia 6 de janeiro]”, afirmou à CPMI dos Atos Golpistas,nesta quinta-feira (31). O Plano Escudo envolve diferentes órgãos de segurança, civis e militares, do Distrito Federal e da União.

Segundo G. Dias, como o plano estava ativo, ele poderia ser colocado em operação em caso de ameaças ao prédio. Ao chegar ao Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro para verificar a situação, o general Gonçalves Dias disse que não viu os bloqueios do Plano Escudo montados e encontrou o general Carlos Penteado, o ex-secretário-executivo do GSI. “Perguntei a ele por que o bloqueio na frente do Palácio, que deveria ter sido feito pela Polícia Militar do Distrito Federal, não havia sido montado. Aquele era o bloqueio do Plano Escudo do Planalto e tinha que estar montado”, destacou. Dias completou que, sem respondê-lo, o general Penteado saiu para montar o bloqueio.

Após depor, Wassef diz que é vítima de perseguição

O advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef (foto), deixou a superintendência da Polícia Federal (PF), em São Paulo, por volta das 15h de hoje (31). Ele foi intimado a depor no âmbito do inquérito que investiga as suspeitas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria tentado se apropriar indevidamente de joias que recebeu de presente de autoridades sauditas. Na saída, o advogado disse a jornalistas que não poderia se manifestar sobre o inquérito, que é sigiloso, mas afirmou que estava sendo vítima de uma “perseguição”.

“Não posso me manifestar. O inquérito tramita em segredo de justiça e eu respeito a Polícia Federal e o Poder Judiciário”, sintetizou. “Nunca antes eu soube, nunca participei e não tenho a ver com essa história. Só posso, neste momento, dizer que estou sendo perseguido por alguns jornalistas que não agem com o compromisso com a verdade e vem propagando fake news [notícias falsas] em série para assassinar a imagem e a reputação de inocentes. É uma covardia. Isso não se faz”, acrescentou.

Acusações infundadas: Ele salientou que se trata de “uma campanha de mentiras, de acusações infundadas e de ilações de coisas que não existem. Vou resgatar a honra e a imagem do meu nome. Jamais pratiquei qualquer irregularidade ou ilícito em minha vida”, completou o advogado. Questionado por repórteres se teria orientado o ex-presidente Bolsonaro a se manter em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal hoje, Wassef disse que não poderia se manifestar sobre o assunto. “Não me manifesto sobre o que falo a meus clientes. O que quero dizer é que, após sofrer uma campanha de fake news, o presidente Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro vieram em minha defesa e deixaram claro a verdade de que sou leal, competente e nunca traio ninguém e nenhum cliente”, explicou.

Bolsonaro silencia sobre joias ao depor à PF

Convocados a depor à Polícia Federal (PF), o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro; a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o ex-secretário especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Fabio Wajngarten, ficaram em silêncio ao serem interrogados, nesta quinta-feira (31). Os três permaneceram pouco mais de uma hora na sede da PF, na área central de Brasília (DF), e deixaram o prédio sem falar com jornalistas que os aguardavam do lado de fora. A reportagem  tentou contato com a defesa dos três, mas ainda não teve retorno.

Bolsonaro, Michelle, Wajngarten e outras cinco pessoas foram intimadas a depor no âmbito do inquérito que investiga as suspeitas de que, com ajuda de assessores e pessoas próximas, Bolsonaro tentou se apropriar indevidamente de joias que, supostamente, recebeu de presente de autoridades públicas sauditas. Devido ao valor de tais joias, elas legalmente deveriam passar a compor o patrimônio da União. Bolsonaro, Michelle e Wajngarten justificaram a decisão de ficar em silêncio argumentando que a Procuradoria-Geral da República (PGR) entende que a apuração relativa às joias sauditas não deve tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Reiteramos que continuamos, como sempre, à disposição para prestar todo e qualquer esclarecimento desde que no foro competente. No caso, a douta Procuradoria Geral da República, que já manifestou que o STF não é a esfera jurídica própria”, escreveu Wajngarten, no Twitter, logo após deixar a PF. “Não há silêncio nesse momento. Agora, busca-se apenas o respeito à lei”, acrescentou o ex-secretário, que também figura entre os advogados de  Bolsonaro. Também foram convocados a depor, hoje, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid; o pai de Mauro Cid, o general César Lourena Cid; o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, e os ex-assessores da Presidência, Marcelo Câmara e Osmar Crivellati. Segundo a reportagem apurou, Wassef, Mauro Cid e seu pai continuavam sendo interrogados quando Bolsonaro, Michelle e Wajngarten deixaram a PF, em Brasília, no fim da manhã.

Barroso é quarto ministro a votar contra marco temporal no STF

O ministro Luís Roberto Barroso (ao centro), do Supremo Tribunal Federal (STF), ampliou o placar contra o marco temporal para demarcação de terras indígenas. Na sessão desta tarde, Barroso proferiu o quarto voto contra o marco. Com o posicionamento do ministro, o placar do julgamento está em 4 votos a 2 contra a tese. Após o voto de Barroso, o julgamento foi suspenso e será retomado na quarta-feira (6).

Em seu voto, Barroso citou o julgamento que garantiu a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, e afirmou que a Constituição protege o direito dos indígenas a sua identidade cultural e assegura direito à terra. “Não existe marco temporal fixo e inexorável, e a ocupação tradicional também pode ser demonstrada pela persistência na reivindicação de permanência na área”, afirmou.

Votos: Até o momento, além de Barroso, os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin se manifestaram contra o marco temporal. Nunes Marques e André Mendonça se manifestaram a favor. Moraes e Zanin votaram contra o limite temporal, mas estabeleceram a possibilidade de indenização a particulares que adquiriram terras de “boa-fé”. Pelo entendimento, a indenização por benfeitorias e pela terra nua valeria para proprietários que receberam do governo títulos de terras que deveriam ser consideradas como áreas indígenas.

Críticas: A indenização aos proprietários por parte do governo é criticada pelo movimento indigenista. Para a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a possibilidade é “desastrosa” e pode inviabilizar as demarcações. O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) afirma que a possibilidade de indenização ou compensação de território vai aumentar os conflitos no campo.

Ronaldinho Gaúcho nega ser dono de empresa de criptomoedas

O ex-jogador de futebol Ronaldo Assis Moura, o Ronaldinho Gaúcho, negou ser fundador e sócio-proprietário da empresa 18K Ronaldinho Comércio e Participações Ltda, de investimentos de moedas virtuais (criptomoedas), e, também, de ter firmado contrato com a empresa LBLV. O ex-atleta prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (31), em Brasília, por envolvimento com essas duas empresas que teriam causado prejuízos milionários a investidores em esquemas fraudulentos de pirâmides financeiras. No Brasil, essa prática é considerada ilegal e um crime contra a economia popular.

Durante a sessão, primeiramente foram cobrados esclarecimentos da empresa que leva o apelido na razão social (18kRonaldinho) e que prometia retorno financeiro, em menos de um ano, de até 400% dos valores investidos em bitcoins ou rendimentos de 2% ao dia. Além de ganhos pelo rendimento do valor investido, a 18kRonaldinho ainda prometia bônus pela indicação de novos membros para o negócio de alto risco. O valor inicial dos investimentos era de U$ 30.

A CPI das Pirâmides Financeiras alega que a 18K Ronaldinho bloqueou os saques de investidores, que não conseguem reaver os valores. Ainda em outubro de 2019, a empresa foi apontada pelo Ministério Público Federal (MPF) como uma pirâmide financeira. A segunda acusação aponta o envolvimento de Ronaldinho Gaúcho com a empresa LBLV, por ser garoto propaganda no site da instituição, que tem endereço comercial nas Ilhas Seychelles. Em 2019, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu a atuação da empresa no Brasil por captar clientes em operações irregulares.

Alegações: O ex-atleta esteve acompanhado do irmão e empresário dele, Roberto de Assis Moreira, e de um advogado, que deu orientações durante o depoimento de duas horas e 30 minutos. Sobre essa acusação envolvendo a LBLV, Ronaldinho negou aos parlamentares conhecer qualquer representante da empresa ou ter contrato direto com LBLV, mas admitiu ter firmado contrato com outra empresa de gestão de mídias sociais, a Tailor Media, para cessão de direitos de imagem. E esta última tinha ligação com a LBLV. “A campanha de marketing para empresa LBLV foi contratada pela agência de publicidade e negócios de nome Tailor Media, radicada em Israel, e ela possui a conta de marketing da empresa LBLV”.

No depoimento, o ex-jogador explicou também a relação com a 18K Ronaldinho. Ele reiterou que, em 2016, assinou contrato com a empresa norte-americana 18k Watches Corporation para licenciamento temporário de sua imagem para criação de uma linha de relógios vendidos em vários países, com o nome 18K Ronaldinho. Segundo ele, outras personalidades do mundo esportivo licenciaram suas respectivas imagens para a criação das linhas de relógio similares, com a mesma empresa. Em seguida, Ronaldinho confirmou que, posteriormente, em julho de 2019, firmou contrato com a empresa brasileira 18k Watches Comércio Atacadista e Varejista de Relógios e Intermediações de Negócios Eireli, dos sócios Rafael Honorário Nunes de Oliveira e Marcelo Lara Marcelino.

O acordo comercial era para licença temporária de uso de imagem, nome, assinatura, apelido e som de voz do atleta para divulgação de empresa do marketing multinível [modelo comercial de distribuição de bens ou serviços em que os ganhos podem vir da venda de produtos ou do recrutamento de novos vendedores, o que é considerado por alguns especialistas como uma pirâmide]. Ronaldinho Gaúcho afirmou que seu nome e sua imagem foram usados de forma ilícita, sem autorização. “O senhor Marcelo Lara havia registrado na Junta Comercial uma empresa de nome 18K Ronaldinho Comércio e Participações Ltda. […] Eu fui, em verdade, vítima dos senhores Rafael e Marcelo, ora investigados pelo Ministério Público e pela polícia. [Eles] utilizam o meu nome indevidamente, os senhores Rafael e Marcelo utilizaram a minha imagem captada para a promoção da linha de relógios indevidamente”, argumentou o ex-atleta.

“Jamais foi contratada qualquer prestação de serviço [minha] à empresa 18k Ronaldinho Comércio e Participações Ltda, nunca foi autorizado que a empresa 18k Ronaldinho Comércio e Participações Ltda utilizasse meu nome e a minha imagem, meu apelido na razão social da empresa, conforme já referido ao próprio Ministério Público de São Paulo e à Polícia Civil do Rio de Janeiro”, disse Ronaldinho Gaúcho ao negar envolvimento em fraudes. Ele informou aos parlamentares que os dois contratos foram rescindidos em outubro de 2019, logo que foi avisado pelo irmão Roberto de Assis sobre o suposto uso indevido de imagem. O ex-jogador garantiu, também, que as atividades previstas no contrato não foram executadas e que, até hoje, não entrou com qualquer ação judicial contra os proprietários da 18K Ronaldinho.

Outras ações: A CPI das Pirâmides Financeiras já aprovou a quebra de sigilo bancário dos atores Tatá Werneck e Cauã Reymond e do apresentador de TV Marcelo Tas. Os três foram convocados na CPI para prestar esclarecimentos sobre campanha publicitária para a Atlas Quantum, empresa do ramo de criptomoeda, mas era uma pirâmide que gerou prejuízo de R$ 7 bilhões aos investidores. Porém, Tatá e Reymond foram dispensados de depor na condição de investigados, após conseguirem dois habeas corpus no STF, concedidos pelo ministro André Mendonça, no dia 14. Entre outros casos investigados pela CPI por suspeitas de fraudes, está o da empresa 123Milhas, que, inicialmente, suspendeu o fornecimento de passagens da linha promocional e, depois, as viagens, e, no dia 29, pediu recuperação judicial. A CPI remarcou os depoimentos dos sócios da 123Milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, para 6 de setembro. Os dois faltaram à sessão do colegiado na Câmara dos Deputados, na quarta-feira (30) e será expedida condução coercitiva, caso não compareçam à CPI.

Após transplante de coração, Faustão agradece à família de doador

Em gravação divulgada nesta quinta-feira (31) em suas redes sociais, o apresentador Fausto Silva, o Faustão, submetido a um transplante de coração, agradeceu a família do doador e se emocionou ao falar sobre o assunto.“Que todo mundo tenha a certeza do que é o transplante. Para vocês terem uma ideia, dos 200 e poucos transplantes, 60 pessoas esperaram menos de um mês. Dei sorte também nessa fila. [Quero] fazer um agradecimento especial ao José Pereira da Silva, pai do Fábio, que teve uma grandiosidade incrível, uma generosidade absurda e proporcionou que eu continuasse vivo”, disse o apresentador. Ele acrescentou ser “eternamente grato” a esse pai. “Eu fico emocionado, porque ele me deixou a chance de viver de novo.

” Faustão recebeu o coração de Fábio Cordeiro da Silva, que morreu no último sábado (26) vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). No domingo (27), Faustão foi submetido ao transplante. Na mensagem, Faustão também agradeceu às pessoas que têm rezado e torcido por sua recuperação. “Estou com a voz ainda assim porque fui intubado, mas está recuperando. Já estou andando no terceiro dia depois que fui operado. Não sinto nada, nenhuma dor, estou completamente recuperado”, disse ele. O último boletim médico do Hospital Albert Einstein, onde Faustão está internado, informou que o apresentador está com a função cardíaca normalizada e estável e que o dreno e alguns cateteres já foram retirados. O comunicado, divulgado na noite de ontem (30), diz ainda que ele segue evoluindo dentro do esperado e que iniciou a fisioterapia.

Tecnologia para tratar câncer de pele é aprovado para uso no SUS

Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com o tipo de câncer de pele mais comum vão ter um novo tratamento desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). A tecnologia 100% nacional promete um tratamento rápido, com menos desconforto e foi aprovado para uso na saúde pública. Uma casquinha no nariz foi como a dona de casa Helena Pontieri Morales descobriu a lesão de câncer de pele no rosto. Ela passou por um tratamento de terapia fotodinâmica, que está revolucionando a dermatologia no país. A inovação permite que pacientes como ela não precisem mais passar por cirurgia.

“Só deu uma queimadinha e pronto”, conta Helena sobre o procedimento a laser. O tratamento é oferecido gratuitamente no Hospital Amaral Carvalho, na cidade de Jaú, no interior paulista, um dos 70 centros de estudos que utilizam a terapia. As lesões que podem ser tratadas são as não melanoma, que respondem pela maioria dos casos de câncer de pele entre os brasileiros. “O foco do nosso projeto é o carcinoma basocelular em fase inicial de tratamento, uma lesão pequena, com subtipo histológico específico para ser contemplado, para receber a terapia fotodinâmica”, explica a dermatologista Ana Gabriela Sálvio. Esse aparelho já tratou mais de 5 mil lesões e está presente em nove países da América Latina.

O custo do tratamento gira em torno de R$ 200 a R$ 300 por lesão de pele com até um centímetro. Após ter esta pomada absorvida pela pele, o paciente passa por uma terapia fotodinâmica, que mata as células cancerígenas. Em apenas duas sessões, de apenas 20 minutos, mais de 90% dos pacientes já podem sair curados. A terapia é desenvolvida há 20 anos pela USP de São Carlos. O Brasil é considerado o país que mais investiu na técnica fotodinâmica no mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Foram mais de R$ 10 milhões, com incentivos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério da Saúde e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

“Um dos grandes desafios do Brasil é colocar a inovação brasileira no nível de produção científica. Somos o 13º país em produção de ciência no mundo, mas o 54º país em inovação de novos produtos, sistemas e soluções para o mundo real. Este exemplo aqui de São Carlos é a ciência básica sendo transformada em inovação e um produto que soluciona um problema do SUS”, avalia Celso Pansera, presidente da Finep. O tratamento já está disponível há cerca de 10 anos no sistema privado. Com o desenvolvimento de uma tecnologia nacional, em julho deste ano, o aparelho foi aprovado para uso no SUS. “É um sucesso muito grande. Como é uma técnica relativamente barata e conveniente, fácil, que não exige grande infraestrutura, ela é especialmente adequada para o Sistema Único de Saúde, que precisa disponibilizar para um número muito grande de pessoas da sociedade”, aponta o pesquisador Vanderlei Salvador Bagnato, do Instituto Física São Carlos, da USP.

Vacinação brasileira é modelo para o mundo, mas enfrenta desafios

Prevenir contra o sarampo uma criança da Terra Indígena Bacurizinho, no Maranhão. Vacinar contra a pneumonia um idoso acamado em casa, no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. Proteger da raiva um adolescente ferido por um morcego silvestre na zona da mata mineira. Imunizar um bebê contra o tétano ainda na barriga da mãe. Aplicar centenas de milhões de doses de vacinas por ano em mais de 5 mil municípios. Fazer tudo isso de forma gratuita e segura foi o que tornou o Programa Nacional de Imunizações [PNI] do Brasil o maior do mundo e uma referência até mesmo para países desenvolvidos.

Há 50 anos, o PNI cumpre a ambiciosa missão de vacinar uma enorme população dispersa num território continental chamado Brasil, profundamente marcado pela diversidade de culturas e cenários, e também pela desigualdade de condições de vida. Ao longo do mês de setembro, a Agência Brasil vai relembrar as conquistas dessas cinco décadas, discutir os desafios do futuro e destacar a importância das vacinas para a saúde coletiva do povo brasileiro e da humanidade.

Apesar de ser considerado o maior programa de vacinação público e gratuito do mundo, com 20 vacinas que eliminaram doenças importantes como a poliomielite, o tétano neonatal e a rubéola congênita, o programa completa meio século de vida lutando para reverter retrocessos que levaram as coberturas vacinais de volta aos níveis dos anos de 1980. Pesquisadores veem com otimismo o novo momento vivido pelo programa, mas apontam que há um longo caminho a ser percorrido.

Referência global: “Nós, os brasileiros do PNI [Programa Nacional de Imunizações], fomos solicitados a dar cursos no Suriname, recebemos técnicos de Angola para serem capacitados aqui. Estabelecemos cooperação técnica com Estados Unidos, México, Guiana Francesa, Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Colômbia, Peru, Israel, Angola, Filipinas. Fizemos doações para Uruguai, Paraguai, República Dominicana, Bolívia e Argentina”.

O trecho, retirado do livro comemorativo dos 30 anos do PNI, organizado pelo Ministério da Saúde, deixa claro o destaque internacional do Brasil no setor de imunizações. O ano era 2003, e a imunização no país exibia elevados percentuais ano após ano, o que levou à eliminação do tétano neonatal, da rubéola congênita e do sarampo do país nos anos seguintes. Desde 2015, porém, uma queda considerável na busca pela vacinação fez com que o país revivesse o medo de doenças que ele já tinha vencido: o sarampo retornou em 2018, e a volta da pólio é considerada uma ameaça de alto risco.

Fórmula 1: GP da Itália 2023: os dias e horários em Monza

O Grande Prêmio da Itália, 14ª etapa da temporada 2023 da Fórmula 1, acontece neste fim de semana (entre os dias 1 e 3 de setembro) em Monza. A equipe Aston Martin confirmou que o piloto brasileiro vai substituir o canadense no primeiro treino livre para o GP da Itália, em Monza, no dia 1º de setembro. O regulamento da F1 prevê que todas as equipes precisam dar oportunidades a calouros em duas sessões de treino na temporada.

Confira os dias e horários (horário de Brasília):

Sexta-feira, 1 de setembro
8h30 às 9h30 – Treino Livre 1
12h às 13h – Treino Livre 2

Sábado, 2 de setembro
7h30 às 8h30 – Treino Livre 3
11h às 12h – Qualificação

Domingo, 3 de setembro
10h – Grande Prêmio da Itália de F1 (53 voltas ou 120 minutos).

São Paulo é eliminado em casa pela LDU

O São Paulo não conseguiu outra virada, mas foi por pouco. Com um jogador a mais por quase todo o segundo tempo e empurrado por mais de 52 mil torcedores, a equipe até venceu a LDU, mas só por 1 a 0, gol de Arboleda. O placar foi insuficiente para a classificação direta e levou a decisão aos pênaltis. Todo mundo acertou, menos James Rodríguez, uma das principais contratações do clube na temporada. O Tricolor cai nas quartas de final e agora foca na final da Copa do Brasil e no Brasileirão. A LDU agora enfrenta o Defensa y Justicia, da Argentina, nas semifinais. Do outro lado, Corinthians e Fortaleza decidem quem será o outro finalista.

Fluminense elimina Olimpia no Paraguai e avança às semifinais da Libertadores

O Fluminense venceu o Olimpia por 3 a 1, no Defensores del Chaco, no Paraguai, e está classificado para as semifinais da Copa Conmebol Libertadores. Com gols de John Kennedy e Germán Cano, duas vezes, a equipe de Fernando Diniz está entre as quatro melhores equipes da competição e enfrentará o Internacional na próxima fase. O Fluminense volta a campo contra o Fortaleza, no domingo, às 16h, no Raulino de Oliveira, pelo Campeonato Brasileiro. As semifinais da Copa Conmebol Libertadores serão disputadas nas semanas do dia 27 de setembro e do dia 4 de outubro. O Tricolor encara o Internacional. A primeira partida será no Maracanã, e a decisão é no Beira-Rio, em Porto Alegre.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – TSE (Tribunal Superior Eleitoral) * Notícia Gerada por I.A.* 

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