Mortes por covid-19 no Brasil passam de 300 mil

O Brasil bateu hoje (24) a marca das 300 mil mortes por covid-19, dois meses e meio depois de ter chegado a 200 mil mortos, em 7 de janeiro de 2021. Já esta marca demorou pouco mais de cinco meses após a pandemia chegar aos 100 mil mortos, o que ocorreu em 8 de agosto de 2020. Com 2.009 mil mortes nas últimas 24 horas, o total de vidas perdidas para a covid-19 totalizou 300.685. O número não inclui os óbitos ocorridos no Ceará, que alegou problemas técnicos para não enviar a atualização. Ontem (23), o número estava em 298.676.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil. (24/03/2021)

Ainda há 3.446 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente. O total de novos casos registrados nas últimas 24 horas foi de 89.992. Com isso, a soma de pessoas atingidas pela doença desde o início da pandemia alcançou 12.220.011. Até ontem, o total de pessoas infectadas estava em 12.130.019. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde em seu balanço diário, publicado na noite desta quarta-feira (24). A atualização é elaborada a partir das informações levantadas pelas autoridades estaduais e locais de saúde sobre casos e mortes provocados pela covid-19.

O número de pessoas recuperadas chegou a 10.689.646, e o de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.229.680. Os dados em geral são mais baixos aos domingos e segundas-feiras pela menor quantidade de trabalhadores para fazer os novos registros de casos e mortes. Já às terças-feiras, a tendência é serem maiores, já que nesse dia o balanço recebe o acúmulo das informações não processadas no fim de semana.

Covid nos Estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo, com 68.904 registros. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (35.373), Minas Gerais (22.497), Rio Grande do Sul (17.748) e Paraná (14.454). Já as unidades da federação com menos óbitos são Acre (1.210), Amapá (1.253), Roraima (1.301), Tocantins (1.860) e Sergipe (3.347).

 SC: Estado confirma 778.711 casos, 736.209 recuperados e 9.921 mortes

O Governo de Santa Catarina informou que há 778.711 pacientes com confirmação de infecção pelo novo coronavírus, dos quais 736.209 estão recuperados e 32.581 permanecem em acompanhamento. O número foi divulgado nesta quarta-feira, 24. A doença respiratória causou 9.921 óbitos no estado desde o início da pandemia. Esses números colocam a taxa de letalidade em 1,27%. Em relação à última atualização diária, houve mais 88 óbitos registrados. Registrou-se um crescimento de 4.302 na quantidade de confirmados. Já a estimativa de recuperados subiu 4.820. Esses dados resultam numa redução de 606 no número de casos ativos.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (Dive) informa que a ficha de notificação do sistema de informação SIVEP-GRIPE passou por uma atualização nos últimos dias, com a alteração e inclusão de campos, como inserção de variáveis relacionadas à vacina  e identificação do paciente, o que gerou uma instabilidade nos acessos, e consequentemente, atraso das notificações.

>>> Confira aqui o boletim diário desta quarta-feira, 24
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

Já foram confirmados casos em todos os 295 municípios catarinenses e 290 cidades registraram pelo menos um óbito. O Governo do Estado estima que haja 290 com casos ativos. O local com a maior quantidade de casos é Joinville, que contabiliza 75.434 casos. Em seguida, estão Florianópolis (67.682), Blumenau (40.325), Chapecó (30.638), São José (29.572), Criciúma (26.410), Palhoça (23.632), Balneário Camboriú (20.494), Itajaí (19.862) e Brusque (19.766).

Vacinação em SC: Estado aplicou 572.421 doses contra a Covid-19

Santa Catarina aplicou mais 56.871 doses da vacina comparado ao último boletim, e, agora, soma um total de 572.421 doses aplicadas. Destas, 449.463 correspondem à primeira dose (D1) e 122.958 à segunda (D2). O Balanço Parcial de Vacinação contra a Covid-19 foi divulgado nesta quarta-feira, 24, pela Secretaria da Saúde.

>>> Confira aqui o balanço parcial atualizado da vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina por municípios (24/03/2021)

“Esses números mostram que os municípios estão respondendo positivamente ao nosso pedido para que a vacinação fosse intensificada. Aguardamos agora o recebimento de novas doses para que possamos ampliar ainda mais a campanha de vacinação”, explica João Augusto Brancher Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). Neste momento, estão sendo vacinados no estado os trabalhadores da saúde, os idosos e pessoas com deficiência institucionalizados, a população indígena, os idosos com 70 anos ou mais e os quilombolas. Os dados do Balanço são fornecidos pelos municípios catarinenses e compilados pela Dive.

Paraná: Estado soma 807.453 casos e 15.339 óbitos pela Covid-19

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quarta-feira (24) 5.550 casos confirmados e 175 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 807.453 casos confirmados e 15.339 mortos em decorrência da doença. Há ajustes ao final do texto. Os casos confirmados divulgados nesta data são de março (5.296), fevereiro (93) e janeiro (13) de 2021 e dos seguintes meses de 2020: abril (1), maio (1), junho (2), julho (51), agosto (13), setembro (4), outubro (1), novembro (42) e dezembro (33).

INTERNADOS – 2.776 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados. São 2.218 pacientes em leitos SUS (872 em UTI e 1.346 em leitos clínicos/enfermaria) e 558 em leitos da rede particular (273 em UTI e 285 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 2.708 pacientes internados, 929 em leitos UTI e 1.779 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos da rede pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A secretaria estadual informa a morte de mais 175 pacientes. São 71 mulheres e 104 homens, com idades que variam de 25 a 97 anos. Os óbitos ocorreram de 19 de julho de 2020 a 24 de março de 2021.

Os pacientes que foram a óbito residiam em: Curitiba (27), Maringá (20), Araucária (12), Londrina (8), Santa Terezinha De Itaipu (8), Cascavel (6), Guaratuba (4), Pinhais (4), Quedas Do Iguaçu (4), São Jose Dos Pinhais (4), São Pedro Do Ivaí (4), Francisco Beltrão (3), Guarapuava (3), Lapa (3), Palotina (3), Sarandi (3), Tijucas Do Sul (3), Almirante Tamandaré (2), Campo Largo (2), Castro (2), Coronel Vivida (2), Honório Serpa (2), Mandaguaçu (2), Marialva (2), Paiçandu (2), Pato Branco (2), Ponta Grossa (2), Quatro Barras (2), Rio Branco Do Sul (2), Toledo (2).

A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios:  Cambirá, Campina Do Simão, Cantagalo, Cerro Azul, Cianorte, Coronel Domingos Soares, Cruzeiro Do Sul, Fazenda Rio Grande, Foz Do Iguaçu, Grandes Rios, Itambé, Itapejara D’Oeste, Mandaguari, Marilândia Do Sul, Marilena, Nova Aurora, Nova Esperança, Nova Londrina, Nova Santa Barbara, Palmeira, Paranaguá, Pinhão, Realeza, Rolândia, Rosário Do Ivaí, Santo Antônio Da Platina, São Carlos Do Ivaí, Tupãssi, Vitorino, Wenceslau Braz.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Sesa 5.252 casos de residentes de fora, 115 pessoas foram a óbito.

Confira o informe completo clicando aqui.

Anvisa recebe pedido de uso emergencial da vacina Janssen

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que recebeu hoje (24) o pedido de uso emergencial da vacina da Janssen. O governo brasileiro já manifestou intenção de compra de 38 milhões de doses da vacina Janssen , que é um braço farmacêutico da Johnson & Johnson. A entrega dessas doses tem uma previsão inicial no final do ano, sem data específica. Segundo a Anvisa, as primeiras 24 horas serão utilizadas para verificar se os documentos necessários estão disponíveis.

A análise do pedido de uso emergencial é feita por uma equipe multidisciplinar, com especialistas das áreas de registro, monitoramento e inspeção. “A equipe vem atuando de forma integrada, com as ações otimizadas e acompanhadas pela comissão que envolve três diretorias da agência”, afirmou a Anvisa. O prazo previsto pela agência entre o processo de verificação dos documentos e o resultado do pedido é de sete dias corridos. No entanto, esse prazo será interrompido caso haja falta de documentos. Nesse caso, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao laboratório.

Butantan entrega mais 2,2 milhões de doses de vacina CoronaVac

Mais 2,2 milhões de doses da vacina CoronaVac fabricadas pelo Instituto Butantan contra o novo coronavírus foram liberadas nesta quarta-feira (24), para uso em todo o país. Desde o começo do mês de março foram entregues 14,3 milhões de doses, quantitativo maior do que o disponibilizado em janeiro e fevereiro juntos, o que representa a produção de quase 25 mil vacinas por hora, informou o órgão. Segundo o governador de São Paulo, João Doria, o volume de vacinas distribuído é quatro vezes maior do que a Espanha aplicou e o dobro das doses da Alemanha. “Hoje o Butantan é um orgulho para o Brasil, um orgulho para os brasileiros que já tiveram a oportunidade de receberem as suas vacinas”, destacou Doria.

Com o novo carregamento, o total de imunizantes oferecidos por São Paulo ao Programa Nacional de Imunizações chega a 27,8 milhões de doses desde o início das entregas, em 17 de janeiro. Até o fim de abril, o total de vacinas garantidas pelo Butantan ao país somará 46 milhões de doses. O Butantan deve entregar outras 54 milhões de doses para vacinação dos brasileiros até o dia 30 de agosto, totalizando 100 milhões de unidades. Atualmente, 85% das vacinas disponíveis no país contra a covid-19 são fabricadas pelo Butantan. A produção da vacina segue em ritmo constante e acelerado. No último dia 4, uma remessa de 8,2 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), correspondente a cerca de 14 milhões de doses, desembarcou em São Paulo para produção local.

Outros 11 mil litros de insumos enviados pela biofarmacêutica Sinovac, parceira internacional no desenvolvimento do imunizante mais usado no Brasil contra a covid-19, chegaram ao país em fevereiro. Até o fim de março, o Butantan aguarda nova carga de IFA correspondente a cerca de 6 milhões de doses, o que permitirá o cumprimento integral do acordo inicial de 46 milhões de doses contratadas pelo Ministério da Saúde. De acordo com o Instituto Butantan, o órgão formou uma força-tarefa para acelerar a produção de doses da vacina para todo o país. Uma das medidas foi dobrar o quadro de funcionários na linha de envase para atender à demanda urgente por imunizantes contra o novo coronavírus.

Anvisa autoriza teste do soro do Instituto Butantan em humanos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu hoje (24) a anuência para pesquisa clínica com o soro hiperimune anti-Sars-CoV-2, desenvolvido pelo Instituto Butantan, contra a covid-19. Com isso, o instituto tem autorização para fazer o teste do soro em humanos. Até o momento, o soro foi testado somente em animais. O teste em humanos é uma etapa chave para que o Instituto possa avançar no desenvolvimento do medicamento e, posteriormente, solicitar seu registro junto à Anvisa, condição necessária para que ele seja usado no mercado.

A autorização foi condicionada a um Termo de Compromisso que prevê a entrega de informações complementares. Para o início do estudo, o Butantan ainda deverá apresentar tais informações, que, segundo a Anvisa, não foram integralmente disponibilizadas. No início de março o Instituto entregou à Anvisa um dossiê com dados sobre o desenvolvimento da substância. A agência fez considerações sobre o primeiro pedido. Em seguida, no dia 10 de março, o Instituto enviou dados sobre o ensaio clínico. Em 19 de março foi realizada uma reunião sobre o protocolo clínico. No encontro, técnicos da Anvisa fizeram uma solicitação adicional de informações. Ontem o Instituto Butantan repassou respostas sobre as questões feitas na reunião.

“O objetivo da avaliação de uma proposta de pesquisa clínica é verificar se o estudo é suficiente para produzir dados confiáveis sobre a segurança e a eficácia do medicamento. Isso envolve a avaliação do desenho estatístico da pesquisa, perfil de voluntários, definição de doses que serão testadas, entre outros aspectos”, explicou a Anvisa, em nota. O soro foi produzido a partir da inoculação do vírus inativo em cavalos. O corpo dos animais reage ao microrganismo e produz anticorpos para combater a infecção. Depois, o sangue dos equinos é coletado e esses anticorpos isolados para que possam ser usados contra a doença. O Butantan já é referência na produção de soros, como os antiofídicos, que neutralizam os efeitos de venenos de cobras, e o antirrábico, contra a raiva. De acordo com o instituto, o soro tem potencial para evitar o agravamento dos sintomas e curar os pacientes infectados pela covid-19. Ao contrário da vacina, que busca prevenir a infecção, o soro atua no tratamento da doença. No começo do mês, o Butantan já havia divulgado que o soro demonstrou em testes pré-clínicos que é seguro e efetivo em dois tipos de estudos animais.

Kit Covid: Autonomia do médico não dá direito de prescrever remédio ineficaz, diz presidente de entidade

Na terça-feira (23), a Associação Médica Brasileira (AMB) mudou de posicionamento sobre os remédios do chamado “kit Covid” que incluem medicamentos como a hidroxicloroquina e a ivermectina – e passou a recomendar que eles sejam “banidos” do tratamento da Covid-19. O novo presidente da associação, o médico César Eduardo Fernandes, disse, em entrevista ao G1, que a autonomia do médico não lhe dá o direito de prescrever remédios ineficazes.

“Eu acho que o princípio do trabalho do médico – que eu acho válido, merece todo o nosso respeito – é dar autonomia de decisão ao médico. Mas essa autonomia não lhe dá, a meu juízo, o direito de fazer uso de medicações que não tenham eficácia”, afirmou Fernandes. O médico avaliou que, se pacientes receberem uma receita com os medicamentos do “kit”, vale buscar uma segunda opinião. “A meu juízo, se ele está sendo acompanhado por esse médico e recebeu essa orientação, eu creio que valeria ele ouvir uma outra opinião.
Não me sinto nem confortável para dizer ‘não siga a orientação do médico que lhe deu’. A minha opinião é que ele não deve tomar essas medicações, mas eu não quero ser leviano”, explicou. O uso da hidroxicloroquina pode trazer efeitos colaterais sérios, como a arritmia cardíaca. Em Campinas (SP), médicos confirmaram, também na terça-feira (23), o primeiro caso de hepatite medicamentosa relacionada ao “kit Covid”. Complicações em pacientes também já haviam sido vistas na Paraíba em janeiro. Chefes de UTIs também ligaram o uso dos remédios a maior risco de morte.
Sem revelar como: Marcelo Queiroga diz que meta do governo é vacinar 1 milhão por dia

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje (24), durante coletiva de imprensa realizada na Esplanada dos Ministérios, que será possível triplicar o ritmo atual de vacinação – hoje na casa das 300 mil doses por dia para chegar a cerca de 1 milhão de doses aplicadas diariamente.

“O compromisso número um do nosso governo é a implementação de uma forte campanha de vacinação. Todos sabem o esforço que foi feito para buscar vacinas. Hoje sabemos que 95% da população brasileira deseja ser imunizada. E nós, agentes públicos, temos que envidar esforços para que o programa de vacinação tenha concretude”, declarou Queiroga.

A posição reforça o compromisso feito em rede nacional ontem (23) pelo presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que o governo fará de 2021 o “ano da vacinação dos brasileiros”. “Somos incansáveis na luta contra o coronavírus. Essa é a missão e vamos cumpri-la”, afirmou o presidente.

O novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, reuniu hoje (23) a imprensa para divulgar as novas ações e estratégias do governo federal no combate à covid-19

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Sem lockdown, mas com distanciamento: Quando perguntado sobre medidas não farmacológicas, o novo titular do ministério descartou lockdown como uma resposta para conter a disseminação do vírus e citou outras formas de distanciamento. “Quem quer o lockdown? Ninguém quer lockdown. O que temos do ponto de vista prático é adotar medidas sanitárias eficientes que evitem lockdown. Até porque a população não adere. A vacina é importante, mas precisamos usar máscaras, precisamos manter um certo distanciamento. Vamos buscar maneiras de disciplinar o distanciamento social”, disse.

Medicamentos off-label: Questionado sobre o endosso do Ministério da Saúde a protocolos off-label – o uso de medicamentos e substâncias para tratamentos que não constam em bula -, Queiroga reiterou a importância da autonomia médica em relação aos pacientes, e lembrou que o conhecimento científico é dinâmico e está constantemente em revisão. “Esta doença, que não tem tratamento específico, tem vários estudos que ainda não mostraram eficácia, como a Anvisa atesta. O que precisamos alertar é que o conhecimento científico é dinâmico. No passado, se dizia ‘fica em casa e vai para o hospital quando tiver falta de ar’. A ciência evoluiu e vimos que precisamos atender paciente precocemente. Compete ao médico, com sua autonomia, decidir caso a caso”, respondeu.

Queiroga afirmou que Bolsonaro lhe conferiu autonomia para montar sua equipe e mencionou alguns nomes. Para a Secretaria Executiva foi indicado o servidor de carreira Rodrigo Castro. Para a Secretaria de Atenção Especializada em Saúde foi escolhido o Dr. Sérgio Okani, diretor-executivo de traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Uma secretaria especial será criada para o combate à pandemia, mas o nome não foi informado. Durante a entrevista, Queiroga também foi questionado sobre a queixa de secretários estaduais e municipais de saúde sobre o sistema para registrar mortes por covid-19. Mas não deu resposta sobre se as mudanças exigindo mais dados seriam ou não mantidas. Em nota, o Ministério da Saúde informou que os novos campos serão suspensos por enquanto.

Pacheco manda polícia legislativa apurar gesto de assessor do Planalto em sessão do Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), determinou nesta quarta-feira (24) a apuração de um gesto feito pelo assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, durante sessão plenária da qual participava o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Segundo apurou a Jornalista da TV Globo Sara Redende. Martins acompanhou Araújo em uma sessão de debates para a qual o ministro foi convidado, a fim de prestar informações sobre a atuação do ministério nos esforços para obtenção de vacinas contra a Covid. O assessor estava sentado atrás do chanceler na sala do plenário virtual. Logo no início da sessão, durante a fala de abertura de Pacheco, Martins juntou os dedos indicador e polegar da mão direita de forma arredondada e passou sobre o paletó do terno que trajava. Em uma rede social, ele disse que estava somente ajeitando a lapela do terno. Pacheco afirmou durante a sessão que a Secretaria-Geral da Mesa (SGM) e a Polícia Legislativa da Casa vão examinar o caso.

Mais tarde, a assessoria do senador informou que o procedimento já estava aberto. O senador que alertou para o episódio foi o líder da Rede, Randolfe Rodrigues (AP). Ele pediu a expulsão de Filipe Martins do prédio do Senado. O parlamentar disse que o assessor fez “gestos obscenos” e o classificou como “capacho do presidente da República”. “Peço, senhor presidente, que conduza esse senhor [Filipe Martins] para fora das dependências do Senado. Esta sessão não tem condições de ter continuidade. Esse senhor, que ofendeu o presidente do Senado, ofendeu este plenário”, afirmou Randolfe Rodrigues. Rodrigo Pacheco disse que poderão ser tomadas medidas “enérgicas”, dependendo do resultado da apuração. “Pedirei à Secretaria-Geral da Mesa, igualmente à Polícia Legislativa, que identifiquem o fato apontado. E tendo havido, de fato, o fato, nas circunstâncias como vossa excelência [Randolfe] aponta, serão tomadas todas as providências e enérgicas por parte da Presidência do Senado”, afirmou Pacheco na sessão.

Mesmo após as discussões, Martins continuou acompanhando o debate do mesmo lugar em que se encontrava, até perto do fim da sessão. O líder da minoria, Jean Paul Prates (PT-RN), questionou se o símbolo replicado pelo assessor não seria uma referência “neofascista”. “Continuo perturbado pela presença do assessor que fez gestinhos. Encontra-se aí, atrás do convidado, continua aí, confortavelmente sentado. Não sei nem que gesto importa tanto, se é neofascista, se é ofensa depreciativa. O fato é que aqui não é local nem o momento para fazer gracinha, pagar aposta para ninguém”, disse o líder.

O Museu do Holocausto no Brasil, com sede em Curitiba, se pronunciou. Afirmou que, nos Estados Unidos, o gesto é um símbolo de ódio empregado por militantes de extrema-direita. “Semelhante ao sinal conhecido como OK, mas com 3 dedos retos em forma de “W”, o gesto transformou-se em um símbolo de ódio. Recentemente, o gesto foi classificado pela ADL [Anti-Defamation League; Liga Antidifamação, em português], como um sinal utilizado por supremacistas brancos para se identificarem. A ADL diz que o símbolo se tornou uma ‘tática popular de trolagem’ por indivíduos da extrema-direita, que postam fotos nas redes de si mesmos fazendo o gesto”, diz a mensagem.

Cresce pressão para presidente demitir ministro Ernesto Araújo

Cresceu a pressão de congressistas para que o presidente Jair Bolsonaro demita o seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Pelo menos 5 senadores fizeram menções explícitas à troca de comando no Itamaraty na sessão dessa 4ª feira (24.mar.2021) em que o próprio Ernesto participou de audiência. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez um duro discurso. “Pandemia é vacinar, sim, acima de tudo. Mas para vacinar temos de ter boas relações diplomáticas, sobretudo com a China, nosso maior parceiro comercial e um dos maiores fabricantes de insumos e imunizastes do planeta. Para vacinar, temos de ter uma percepção correta de nossos parceiros norte-americanos e nossos esforços na área do meio ambiente precisam ser reconhecidos, assim como nossa interlocução”, disse Lira.

Na percepção dos políticos, depois de trocar o ministro da Saúde (saiu o general Eduardo Pazuello e entrou o médico Marcelo Queiroga), Bolsonaro agora precisa fazer ajuste no comando das Relações Exteriores, pois as posições brasileiras estariam prejudicando o país na tentativa de trazer vacinas para combater a covid-19, entre outros problemas. Bolsonaro foi consultado por ministros sobre essa troca e rechaçou a possibilidade. “Não me peçam para trocar o Ernesto”, respondeu o presidente. Havia dentro do Palácio do Planalto a sugestão para que o almirante Rocha, hoje titular da Secretaria de Assuntos Estratégicos e interino na Secom da Presidência, fosse deslocado para o Itamaraty. Isso também poderia abrir espaço para acomodação do general Eduardo Pazuello na Secretaria de Assuntos Estratégicos. Mas o presidente foi contra e a ideia, pelo menos por ora, morreu.

Dívida pública sobe em fevereiro e atinge R$ 5,19 trilhões

O aumento das emissões de títulos públicos fez a Dívida Pública Federal continuar a subir em fevereiro. No mês passado, o indicador encerrou em R$ 5,198 trilhões, com alta de 2,75% em relação a janeiro. A informação foi divulgada hoje (24) pelo Tesouro Nacional. A dívida pública mobiliária (em títulos) federal interna subiu 2,68% passando para R$ 4,951 trilhões. No mês passado, o governo emitiu R$ 104,87 bilhões a mais do que resgatou. Além disso, houve a incorporação de R$ 24,3 bilhões em juros, quando o governo reconhece gradualmente os juros que incidem sobre a dívida.

A dívida pública externa passou de R$ 237,88 bilhões em janeiro para R$ 247,93 bilhões em fevereiro. Os principais responsáveis foram a alta de 0,99% do dólar em fevereiro e a contratação de R$ 7,24 bilhões em empréstimos de organismos internacionais pelo governo brasileiro. Nos últimos meses, o Tesouro tem emitido mais títulos públicos para recompor o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência), que foi parcialmente consumido no início da pandemia do novo coronavírus. Essa reserva subiu de R$ 805,7 bilhões em janeiro para R$ 933,2 bilhões em fevereiro e atualmente cobre 6,7 meses de vencimento. Em março, abril e maio, vencerão R$ 581,2 bilhões em títulos federais.

Nos primeiros meses da pandemia de covid-19, o governo queimou parte desse colchão para compensar a instabilidade no mercado financeiro. Em agosto do ano passado, o Banco Central teve de repassar ao Tesouro R$ 325 bilhões para ajudar a recompor essa reserva. O restante está sendo feito com o aumento das emissões. Em fevereiro, o Tesouro emitiu R$ 177,97 bilhões, acima de R$ 150 bilhões pelo sexto mês consecutivo. Os resgates somaram R$ 66,46 bilhões, impulsionados principalmente pela troca de R$ 46,37 bilhões em títulos indexados à Selic (juros básicos da economia). Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).

Índia deve atrasar entrega de vacinas para Covax, diz Unicef

A Índia provavelmente vai atrasar as entregas de doses da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 ao programa Covax em março e abril, informou à Reuters o Fundo das Nações Unidas Unidas para a Infância (Unicef), parceiro de compra e distribuição do programa de vacinação apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a aliança global de vacinas (Gavi, sigla em inglês). “Entendemos que as entregas de vacinas contra a covid-19, para economias de baixa renda que participam do Covax Facility, provavelmente enfrentarão atrasos após um revés na obtenção de licenças de exportação para novas doses produzidas pelo Instituto Serum da Índia (SII)”, disse o Unicef por e-mail.

“O Covax está em negociações com o governo da Índia, com o objetivo de garantir as entregas o mais rápido possível”, acrescentou. A Reuters informou nessa quarta-feira que a Índia suspendeu temporariamente todas as principais exportações da vacina da AstraZeneca feita pelo Instituto Serum, maior fabricante de vacinas do mundo, para atender à demanda doméstica com o aumento das infecções. O Unicef também disse que os países participantes do Covax foram informados sobre suprimentos menores do que o esperado para março de doses da AstraZeneca feitas na Coreia do Sul. “Isso se deve aos desafios que a empresa enfrenta para aumentar rapidamente o fornecimento e otimizar os processos de produção para essas entregas antecipadas”, afirmou o Unicef.

Pesquisa: Mulheres que sobrevivem à covid têm mais risco de doenças persistentes

Mulheres na casa dos 40 e 50 anos parecem correr mais risco de problemas de longo prazo depois de terem alta da covid-19. Muitas sofrem durante meses de sintomas persistentes, como fadiga, falta de ar e confusão mental, revelaram dois estudos britânicos divulgados hoje (24), em Londres. Uma pesquisa descobriu que, cinco meses depois de deixarem o hospital, pacientes da covid-19, que também eram de meia idade, brancas, mulheres e tinham outros problemas de saúde, como diabetes, doença pulmonar ou cardíaca, tendiam mais a relatar sintomas de covid-19 longa.

“Nosso estudo mostra que aqueles que tiveram os sintomas prolongados mais graves tendem a ser mulheres brancas de idades aproximadas de 40 a 60 anos, que têm ao menos dois problemas de saúde de longo prazo”, disse Chris Brightling, professor de medicina respiratória da Universidade de Leicester que coliderou o estudo conhecido como Phosp-Covid. Uma segunda pesquisa, conduzida pelo Consórcio Internacional de Infecções Respiratórias Agudas e Emergentes (Isaric), concluiu que mulheres de menos de 50 anos têm mais probabilidade de sofrer problemas de saúde de longo prazo piores do que homens mais velhos, mesmo que não tenham problemas de saúde subjacentes.

Consequências profundas: “Está se tornando cada vez mais claro que a covid-19 tem consequências profundas para aqueles que sobrevivem à doença”, disse Tom Drake, bolsista de pesquisa clínica da Universidade de Edimburgo, na Escócia, que coliderou o estudo do Isaric. “Descobrimos que mulheres mais jovens têm mais probabilidade de sofrer problemas de longo prazo piores”, acrescentou. O estudo do Isaric, que cobriu 327 pacientes, descobriu que mulheres de menos de 50 anos têm o dobro da probabilidade de relatar fadiga, sete vezes mais probabilidade de ter falta de ar e também mais chances de ter problemas relacionados à memória, mobilidade e comunicação.

O estudo Phosp analisou 1.077 pacientes masculinos e femininos que tiveram alta de hospitais do Reino Unido entre março e novembro de 2020 depois de terem a covid-19. A maioria dos pacientes relatou diversos sintomas persistentes depois de cinco meses, sendo os mais comuns dor nos músculos e nas juntas, fadiga, fraqueza, falta de ar e confusão mental. Mais de um quarto deles teve o que os médicos disseram ser “sintomas clinicamente relevantes de ansiedade e depressão” depois de cinco meses, e 12% tiveram sintomas de transtorno de estresse pós-traumático.

Rodrigo Muniz marca e ajuda Flamengo a derrotar Botafogo

O Flamengo contou com o faro de gol do atacante Rodrigo Muniz para derrotar o Botafogo por 2 a 0 no estádio Nilton Santos na noite desta quarta-feira (24). Com o resultado, o Rubro-Negro se tornou o líder isolado da Taça Guanabara do Campeonato Carioca com 12 pontos.

Jogando em São Januário, Vasco vence primeira no Carioca

O Vasco recebeu o Macaé no estádio de São Januário, no início da noite desta quarta-feira (24), e venceu por 3 a 1 pela 5ª rodada da Taça Guanabara do Campeonato Carioca. Este foi o primeiro triunfo do Cruzmaltino na competição, na qual ocupa a 8ª posição com cinco pontos. Já o Macaé é o lanterna, com apenas um ponto conquistado.

Em Volta Redonda, Palmeiras e São Bento empatam pelo Paulista

Nesta quarta-feira (25), São Bento e Palmeiras ficaram no 1 a 1 em jogo adiado da terceira rodada do Campeonato Paulista. A partida, após várias idas e vindas, foi disputada no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ). O Verdão (que atuou com uma equipe mista e ainda não mandou a campo força máxima na temporada) lidera o Grupo C com os mesmos oito pontos do Red Bull Bragantino, ficando à frente pelo saldo de gols (cinco a três). O Azulão, com dois pontos, é o lanterna do Grupo B, o mesmo do São Paulo.

Gaúcho: Internacional supera Caxias e vira líder

Jogando no Beira-Rio, em Porto Alegre, o Internacional derrotou o Caxias por 2 a 0, na noite desta quarta-feira (24), e assumiu a liderança do Campeonato Gaúcho.

Chapecoense perde invencibilidade no Catarinense para Hercílio Luz

Caiu a invencibilidade da Chapecoense no Campeonato Catarinense. O Verdão do Oeste foi superado por 1 a 0, nesta quarta-feira (24) na Arena Condá, em Chapecó (SC), em jogo da 5ª rodada da competição.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.