Plenário do Senado aprova indicação de Kassio Nunes Marques para o STF

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (21) por 57 votos a 10 e uma abstenção a indicação do desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), para Supremo Tribunal Federal (STF). Nunes foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Celso de Mello, que deixou a Corte poucas semanas antes de completar a idade limite para ocupar o cargo, de 75 anos. O nome do magistrado foi aprovado na tarde de hoje, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, após pouco mais de 10 horas de sabatina. O desembargador respondeu sobre diversos assuntos na CCJ, entre eles a separação dos poderes, ativismo judicial, combate à corrupção, a Lava Jato, porte de armas, crime de homofobia, presunção de inocência, entre outros.

Durante a sabatina, o magistrado se definiu com perfil “garantista”. Para ele, o chamado “garantismo judicial” significa a aplicação da lei e da Constituição e não pode ser confundido com leniência. “Sim, eu tenho esse perfil. O garantismo deve ser exaltado porque todos os brasileiros merecem o direito de defesa. Todos os brasileiros, para chegarem a uma condenação, precisam passar por um devido processo legal. E isso é o perfil do garantismo, que, de certa forma, pode estar sendo interpretado de uma forma diferente, inclusive com esse instituto do textualismo e o originalismo”, argumentou. Segundo Nunes, o “garantismo” não atrapalha o combate à corrupção ou favorece a impunidade. “Não verifico nenhum conflito entre ser um juiz garantista e isso de alguma forma atrapalhar o combate à corrupção. Ao contrário, acho que chegaremos a uma construção muito mais justa ao final e sem margem para nulidade no processo”, completou.

Sob a alegação de estar impedido de comentar casos que possa vir a julgar se for confirmado para uma cadeira no Supremo, o desembargador, por outro lado, deixou de responder a alguns questionamentos, incluindo temas como a redução da maioridade penal, demarcação de terras indígenas e o inquérito das fake news, que tramita no STF sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. “Em razão da norma contida no inciso III do art. 36 da Lei da Organização da Magistratura Nacional (Loman), eu, na condição de magistrado, não tenho condição de emitir nenhuma opinião sobre processo que esteja na relatoria de um outro membro do Poder Judiciário”, disse o desembargador, ao ser questionado sobre as fake news (notícias falsas).

Bolsonaro desautoriza Pazuello e suspende compra da vacina CoronaVac

A compra da vacina Coronavac pelo governo federal virou objeto de disputa política. O presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e suspendeu a compra do produto desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac com o Instituto Butantan, de São Paulo. O ministro Eduardo Pazuello anunciou nesta terça-feira (20) a compra de 46 milhões de doses da Coronavac. A medida foi elogiada pelos governadores

Mas, nesta quarta-feira (21) cedo, em uma rede social, o presidente disse: “A vacina chinesa de João Doria, qualquer vacina antes de ser disponibilizada à população, deve ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”. Em seguida, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, explicou que o ministério tem uma intenção e não quer comprar a vacina da China. “Não há intenção de compra de vacinas chinesas”, afirmou.

E o site oficial do ministério mudou a própria publicação. Nesta terça (20), a informação era de que o governo negociava a aquisição de 46 milhões, e que seria editada uma nova medida provisória para disponibilizar o crédito orçamentário de R$ 2,6 bilhões. Nesta quarta, se lê que Brasil negocia possível aquisição de 46 milhões de doses, sem referência a valores. O ministro Pazuello não apareceu publicamente. Ele foi diagnosticado com Covid. Segundo o ministério, seu estado de saúde é estável. Fontes afirmaram ao Jornal Nacional que Bolsonaro conversou com Pazuello por telefone duas vezes nesta quarta.

A resistência do governo federal com a Coronavac já vinha sendo demonstrada. Na semana passada, o governo anunciou o Plano Nacional de Imunização para 2021 sem citar a vacina do Instituto Butantan, o que provocou a reação dos governadores, que disseram que havia um componente político na decisão. Mas, na segunda-feira (19), o ministro enviou uma carta ao presidente do Butantan, Dimas Covas, informando a intenção de compra da vacina e pedindo documentos sobre o andamento das pesquisas, e deixando claro que a compra só será efetivada depois da liberação da vacina pela Anvisa.

Na tarde desta quarta, no interior de São Paulo, Bolsonaro voltou a dizer que não tem interesse na vacina chinesa: “Já mandei cancelar. O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós. Não sei se o que está envolvido nisso tudo é o preço vultoso que vai se pagar por essa vacina para a China”. Um dos argumentos do presidente Bolsonaro é que a Coronavac ainda não passou da fase de testagem e, por isso, não justifica um aporte financeiro bilionário. Mas o governo já aprovou a aquisição de outras duas vacinas que estão exatamente na mesma fase da vacina desenvolvida em São Paulo, e também sem aprovação da Anvisa: as vacinas AstraZeneca, de Oxford, e do consórcio Covax Facility receberam do governo R$ 4,4 bilhões.

O governador de São Paulo, João Doria, do PSDB, defendeu o acordo com a chinesa Sinovac. Ele diz que não se deve avaliar a origem da vacina, e sim a sua eficácia. Doria se reuniu com o presidente da Anvisa, Antônio Barra, e também com parlamentares. Nenhuma das vacinas testadas no Brasil contra o coronavírus ainda tem autorização da Anvisa. E a legislação deixa claro que só depois da autorização elas podem ser comercializadas.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, do PSB, disse que o critério não está em discussão. Mas ressaltou que a compra da vacina não pode ser politizada. “Neste momento, é preciso salvar vidas e é preciso libertar os brasileiros do coronavírus, e que a gente tem que estar juntos nesse trabalho. Questões ideológicas, questões eleitorais, devem ser deixadas de lado para que a gente possa caminhar na direção de salvar cada vez mais brasileiros do coronavírus”, destacou. No fim do dia, o presidente do Supremo, Luiz Fux, recebeu o governador João Doria. Na saída, o governador disse que eles não falaram sobre a Coronavac.

Ministro da Saúde testa positivo para covid-19

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, testou positivo para covid-19, segundo nota divulgada nesta quarta-feira (21) pela própria pasta.

De acordo com o comunicado, ontem (20), por volta das 23h, Pazuello foi submetido a exames clínicos médicos que confirmaram o diagnóstico. O teste PCR, que identifica o vírus de forma ativa, também foi realizado, mas o resultado ainda não foi liberado. O estado de saúde do ministro, segundo a pasta, é estável. Pazuello está no Hotel de Trânsito de Oficiais do Exército, onde reside, em Brasília, e é monitorado por uma equipe multiprofissional.

Senador Arolde de Oliveira, que morreu de covid, minimizou isolamento social

O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que morreu nessa 4ª feira (21.out.2020) por complicações com a covid-19, se mostrava um contumaz crítico do isolamento social. Aliado de Jair Bolsonaro, ele aplaudia sempre que o presidente se manifestava em pronunciamentos e redes sociais, mesmo que as falas fossem contrárias ao que defendiam autoridades médicas. Em 19 de abril, por exemplo, ele escreveu: “Os números do vírus chinês no mundo e no Brasil demonstram a inutilidade do isolamento social. Autoridades, alarmistas por conveniência, destruíram o setor produtivo e criaram milhões de desempregos. O Presidente @jairbolsonaro, isolado pelo STF, estava certo desde o início.”

Assim como Bolsonaro, o senador também defendeu o uso da cloroquina, medicamento que não tem qualquer comprovação científica de eficácia contra a covid-19. O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) tinha 83 anos e estava internado na UTI de 1 hospital no Rio de Janeiro. O Senado decretou luto oficial de 3 dias. O 1º suplente de Arolde de Oliveira é Carlos Portinho (PSD-RJ). Atualmente, ele é candidato a vereador, no Rio de Janeiro. Caso não assuma o cargo de Arolde, a vaga deve ficar com Renata Guerra (PSD-RJ).

Morre médico voluntário de testes da vacina de Oxford no Brasil

O médico carioca João Pedro Rodrigues Feitosa, 28 anos, voluntário nos testes da vacina de Oxford, morreu em decorrência de complicações da covid-19, no último dia 15. Segundo nota de pesar divulgada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde Feitosa estudou, ele estava atuando na linha de frente no combate ao novo coronavírus nas redes privada e municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

“A Reitoria da UFRJ juntamente com toda a comunidade universitária presta sinceras condolências aos familiares e amigos do nosso ex-aluno em meio a esse momento de tristeza que ceifou a vida do João, que havia acabado de se diplomar e não poupou esforços para atuar no enfrentamento da pandemia de covid-19 que já acumula mais de 40 milhões de casos no mundo”, diz, em nota, a universidade. Até o momento, aproximadamente 8 mil voluntários participaram de testes da vacina no Brasil. O estudo é randomizado e cego, ou seja, metade dos voluntários recebe o imunizante produzido por Oxford e a outra metade, não. Os participantes não sabem se receberam ou não a dose da vacina e não foi divulgado qual substância o médico recebeu.

Anvisa: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou hoje (21) a morte de um voluntário nos testes da vacina de Oxford no Brasil. A Anvisa foi informada do falecimento no último dia 19. Segundo a Agência, uma investigação foi realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança, que sugeriu o prosseguimento do estudo. A Anvisa informou que o processo segue em avaliação. “Com base nos compromissos de confidencialidade e ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo. Assim, o processo permanece em avaliação”, diz, em nota.

A Anvisa não confirma a identidade do voluntário e diz que os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, seguindo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas. “A Anvisa está comprometida a cumprir esses regulamentos, de forma a assegurar a privacidade dos voluntários e também a confiabilidade do país para a execução de estudos de tamanha relevância”, informa a nota.

Continuidade do estudo: Responsável pelo estudo no Rio de Janeiro, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor) diz, também em nota, que análises rigorosas dos dados colhidos até o momento “não trouxeram qualquer dúvida com relação a segurança do estudo, recomendando-se sua continuidade”. O Instituto afirma que, após a inclusão de mais de 20 mil participantes nos testes ao redor do mundo, todas as condições médicas registradas foram cuidadosamente avaliadas pelo comitê independente de segurança, pelas equipes de investigadores e autoridades regulatórias locais e internacionais.

A vacina desenvolvida pela AstraZeneca, em parceira com a Universidade de Oxford, é tida pelo governo brasileiro como uma das principais apostas para a imunização contra o covid-19 no país. No mês passado a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou o contrato de Encomenda Tecnológica (Etec) com a AstraZeneca. A Etec garante ao Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) o acesso a 100,4 milhões de doses do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para o processamento final (formulação, envase, rotulagem e embalagem) e controle de qualidade, ao mesmo tempo em que garante à Fiocruz a transferência total da tecnologia.

PF prende suspeitos de fraudes contra a Caixa

Policiais federais cumprem hoje (22) oito mandados de prisão temporária contra suspeitos de cometer fraudes contra a Caixa Econômica Federal. A Operação Abono, da Delegacia Federal de Niterói, também cumpre 11 mandados de busca e apreensão. De acordo com a Polícia Federal (PF), até as 8h já tinham sido presas oito pessoas, das quais sete tinham mandados de prisão contra elas e uma foi detida em flagrante por falsificação de documentos.

O grupo, que tinha participação de um funcionário da Caixa, é investigado por se utilizar de uma rede de falsificadores e sacadores para recebimento indevido de valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da cota PIS. Também eram feitas retiradas de valores de contas do banco. O prejuízo estimado é de R$ 2 milhões. A investigação já indiciou 23 pessoas. Mais seis já tinham sido presas anteriormente. Os investigados vão responder pelos crimes de estelionato qualificado, organização criminosa, peculato, crimes contra o sistema financeiro e lavagem de capitais.

Ibama determina recolhimento de brigadas de combate a incêndios

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) pediu aos agentes de combate a incêndios que interrompam os trabalhos desde a meia-noite desta quinta-feira (22) em todo o país. A decisão ocorre quase dois meses após o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmar que as operações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia e às queimadas no Pantanal seriam suspensas por bloqueio de verbas. O Ibama é subordinado ao ministério comandado por Salles.

Horas após o anúncio feito por Salles no fim de agosto, no entanto, ele foi desautorizado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que afirmou que “o ministro teve uma precipitação” e a verba não seria bloqueada. A circular de quarta-feira (21) que determina a suspensão dos trabalhos é assinada pelo Chefe do Centro Especializado Prevfogo/Dipro, Ricardo Vianna Barreto. O instituto não se manifestou a respeito

Ataque aéreo atinge mesquita e deixa 12 mortos e 14 feridos no Afeganistão

Um ataque aéreo do exército afegão atingiu uma mesquita e matou 12 pessoas e feriu 14 na província de Takhar, no nordeste do país, disseram autoridades locais nesta quinta-feira (22). Hadi Jamal, porta-voz de uma unidade militar afegã, confirmou o incidente, mas disse que “não está claro se o ataque matou acidentalmente civis e crianças” e disse que uma investigação foi aberta.

Segundo o correspondente do jornal “The New York Times” no Afeganistão, Mujib Mashal, o ataque aéreo “atingiu o lugar errado” e as 12 vítimas eram crianças que estavam estudando. Já o porta-voz da polícia de Takhar, Khalil Aseer, afirmou à agência de notícias France Presse que as vítimas eram 11 menores de idade e um imã que estavam estudando o Alcorão. O vice-presidente afegão, Amrullah Saleh, negou as informações em uma rede social: “A notícia de que crianças foram mortas em uma mesquita em Takhar é infundada”.

Faturamento do setor de turismo no Brasil tem redução de 33,6% em 2020

O faturamento do setor de turismo no Brasil foi de R$ 70,4 bilhões no acumulado de janeiro a agosto de 2020, resultado que representa uma redução de 33,6% em comparação a igual período de 2019. O levantamento, divulgado hoje (21), é da Fecomercio-SP, baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período analisado, o resultado negativo do setor foi puxado principalmente pela queda nas viagens aéreas (retração de 68,8%) e pelos serviços de hospedagem e alimentação (diminuição de 43,2%). Atividades culturais, recreativas e esportivas também apresentaram redução relevante, de 33,3%, de janeiro a agosto de 2020.

“Apesar dos resultados, o setor tem motivos para ficar mais otimista com os próximos meses: além da saída gradativa do isolamento, como se viu nos feriados nacionais de setembro e outubro, muitas operadoras de turismo brasileiras já têm pacotes fechados para o primeiro semestre de 2021”, destacou a Fecomercio-SP. A entidade ressaltou, no entanto, que os empresários do setor devem ser transparentes com seus clientes sobre as condições das viagens, informando as condições das operações de restaurantes, comércio e serviços, assim como sobre a estrutura médica disponível em cada destino.

Governo federal contabiliza 94 leilões de bens do tráfico em um ano

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça e Segurança Pública informou, nesta quarta-feira (21), que, de outubro de 2019 até outubro deste ano, foram arrecadados R$ 35 milhões com a venda de bens dos traficantes em 94 pregões. O montante contribuiu, juntamente com a conversão de mais de R$ 60 milhões em moedas estrangeiras, para o recorde de R$ 112 milhões do Fundo Nacional Antidrogas, gerido pelo ministério.

Ao todo, foram vendidos 2.700 itens, em 25 estados e no Distrito Federal, a partir do novo redesenho da Senad, que passou a contar com o apoio de leiloeiros cadastrados e comissões compostas por funcionários públicos nas unidades federativas, que ajudaram a agilizar os leilões junto com a secretaria. Até 2018, eram realizados, em média, seis leilões ao ano. O objetivo da Senad é ultrapassar a marca de 100 leilões até o final do ano em todo o Brasil. Já foram arrematados 2.100 veículos, sete aeronaves, cinco imóveis, 155 eletrônicos, 15 diamantes, cinco lingotes de ouro e 29 toneladas de ração usadas para camuflar o transporte de drogas, dentre outros itens.

Os pregões ocorreram nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, da Bahia, do Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, do Pará, da Paraíba, de Pernambuco, do Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, de Rondônia, Roraima, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e São Paulo. Até o fim deste ano, todos os estados deverão ser contemplados com algum leilão do tipo. Com a ampliação da competência da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, por meio do Decreto 9.662/2019, a Senad passou a regular a venda de bens apreendidos de outros crimes, como corrupção e lavagem de dinheiro. Dos 94 leilões realizados, 8 foram do patrimônio de crimes não ligados ao tráfico de drogas, com arrecadação de R$ 10 milhões.

Em outubro, a Lei 13.886/2019 completou um ano em vigor. Foi a medida que passou a permitir a venda do patrimônio perdido de crimes vinculados ao tráfico de drogas, em favor da União, a partir de 50% do valor avaliado, o que, segundo o governo, deu mais atratividade para os leilões. A lei prevê, ainda, a destinação de até 40% dos recursos da venda de bens apreendidos para o reforço das polícias estaduais e distrital, responsáveis pelas apreensões, desde que disponibilizem uma comissão para gestão de ativos apreendidos nas unidades federativas para auxiliar a Senad no controle e na alienação de bens apreendidos e na efetivação de suas destinações. Com alienação antecipada, prevista na Lei 13.840/2019, o juiz tem até 30 dias para decretar a venda do patrimônio apreendido do tráfico de drogas. Desde então, a Senad já recebeu 216 pedidos judiciais.

Anvisa diz que análise de vacinas contra covid-19 será técnica

A direção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou em entrevista coletiva hoje (21) que a análise de vacinas contra o novo coronavírus será técnica, independentemente do laboratório e do país de origem do tratamento. Segundo a Anvisa, a análise de qualquer vacina será realizada de acordo com os parâmetros científicos e técnicos definidos neste procedimento. A agência analisa a segurança da substância e sua eficácia, visando avaliar se o tratamento traz resultados e se pode implicar em efeitos colaterais que coloquem a saúde ou a vida das pessoas em risco.

O presidente da Anvisa, Antônio Barra, afirmou que não cabe à agência adiantar posições ou análises sobre as vacinas nem apresentar previsões de calendário ou de quando uma substância estará disponível à população. A prerrogativa do órgão, reforçou, é examinar os pedidos de registro e as informações científicas apresentadas para embasá-los. “A ação que esta agência tem no caso concreto dos protocolos vacinais é de aferição do desenvolvimento garantindo ao final do processo a qualidade, segurança e eficácia.

A Anvisa não participa de compra feita pelo governo de medicamento ou insumo. As políticas públicas são do MS. Para nós pouco importa de onde vem a vacina. Nosso dever é fornecer a resposta se produtos induzem ou não à imunidade e se vai combater o coronavírus”, destacou Barra. A diretora da Anvisa Alessandra Bastos declarou que a agência está atuando para avaliar os pedidos que chegam relacionados à covid-19, mas mantendo a segurança e as exigências dos protocolos. “Nossos técnicos avaliam se aquela fábrica está funcionando e que nessa vacina, independentemente de sua origem, seja produzida dentro de boas práticas de fabricação”, comentou.

Covid-19: Brasil tem 24.818 novos casos em 24 horas

O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta quarta-feira (21), mostra que em 24 horas, 24.818 novos diagnósticos de covid-19 foram confirmados. Também foram registrados mais 566 óbitos. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o país contabilizou 5.298.772 casos confirmados de covid-19. Até o momento,155.403 óbitos causados por essa doença foram registrados. Dados do ministério mostram que 4.756.489 brasileiros se recuperaram da doença. Atualmente, 386.880 pacientes estão em tratamento.

SP ultrapassa 1,073 milhão de casos de coronavírus

Balanço divulgado na tarde de hoje (21) pela Secretaria estadual da Saúde informou que o estado de São Paulo tem, até este momento, 1.073.261 casos confirmados do novo coronavírus, com 38.371 mortes. Do total de casos diagnosticados, 965.058 pessoas já estão recuperadas da doença.

Atualmente, há 7.287 pessoas internadas em todo o estado em casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus. Desse total, 3.184 pessoas estão internadas em unidades de terapia intensiva (UTI). A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 40,5% no estado, mesma taxa observada na Grande São Paulo.

SC: Estado confirma 238.833 casos, 227.644 recuperados e 2.998 mortes por Covid-19

Há 238.833 casos confirmados de Covid-19 em Santa Catarina, dos quais 227.644 estão recuperados e 8.191 permanecem em acompanhamento. O número foi divulgado nesta quarta-feira, 21. Desde o início da pandemia, 2.998 mortes foram causadas pelo coronavírus. Esses números colocam a taxa de letalidade em 1,26%.

>>> Confira aqui o boletim diário desta quarta-feira, 21
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

Já foram confirmados casos em todos os 295 municípios catarinenses e 231 cidades registraram pelo menos um óbito. O local com a maior quantidade de casos é Joinville, que contabiliza 23.775 casos, seguida por Florianópolis (16.926), Blumenau (12.899), São José (10.010), Itajaí (8.385), Criciúma (7.606), Balneário Camboriú (7.553), Chapecó (7.332), Palhoça (7.230) e Brusque (6.001).

Há 1.515 leitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado, dos quais 860 estão ocupados, sendo 195 por pacientes com confirmação ou suspeita de infecção por coronavírus. A taxa de ocupação geral é de 56,8% e há 655 leitos livres atualmente.

Paraná ultrapassa 200 mil infectados pela Covid-19

O Paraná chegou a 200.952 infectados pela Covid-19. A doença levou a óbito 4.986 paranaenses, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde divulgado nesta quarta-feira (21). Neste informe são relatados mais 1.168 novos casos e 35 óbitos. Há ajuste de caso confirmado detalhado ao final do texto.

INTERNADOS – Boletim desta quarta-feira relata que 707 pacientes com diagnóstico confirmado estão internados. São 579 pacientes em leitos SUS (268 em UTI e 311 em enfermaria) e 128 em leitos da rede particular (39 em UTI e 89 em enfermaria).

Há outros 856 pacientes internados, 404 em leitos UTI e 452 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – Os 35 pacientes que foram a óbito, relatados neste informe, estavam internados. São 17 mulheres e 18 homens, com idades que variam de 40 a 113 anos. Os óbitos ocorreram entre 12 de julho e 20 de outubro.

Os pacientes que foram a óbito residiam em Curitiba (6), Maringá (3), Araucária (2), Bandeirantes (2), Campo Largo (2), Cascavel (2), Pinhais (2) e São José dos Pinhais (2). A Secretaria da Saúde confirma também um óbito em cada um dos municípios de Castro, Colombo, Foz do Iguaçu, Guaraqueçaba, Ivatuba, Londrina, Mandirituba, Marialva, Missal, Nova Prata do Iguaçu, Rio Negro, São José das Palmeiras, Sertaneja e Uraí.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Secretaria da Saúde registra 2.098 casos de residentes de fora, 49 pessoas foram a óbito.

INTERNACIONAL

Pais de crianças separadas na fronteira EUA-México não são encontrados

Advogados e organizações sem fins lucrativos que buscam reunir famílias de imigrantes que foram separadas na fronteira dos Estados Unidos (EUA) com o México pelo governo do presidente Donald Trump, não conseguiram localizar os pais de 545 crianças até o momento.

Uma juíza federal norte-americana determinou que milhares de famílias que foram separadas na fronteira em 2017 e 2018 sejam reunidas, após um processo de 2018 movido pela organização American Civil Liberties Union (ACLU). Um documento sobre o caso, apresentado esta semana no âmbito de uma ação judicial, informou que alguns pais deportados sem seus filhos ainda não puderam ser localizados.

“Árduas buscas no terreno” por pais deportados para seus países de origem – muitos na América Central – foram complicadas pela pandemia de covid-19, afirma o documento. O republicano Donald Trump implementou, em maio de 2018, uma polêmica política de “tolerância zero” para processar famílias flagradas cruzando a fronteira ilegalmente e retirar seus filhos. Em meio a protestos internacionais, ele encerrou a política poucos meses depois do anúncio. O governo identificou mais de 4.200 crianças que podem ser protegidas pela ordem de reunificação.

Opas: América Latina não deve relaxar enfrentamento à pandemia

Os países latino-americanos não devem relaxar as medidas destinadas a conter a propagação do novo coronavírus até que as vacinas estejam disponíveis, disse nessa quarta-feira (21) o diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Marcos Espinal.

Em videoconferência com outras autoridades para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), Espinal afirmou que a América Latina não saiu da primeira onda da pandemia e que manter as medidas de contenção é crucial para evitar mortes desnecessárias. Na mesma conferência, a diretora-geral da Opas, Carissa Etienne, incentivou os países latino-americanos a participarem do projeto global de acesso a vacinas, conhecido como Covax.

EUAs: Ulitmo debate final acontece hoje entre Trump e Biden

O debate acontece hoje às 22h (hora de Brasília). Este segundo e último encontro terá mediação da jornalista Kristen Welker, apresentadora na NBC News. Após o primeiro debate ser marcado por interrupções, a comissão que organiza os eventos decidiu cortar o microfone dos candidatos quando o outro estiver respondendo à pergunta. Somente na discussão aberta, os dois poderão falar livremente. Porém, quem interromper dará direito ao adversário falar por um período extra, equivalente ao tempo em que foi interrompido. Para o presidente Donald Trump, o confronto final com Joe Biden antes das eleições tem clima de revanche.

Atrás do rival nas pesquisas, com mais de 30 milhões de votos já enviados, ele precisa assegurar um bom desempenho no debate em Nashville para compensar o fiasco do primeiro duelo. Para o democrata, esta noite basta o empate: evitar um erro grave, em vez de perseguir a vitória. O ponto fraco de Biden é o filho Hunter, que a campanha republicana tenta associar como intermediador de uma reunião entre um executivo da holding ucraniana Burisma e o ex-vice-presidente de Obama. Trump pressiona o procurador-geral William Barr para investigá-lo, após a publicação de reportagens do “New York Post”. Menos de 4% ainda estão indecisos. Na véspera do debate, 43% dos entrevistados pela pesquisa Economist/YouGov consideram que o encontro entre os dois candidatos não se faz necessário. Entre o universo de eleitores, 45% acreditam que Biden se sairá melhor no confronto desta noite, em oposição a 36% que confiam na performance de Trump.

LOTERIA

Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio acumulado de R$ 32 milhões

A Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira (22) um prêmio acumulado de R$ 32 milhões. É o segundo sorteio da Mega-Semana da Sorte, que oferece uma chance extra ao apostador, com três sorteios na semana: o primeiro foi realizado na última terça-feira (20), o segundo ocorrerá hoje, e o último, no sábado (24). As seis dezenas do concurso 2.311 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo. As apostas podem ser feitas até as 19h nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.  O volante, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50. De acordo com a Caixa, caso apenas um ganhador ganhe o prêmio principal e aplicasse todo o valor na poupança, ele renderia aproximadamente R$ 37 mil por mês.

FÓRMULA 1

Grosjean e Magnussen deixam Haas no fim de 2020; Schumacher e Mazepin favoritos às vagas

Romain Grosjean e Kevin Magnussen deixarão a equipe Haas no fim da temporada 2020 da Fórmula 1. O francês está no time desde a sua chegada à categoria, em 2016, enquanto o dinamarquês chegou no ano seguinte. A passagem de ambos tem sido marcada pela irregularidade, com alguns bons resultados mas diversos incidentes de pista, entre eles mesmos inclusive. A equipe americana deverá anunciar em breve sua dupla para 2021. Os mais cotados são o alemão Mick Schumacher, por pressão da Ferrari, que fornece motores e outros componentes, e o russo Nikita Mazepin, que tem um grande aporte financeiro de seus patrocinadores. A Haas também tem em sua lista seus atuais reservas, o brasileiro Pietro Fittipaldi e o suíço Louis Deletraz. Nas redes sociais, Grosjean agradeceu à equipe pelas cinco temporadas de parceria – o francês negocia com a Peugeot para o programa da montadora no Mundial de Endurance.

BRASILEIRÃO 2020 – 18ª RODADA

Corinthians vence Vasco e mantém invencibilidade de 10 anos

O Corinthians derrotou o Vasco por 2 a 1, nesta quarta-feira (21) no estádio de São Januário, em jogo que abriu a 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com este triunfo, a equipe do Parque São Jorge manteve uma invencibilidade de 10 anos para a equipe carioca.

LIBERTADORES 2020

Flamengo derrota Junior Barranquilla por 3 a 1

O Flamengo recebeu o Junior Barranquilla (Colômbia) nesta quarta (21) no estádio do Maracanã, e venceu por 3 a 1 para garantir a liderança do grupo A da Copa Libertadores. Com o triunfo desta noite o Rubro-Negro terminou a primeira fase da competição com 15 pontos, sendo seguindo pelo Independiente del Valle (Equador), com 12 pontos e que superou o Barcelona de Guayaquil (Equador) por 2 a 0 nesta quarta.

Palmeiras vence sobre o Tigre (Argentina)

O Palmeiras encerrou a sequência de quatro derrotas consecutivas com uma goleada de 5 a 0 sobre o Tigre (Argentina). A vitória desta quarta-feira (21), no Allianz Parque, em São Paulo, garantiu ao Verdão a melhor campanha da primeira fase da Libertadores pela terceira edição seguida. O Alviverde finalizou o Grupo B na liderança, com 16 pontos. É a mesma pontuação do Santos, primeiro colocado do Grupo G, mas a campanha palmeirense supera a santista no saldo de gols (15 a 5).

CAMPEONATO CEARENSE

Fortaleza vence Clássico-Rei outra vez e garante título cearense

O Fortaleza é bicampeão cearense. Nesta quarta-feira (21), o Leão do Pici venceu o Ceará por 1 a 0 na Arena Castelão, com gol do lateral Tinga, conquistando o título estadual pela 43ª vez na história. O time comandado por Rogério Ceni foi a campo com a vantagem de ter vencido a partida de ida, no último dia 30, por 2 a 1. O Tricolor poderia até perder por dois gols de diferença que levaria o título. Ao Ceará de Guto Ferreira, só uma vitória por dois gols ou mais serviria. Mesmo que o Alvinegro igualasse o placar agregado, em caso de triunfo por um gol, o rival ficaria com a taça, por ter campanha melhor.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná