Lewandowski dá 72 horas para Anvisa informar sobre análise da Sputnik

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou hoje (20) que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) envie informações sobre um pedido de uso emergencial da Sputnik V, vacina contra a covid-19 desenvolvida na Rússia. O ministro deu prazo de 72 horas para a Anvisa prestar os esclarecimentos e confirmar se, de fato, recebeu pedido de uso emergencial da vacina. As informações serão usadas por Lewandowski para decidir sobre um pedido do governo da Bahia que quer autorização para importar e distribuir vacinas mesmo antes da aprovação da Anvisa, desde que os imunizantes já tenham aval de autoridade sanitária estrangeira ou da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

A Sputnik V já foi aprovada e está sendo utilizada em países como Argentina, Bolívia, Paraguai e Venezuela, argumentou o governo da Bahia. No Brasil, representantes da empresa União Química têm se reunido com técnicos da Anvisa para tentar dar prosseguimento ao processo de aprovação. O pedido da Bahia foi protocolado em seguida a notícias de que a Anvisa recusou um pedido de uso emergencial da Sputnik V. Na segunda-feira (18), o Fundo de Investimento Direto da Rússia divulgou uma nota, por meio da Embaixada da Rússia no Brasil, negando que tenha havido a recusa da Anvisa. “Considerada a afirmação do autor, feita na petição inicial, de que já foi requerida a autorização temporária para uso emergencial da vacina Sputnik V, informe, preliminarmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, no prazo de até 72 (setenta e duas) horas, se confirma tal afirmação e, em caso positivo, esclareça qual o estágio em que se encontra a aprovação do referido imunizante, bem assim eventuais pendências a serem cumpridas pelo interessado”, escreveu Lewandowski no despacho desta quarta-feira.

China acelerará envio da matéria-prima de vacina de covid-19, diz Maia

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (20), após reunião virtual com o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, que o atraso na liberação de insumos chineses para a produção da CoronaVac no Brasil se deve a razões técnicas e não políticas. Maia destacou que o embaixador deixou claro que não há obstáculo diplomático para entrega do material para os imunizantes. Segundo o presidente da Câmara, o governo chinês se comprometeu em trabalhar para acelerar a exportação dos insumos para a fabricação de vacinas contra a covid-19 no Brasil. “O governo chinês vai trabalhar para acelerar a chegada desses insumos. O diálogo com o governo de São Paulo e o Instituto Butantan vai fazer com que a gente consiga avançar o mais rapidamente possível. A decisão do governo chinês é atender a população brasileira”, destacou. Rodrigo Maia disse ainda que, até o momento, a embaixada chinesa recebeu contato do governo brasileiro para tratar do tema.

Governo Federal: Por meio das redes sociais, o Ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que o governo federal é o único interlocutor oficial com o governo chinês. “O governo federal vem tratando com seriedade todas as questões referentes ao fornecimento de insumos farmacêuticos para produção de vacinas (IFA). O Ministério das Relações Exteriores, por meio da embaixada do Brasil em Pequim, tem mantido negociações com o governo da China”. Segundo o ministro, outros ministros têm conversado com o Embaixador Yang Wanming. “No dia de hoje, foi realizada com o Embaixador, uma conferência telefônica com participação dos ministros da Saúde, da Agricultura e das Comunicações”, destacou.

Ministro nega que questão política atrase entrega de vacinas por Índia e China, mas não dá prazo

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, negou nesta quarta-feira (20) que problemas políticos e diplomáticos tenham atrasado as negociações do Brasil com Índia e China, nas últimas semanas, para a importação de ingredientes e de vacinas prontas contra a Covid-19. Mesmo assim, Araújo afirmou que não há estimativa de quando esse material chegará. O Brasil enfrenta dificuldades para liberar uma carga de 2 milhões de doses da vacina de Oxford, produzida pelo governo da Índia em parceria com o instituto indiano Serum. Além disso, laboratórios brasileiros aguardam que a China libere a exportação de dois tipos de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) produzido em solo chinês. O IFA é a matéria-prima para que as vacinas sejam processadas e produzidas no Brasil.

O atraso afeta a produção brasileira da vacina de Oxford, prevista em um contrato da Fiocruz com o laboratório Astrazeneca; e a produção da CoronaVac, fruto de parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac. “Nós não identificamos nenhum problema de natureza política em relação ao fornecimento desses insumos provenientes da China. […] Nem nós do Itamaraty, aqui de Brasília nem a nossa embaixada em Pequim nem outras áreas do governo identificaram problemas de natureza política, diplomática”, afirmou Araújo.

O ministro deu as declarações aos membros da comissão externa criada pela Câmara dos Deputados para debater o enfrentamento à pandemia da Covid-19. O colegiado fez uma reunião informal já que, oficialmente, o Congresso Nacional está em recesso até o início de fevereiro. “Não verificamos nenhum percalço neste sentido. Nossa análise, coincidente com o mencionado pelas pessoas que me precederam aqui, é de que realmente há uma demanda muito grande por esses insumos, evidentemente, neste momento no mundo”, declarou Araújo.

O ministro, porém, afirmou não ter ainda estimativa de quando o Brasil irá receber os insumos da China nem as vacinas compradas da Índia. Apenas disse que a questão “está bem encaminhada” e que trabalha para que o prazo “seja o mais breve possível”. A indefinição sobre o cronograma de importação desses produtos coloca em risco a continuidade do programa de imunização brasileiro que pode ser interrompido se as novas doses não ficarem prontas até o início de fevereiro. Na terça (19), a Fiocruz informou que a entrega da vacina de Oxford contra a Covid-19 vai atrasar, de fevereiro para março, devido à demora na chegada do IFA. Fontes diplomáticas afirmaram nos últimos dias, que a postura do governo Jair Bolsonaro no cenário internacional é um dos fatores desse atraso nos trâmites comerciais.

Covid-19: PGR diz que cabe ao Legislativo apurar responsabilidades

A Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgou ontem (19) uma nota oficial em que afirma que cabe ao Poder Legislativo tomar providências diante de “eventuais ilícitos que importem em responsabilidade de agentes políticos da cúpula dos Poderes da República”. O comunicado afirma também que “segmentos políticos clamam por medidas criminais contra autoridades federais, estaduais e municipais”, mas acrescenta que o procurador-geral da República, Augusto Aras, já tem adotado providências que considera cabíveis em meio à pandemia, agindo “no âmbito de suas atribuições e observando as decisões do STF [Supremo Tribunal Federal] acerca da repartição de competências entre União, estados e municípios”. Na nota oficial, a PGR destaca o estado de calamidade pública decretado no ano passado pelo Congresso Nacional e afirma que a medida “é a antessala do estado de defesa”. Por esse motivo, “é tempo de temperança e prudência em prol da estabilidade institucional”, diz o texto. Em outra parte, a nota afirma ser necessário manter a ordem jurídica para preservar o Estado Democrático de Direito.

Pressões: A assessoria de imprensa da PGR confirmou que a nota foi redigida por Aras em resposta às pressões que tem recebido para processar autoridades federais no contexto da pandemia de covid-19. A intenção do texto, segundo o órgão, é destacar que os crimes de responsabilidade não são da alçada do chefe do Ministério Público Federal (MPF). A nota aponta, ainda, medidas tomadas pela PGR até o momento em meio à pandemia, com destaque para a fiscalização de verbas destinadas ao enfrentamento da pandemia e criação do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (Giac). Aras também frisou ter requisitado ao Ministério da Saúde a instauração de um inquérito sanitário para apurar a crise sanitária em Manaus, onde unidades hospitalares ficaram sem oxigênio, e ter pedido esclarecimentos ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre o ocorrido. Ele ressaltou ter aberto inquérito criminal para apurar a conduta de autoridades do Amazonas durante a crise.

Membros do MPF questionam nota sobre competências da PGR

Seis subprocuradores-gerais da República que integram o Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) divulgaram hoje (20) uma nota em que expressam preocupação com a afirmação do procurador-geral da República, Augusto Aras, segundo a qual “estado de calamidade pública é a antessala do estado de defesa”. O CSMPF conta, no total, com a participação de 11 subprocuradores. A frase consta em uma nota oficial divulgada ontem (19) pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na qual Aras pediu “temperança” diante de um possível agravamento da crise sanitária provocada pela covid-19. No mesmo texto, ele disse que cabe somente ao Legislativo apurar “eventuais ilícitos que importem em responsabilidade de agentes políticos da cúpula dos Poderes da República”.

Para os seis subprocuradores, a nota de Aras “parece não considerar a atribuição para a persecução penal de crimes comuns e de responsabilidade da competência da Supremo Tribunal Federal, conforme artigo 102, I, b e c, da Constituição Federal, tratando-se, portanto, de função constitucionalmente conferida ao Procurador-Geral da República, cujo cargo é dotado de independência funcional”. A nota é assinada por José Adonis Callou de Araújo Sá, José Bonifácio Borges de Andrada, José Eleares Marques Teixeira, Luiza Cristina Fonseca Frischeisen, Mario Luiz Bonsaglia e Nicolao Dino.

Eles defenderam que Aras precisa “cumprir o seu papel de defesa da ordem jurídica, do regime democrático e de titular da persecução penal, devendo adotar as necessárias medidas investigativas a seu cargo e sem excluir previamente, antes de qualquer apuração, as autoridades que respondem perante o Supremo Tribunal Federal, por eventuais crimes comuns ou de responsabilidade”. Os integrantes do CSMPF destacaram números da covid-19 e a crise sanitária em Manaus, em que unidades hospitalares ficaram ficaram sem oxigênio, e chamaram de “controvertida” a atuação do governo durante a pandemia. “Consideramos, por fim, que a defesa do Estado democrático de direito afigura-se mais apropriada e inadiável que a antevisão de um ‘estado de defesa’ e suas graves consequências para a sociedade brasileira, já tão traumatizada com o quadro de pandemia ora vigente”, conclui o texto.

PGR: A nota da PGR aponta as medidas tomadas pela procuradoria até o momento em meio à pandemia, com destaque para a fiscalização de verbas destinadas ao enfrentamento da pandemia e criação do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (Giac). Aras também frisou ter requisitado ao Ministério da Saúde a instauração de um inquérito sanitário para apurar a crise sanitária em Manaus, onde unidades hospitalares ficaram sem oxigênio, e ter pedido esclarecimentos ao Ministério da Saúde, sobre o ocorrido. Ele ressaltou ter aberto inquérito criminal para apurar a conduta de autoridades do Amazonas durante a crise.

Segundo o procurador-geral da República, é preciso garantir a manutenção da ordem jurídica durante a pandemia. “Neste momento difícil da vida pública nacional, verifica-se que as instituições estão funcionando regularmente em meio a uma pandemia que assombra a comunidade planetária, sendo necessária a manutenção da ordem jurídica a fim de preservar a estabilidade do Estado Democrático.” “O PGR [Augusto Aras] continuará investigando atos ilícitos e contribuindo para que a ordem jurídica, centrada na Constituição e nas leis do país, seja observada, a fim de que não haja o alastramento da crise sanitária para outras dimensões da vida pública”, destaca a nota .

ANPR: A Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) também divulgou nota nesta quarta-feira (20) na qual diz que “qualquer alusão, no atual estágio da democracia brasileira, a estados de exceção, inclusive aqueles previstos na própria Constituição, como os estados de sítio e de defesa, se mostra absolutamente desarrazoada e contrária à missão constitucional que foi incumbida precipuamente à instituição [Ministério Público] e a todos os seus membros”. “O Brasil passa por momento delicado, com uma pandemia em momento de recrudescimento responsável por ceifar a vida de mais de duzentos e dez mil cidadãs e cidadãos. Estamos bastante atrasados, em relação aos demais países, na obtenção e disponibilização da vacina que pode garantir esperança de novos dias ao povo brasileiro. Além disso, desde a semana passada, dezenas de brasileiros vieram a óbito em razão da falta de oxigênio necessário ao tratamento da covid-19 em casos mais graves”, acrescenta o texto.

Copom mantém juros básicos da economia em 2% ao ano

Em meio ao aumento da inflação de alimentos que começa a estender-se por outros setores, o Banco Central (BC) decidiu não mexeu nos juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 2% ao ano pela quarta vez seguida. A decisão era esperada pelos analistas financeiros. Em comunicado, o Copom informou que existem riscos tanto de alta como de queda da inflação. Segundo a autoridade monetária, a alta do preço das commodities (bens primários com cotação internacional) e a alta do dólar pressionam a inflação no início do ano. Por outro lado, o nível de ociosidade da economia e o aumento no número de casos de covid-19 diminuem a demanda e puxam para baixo os índices de preços. Com a decisão de hoje (20), a Selic está no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. Em julho de 2015, a taxa chegou a 14,25% ao ano. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2020, o indicador fechou em 4,52%, acima do centro da meta, de 4%. Para 2020, o Conselho Monetário Nacional (CMN) tinha fixado meta de inflação de 4%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 5,5% neste ano nem ficar abaixo de 2,5%. A meta para este ano foi fixada em 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que, em 2021, o IPCA fecharia o ano em 3,4% no cenário base. Esse cenário considera uma eventual alta da inflação no primeiro semestre, seguida de queda no segundo semestre. A projeção, por enquanto, está em linha com as previsões do mercado. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,43%.

Joe Biden toma posse como 46º presidente dos Estados Unidos

O democrata Joe Biden assumiu nesta quarta-feira (20) como o 46º presidente dos Estados Unidos em uma cerimônia com limitações provocadas pela pandemia de covid-19 e com forte esquema de segurança, após o ataque ao Capitólio no início do mês. A chapa composta por ele e a vice-presidente Kamala Harris obteve os votos de 306 delegados contra 232 de Donald Trump. Com a mão em uma Bíblia de 12,7 centímetros de espessura que está em sua família há 128 anos, Biden recitou as 35 palavras do juramento de “preservar, proteger e defender a Constituição” em uma cerimônia conduzida pelo juiz-chefe da Suprema Corte, John G. Roberts Jr., concluindo o processo às 11h49 (horário de Washington), 11 minutos antes de a Presidência formalmente mudar de mãos.

Biden chega à Presidência com a missão de unificar os Estados Unidos. Em tom conciliador, repetiu em vários momentos de seu discurso de posse que será o presidente de “todos os americanos”, “tanto para os que votaram em mim quanto para os que não votaram”. “Hoje é o dia da democracia”, disse Biden ao iniciar seu discurso. “A política não precisa ser fogo que queima e destrói tudo em seu caminho”, afirmou. “Nós precisamos ser diferentes disso. Nós precisamos ser melhores que isso”, completou.

Em seu discurso, ressaltou os efeitos do novo coronavírus, que provocou morte de centenas de milhares de americanos e afetou a economia, e as mudanças climáticas como desafios da sua administração. Biden ressaltou ainda que é momento de união para enfrentar inimigos como raiva, ódio, extremismo, violência, doença, desemprego e desesperança. “Superar esses desafios, restaurar a alma e garantir o futuro da América exige muito mais do que palavras e requer o mais elusivo de todas as coisas em uma democracia: a unidade”, argumentou Biden. O presidente afirmou ainda que “a política não precisa ser um fogo violento, destruindo tudo em seu caminho”. “Cada desacordo não tem que ser uma causa para uma guerra total. E devemos rejeitar a cultura em que os próprios fatos são manipulados e até fabricados”, disse.

Cerimônia: O evento foi marcado por uma limitação de pessoas em virtude da pandemia de covid-19, que já provocou a morte de mais de 400 mil pessoas nos Estados Unidos. Além disso, o ataque ao Capitólio no dia 6 de janeiro fez com que a prefeitura de Washington reforçasse a segurança da cidade. Na tarde de ontem, 25 mil membros da Guarda Nacional aguardavam a chegada de Biden, mais que o dobro do efetivo de cerimônias passadas. Apesar da tensão nos dias anteriores, a cerimônia ocorreu em clima de tranquilidade. Cerca de mil pessoas compareceram ao evento. Na área onde ficariam espectadores e convidados, 200 mil bandeiras americanas foram cravadas nos gramados do local. Os ex-presidentes americanos Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama participaram da cerimônia. O ex-vice-presidente Mike Pence também compareceu à transmissão de cargo.

Donald Trump não foi à cerimônia. A tradição de transferência de cargo não era rompida desde que em 1869 Andrew Johnson não compareceu à posse de Ulysses Grant. Em toda a história democrática americana, apenas três presidentes faltaram à transmissão de poder nos Estados Unidos: John Adams (1801), John Quincy Adams (1829) e Andrew Johnson. A cerimônia teve apresentação de Lady Gaga, que cantou o Hino Nacional americano. A artista Jennifer Lopez cantou This is Your Land America the Beautiful, em um gesto à comunidade latina, falou em espanhol durante a música: “Liberdade e justiça para todos!” O reverendo Silvester Beaman, da cidade de Wilmington, Delaware, deu bênção no final da cerimônia de posse de Joe Biden. Biden não realizará o desfile até a Casa Branca, substituído por um desfile virtual com a participação de pessoas de todo os Estados Unidos. Já o baile de posse será substituído por um especial de 90 minutos apresentado pelo ator Tom Hanks com a participação de vários artistas como Justin Timberlake, Bruce Springsteen, Bon Jovi e Demi Lovato. O evento será transmitido em vários canais, além das redes sociais.

Joe Biden: Joseph Robinette, conhecido como Joe Biden Jr. nasceu em 20 de novembro de 1942, em Scranton, no estado da Pensilvânia. O democrata é um advogado e político norte-americano, e foi vice-presidente de Barack Obama de 2009 a 2017. Aos 78 anos, Biden obteve 81,2 milhões de votos em uma disputa acirrada, marcada pelo recorde de eleitores e a intensa polarização política. O presidente empossado assume o cargo com a missão de unificar os Estados Unidos. Entre 1973 e 2009, Biden exerceu seis mandatos consecutivos como senador pelo estado de Delaware. A vida de Biden foi marcada por tragédias pessoais. Em 1972, ele perdeu sua primeira esposa, Neila, e sua filha, Naomi, em um acidente de carro, no qual seus outros filhos Beau e Hunter também ficaram gravemente feridos. Biden casou-se novamente em 1977, com Jill Tracy Biden. Joe e Jill Biden têm uma filha, Ashley, nascida em 1981. Em 2015, seu filho Beau Biden morreu, aos 46 anos, em consequência de câncer no cérebro.

Kamala Harris: Senadora pela Califórnia, Kamala Harris será a primeira mulher e a primeira pessoa negra a ser vice-presidente dos Estados Unidos. No cargo, ela também acumulará a posição de presidente do Senado. Nascida em 20 de outubro de 1964, Kamala Devi Harris é formada em artes pela Universidade de Howard e em direito pela Faculdade de Direito Hastings da Universidade da Califórnia.  Kamala Harris foi eleita procuradora-geral da Califórnia em 2010, reelegendo-se em 2014. Em 2016, elegeu-se senadora pela Califórnia. A vice-presidente é casada desde 2014 com o advogado Douglas Emhoff e não tem filhos. Com o Senado dividido igualmente entre democratas e republicanos (50 cadeiras para cada partido), Kamala Harris terá o voto decisivo em muitos momentos cruciais, já que como vice-presidente exerce o poder de desempate. Um de seus primeiros atos oficiais no cargo será dar posse aos novos senadores democratas, Rapahel Warnock, Jon Ossoff.

Biden anuncia retorno dos EUA ao Acordo de Paris

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou, nesta quarta-feira (20), o retorno dos Estados Unidos ao Acordo de Paris. Biden prometeu colocar os Estados Unidos no caminho do saldo zero em emissões de gases de efeito estufa até 2050. Biden e a vice-presidente Kamala Harris tomaram posse na tarde de hoje. Biden também revogou uma licença que era essencial para o projeto de oleoduto Keustone XL e uma moratória a atividades de exploração de óleo e gás no Refúgio Nacional da Vida Selvagem no Ártico.

O presidente também assinou pelo menos seis decretos relacionados à imigração. Entre os decretos, está a suspensão imediata da proibição da entrada nos Estados Unidos de pessoas oriundas de diversos países, principalmente muçulmanos ou africanos, interromper a construção de um muro na fronteira com o México e reverter uma ordem do ex-presidente Donald Trump que impedia que imigrantes ilegais fossem contados na próxima redefinição dos distritos eleitorais para o Congresso dos EUA.

Biden ainda assinou um memorando direcionando o Departamento de Segurança Nacional e o procurador-geral dos EUA a preservar o programa Daca, que protege de deportação imigrantes que chegaram ao país como crianças, e para reverter a ordem executiva de Trump que pede fiscalização interna mais rígida à imigração. O presidente também enviou ao Congresso um projeto de lei de imigração que abre caminho para a cidadania de imigrantes que vivem ilegalmente no país.

Bolsonaro cumprimenta Biden e diz ver ‘excelente futuro’ para a parceria Brasil-EUA

O presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta e publicou mensagem em rede social, nesta quarta-feira (20), para cumprimentar o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O comunicado foi divulgado horas após Biden tomar posse no cargo, em cerimônia em Washington. Aliado do ex-presidente norte-americano Donald Trump, Bolsonaro disse na rede social que Brasil e Estados Unidos têm longa e sólida relação, baseada “em valores elevados”. O presidente brasileiro citou a defesa da democracia e das liberdades individuais como elementos compartilhados entre os dois países.

“Sigo empenhado e pronto para trabalhar pela prosperidade de nossas nações e o bem-estar de nossos cidadãos”, afirmou Bolsonaro na rede social. Ainda segundo Bolsonaro, a carta enviada ao novo titular da Casa Branca exprime cumprimentos do Brasil pela posse e expõe uma “visão de um excelente futuro para a parceria Brasil-EUA”. Institutos e meios de comunicação anunciaram a vitória de Biden sobre Trump no dia 7 de novembro. A partir desse anúncio, vários líderes mundiais parabenizaram o democrata pela vitória. Bolsonaro, então alinhado ao governo Trump, só reconheceu a vitória de Biden 38 dias depois, em 15 de dezembro. Sem provas, o presidente do Brasil falou, mais de uma vez, em “fraude” no processo eleitoral norte-americano.

Na carta, divulgada por Bolsonaro nesta quarta, o presidente brasileiro diz ser “grande admirador dos Estados Unidos” e que, desde de que assumiu o poder no Brasil, passou a “corrigir” o que chamou de “equívocos de governos brasileiros anteriores”, que, segundo o presidente, “afastaram o Brasil dos EUA”. No encerramento da carta, o presidente brasileiro diz desejar “pleno êxito” a Biden durante o mandato. Jair Bolsonaro também pede ao norte-americano que aceite os votos de sua “mais alta estima e consideração”.

Ernesto Araújo: Pouco após as publicações de Jair Bolsonaro, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também comentou a posse de Biden em rede social.

“Com o PR Bolsonaro, o Brasil retomou a vocação de uma parceria profunda com os EUA, em benefício dos dois povos e da liberdade em todo o mundo. Esperamos, agora com o Presidente Biden, aprofundar essa parceria, diante dos novos desafios que se deparam aos nossos ideais comuns”, publicou o chanceler brasileiro.

Radar de R$ 10 milhões não funciona há 5 meses em SC

Pouco mais de um mês após a enxurrada que causou 21 mortes no Vale do Itajaí, o radar meteorológico de Lontras continua sem funcionar. Fora de operação há pelo menos cinco meses, o equipamento está em fase de ajustes finais para voltar à atividade, segundo a Defesa Civil estadual, que não deu data exata para o funcionamento. O radar foi inaugurado em 2014, com um investimento de R$ 10 milhões. Ele tem capacidade para cobrir 191 dos 295 municípios catarinenses.

Em dezembro, na época da enxurrada, a Defesa Civil do Estado afirmou que a inoperância dele não prejudicou os alertas que foram emitidos na noite do temporal. Mas prefeitos da região dizem que ele é importante para evitar problemas e “salvar vidas”. “O radar de Lontras ia ajudar mais a ver, mais ou menos, a quantidade de chuva, mas esse quantitativo a gente já possuía. Mesmo com o radar de Lontras ou sem o radar de Lontras, não havia como prever que esse acumulado de chuva ia acontecer num curto espaço de tempo”, disse o diretor de Gestão de Riscos da Defesa Civil, Felipe Gelain, logo após as enxurradas. O chefe da Defesa Civil estadual, Aldo Baptista Neto, afirmou que houve a substituição de uma peça e agora o radar passa por calibração.

Pfizer começa a imunizar voluntários que tomaram placebo em teste de vacina contra covid no Brasil

A Pfizer anunciou nesta quarta-feira, 20, que começará a imunizar neste mês mais de 1.400 voluntários que receberam placebo durante os testes no Brasil da vacina contra covid-19 desenvolvida pelo laboratório em parceria com a BioNTech. Em comunicado, a companhia informou que participantes do estudo em São Paulo e Salvador vão receber gratuitamente duas doses do imunizante. Apesar de a vacina não ter sido avaliada para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Pfizer disse que o procedimento está de acordo com as tratativas definidas junto ao órgão regulador e faz parte do termo de consentimento assinado pelos participantes no início da pesquisa.

“Os voluntários do estudo interessados em receber a vacina deverão entrar em contato com os centros e receberão todos os esclarecimentos necessários. Todos os participantes seguirão em acompanhamento no estudo, conforme estabelecido em protocolo”, informou a empresa. A vacina da Pfizer foi a primeira a ser aprovada para uso emergencial no mundo entre os principais laboratórios ocidentais e está sendo usada desde o ano passado para imunizar pessoas em países como Reino Unido e Estados Unidos.

O governo brasileiro, no entanto, não fechou acordo para comprar doses do imunizante. O presidente Jair Bolsonaro e autoridades do Ministério da Saúde reclamaram publicamente do que consideram exigências exageradas da Pfizer para fechar contrato. O laboratório rebate, alegando que essas exigências estariam em linha com o praticado em outros países. A Pfizer ainda não pediu sequer autorização para uso emergencial do seu imunizante no Brasil, ao contrário do que já ocorreu em outros países. Segundo a empresa, ela segue com o processo regulatório de submisão contínua de dados à Anvisa para obtenção do registro definitivo da vacina.

Governo de Santa Catarina reforça alerta devido à chuva intensa no estado

O Governo do Estado, por meio da Defesa Civil de Santa Catarina (DCSC), elevou o nível de alerta devido ao alto volume de chuva nas regiões do Planalto Norte, Litoral Norte e Vale do Itajaí. Nos últimos três dias, foram registrados volumes acima de 100 milímetros em 11 municípios, chegando a 207 em Garuva. Em caso de emergência, os catarinenses podem acionar a Defesa Civil pelo telefone 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193.

De acordo com o chefe da DCSC, coronel Aldo Baptista Neto, essas condições apontam para elevado risco de deslizamentos, enxurradas e alagamentos, já que a chuva deve se intensificar entre a noite desta quarta-feira, 20, e a madrugada desta quinta, 21. “A recomendação é que a população que reside nessas áreas em laranja e vermelho no mapa (acima) reforce a atenção em razão do risco de deslizamentos e enxurradas. É importante acompanhar os avisos e alertas no site, redes sociais e mensagens SMS da Defesa Civil do Estado e as recomendações do órgão em cada município”, afirma Neto.

Veja como se proteger

Alagamentos e inundações

– Evite contato com as águas e não dirija em locais alagados.
– Evite transitar em pontilhões e áreas submersas.
– Cuidado com as crianças nas áreas próximas a rios e ribeirões.

Deslizamentos de terra

– Fique atento a sinais como inclinação de postes e árvores, qualquer movimento de terra ou rocha perto da sua residência e aparecimento de rachaduras nas paredes.

SC: Matriz de Risco aponta nove regiões em estado gravíssimo e sete em nível grave

Matriz de Risco Potencial, divulgada nesta quarta-feira, 20, pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), classifica nove das 16 regiões de saúde catarinenses como em alerta gravíssimo (cor vermelha) para transmissão do novo coronavírus. No último boletim, publicado no dia 13, eram 13 as regiões no patamar mais alto para o risco de transmissão.

As regiões do Alto Vale do Itajaí, Carbonífera, Extremo Oeste, Extremo Sul Catarinense, Laguna, Médio Vale do Itajaí e Xanxerê foram classificadas em nível grave (cor laranja). Assim, são sete regiões neste patamar.


Arte: SES

>> Confira a matriz na íntegra aqui

Em relação aos dados da última semana, quatro regiões foram reclassificadas do nível gravíssimo para o grave: Extremo Oeste, Laguna, Extremo Sul e Xanxerê. A Grande Florianópolis retornou para o nível gravíssimo após permanecer uma semana no nível grave, estando com os níveis de monitoramento, transmissibilidade e óbitos no patamar mais alto de atenção. O Extremo Sul Catarinense é o que apresenta o nível de capacidade de atenção mais confortável, apresentando o nível moderado. A epidemiologista Maria Cristina Willemann destacou que seis regiões do estado apresentam ocupação dos leitos de UTI Covid inferior a 70%. “O número de óbitos e casos registrados nesta semana, se comparado com a última matriz, permanece estável”, disse.

Vacinas já chegaram aos 399 municípios do Paraná

Menos de 48 horas depois de desembarcarem no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, as doses da vacina contra a Covid-19 chegaram aos 399 municípios. Dessa maneira, o Governo do Estado, responsável pela logística de distribuição, alcançou 100% do Paraná. Segundo o balanço da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado às 15h30 desta quarta-feira (20), todas as prefeituras retiraram as suas doses nas Regionais de Saúde. No balanço anterior, das 13h, apenas Iporã, Tapira, Prado Ferreira, Guaraci, Miraselva e Mato Rico ainda não haviam buscado as ampolas.

As 132.540 doses da vacina Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, foram entregues às Regionais de Saúde terça-feira (19) – as últimas, de Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo, chegaram às 22h. Nesta quarta-feira a maioria dos municípios já começou a aplicar os imunizantes nos grupos prioritários: profissionais da saúde, idosos asilados e seus cuidadores, pessoas com deficiência severa e indígenas. A imunização é de responsabilidade das secretarias municipais de Saúde, mas dentro dos critérios do Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19. O outro lote dessa mesma vacina será encaminhado após três semanas, que é o intervalo de aplicação. O armazenamento está sendo feito no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), que conta com ampla estrutura de freezers e câmaras frias, além de questões de segurança. O Paraná recebeu do Ministério da Saúde 265.600 doses.

Brasil registra 1.340 mortes por covid-19 em 24h

O Brasil teve nesta quarta-feira o dia com o segundo maior número de novas mortes registradas em 2021. Em 24 horas, foram notificados 1.340 novos óbitos por covid-19. O resultado ficou atrás apenas do dia 7 de janeiro, quando foram confirmadas 1.524 novos falecimentos.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil – Divulgação/Ministério da Saúde

Com as novas mortes de hoje, as vidas perdidas para a pandemia do novo coronavírus subiram para 212.831. Ontem, o painel do Ministério da Saúde trazia 211.491 óbitos. Ainda há 2.811 falecimentos em investigação por equipes de saúde. Já o número de casos desde o início da pandemia totalizou 8.638.249. Entre ontem e hoje, as autoridades de saúde confirmaram 64.385 novos diagnósticos positivos de covid-19. Ontem, o número de casos acumulados estava em 8.573.864.

As informações constam do balanço diário do Ministério da Saúde. A atualização, produzida a partir do levantamento das secretarias de saúde dos estados sobre mortes e casos, foi divulgada na noite desta quarta-feira (20). Ainda há 860.796 pessoas com infecção ativa em acompanhamento por profissionais de saúde. Outras 7.564.622 pessoas já se recuperaram da doença.

Covid nos Estados

Na lista de estados com mais mortes, São Paulo ocupa a primeira posição (50.652), seguido por Rio de Janeiro (28.215), Minas Gerais (13.721), Ceará (10.243) e Pernambuco (10.098). As Unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (816), Acre (840), Amapá (1.016), Tocantins (1.330) e Rondônia (2.056).

Estado confirma 549.579 casos, 525.744 recuperados e 5.988 mortes por Covid-19

Santa Catarina já registrou 549.579 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, sendo que 525.744 se recuperaram e 17.847 estão em acompanhamento. O dado foi divulgado nesta quarta-feira, 20. A Covid-19 causou 5.988 óbitos no estado desde o início da pandemia. Esses números colocam a taxa de letalidade em 1,09%.

Em comparação com o dia anterior, houve mais 19 óbitos registrados. O total de confirmados aumentou 3.057, enquanto 3.403 pessoas passaram a se enquadrar nos critérios para serem consideradas recuperadas. Esses dados resultam num recuo de 365 no número de casos ativos.

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Todos os 295 municípios catarinenses já confirmaram ao menos um caso e 269 deles têm registros de óbitos. A estimativa do Governo do Estado é que 279 tenham casos ativos. O local com a maior quantidade de casos é Joinville, que contabiliza 50.738. Em seguida, estão Florianópolis (47.850), Blumenau (29.195), São José (22.517), Criciúma (20.628), Palhoça (16.333), Balneário Camboriú (15.959), Itajaí (15.514), Chapecó (14.799) e Brusque (14.287). A taxa de ocupação dos leitos de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina é de 78%. Isso significa que, dos 1.530 leitos existentes no estado, 337 estão vagos e 1.193 estão ocupados, sendo 513 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19.

Informe registra 3.743 casos novos e 55 mortes pela Covid-19 no Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20) mais 3.743 casos confirmados e 55 mortes pela Covid-19 no Paraná. Há ajuste ao final do texto. Os dados acumulados do monitoramento da doença mostram que o Estado soma agora 508.348 diagnósticos e 9.114 óbitos em decorrência da doença, desde o início da pandemia. Os casos divulgados nesta quarta-feira são de janeiro de 2021 (3.489) e dos seguintes meses de 2020: junho (4), julho (7), agosto (4), setembro (2), outubro (4), novembro (57) e dezembro (176).

INTERNADOS – O boletim da Secretaria da Saúde relata que há 1.337 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 internados. São 1.115 pacientes em leitos SUS (574 em UTI e 541 em enfermaria) e 222 em leitos da rede particular (94 em UTI e 128 em enfermaria). Há outros 1.397 pacientes internados, 512 em leitos UTI e 885 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – Os 55 óbitos divulgados no boletim desta quarta-feira são de 26 mulheres e 29 homens, com idades que variam de 33 a 95 anos. Os óbitos ocorreram entre 6 de julho de 2020 a 20 de janeiro de 2021. Os pacientes que foram a óbito residiam em Curitiba (6), Ponta Grossa (4), Cascavel (3), Campo Largo (2), Cornélio Procópio (2), Foz do Iguaçu (2), Maringá (2), Rolândia (2). A Secretaria da Saúde registra, ainda, a morte de uma pessoa em cada um dos seguintes de Andirá, Araucária, Assaí, Cambé, Campo Magro, Campo Mourão, Chopinzinho, Diamante D’Oeste, Espigão Alto do Iguaçu, Guaratuba, Ibiporã, Imbituva, Irati, Itaipulândia, Itambaracá, Jaguariaíva, Loanda, Londrina, Mangueirinha, Marumbi, Matelândia, Pérola, Piraí do Sul, Primeiro de Maio, Quitandinha, Realeza, Santa Mariana, São Miguel do Iguaçu, Sertaneja, Telêmaco Borba, Terra Boa e Tibagi.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Secretaria da Saúde também divulga 3.989 casos de residentes de fora,  sendo que 72 pessoas foram a óbito.

Forte explosão destrói fachada de edifício no centro de Madri

Uma forte explosão, por volta das 15h (11h, em Brasília) de hoje (20), destruiu parte de um edifício no centro de Madri, na Espanha. Segundo o jornal El País, há pelo menos duas mortes. As causas da explosão ainda não são conhecidas. A explosão atingiu a fachada de um edifício localizada na Rua de Toledo, no bairro La Latina, muito perto da Porta de Toledo, ao lado da igreja La Paloma. Neste momento, muitos policiais e pessoal das forças de proteção civil estão na área e fazem a evacuação da região, que foi completamente isolada, segundo imagens de emissoras de televisão.

ONU alerta que chuva pode piorar crise humanitária em Moçambique

Os diretores regionais da Organização das Nações Unidas (ONU) para a África Austral e Oriental alertaram hoje (20) que a crise humanitária em Moçambique vai piorar devido à estação das chuvas e pediram mais ajuda para a região afetada. “Com o número de deslocados aumentando diariamente, a falta de alimentação adequada, água, saneamento, abrigo, saúde, proteção e educação agrava-se uma situação já terrível, pela iminente estação de chuvas num país particularmente sujeito a extremos choques climáticos”, diz comunicado divulgado no mesmo dia em que foi concedida entrevista coletiva para alertar sobre a crise na província de Cabo Delgado.

“A crise no Norte do país é uma emergência complexa de segurança, de direitos humanos, humanitária e de desenvolvimento, sendo imperativo continuar a fornecer assistência para salvar vidas, enquanto se apoia coletivamente a construção de resiliência de longo prazo liderada pelo governo”, afirma a Declaração Conjunta sobre Moçambique. Os diretores regionais da ONU para a África Austral e Oriental chamam a atenção ainda para a “urgência de aumentar massivamente os investimentos em recuperação e resiliência” e mostram-se “profundamente preocupados com o agravamento da crise humanitária e a escalada da violência que forçou milhares a abandonarem as suas casas e os seus distritos na província de Cabo Delgado”.

O comunicado é divulgado semanas depois da visita desses diretores de seis agências da ONU a Moçambique, em dezembro, para avaliar a situação e as necessidades das populações deslocadas. “A crescente insegurança e a infraestrutura deficiente fizeram com que se tornasse mais difícil chegar às pessoas necessitadas e, com a pandemia de covid-19, a crise tornou-se ainda mais complexa”, no final da visita, que “permitiu aos participantes testemunharem em primeira mão o impacto da violência contínua em Cabo Delgado e mostrar apoio às comunidades afetadas e ao povo moçambicano”.

Para esses diretores, “há necessidade urgente de expandir os programas de proteção, saúde, alimentação e nutrição para crianças e mulheres vulneráveis, bem como as intervenções de vacinação e imunização e o aconselhamento psicossocial e de trabalho, para permitir que as famílias de agricultores e pescadores deslocados restabeleçam meios de subsistência sustentáveis”. Assim, alertam que é preciso mais apoio “para o reassentamento adequado de famílias deslocadas, as quais sobrecarregam os já limitados recursos das comunidades acolhedoras empobrecidas e retardam os esforços do governo para registar e assistir os deslocados com eficácia”. A missão conjunta contou com representantes da Organização Internacional para as Migrações (OIM), do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) e da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), entre outros. Participou também a coordenadora Residente das Nações Unidas e coordenadora Humanitária para Moçambique, Myrta Kaulard, e representantes do Centro de Resiliência do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Vulcão Etna entra em erupção na Itália

O vulcão mais dinâmico da Europa entrou em erupção e o fenômeno foi visível na parte leste da Sicília. A intensa atividade vulcânica envolveu as várias crateras da zona do cume e a lava transbordou, cobrindo de vermelho a montanha. As encostas do monte Etna, no sul de Itália, foram envoltas em rios e ribeiros de lava que fluíram para o desabitado Valle del Bove. A fonte de lava que jorrou da cratera sudoeste do Etna atingiu cerca de 2.900 metros acima do nivel médio do mar.

O especialista Boris Behncke disse que a ultima erupção ocorreu há quatro semanas, mantendo-se uma moderada atividade até a noite de dia 18. Esta é a primeira erupção de 2021. “Foi apenas mais um episódio de fontes e fluxos de lava, como os de 13, 21 e 22 de dezembro de 2020. Breve e espetacular e completamente inofensivo”, escreveu no Twitter. Em algumas cidades próximas, como em Fleri,  houve queda de cinzas, mas sem risco para a população.

O Observatório do Etna, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, explicou que a existência de ventos, que sopraram de norte para noroeste, favoreceu a dispersão das cinzas no sentido da costa e do Golfo da Catânia. As explosões vulcânicas expeliram rochas e lava colorindo o céu, transformando-se num espetáculo para a lente dos apreciadores de vulcões. As imagens tornaram-se virais. A atmosfera límpid, devido ao vento frio proveniente do norte, permitiu a visibilidade desde as montanhas Iblei até às ilhas Eólias. O Etna é um dos três vulcões ativos em solo italiano. Os outros são o Stromboli, na Ilha Stromboli, e o conhecido Monte Vesúvio, perto de Nápoles.

Mega-Sena acumula e prêmio vai para R$ 22 milhões

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do sorteio da Mega-Sena, realizado nesta quarta-feira (20), no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo. Os números sorteados no concurso 2.336 foram 08, 10, 20, 27, 28 e 50. O prêmio estimado para o próximo sorteio, no sábado (23), é de R$ 22 milhões. A quina teve 75 ganhadores, com prêmio individual de R$ 32.688,93. Foram 4.701 apostas ganhadoras da quadra e o prêmio para cada uma é R$ 745,02. As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

BRASILEIRÃO – SÉRIE A – 31ª RODADA

Inter humilha São Paulo no Morumbi e volta à liderança do Brasileiro

A noite de quarta-feira (20) foi mágica para o Inter no Morumbi. No mesmo estádio em que o Colorado abriu caminho para o título da Libertadores em 2006, com a vitória por 2 a 1 na primeira final, o time gaúcho atropelou o São Paulo por 5 a 1 e voltou à liderança do campeonato brasileiro. Com a goleada, o Colorado chegou aos 59 pontos e ultrapassou o próprio São Paulo, que segue com 57.

Bragantino goleia Vasco

No Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, o Bragantino goleou o Vasco da Gama por 4 a 1. O gol foi marcado pelo volante Ramires aos 14 minutos do primeiro tempo de cabeça depois de um bom cruzamento do Claudinho da esquerda. Aos 26 do segundo tempo, o meia Claudinho aproveita uma bela jogada ensaiada para ampliar o placar para o Bragantino. Aos 32, o meia vascaíno Gabriel Pec ainda descontou aproveitando rebote do goleiro. Aos 40, Claudinho do Bragantino fez o terceiro. E aos 47 Hurtado ainda teve tempo de marcar o quarto e fechar o placar.

Fluminense marca no fim e arranca empate com o Coritiba

Um gol do atacante Caio Paulista, aos 45 minutos do segundo tempo, salvou o Fluminense de uma derrota no Couto Pereira e evitou o que seria a segunda vitória seguida do Coritiba pela Série A do Campeonato Brasileiro. O empate por 3 a 3 nesta quarta-feira (20), porém, não ajuda muito nem as pretensões do Coxa, nem as do Tricolor.

Grêmio arranca empate com Atlético-MG, em Porto Alegre

O Grêmio e o Atlético Mineiro empataram em 1 a 1, na noite desta quarta-feira (20), em partida válida pela 31ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Com o empate em Porto Alegre, o Galo perdeu a chance de tirar a vice-liderança do Internacional. O Atlético-MG segue em terceiro lugar na classificação geral, com 54 pontos, mas a rodada só termina amanhã (21). O Grêmio soma 51 pontos e também continua, provisoriamente, ocupando a sexta posição na tabela. Apesar do resultado, o Tricolor gaúcho manteve a invencibilidade em 16 jogos no Brasileirão, um recorde do time na história do torneio.

Confira os jogos desta quinta-feira da 31ª rodada

O Brasileirão 2020 entrou em sua reta final com a tabela de classificação marcada pelo equilíbrio. Neste meio de semana será realizada a 31ª rodada, que pode mudar os rumos da competição, já que ela é marcada por confrontos diretos entre todas as equipes do G6.

Quinta-feira, 21 de janeiro
19h – Flamengo x Palmeiras
19h – Goiás x Ceará
19h – Fortaleza x Santos
21h – Corinthians x Sport

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.