Ritmo lento: SC usou apenas 32% do estoque de vacinas para Covid-19

O Secretário de Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, apresentou, nesta quarta-feira (10), os números aos deputados estaduais, que pressionaram pela lentidão e questionaram os procedimentos adotados pelo governo do Estado. Não há previsão para a conclusão das fases 1 e 2 da vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina, segundo informou secretário de Estado da Saúde nesta quarta-feira (10), durante sessão especial da Assembleia Legislativa. “A velocidade da vacinação é dependente do fornecimento de vacinas, estou em busca de respostas, tenho agenda com o Ministério da Saúde para discutir o quantitativo para o estado, novas remessas, temos de acelerar, senão levaremos alguns meses para cumprir as fases iniciais”, reconheceu André Motta Ribeiro, que lamentou não ter “respostas sobre vacinas que estão para chegar”. De acordo com o plano de vacinação da Secretaria de Estado da Saúde, a fase 1 abrange 426 mil pessoas e a fase 2, cerca de 844 mil, totalizando 1,2 milhão de catarinenses. A fase 1 compreende os trabalhadores da saúde, pessoas com mais de 75 anos, idosos em asilos e indígenas, enquanto a fase 2 está focada nas pessoas com mais de 60 anos.

Em contrapartida, o estado recebeu apenas 298 mil doses, quando seriam necessárias cerca de 900 mil para imunizar com duas doses os cidadãos incluídos na primeira fase. De acordo com o secretário, já foram aplicadas 96.596 doses, 53,7% do total disponibilizado ao estado pelo Ministério da Saúde. O percentual, conforme explicou Ribeiro, excede os 50% porque o estado já aplica a segunda dose da Coronavac, que precisa ser ministrada 15 dias depois da primeira. “Ontem começamos a aplicação da vacina para pessoas acima de 90 anos, essa decisão foi tomada com a participação de todos os municípios”, revelou o secretário, acrescentando que mais de 40% dos profissionais de saúde ainda não foram vacinados. “Os profissionais de saúde permanecem como prioridade, se houver sobras de vacinas de um grupo, tem de ser utilizadas entre profissionais de saúde, indígenas ou idosos”.

Divergência de percentuais: Respondendo a questionamento do deputado João Amin (PP), propositor da sessão espacial, Ribeiro ponderou que a diferença entre o percentual nacional (1,79%) de vacinados e o estadual (1,05%) se deve ao menor número de indígenas em Santa Catarina.

Vacinação dos profissionais da educação: Luciane Carminatti (PT) questionou o secretário sobre a possibilidade de vacinação dos profissionais de educação, dado o iminente retorno às aulas. Ribeiro informou que atualmente o quantitativo de vacinas não é suficiente para vacinar professores e servidores das escolas.

Compra de vacinas: Doutor Vicente Caropreso (PSDB) e Ismael dos Santos (PSD) perguntaram sobre a possibilidade de o estado adquirir vacinas para imunizar a população. Ribeiro negou a possibilidade e afirmou que os produtores de vacinas priorizam o ente federal. “Nenhum laboratório fecha acordo com estado algum sem a anuência do ente federal. Hoje os estados não estão liberados e, quando acontecer, que haja uma ação conjunta dos estados”, propôs o secretário. Entretanto, Ribeiro enfatizou que Santa Catarina tem interesse em adquirir vacinas. “Os recursos permanecem disponíveis e no momento adequado teremos de lançar mão”, informou o secretário, referindo-se a cerca de R$ 300 mi anunciados como reservados para vacinas.

Quilombolas: Carminatti cobrou de Ribeiro por que os quilombolas, incluídos na primeira fase no plano nacional, não estão sendo vacinados. “Eles estão previstos no segundo momento da fase 1, mas acolhida a necessidade, vamos fazer a discussão e começar a fazer a distribuição para este grupo prioritário”, garantiu Ribeiro.

Máscaras para crianças: Fernando Krelling (MDB) perguntou sobre o regramento para uso de máscaras pelas crianças, uma vez que a OMS antes indicava o uso para crianças acima de dois anos e agora sugere para acima de cinco anos. “Estamos revendo as regras postas para ver como vamos assumir o uso de máscaras para crianças”, informou Ribeiro, indicando que a decisão será tomada nos próximos dias.

Sessão concorrida: Também fizeram questionamentos  ao secretário os deputados Moacir Sopelsa (MDB), Kennedy Nunes (PSD), Marcius Machado (PL), Neodi Saretta (PT) e José Milton Scheffer (PP), líder do governo.

Autonomia do Banco Central é aprovada pela Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10) o projeto que prevê autonomia para o Banco Central. A matéria segue para sanção presidencial. O PLP 19/19 foi aprovado pelo Senado em novembro de 2020 e confere mandato de quatro anos para o presidente e diretores da autarquia federal. O texto estabelece que o Banco Central passa a se classificar como autarquia de natureza especial caracterizada pela “ausência de vinculação a ministério, de tutela ou de subordinação hierárquica”.

Para o relator do PLP, deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), a medida vai melhorar a nota do Brasil em relação aos investidores internacionais. O parlamentar reiterou que a proposta é discutida no Congresso há 27 anos. “[A matéria] vai dar ao Brasil um novo padrão de governança monetária, que vai dar um sinal muito importante ao mercado internacional, fazendo com que o Brasil possa melhorar a sua imagem internacional e, mais do que nunca, fazendo com que investidores possam analisar o Brasil como uma janela de oportunidades”, afirmou o relator.

Proposta: De acordo com o texto, o presidente indicará os nomes, que serão sabatinados pelo Senado e, caso aprovados, assumirão os postos. Os indicados, em caso de aprovação pelo Senado, assumirão no primeiro dia útil do terceiro ano do mandato do presidente da República. O projeto estabelece mandatos do presidente e diretores de vigência não coincidente com o mandato de presidente da República. Diretores e o próprio presidente da autarquia, que terá natureza especial e desvinculada de qualquer ministério, não poderão ser responsabilizados pelos atos realizados no exercício de suas atribuições se eles forem de boa-fé e não tiverem dolo ou fraude. Essa regra também se aplica aos servidores e ex-servidores das carreiras do banco e aos ex-ocupantes dos cargos da diretoria.

O texto prevê ainda que o presidente do BC deve apresentar a cada semestre ao Senado relatórios de inflação e de estabilidade financeira, explicando as decisões tomadas. O projeto estabelece ainda uma quarentena de seis meses para os membros da diretoria colegiada que deixarem o Banco Central. No período, eles não poderão ocupar cargos no sistema financeiro, mas continuarão recebendo salário do BC. Enquanto estiverem no cargo, o presidente e os diretores, e seus parentes, não poderão ter participação acionária em instituição do sistema financeiro.

Divergência: Contrários a matéria, parlamentares de siglas da oposição avaliaram que a proposta não vai blindar a autarquia de pressões político-partidárias. “Em hipótese alguma, será o Estado o gestor de um Banco Central com mandato, sem ambiente de pressão política. Porque o presidente da República quando indica um Banco Central para gerir a política monetária está exposta a pressão política. Para as agências, quando não protegem os interesses dos consumidores e, sim, dos prestadores de serviço, o conceito é captura. Nó teremos um Banco Central capturado, imaginem, pelos banqueiros, pelos da bufunfa e o povo brasileiro será preterido. Vai aumentar a pobreza e a miséria. Esta que é a realidade”, argumentou o deputado Afonso Florence (PT-BA).

Senado proíbe fechamento de hospitais de campanha

O Senado aprovou hoje (10) um Projeto de Lei que proíbe a desativação de hospitais de campanha enquanto não houver, nas localidades em que eles tenham sido implantados, ampla vacinação contra o novo coronavírus. De acordo com o texto aprovado, a “ampla vacinação” se refere a 70% da população brasileira. O projeto segue para a Câmara. Além disso, os hospitais de campanha só poderão ser desativados em determinado município ou estado caso haja leitos disponíveis em sua rede de saúde. O relator do projeto, Marcelo Castro (MDB-PI), acatou emendas que estabeleceram os critérios condicionantes específicos para fechamento ou não dos hospitais de campanha. Castro valorizou a importância dos hospitais de campanha para o atendimento à população.

“A instituição dos hospitais de campanha tem sido medida de grande importância para assegurar a manutenção da assistência prestada frente a grande demanda decorrente do surto de covid-19 no Brasil.”, disse. E prosseguiu “Essas unidades de saúde, ao acolherem os casos leves e moderados da virose, têm oferecido imprescindível suporte à rede de saúde convencional, a qual tem estado demasiadamente sobrecarregada com os casos mais graves da doença”.

Alguns senadores entenderam que o projeto se trata de uma “interferência indevida” à autonomia dos estados e municípios. Para eles, cada ente federativo conhece sua realidade bem o suficiente para saber quando deve fechar hospitais de campanha, baseados em dados de saúde e financeiros. A maioria dos parlamentares, no entanto, entendeu que a proposta é benéfica e apenas garante o atendimento.  “Estamos dizendo que os hospitais de campanha só podem ser desativados se tiver na central de regulação leitos suficientes para poder fazer face à desativação. Ou no caso de ter mais de 70% da população vacinada. Uma coisa ou outra.”, defendeu o relator da proposta. Tanto ele quanto outros senadores lembraram que novas variantes do covid-19 estão surgindo no país, com riscos de aumento de casos e agravamento de quadros de saúde no país.

Bancos não terão expediente durante carnaval

Em razão da pandemia de covid-19, muitos estados e munícipios brasileiros revogaram seus pontos facultativos e cancelaram suas festas e desfiles de carnaval. Apesar disso, a Federação Brasileira de Bancos (Febrabab) informa que, de acordo resolução do Banco Central, o calendário bancário está mantido e nos dias 15 e 16/02 – segunda e terça-feira de carnaval – não haverá atendimento ao público nas agências. Na quarta-feira de cinzas (17) o início do expediente será às 12h, com encerramento em horário normal de fechamento das agências.

STF adia decisão sobre reconhecimento do direito ao esquecimento

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou hoje (10) a conclusão do julgamento sobre o reconhecimento do direito ao esquecimento. A questão trata do uso da imagem de pessoas envolvidas em casos de grande repercussão em programas de televisão. Até o momento, o placar da votação está em 4 votos a 1 contra o reconhecimento do direito. Após a manifestação dos primeiros ministros que votaram, a sessão foi suspensa e será retomada amanhã (11). Na semana passada, a Corte começou a julgar o recurso da família de Aída Curi, uma jovem que foi assassinada após uma tentativa de estupro, em 1958, no Rio de Janeiro. O caso foi lembrado pelo programa Linha Direta, da TV Globo, em 2004.

A família de Aida pede o pagamento de danos morais pelo uso da imagem da vítima no programa e defendem o direito ao esquecimento do caso. Segundo a defesa, a reconstituição da morte provocou sofrimento aos parentes. Primeiro a votar, o relator, ministro Dias Toffoli, rejeitou o recurso dos familiares. No entendimento de Toffoli, o pretenso direito ao esquecimento não é compatível com a Constituição. Segundo o ministro, a liberdade de expressão não perde seu valor ao longo do tempo.

Na sessão de hoje, os ministros Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Rosa Weber também acompanharam o relator. Para a ministra é inconstitucional o reconhecimento do direito ao esquecimento. “Mostra-se incompatível com o estado de direito a imposição de restrições às liberdades de manifestação do pensamento”, afirmou. O ministro Edson Fachin reconheceu o direito ao esquecimento, mas entendeu que a questão deve analisada em cada processo que for julgado. “O direito ao esquecimento deve funcionar como trunfo. Independentemente do maior ou menor interesse que eventualmente tenham o indivíduo ou a sociedade, o juízo da Corte deve recair sobre as condições de imanência ou transcendência da informação em relação à esfera individual”, votou o ministro.

Fiocruz inicia descongelamento do IFA para produzir vacinas

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) iniciou hoje (10) o descongelamento do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) que chegou ao Brasil no sábado. Desde o desembarque, o insumo passou por checagens de controle de qualidade. Os 88 litros de IFA foram transportados a uma temperatura de -55 graus Celsius (ºC) e serão usados para a produção de 2,8 milhões de doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, parceiros da Fiocruz na fabricação por meio de um acordo de transferência de tecnologia.

Na próxima sexta-feira, terá início a formulação das doses, quando o IFA é diluído e misturado a estabilizadores, para que o composto mantenha seu poder de ação ao ser armazenado nos refrigeradores disponíveis no Sistema Único de Saúde. Em seguida, ocorre o envase das doses em frascos esterilizados, que são lacrados em um processo chamado de recravação. A partir daí, um equipamento é usado para inspecionar cada frasco e identificar possíveis danos e rachaduras, o que ocorre antes das doses serem rotuladas, momento em que recebem informações como a identificação do lote e a data de validade.

O primeiro lote com cerca de 90 litros do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção da vacina Oxford-AstraZeneca contra a covid-19, chega ao terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim-RIOGaleão
Tânia Rego/Agência Brasil
O primeiro lote e vacinas contra covid-19 produzido pela Fiocruz será embalado e passará, então, por um rígido controle de qualidade. A previsão da fundação é que apenas no dia 18 de fevereiro as vacinas serão liberadas para aprovação da Anvisa. Depois de todo esse processo, o Programa Nacional de Imunizações receberá o primeiro milhão de doses até 19 de março. .

Veja o infográfico sobre o processo de descongelamento do IFA:

Infográfico mostra o processo de descongelamento do IFA.
Edição: Claudia Felczak

UFMG desenvolve vacina contra a covid-19

Se tudo correr como previsto e houver os investimentos necessários, o Brasil terá uma vacina nacional contra o novo coronavírus (covid-19) em 2022. O primeiro imunizante nacional contra a covid-19 está sendo desenvolvido pelo Centro de Tecnologia em Vacinas (CT-Vacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto com outros estudos relevantes na mesma área de vacinas. 

A parceria firmada no dia 4 de fevereiro entre a UFMG, o governo de Minas Gerais e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) pode acelerar a produção de vacinas no estado, disse, em entrevista, a professora Ana Paula Fernandes, uma das coordenadoras do CT-Vacinas. Outros parceiros poderão participar do projeto, entre os quais a Fundação Ezequiel Dias (Funed), que tem uma fábrica para produção de vacinas. A professora disse que a parceria está sendo avaliada.

Testes: No ano passado, foram realizados testes em modelos animais (camundongos), quando a equipe do CT-Vacinas identificou os antígenos e a melhor composição nesse sentido. “Fizemos testes em animais, inclusive em animais transgênicos [geneticamente modificados], necessários para esse tipo de análise”, informou Ana Paula. A equipe está se preparando para lançar estudos clínicos, seguindo os parâmetros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para depois começar os testes em humanos.

Para definir qual vai ser a composição da vacina, serão feitos testes de toxigenicidade em outros dois modelos, que poderão ser ratos e coelhos, de modo a cumprir exigência da Anvisa. “Será preparado um lote piloto para testagem em animais, e que servirá também para humanos, e usa essa formulação para o teste clínico de segurança, inicialmente, imunogenicidade, e, depois, o teste de proteção”, disse a professora da UFMG. A perspectiva é que, havendo investimentos, os testes em humanos poderão ser realizados ainda este ano, disse a professora.

Independência: Na fase inicial do projeto e nas alternativas buscadas pelo CT-Vacinas, foram gastos R$ 5 milhões. Ana Paula Fernandes disse que para as fases 1 e 2 – testes em animais -, o valor dos investimentos oscila entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões. A etapa clínica, que envolve os testes em humanos, é bem mais cara, alcançando recursos em torno de R$ 100 milhões. Ana Paula destacou que esse investimento, embora seja elevado, “é menor do que aquele que está sendo feito para a transferência das tecnologias de fora”. “Esse processo vai ser, realmente, um marco histórico, que vai poder ser replicado para outros processos, para que o Brasil tenha independência nessa área estratégica”, disse a coordenadora do CT-Vacinas.

De acordo com Ana Paula, todos os países do grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), à exceção do Brasil, “conseguem abocanhar, digamos assim, uma fração considerável do mercado de insumos em vacinas mundialmente”, o que repercute de maneira positiva em suas balanças comerciais. “O Brasil tem competência para fazer isso. Precisa é colocar os elos da cadeia conectados”, disse a professora. Na avaliação de Ana Paula, o projeto da UFMG tem esse vínculo. Ela disse que, ao contrário do Instituto Butantan ou da Biomanguinhos, que estão trazendo tecnologia de fora e produzindo no Brasil, o CT-Vacinas está construindo um processo do início ao fim. “Estamos chamando de vacina de raiz”.

A coordenadora disse que a construção desse processo, o domínio dessas plataformas de tecnologia, são estratégicos, “e o Brasil não tem isso”. Ela lembra que todas as vacinas usadas em humanos no Brasil são de tecnologias importadas. Ana Paulo disse que a equipe do CT-Vacinas já dominou as diferentes plataformas para produção de vacinas em vetores virais, mas que isso não significa, entretanto, que em uma única vacina serão usados todos esses vetores ou uma combinação deles. No momento, segundo a professora, mesmo a partir da produção da primeira vacina nacional, o indicativo é que serão necessárias duas doses para imunização da população. “Mas ela é uma vacina muito mais fácil de ser produzida, porque o sistema de produção dela não tem a complexidade, por exemplo, de uma Coronavac”, tratando-se de uma alternativa mais simples e mais viável.

Continuidade: Ana Paula acredita que ao longo dos próximos meses serão concluídos os estudos clínicos da fase 1 e 2, de imunogenicidade e segurança em humanos, prevendo para o segundo semestre o início da fase 3, em humanos. A nova vacina deverá estar disponível no próximo ano. A professora da UFMG disse que uma vacina desse tipo vai continuar sendo necessária no Brasil porque, “hoje, a cada dia que passa, a gente tem mais certeza de que vamos entrar possivelmente em uma sistemática de doses anuais para coronavírus, assim como é para Influenza”.

Segundo Ana Paula, o vírus vai continuar circulando e variantes vão surgir, o que demandará plataformas que contornem o problema do surgimento dessas variáveis do coronavírus. A reitora da UFMG, Sandra Almeida, não tem dúvidas que a parceria com o MCTI e o governo mineiro “será fundamental não apenas para a continuidade do desenvolvimento do imunizante contra o coronavírus, mas também para as pesquisas com vacinas a longo prazo”. “Necessitamos, mais do que nunca, de articulação entre as universidades e os órgãos públicos estaduais e federais para garantir investimento contínuo”. Já o ministro Marcos Pontes disse que a vacina da UFMG, desenvolvida com tecnologia nacional, “é importantíssima para o estado [de Minas Gerais] e para o país e tem grande relevância para a ciência brasileira”.

Covid-19 deixa disfunções cognitivas em 80% dos pacientes, diz estudo

As histórias contadas por pacientes que se recuperaram da covid-19 são preocupantes. “Dormi em pé tomando banho”, “meu marido sofreu traumatismo craniano enquanto andava de bicicleta e dormiu”, “lembro-me de fazer o pedido da comida e de pagar por ele, mas não me lembro de ter comido”. Outro dado alarmante mostra ainda que essas sequelas não acontecem somente em pessoas que sofreram a doença no estágio mais grave. Pacientes que tiveram coriza ou outros sintomas mais leves e até mesmo os assintomáticos também foram diagnosticados com disfunção cognitiva em algum grau. É o que mostra o estudo inédito no mundo O uso do jogo digital MentalPlus®️ para avaliação e reabilitação da função cognitiva após remissão dos sintomas da covid-19, feito no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (InCor) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), conduzido pela neuropsicóloga Lívia Stocco Sanches Valentin.

Os resultados mostram que a recuperação física nem sempre implica na recuperação cognitiva, diz a pesquisadora, que também é professora da FMUSP. “Isso deixa clara a importância de se incluir na avaliação clínica dos pacientes pós-covid-19 de qualquer gravidade sintomas de problemas cognitivos como sonolência diurna excessiva, fadiga, torpor e lapsos de memória”, explica a médica, “para que, com o diagnóstico precoce, possa haver uma rápida intervenção terapêutica”. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aguarda os resultados finais do estudo para adotar a metodologia desenvolvida na pesquisa do InCor como padrão-ouro em âmbito mundial no diagnóstico e na reabilitação da disfunção cognitiva pós-covid-19.

Jogo digital avalia as disfunções: A pesquisadora usou o jogo digital MentalPlus®, criado por ela em 2010, para avaliar pessoas que tiveram covid-19 em vários estágios, idades e classes econômicas. “Este jogo nasceu para detectar possíveis disfunções neurológicas em pacientes que eram prejudicados após o uso de anestesia geral profunda. Esse mecanismo não só avalia como ajuda na reabilitação. Então decidi usar o MentalPlus® na pesquisa com pessoas que tiveram sintomas ou que testaram positivo para a covid-19. O resultado foi impactante: independentemente do grau da doença, da faixa etária ou do nível de escolaridade, os pacientes que tiveram sintomas podem sofrer de disfunção cognitiva”.

Resultados: A primeira fase do estudo foi feita com 185 pessoas, entre março e setembro de 2020. Atualmente são 430 pacientes em acompanhamento na pesquisa. Os resultados indicam que em 80% dos participantes da pesquisa o novo coronavírus ocasiona dificuldade de concentração ou atenção, perda de memória ou dificuldade para lembrar-se das coisas, problemas com a compreensão ou entendimento, dificuldades com o julgamento e raciocínio, habilidades prejudicadas, problemas na execução de várias tarefas, mudanças comportamentais e emocionais, além de confusão. Outra consequência detectada no estudo é a diminuição da capacidade visuoperceptiva. “Muitas pessoas perderam a coordenação motora e caem muito”, diz a especialista. Ela explica que, segundo exames de ressonância magnética funcional, isso acontece porque a função executiva é afetada em pessoas que já contraíram o Sars-Cov-2.

“Em uma pessoa saudável, essa função faz com que ela planeje o dia e busque estratégias para atenuar problemas, por exemplo. Se a pessoa perde essa função ou se ela ficar comprometida, isso pode interferir no trabalho e nas relações sociais, e, com isso, levar à depressão, ansiedade, angústia e agressividade”. A médica do InCor detalha que as sequelas cognitivas acontecem porque o vírus entra pelas vias aéreas, compromete o pulmão e, com isso, baixa o nível de oxigênio. “A dessaturação de oxigênio vai para o cérebro, acomete o sistema nervoso central e afeta as funções cognitivas”. Segundo o estudo, a memória de curto prazo de 62,7% dos participantes foi afetada. Já a de longo prazo, teve alterações em 26,8% dos voluntários. Em relação à percepção visual, o impacto foi notado em 92,4%.

“Por causa dos problemas que a covid-19 acarreta nos lobos parietais e occipitais; estes lobos são responsáveis pelo planejamento; organização visuoperceptiva e visuoconstrutiva; pelas sensações corporais; pelos movimentos primários entre outras funções importantes do ser humano”, explicou Lívia. Segundo a neuropsicóloga, o quadro é passível de reversão, por meio de exercícios cognitivos específicos como os do aplicativo MentalPlus® utilizado no estudo. Essa atividade funciona como uma “musculação mental”, explica a pesquisadora. Ao forçar a atividade do cérebro, o órgão é estimulado a um maior consumo de oxigênio, melhorando paulatinamente seu desempenho. “Quanto mais cedo tiver início a terapia cognitiva, mais rápida será a recuperação e, consequentemente, menores os prejuízos mental, emocional, físico e social para essas pessoas”. Quem deseja mais informações sobre o jogo digital deve entrar no site do InCor e acessar a página de voluntariado para pesquisa, no menu à direita. Nesta página é possível acesso o formulário de inscrições.

Brasil: Covid-19: mortes somam mais de 234 mil e casos, 9,6 milhões

O número de pessoas que não resistiram à covid-19 no Brasil subiu para 234.850. Em 24 horas, foram registradas 1.330 mortes. Há ainda 2.796 óbitos em investigação no país. Já o total de pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 9.659.167. Em 24 horas, foram confirmados pelas autoridades sanitárias 59.602 novos casos. Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta quarta-feira (10). O balanço é produzido a partir de informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde. Há, ao todo, 828.187 pessoas com casos ativos da doença em acompanhamento por profissionais de saúde e 8.596.130 pacientes já se recuperaram.

Covid nos Estados

Na lista de estados com mais mortes estão São Paulo (55.419), Rio de Janeiro (30.950), Minas Gerais (16.233) e Rio Grande do Sul (11.169). As unidades da Federação com menos óbitos são Acre (902), Roraima (924), Amapá (1.089), Tocantins (1.437) e Rondônia (2.433). Em número de casos, São Paulo também lidera (1.878.802, seguido por Minas Gerais (786.653), Bahia (616.789), Santa Catarina (601.833) e Paraná (577.734). De acordo com o ministério, o governo do Ceará enfrentou problemas técnicos que ocasionaram na ausência dos dados do estado no boletim desta quarta.

Boletim/situação epidemiológica da covid 19 no Brasil/10.02.2021'
Divulgação/Ministério da Saúde

SC: Estado confirma 601.833 casos, 577.675 recuperados e 6.626 mortes por Covid-19

O Governo do Estado informou que há 601.833 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus em Santa Catarina, sendo que 577.675 estão recuperados e 17.532 continuam em acompanhamento. O dado foi divulgado nesta quarta-feira, 10. A doença respiratória causou 6.626 mortes no estado desde o início da pandemia. A taxa de letalidade atual é de 1,1%.

>>> Confira aqui o boletim diário desta quarta-feira, 10
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

Casos de infecção pelo novo coronavírus já foram confirmados em todos os 295 municípios de Santa Catarina e 273 têm registro de ao menos um óbito. A estimativa do Governo do Estado é que 285 tenham casos ativos. A maior quantidade de pacientes que já confirmaram infecção está em Joinville, que contabiliza 56.335 casos. Na sequência, aparecem Florianópolis (52.679), Blumenau (31.982), São José (23.093), Criciúma (21.409), Palhoça (17.704), Balneário Camboriú (17.516), Chapecó (17.252), Itajaí (16.597) e Brusque (16.262). Há 1.534 leitos de UTI ativos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado, dos quais 1.172 estão ocupados, sendo 504 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19. A taxa de ocupação geral é de 76,4% e há 362 leitos vagos atualmente.

SC: Três pacientes do AM recebem alta após tratamento no estado 

Ana Simone, 45 anos, retornou nesta quarta para casa – Foto: Fabrício Escandiuzzi / SES

Três pacientes de Manaus que estavam internados no Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, receberam alta após o tratamento contra a Covid-19 e já estão retornando para casa.  O grupo chegou a Florianópolis na madrugada de domingo, 31 de janeiro, em jato executivo da Força Aérea Brasileira (FAB). Por conta da grave crise enfrentada no estado amazonense, com o sistema de saúde colapsado e falta de insumos para o tratamento da Covid-19, Santa Catarina ofereceu auxílio para o tratamento dos doentes.

André Carlos Chaves, 40 anos, e Ana Simone Assunção, 45, embarcam na noite desta quarta-feira com o sentimento de alívio por finalmente poder reencontrar os familiares. “Fomos muito bem tratados aqui em Santa Catarina. Creio que esse atendimento foi fundamental para a nossa recuperação”, disse André, que retorna para casa para cuidar da esposa e filha, diagnosticadas com covid-19 na última semana. “Agora é minha vez de cuidar delas”. Mãe de um adolescente de 13 anos e de uma menina de 5, Ana Simone disse que o cuidado humanizado foi o que mais fez a diferença em sua recuperação. “Chegamos aqui muito debilitados, numa situação de muito medo. Ganhei aqui uma nova chance para viver. Esse tratamento e principalmente o carinho, foram coisas que nunca vi”, afirma, emocionada. “Sou grata por ter encontrado os profissionais do Hospital Nereu Ramos em meu caminho.  Se não fosse por eles e por Deus, eu não estaria curada. Vou matar a saudade. Volto para casa bem, feliz, curada e acima de tudo, podendo respirar”.

A terceira paciente a receber alta, Ruth Vieira de Araújo irá embarcar para o Amazonas nesta quinta-feira, 11, em voo custeado pelo Ministério da Saúde. Ela revelou que o maior medo ao ser transferida para um estado localizado a milhares de quilômetros de sua casa era o de ficar sozinha, mas isso não aconteceu. “Você sabe o que é uma médica ligar para sua família três vezes ao dia para dar notícia? Nunca tinha visto algo assim”, afirma. O grupo recebeu cartas de uma moradora de Florianópolis desejando pronto restabelecimento, além de apoio de religiosos locais como o padre Vilson Groh. Ruth agradeceu a dedicação de todos os servidores do hospital. “Nunca me senti tão amada, tão acarinhada, tão querida por pessoas que sequer me conheciam. Isso foi um atendimento VIP!”, disse. “O hospital não é referência só em tratamento de doenças contagiosas. É referência em atenção ao ser humano. Nunca pensei em vir a Florianópolis, mas já ganhei uma passagem do meu filho para voltar. E vou voltar na boa, de turistona”.

Paraná: Governo prorroga toque de recolher até 28 de fevereiro

Decreto que estende até o fim do mês a restrição de circulação e o distanciamento social foi assinado nesta quarta-feira (10). O chamado toque de recolher está em vigor desde o início de dezembro de 2020 para conter a propagação do coronavírus. O Governo do Estado prorrogou até 28 de fevereiro as medidas dispostas no Decreto nº 6.294, de 3 de dezembro de 2020, que tratam sobre restrições de circulação e de distanciamento social, para evitar a propagação do novo coronavírus e conter o aumento das infecções no Paraná.  É a quinta prorrogação das medidas. A decisão leva em conta a situação da pandemia e a capacidade de resposta do sistema de saúde estadual.

O decreto nº 6828, assinado nesta quarta-feira (10), mantém em vigor a limitação de horário para circulação de pessoas no período noturno, o chamado “toque de recolher”, das 23 horas às 5 horas. Apenas serviços essenciais ficam liberados da restrição. Também permanece a proibição, nesse mesmo horário, da comercialização e do consumo, em vias e espaços públicos, de bebidas alcoólicas. Continuam proibidos confraternizações e eventos presenciais que causem aglomerações, com grupos de mais de 25 pessoas, excluídas da contagem crianças de até 14 anos, com exceção dos eventos na modalidade de drive-in. Já as atividades religiosas de qualquer natureza deverão observar as regras e exigências fixadas pela Secretaria de Estado da Saúde em ato normativo próprio.

A fiscalização do cumprimento das medidas é de responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, e da Secretaria de Estado da Segurança Pública, por meio da Polícia Militar do Estado, em cooperação com as guardas municipais. O decreto entra em vigor nesta quinta-feira (11). As medidas poderão ser prorrogadas de acordo com o cenário epidemiológico da Covid-19, que avalia a taxa de reprodução do vírus e a capacidade de leitos de UTI exclusivos para o atendimento de pacientes infectados.

Confira o decreto 6828

Mais de 573 mil paranaenses já foram infectados pela Covid-19 – 225 mil estão imunizados

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quarta-feira (10) 2.436 novos casos confirmados e 21 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 573.431 casos confirmados e 10.489 mortos em decorrência da doença.  Os casos divulgados são de fevereiro (2.216) e janeiro de 2021 (103) e, dos seguintes meses de 2020: julho (3), agosto (1), setembro (1), outubro (4), novembro (19) e dezembro (89).

VACINA – O Paraná vacinou 225.044 pessoas contra a Covid-19 até esta quarta-feira (10). Ao todo, o Estado recebeu 538.900 doses do Governo Federal até o momento.

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INTERNADOS – 1.349 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados. São 1.156 pacientes em leitos SUS (600 em UTI e 527 em leitos clínicos/enfermaria) e 222 em leitos da rede particular (94 em UTI e 128 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 1.315 pacientes internados, 450 em leitos UTI e 865 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A secretaria estadual informa a morte de mais 21 pacientes. São 11 mulheres e 10 homens, com idades que variam de 1 a 85 anos. Os óbitos ocorreram entre 26 de novembro de 2020 a 10 de fevereiro de 2021. Os pacientes que foram a óbito residiam em: Curitiba (4) e Guarapuava (2), além de um óbito em cada um dos seguintes municípios: Antonina, Arapongas, Cornélio Procópio, Coronel Vivida, Guaíra, Itapejara D’Oeste, Londrina, Maringá, Missal, Nova Laranjeiras, Paranavaí, Santa Isabel do Ivaí, Sarandi, Terra Boa e Umuarama.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Sesa 4.303 registra casos de residentes de fora, 81 pessoas foram a óbito.

Confira o informe completo clicando aqui.

Pode ser uma imagem de texto que diz "BOLETIM DIÁRIO CORONAVÍRUS DO IA 10/02/2021. ATUALIZAÇÃOÀ IZAÇÃO 14H30 PARANÁ 573.431 CASOS CONFIRMADOS 12.988 CASOS EMINVESTIGAÇÃO 1.267.026 CASOS DESCARTADOS 424.760 CASOS RECUPERADOS 10.489 ÓBITOS PR.GOV.BR PREVINA-SE: WWW.CORONAVIRUS.PR.GOV.BR"

OMS: especialistas começam a deixar a China sem resultados conclusivos

Especialistas da missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregados de investigar as origens do novo coronavírus começaram hoje (10) a deixar a China, país que consideram o “início do caminho” para desvendar a origem da covid-19. “A equipe está trabalhando até sair [da China]. Esse é apenas o início do caminho, com muito trabalho a ser feito, seguindo as pistas dos nossos colegas chineses”, afirmou o britânico Peter Daszak, membro da missão, na rede social Twitter. “Muito orgulhoso de nossas conquistas e realista sobre o percurso que nos espera”, acrescentou. Também Marion Koopmans, virologista holandesa, declarou-se “exausta”, mas comemorou a missão de 27 dias a Wuhan, a cidade chinesa onde foram diagnosticados os primeiros casos de covid-19. “Estou realmente ansiosa para dar os próximos passos”, escreveu também no Twitter.

A epidemiologista dinamarquesa Thea K. Fischer, que considerou na mesma rede social que a missão foi uma “experiência única”, apontou duas teorias preliminares sobre as origens do vírus: por meio de um animal que serviu de hospedeiro intermediário para humanos ou de algum alimento congelado. Essa segunda teoria tem sido defendida pela China repetidamente, nos últimos meses, após a detecção de vestígios do vírus em alguns produtos congelados importados pelo país asiático. A investigação é extremamente sensível para o regime comunista, cujos órgãos oficiais têm promovido teorias que apontam que o vírus teve origem em outros países. 90O governo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump acusou o Instituto de Virologia de Wuhan de ter deixado o vírus escapar, voluntariamente ou não.

Peter Daszak admitiu que a equipe teve de fazer suas investigações num ambiente de pressão política. O chefe da missão, o especialista em zoonose dinamarquês Peter Ben Embarek, descartou que o vírus tenha tido origem em um laboratório, e considerou a possibilidade de que tenha chegado à China por meio de produtos congelados. “Tudo continua a apontar para um reservatório desse vírus, ou um vírus semelhante, nas populações de morcegos”, seja na China, em outros países asiáticos ou mesmo em outros lugares, defendeu. Acrescentou que rastrear o percurso do vírus ainda é um “trabalho em andamento”. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2,32 milhões de mortes no mundo, resultantes de mais de 106,4 milhões de casos de infeção, segundo balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus, detectado no final de dezembro de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Biden retira pedido de anulação da lei de saúde Obamacare

O Departamento de Justiça norte-americano declarou ao Supremo Tribunal que considera válida a Lei dos Cuidados de Saúde aprovada no governo Barack Obama, cuja anulação havia sido pedida pelao ex-presidente Donald Trump. Em carta citada pela AP, o Supremo Tribunal é notificado pelo Departamento da Administração Biden que “os Estados Unidos deixaram de aderir às conclusões da declaração anteriormente apresentada” relativa à Lei dos Cuidados de Saúde Acessíveis, conhecida por Obamacare, por ter sido uma das bandeiras do ex-presidente democrata Barack Obama. O governo de Donald Trump argumentava que a disposição legal do Obamacare, de que a contratação de um seguro de saúde era obrigatória, violava a Constituição, na linha do que era defendido por alguns estados de maioria republicana, como o Texas.

Na carta submetida ao Supremo Tribunal, o Departamento de Justiça sustenta que a lei deve ser mantida e que não é lesiva à Constituição a referida disposição. Essa lei, entretanto, foi alvo de uma revisão em 2017, que retirou as penas por falta de cumprimento dela. O Departamento defende que, mesmo que seja declarada ilegal a obrigatoriedade de contratação de seguro de saúde, isso não torna inconstitucional todo o pacote legislativo – ao contrário da administração Trump, que defendia que o dispositivo era central à lei e, portanto, punha em causa sua constitucionalidade. Aprovado em 2010, com Joe Biden como vice-presidente, o Obamacare estendeu a cobertura de seguro de saúde a mais de 23 milhões de pessoas que estavam fora do sistema.

Também impediu situações de exclusão de pessoas a quem, muitas vezes, eram negados cuidados com base no argumento jurídico de que as suas doenças – incluindo câncer – eram “condições pré-existentes” à contratação do seguro, o que deixava como única solução para acesso a tratamento a utilização de poupanças pessoais ou a venda ou hipoteca de bens, incluindo habitação. Biden já afirmou que pretende reforçar o Obamacare, incluindo no sistema principalmente pessoas que tenham ficado sem acesso ao seguro de saúde pela perda de emprego, devido à crise causada pela pandemia de covid-19. O caso Obamacare é o terceiro em que o nov governo norte-americano inverte a posição defendida por Trump. Os outros dois estão relacionados à imigração: a construção do muro entre os Estados Unidos e o México com fundos do Departamento de Defesa e a obrigatoriedade de candidatos ao estatuto de refugiado terem de esperar pelas suas audiências no lado mexicano da fronteira.

LOTERIA

Ninguém acerta a Mega-Sena e prêmio acumula em R$ 11 milhões

Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.343 da Mega-Sena.  O sorteio foi realizado na noite dessa quarta-feira (2) no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo. De acordo com a estimativa da Caixa, o prêmio acumulado para o próximo sorteio, no sábado (13), é de R$ 11 milhões. As dezenas sorteadas foram as seguintes: 04 – 31 – 42 – 45 – 49 – 56. A quina registrou 24 apostas ganhadoras. Cada uma vai pagar R$ 83.892,90. A quadra teve 2.507 apostas vencedoras. Cada apostador receberá R$ 1.147,31. As apostas para o concurso 2.344 podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo país ou pela internet. O volante, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

TÊNIS: Aberto da Austrália

Thiago Monteiro cai para número 8 do mundo e deixa Aberto da Austrália

O brasileiro Thiago Monteiro se despediu do Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam de 2021, na madrugada desta quinta-feira (11). Número 74 do ranking mundial de simples da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), o cearense foi derrotado pelo russo Andrey Rublev, oitavo do mundo e sétimo cabeça de chave do torneio disputado em Melbourne (Austrália), por 3 sets a 0, com parciais de 4/6, 4/6 e 6/7 (8/10). O jogo foi válido pela segunda rodada da competição.

Foi a primeira vez que o Monteiro chegou à segunda rodada do Aberto da Austrália. Na estreia, o tenista cearense de 26 anos bateu o eslovaco Andrej Martin por 3 sets a 0, com parciais de 7/6 (8/6), 6/1 e 6/2. A melhor campanha dele em um Grand Slam foi na edição 2020 de Roland Garros, em Paris (França), quando caiu na terceira rodada. Na terceira rodada, Rublev terá pela frente o espanhol Feliciano López. O tenista número 65 do mundo derrotou o italiano Lorenzo Sonego, 35º do ranking da ATP e 31º cabeça de chave do torneio, por 3 sets a 2, de virada, com parciais de 5/7, 3/6, 6/3, 7/5 e 6/4.

FUTEBOL – BRASILEIRÃO – SÉRIE A

Sport vence e Internacional perde chance de disparar na ponta

O Internacional perdeu a chance de abrir distância na liderança da Série A do Campeonato Brasileiro. Nesta quarta-feira (10), o Colorado teve interrompida uma invencibilidade de 12 jogos pela competição ao ser derrotado pelo Sport por 2 a 1, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, pela 35ª rodada.

Fortaleza vence o Vasco

Em Fortaleza, o Leão do Pici recebeu o Vasco na Arena Castelão e venceu por 3 a 0, chegando aos mesmos 41 pontos do Rubro-Negro pernambucano, ficando uma posição atrás (15º) por ter uma vitória a menos. Neste domingo, os tricolores do Ceará visitam o Palmeiras no Allianz Parque, em São Paulo, às 18h15.

Fluminense e Atlético-MG empatam sem gols no Maracanã

O Fluminense recebeu o Atlético-MG, nesta quarta-feira (10) no estádio do Maracanã, em jogo válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro com um objetivo claro, vencer para garantir uma vaga na próxima edição da Taça Libertadores. Já o Galo queria triunfar para ficar vivo na briga pelo título. Mas o confronto terminou em 0 a 0. O Galo volta a entrar em campo no torneio nacional no sábado (13), quando recebe o Bahia no estádio do Mineirão a partir das 19h. Já o Tricolor visita o Ceará na segunda (15), no estádio do Castelão a partir das 18h.

Corinthians e Athletico-PR ficam no empate

Nesta quarta-feira (10), Corinthians e Athletico-PR fizeram uma partida extremamente movimentada na Neo Química Arena, em São Paulo, pela 35ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O empate por 3 a 3 mantém as equipes vivas na briga pela última vaga à próxima Libertadores, destinada ao oitavo colocado. Posição ocupada justamente pelo Timão, com 49 pontos. O Furacão, com 47 pontos, está em 10º lugar. As duas equipes voltam a campo no domingo (14). O Corinthians visita o Flamengo no Maracanã, no Rio de Janeiro, às 16h (horário de Brasília). O Athletico recebe o Atlético-GO na Arena da Baixada, em Curitiba, às 18h15. Os duelos valem pela 36ª rodada do Brasileirão.

São Paulo e Ceará balançam a rede nos acréscimos e ficam no empate

Com dois gols nos minutos finais dos acréscimos do segundo tempo, São Paulo e Ceará ficaram no empate por 1 a 1 no Morumbi, na capital paulista, pela 35ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O resultado desta quarta-feira (10) não atende à expectativa das equipes. Especialmente à do Tricolor, que perdeu a chance de encostar novamente na briga pelo título e chegou a sete jogos sem vencer pela competição nacional. O Tricolor volta a campo no domingo (14), às 20h30 (horário de Brasília), contra o Grêmio, na arena do time gaúcho, em Porto Alegre. O Ceará joga na segunda-feira (15) diante do Fluminense, às 18h, na Arena Castelão, em Fortaleza. As partidas valem pela 36ª rodada do Brasileirão.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.