Copom eleva juros básicos da economia para 13,75% ao ano

O Banco Central (BC) continuou a apertar os cintos na política monetária. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de 13,25% para 13,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros. A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Esse foi o 12º reajuste consecutivo na taxa Selic. O BC manteve o ritmo do aperto monetário. Assim como na última reunião, a taxa foi elevada em 0,5 ponto. Em comunicado, o Copom informou que os riscos de que a inflação fique acima das expectativas em prazos mais longos fez que o BC optasse por não encerrar o ciclo de alta da Selic na reunião de hoje. O texto, no entanto, informou que o Copom deverá reduzir o ritmo de altas, elevando a taxa em 0,25 ponto no próximo encontro, no fim de setembro.

“O comitê avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, em sua próxima reunião. Nota ainda que a incerteza da atual conjuntura, tanto doméstica quanto global, aliada ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional em sua atuação”, destacou o BC. De março a junho do ano passado, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, a Selic foi elevada em 1,5 ponto de dezembro do ano passado até maio deste ano.

Com a decisão de hoje (3), a Selic continua num ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano, em março de 2018. A Selic voltou a ser reduzida em agosto de 2019 até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Esse era o menor nível da série histórica iniciada em 1986.

Alta da Selic encarece crédito e prestações, diz Anefac

A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia), decidida ontem (3) pelo Banco Central, continuará a encarecer o crédito e as prestações, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Apesar de o impacto na ponta final ser diluído, por causa da diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, o tomador de novos empréstimos sentirá os efeitos do aperto monetário. Segundo a Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passará de 119,07% para 120,05% ao ano. Para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 56,57% para 57,29% ao ano. A Selic passou de 13,25% para 13,75% ao ano. No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador desembolsará R$ 0,39 a mais por prestação e R$ 4,63 a mais no valor final com a nova taxa Selic. O cliente que entra no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,27 a mais.

Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 1,20 a mais. Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 1,24 a mais por prestação e R$ 14,85 a mais após o pagamento da última parcela. Um empréstimo de R$ 3 mil em 12 meses numa financeira sairá R$ 0,81 mais caro por prestação e R$ 9,72 mais caro no total. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 11,23 a mais por parcela e R$ 673,51 a mais no total da operação. Em relação às pessoas jurídicas, as empresas pagarão R$ 62,18 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 24,93 pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e R$ 2,67 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.

Entidades do setor produtivo criticam alta da Selic

A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia) para 13,75% ao ano recebeu críticas do setor produtivo. Para entidades da indústria, a decisão do Comitê de Política Monetária atrasa a recuperação da economia, aumentando custos e reduzindo a produção, o consumo e o emprego. Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou o aumento da Selic de “equivocado”. Para a entidade, o fato de os juros estarem 7,8% acima da inflação esperada para daqui a 12 meses indica que a elevação foi exagerada. “A CNI entende que, neste momento, o novo aumento da taxa de juros é dispensável para o combate da inflação e trará custos adicionais desnecessários para a atividade econômica, com reflexos negativos sobre consumo, produção e emprego”, afirmou, em nota, o presidente da confederação, Robson Andrade.

Para a CNI, o Banco Central (BC) não precisaria aumentar os juros porque medidas recentes, como a redução de impostos sobre energia elétrica, combustíveis, telecomunicação e transporte coletivo estão fazendo a inflação cair. “Para julho e agosto, inclusive, a expectativa é de deflação”, destacou a entidade no comunicado. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) informou, em nota, que “considera inadequada a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros para 13,75% ao ano. Ainda que desde março de 2021 a taxa Selic venha sofrendo consecutivos aumentos na tentativa de frear o consumo, as expectativas com relação à inflação a frente seguem desancoradas.” O comunicado diz ainda que o desajuste no nível de preços da economia não é um fenômeno exclusivamente de demanda, mas sobretudo de restrição de oferta. “A dinâmica inflacionária é, em larga medida, resultado da desorganização das cadeias globais de produção, provocada pela pandemia de covid-19.

Os choques repercutiram, sobretudo, na alta dos preços dos insumos e matérias-primas.” Segundo a entidade, o aumento consecutivo da taxa Selic não apenas sacrifica o setor produtivo, que ainda convive com efeitos da alta de custos, mas também eleva a dívida pública. “Em um momento em que o mundo atravessa período de elevada incerteza, alimentada por guerra, covid-19 e risco de recessão, é imprescindível a adoção de uma política monetária mais moderada, que esteja atenta aos desafios do crescimento econômico nos próximos anos”, informou o comunicado. A Firjan alertou também sobre a necessidade de manutenção de uma gestão fiscal responsável durante o ano de eleições. “A busca pela aprovação de reformas estruturais gerará um ambiente de maior credibilidade, viabilizará a realização de investimentos em setores estratégicos da economia e contribuirá para a estabilidade de preços no longo prazo.”

Poupança continua rendendo menos que fundos de investimento

A Anefac também produziu uma simulação sobre o impacto da nova taxa Selic sobre os rendimentos da poupança. Com a taxa de 13,75% ao ano, a caderneta só rende mais que os fundos de investimento quando o prazo da aplicação é curto e a taxa de administração cobrada pelos fundos é alta.

Segundo as simulações, a poupança rende mais que os fundos em apenas um cenário, com aplicação de até um ano em relação a fundos com taxa de 3% ao ano. Quando o fundo tem taxa de administração de 2,5% ao ano, a poupança rende o mesmo somente quando o dinheiro ficar aplicado por até seis meses.

A vantagem dos fundos ocorre mesmo com a cobrança de Imposto de Renda e de taxa de administração. Isso porque a poupança, apesar de ser isenta de tributos, rende apenas 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais a Taxa Referencial (TR), que aumenta quando a Selic sobe. Esse rendimento da poupança é aplicado quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o que ocorre desde dezembro de 2021.

Paulo Guedes admite que burlou o teto de gastos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem (3) que o teto de gastos é “retrátil” e pode ser levantado em caso de pandemia ou guerra. O ministro admitiu que o governo furou o limite de gastos para implementar o aumento do valor no Auxílio Brasil, mas que a ação não foi para “aumentar o estado”, mas para proteger os mais frágeis, mesmo que em tempos de eleições. 

“Vocês violaram o teto? A resposta é sim, nós violamos o teto. O teto é para impedir o crescimento do governo, porque nós somos liberais e nós queremos reduzir o peso do governo. Então, o teto é para não deixar subir o governo. Aí chega uma doença, eu tenho que transferir dinheiro para as pessoas. Eu estou fazendo o governo crescer? Não, eu estou dando um auxílio para os mais frágeis”, disse Guedes em palestra na Expert XP 2022, na capital paulista.

O ministro ressaltou que a quebra do teto fiscal está amparada pelas receitas extraordinárias do governo não orçadas, como os dividendos das empresas estatais que tiveram lucro. “Esse ano está tudo dentro da responsabilidade fiscal. Aí você pergunta o seguinte, mas vocês estão desarranjando o esquema fiscal brasileiro? Não. Toda vez que tiver uma guerra ou tiver uma pandemia o teto é retrátil, o teto levanta e nós ajudamos os brasileiros”, acrescentou. Mas o ministro não explicou os cortes no orçamento retirando dinheiro da Saúde e Educação, tão pouco, estes gastos em período eleitoral. Conhecido por ter dinheiro investido em paraísos fiscais, Guedes destacou a nova taxação de 15% sobre lucros e dividendos superiores a R$ 400 mil mensais prevista na reforma. “Ninguém vai pagar, só quem tirar mais R$ 400 mil de dividendos. Aí vai pagar só 15% [do que exceder esse valor], que é metade do que o seu funcionário paga. Pelo amor de deus, se a gente não fizer isso, é imperativo moral”, ressaltou.

São Paulo passa a contar, hoje, com sinal 5G

A partir de hoje (4), a cidade de São Paulo passa a contar com o sinal de telefonia 5G. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a ativação do sinal ocorreu devido ao número expressivo de pedidos para instalação de antenas de 5G, o que superou o previsto no edital que autorizou o uso da nova tecnologia. De acordo com as regras do edital, nessa primeira fase seriam necessárias, no mínimo, 462 estações ativadas até o dia 29 de setembro. Ocorre que, até a última terça-feira (2), a agência reguladora já havia recebido 1.378 pedidos de licenciamento na faixa de 3,5 GHz. O número corresponde a quase o triplo de antenas que deveriam ser instaladas na cidade até o final do ano. Por isso, o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência (Gaispi), ligado a Anatel e responsável pela ativação do sinal, resolveu liberar o 5G na capital paulista. Segundo o grupo, as antenas possibilitam antecipar a chamada limpeza do espectro na faixa de 3,5 Giga-hertz (GHz) para o funcionamento do 5G puro, o standalone [independente]. A avaliação do Gaispi é que, como os pedidos superaram a quantidade prevista no edital, não haverá problemas de interferência no sinal de antena parabólica, também na faixa de 3,5GHz.

Área urbana: A estimativa é que a cobertura do sinal 5G deve atingir, no primeiro momento, 25% da área urbana de São Paulo. “A maior concentração de antenas está no Centro Histórico, na região da Avenida Paulista e Itaim Bibi. Já os bairros da Aclimação, da Mooca e do Brás, por exemplo, terão cobertura menor no início do processo”, informou a Anatel.

Boate Kiss: tribunal anula condenações de quatro acusados

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) anulou hoje (3) as condenações de quatro acusados pelo incêndio na boate Kiss, ocorrido em 2013, em Santa Maria (RS). Com a decisão, os condenados deverão ser soltos imediatamente. As condenações envolvem Elissandro Callegaro Spohr, ex-sócio da boate; Mauro Londero Hoffmann, também ex-sócio; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, e Luciano Bonilha Leão, produtor musical. Por maioria de votos, a 1ª Câmara Criminal aceitou recurso protocolado pela defesa dos acusados e reconheceu nulidades processuais ocorridas durante sessão do Tribunal do Júri de Porto Alegre, realizada em dezembro do ano passado.

A Elissandro Spohr foi aplicada pena de 22 anos e seis meses de prisão e a Mauro Hoffmann, de 19 anos e seis meses. A Marcelo de Jesus e Luciano Bonilha foram aplicadas penas de 18 anos. Todos foram acusados pelo Ministério Público (MP) por 242 homicídios e 636 tentativas de homicídio por dolo eventual. O incêndio ocorreu no dia 27 de janeiro de 2013, quando um dos integrantes da banda disparou um artefato pirotécnico, atingindo a cobertura interna da boate e deflagrando o incêndio. A maioria das vítimas era jovem e morreu após inalar fumaça tóxica, sem conseguir deixar a boate, já que a única porta de emergência estava fechada.

STF começa a julgar alterações na Lei de Improbidade Administrativa

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgarontem (3) a constitucionalidade das alterações promovidas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992). A norma trata das punições a agentes públicos nos casos danos aos cofres públicos. As mudanças foram aprovadas pelo Congresso por meio da Lei 14.230 de 2021 e sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro em outubro do ano passado. O texto final flexibilizou a lei para exigir a comprovação de intenção (dolo) para a condenação de agentes públicos. Com a medida, a norma deixou de prever punição para atos culposos (sem intenção). Além disso, a lei alterou os prazos prescricionais das ações judiciais para cobrar a reparação dos prejuízos.

A sessão de hoje foi dedicada às manifestações orais das partes que atuam contra e a favor das alterações. Após as sustentações, a sessão foi suspensa e será retomada amanhã (4) com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes. O caso que motivou o julgamento trata de uma ação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para cobrar o ressarcimento de uma advogada acusada de causar prejuízo de R$ 391 mil devido à atuação negligente como representante legal do órgão. A decisão do Supremo terá impacto nas candidaturas de políticos que foram beneficiados pelas mudanças e liberados para concorrer às eleições de outubro. Antes da nova lei, esses políticos estavam inelegíveis.

Pacheco prega respeito à democracia e confiança nas urnas eletrônicas e no TSE

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, marcou a abertura dos trabalhos legislativos no segundo semestre com um pronunciamento em defesa da democracia, no qual expressou sua confiança nas urnas eletrônicas e na Justiça Eleitoral. Ao mesmo tempo, pregou o respeito à diversidade de opiniões e aos resultados das eleições de outubro por parte da população em geral e dos candidatos. O senador observou que os votos assinalados, tanto no primeiro turno (2 de outubro) quanto no segundo (30 de outubro) é que, como em outros pleitos, darão legitimidade ao poder de governantes e parlamentares, não cabendo, portanto, colocar em dúvida a vontade popular.

O presidente do Senado enfatizou que a democracia pressupõe a realização de eleições livres e periódicas e que o rito eleitoral garante aos “verdadeiros detentores do poder” escolherem com liberdade seus representantes: As eleições existem para assegurar a legitimidade do poder político, pois o resultado das urnas é a resposta legítima da vontade popular. Legitimidade que deve ser reconhecida, assim que proclamado o resultado das urnas frisou Pacheco nesta quarta-feira (3). Na qualidade de Chefe de Poder, Pacheco apelou aos cidadãos e autoridades públicas “no sentido da pacificação de ânimos, do cultivo da razoabilidade, da civilidade, mesmo na divergência de opiniões”. De acordo com o senador, embora as instituições brasileiras sejam fortes, só continuarão a sê-lo se continuarem a contar com “a adesão convicta dos cidadãos”.

Justiça Eleitoral: O parlamentar elogiou o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, e desejou sucesso ao próximo ministro a ocupar o cargo, Alexandre de Moraes, que assume no dia 16 de agosto: As urnas eletrônicas têm sido motivo de orgulho nacional e trouxeram, nestes 26 anos de uso no Brasil, transparência, confiabilidade e velocidade na apuração do resultado das eleições.  Elas têm-se constituído em ferramenta poderosa contra vícios eleitorais muito frequentes na época do voto em papel.  Representam, portanto, um verdadeiro aperfeiçoamento institucional. Pacheco acrescentou que a democracia brasileira é fruto das lutas de gerações passadas. Trata-se, assim, de fruto de um processo construtivo, cujo fim é a melhoria da vida do povo brasileiro. Por essa razão, ele pediu um período eleitoral sem mentiras ou violência, com apresentação de boas propostas para a população: Reitero o apelo de pacificação e de contenção de ânimos, e dirijo-o especialmente aos agentes do Estado e aos candidatos nas eleições que se aproximam. O que faz uma nação é um conjunto de valores e ideias que nos unem, não que nos dividem. Voltemos, portanto, a discutir ideias. Que nossos esforços sejam direcionados para buscar soluções que tragam prosperidade para o país. Que o debate político tenha o escopo de garantir dignidade para a nossa população. Que o tom eleitoral seja sério, baseado em verdades e boas propostas — afirmou Pacheco.

Independência: Lembrando que em 2022, além de realizar eleições, o país celebra o Bicentenário da Independência, Pacheco conclamou a sociedade e os políticos a aproveitarem a coincidência desses eventos para reafirmarem seu amor pelo Brasil e adotarem comportamento de alto teor cívico. Como a prefigurar uma atitude de respeito em relação aos resultados eleitorais, o presidente do Congresso convidou a população brasileira a assistir a solenidade de posse do presidente da República, no alvorecer de 2023. No dia 1º de janeiro, aqui estaremos, no Congresso Nacional, a dar posse ao Presidente da República eleito pelas urnas eletrônicas do nosso país, seja qual for o eleito. É essa a afirmação da democracia e é isso que é a expressão da vontade soberana do Congresso Nacional: a afirmação da democracia, a realização das eleições, a confiança no sistema eletrônico de votação — disse Pacheco.

Senado aprova MP que regulamenta o teletrabalho

O Senado aprovou hoje (3) a Medida Provisória (MP) 1.108/2022, que regulamenta o teletrabalho e  altera as regras do auxílio-alimentação. O texto traz a definição do teletrabalho e aborda a jornada de trabalho nesse regime e diz que o auxílio-alimentação será destinado exclusivamente ao pagamento de refeição em restaurantes ou de gêneros alimentícios comprados no comércio. O texto segue para sanção presidencial. Entre outros pontos, a MP considera o teletrabalho ou trabalho remoto aquele que é prestado fora das dependências do empregador, de maneira preponderante ou não, com tecnologias de informação e comunicação e que não se configure trabalho externo. Além disso, a MP diz que a negociação da jornada de trabalho ocorrerá individualmente, entre o trabalhador e o empregador.

Os empregados em regime de teletrabalho ficam submetidos às disposições previstas na legislação local e nas convenções e acordos coletivos de trabalho na base territorial onde o empregador contratou o trabalhador. Aprendizes e estagiários também poderão fazer teletrabalho. A MP diz ainda que o uso de ferramentas, como e-mails, fora do horário de trabalho não será considerado como sobreaviso e que os empregadores terão que dar prioridade para o regime remoto aos empregados com filhos de até 4 anos.

Senado aprova regras que podem dispensar perícia médica do INSS

O Senado aprovou a Medida Provisória (MP) 1.113/2022, que muda o modelo de análise de pedidos de benefícios ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com o texto aprovado nesta quarta-feira (3), fica dispensada a passagem por exame da perícia médica federal para requerimentos de auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença). O texto segue para sanção presidencial. Dessa forma, o Ministério do Trabalho e Previdência vai definir as condições para a dispensa do exame. A pasta definirá quando a concessão do auxílio por incapacidade temporária estará sujeita apenas à análise documental, incluídos atestados e laudos médicos. Esse modelo foi usado nos anos de 2020 e 2021 devido às restrições causadas pela pandemia de covid-19. Segundo o governo federal, o objetivo da MP é reduzir o prazo de espera do agendamento do Serviço de Perícia Médica Federal, que atualmente leva em média 60 dias e conta com 738 mil pedidos pendentes.

Câmara aprova projeto que extingue saídas temporárias de presos

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3) o projeto que acaba com saídas temporárias de presos dos estabelecimentos prisionais. A matéria segue para análise do Senado. A proposta teve origem no Senado e previa apenas que as saídas temporárias fossem limitadas. No entanto, ao tramitar na Câmara, deputados decidiram extinguir o benefício. O texto aprovado prevê a revogação de todas as possibilidades de saída, que atualmente estão disponíveis para condenados em regime semiaberto, como visita à família durante feriados, frequência a cursos e participação em atividades. Para o relator, Capitão Derrite (PL-SP), a existência do benefício da saída temporária burla a própria lei penal, ao frustrar a proporcionalidade no cumprimento da pena. Além disso, ele destacou que muitos presos não retornam ao sistema prisional após a saída.

“A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo informou que na passagem de 2021 para 2022, 1.628 presos que deixaram as penitenciárias do estado, durante a chamada ‘saidinha temporária de fim de ano’, não retornaram ao sistema prisional paulista”, argumentou o deputado. “Já existe a previsão legal de cumprimento de pena e progressão de regime de forma proporcional, a saída temporária causa a todos um sentimento de impunidade diante da percepção de que as pessoas condenadas não cumprem suas penas, e o pior, de que o crime compensa”, acrescentou.

O texto aprovado também obriga a realização de exame criminológico como requisito para a progressão de regime e para a autorização de regime semiaberto. A análise deverá comprovar que o detento tem condições de se adaptar ao novo regime com autodisciplina, baixa periculosidade e senso de responsabilidade. “O exame criminológico consistente na emissão de um parecer técnico de uma equipe multidisciplinar, constitui ferramenta muito mais efetiva para aferir a capacidade do condenado de adaptar-se ou não a regime menos rigoroso do que uma constatação de boa conduta carcerária comprovada apenas pelo diretor do estabelecimento, tal qual é previsto pela legislação vigente”, argumentou o relator.

Meteoro superbrilhante é avistado em município de Minas Gerais

Quem espera pelo mês de agosto para avistar as chuvas de meteoros Caelidas, prevista para ocorrer até o dia 15, e Perseidas, que deve ter seu ápice em 11 de agosto, já teve um sinal forte no céu nesta madrugada. Um meteoro considerado de categoria muito brilhante foi registrado às 5h10 desta quarta-feira (3) por câmeras do Observatório Pico dos Dias, em Brazópolis, Minas Gerais, gerenciado pelo Laboratório Nacional de Astrofísica/MCTI. De acordo com o registro das câmeras e relatos de observadores, o bólido teria magnitude de -8 a uma altitude de 100 quilômetros, quando iniciou trajetória descendente seguida de um forte clarão.

Para entender melhor a luminosidade deste meteoro, o professor do Instituto de Astronomia da Universidade de São Paulo Alex Carciofi explica que, historicamente, seguimos uma escala de magnitude criada na Grécia Antiga pelo astrônomo Hipparchus. Segundo esta métrica, quanto menor a classificação maior o brilho aparente.

‘’O Sol, por exemplo, tem magnitude de -22 e Vênus, que é um planeta com brilho visível aqui da Terra,  de -1 a -2. Assim, o meteoro registrado nesta madrugada com magnitude -8 é muito, muito brilhante’’, explica o astrônomo. O Projeto Exoss de Ciência Cidadã, que atua no monitoramento de meteoros em conjunto com o Laboratório Nacional de Astrofísica, analisou a trajetória do objeto captado pelas lentes do observatório em Minas Gerais. Segundo o coordenador do Observatório Pico dos Dias, Saulo Gargaglioni, o objeto teria passado também por cidades do estado de São Paulo.

Covid-19: Brasil registra 265 óbitos e 33,6 mil casos em 24 horas

As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 33.633 novos casos de covid-19 em 24 horas. De acordo com os órgãos, foram confirmadas também 265 mortes por complicações associadas à doença no mesmo período. Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta quarta-feira (3). A pasta informou que Goiás e Mato Grosso do Sul não atualizaram o número de óbitos neste balanço.

Com as novas informações, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus soma 33.924.061. Já o número de casos em acompanhamento está em 658.692. O total de óbitos registrados desde o início da pandemia alcançou 679.275. Há ainda 3.247 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação ainda demanda exames e procedimentos complementares. Até agora, 32.586.094 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 96% dos infectados.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza os números da pandemia no Brasil.
Ministério da Saúde
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Estados

Segundo o balanço do ministério, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (173.102), Rio de Janeiro (74.892), Minas Gerais (63.037), Paraná (44.548) e Rio Grande do Sul (40.511). Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.018), Amapá (2.153), Roraima (2.158), Tocantins (4.188) e Sergipe (6.415).

Hospitalizações por covid-19 mantêm tendência de alta no Norte

A Região Norte ainda apresenta uma tendência de alta na incidência da síndrome respiratória aguda grave (SRAG), cujas hospitalizações estão predominantemente associadas à covid-19 desde o início da pandemia, em 2020. A análise foi divulgada hoje (3) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Boletim InfoGripe, que inclui dados até 30 de julho. Segundo a Fiocruz, nas demais regiões somente os estados de Mato Grosso, Maranhão e Piauí ainda apresentam sinal claro de manutenção de crescimento, enquanto em Sergipe é possível que a alta seja apenas uma oscilação. O boletim InfoGripe tem explicado em suas últimas edições que a segunda onda da variante Ômicron, causada por suas subvariantes, chegou primeiro ao Sudeste, Sul e Centro-Oeste, regiões em que também terminou primeiro.

No Nordeste e no Norte, o início da onda de infecções começou quase 2 meses depois, o que também levou a descida da curva de casos a ocorrer mais tarde. O pesquisador Leonardo Bastos explica que, apesar de o cenário ser de tendência de queda na maior parte do país, o cenário ainda requer atenção. “A gente ainda está com indicadores de hospitalizações e óbitos [por SRAG] maiores que o período anterior à pandemia. Já caiu, mas ainda não o suficiente para falar que está tranquilo”. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, o Boletim InfoGripe mostra que oito em cada dez casos virais de SRAG foram causados pelo SARS-CoV-2. A prevalência dos demais vírus foi de 1,9% para influenza A, 0,1% para influenza B, e de 5,6% para vírus sincicial respiratório (VSR).

Óbitos: O painel de dados Monitora Covid-19, também mantido pela Fiocruz, mostra que a média móvel de óbitos se manteve acima das 200 vítimas diárias durante todo o mês de julho e continua nesse patamar no início de agosto. O número representa um aumento em relação a abril e maio, quando chegou ficou abaixo de 100 vítimas em alguns dias. Para Leonardo Bastos, o platô está relacionado à disseminação das subvariantes da Ômicron, que provocaram uma nova onda de infecções. “O que a gente espera é que, com a queda das hospitalizações, haja uma queda nos óbitos mais pra frente, mas o quanto mais a frente não dá para saber”, disse. “A gente espera que a queda nas hospitalizações no Sul e Sudeste se reflita nos óbitos daqui a pouco, daqui a algumas semanas”, acrescentou.

China faz maior exercício militar com munição real perto de Taiwan

As forças armadas chinesas fizeram nesta quinta-feira (4) os maiores exercícios militares com munição real já realizados em torno de Taiwan, informou a televisão estatal chinesa CCTV. O governo de Taiwan confirmou os exercícios, e disse que Pequim lançou 11 mísseis balísticos perto da ilha. Taipei afirmou ainda que navios da marinha chinesa e aeronaves militares chegaram a cruzar, por alguns instantes, a linha mediana do Estreito de Taiwan, marcação que separa os dois países. Os exercícios são uma resposta da China à visita da deputada norte-americana Nancy Pelosi a Taiwan. A viagem, que durou menos de 24 horas entre terça-feira (2) e quarta-feira (3), enfureceu Pequim, que considera a ilha parte de seu território. Taiwan implantou sistemas de mísseis para rastrear a atividade da força aérea chinesa e disse que navios da marinha taiwanesa permaneceram de prontidão para monitorar a atividade na região. Taipei ainda acusa a China de conduzir um bloqueio na região.

Palmeiras empata com o Atlético na Libertadores

O Palmeiras arrancou um empate de 2 a 2 com o Palmeiras em um jogo muito movimentado, disputado na noite desta quarta-feira (3) no estádio do Mineirão, válido pela ida das quartas de final da Copa Libertadores. A definição do classificado para as semifinais da competição será na próxima semana, quando as equipes voltam a se enfrentar no Allianz Parque, em São Paulo.Quem avançar entre o Galo e o Verdão terá pela frente o vencedor do confronto envolvendo o Athletico-PR e o Estudiantes (Argentina), que começa a ser disputado na próxima quinta-feira (4) na Arena da Baixada, em Curitiba.

Sul-Americana: São Paulo vence o Ceará 

Com um gol do atacante Nikão, o São Paulo derrotou o Ceará por 1 a 0, na noite desta quarta-feira (3) no estádio no Morumbi, pela ida das quartas de final da Copa Sul-Americana. O classificado para as semifinais será definido apenas na próxima quarta (10), quando as equipes voltam a se enfrentar, mas no estádio do Castelão. Quem avançar medirá forças na próxima fase com o vencedor do confronto entre o Atlético-GO e o Nacional (Uruguai). Na partida de ida, disputada na última terça (2), o Dragão venceu por 1 a 0. Agora as equipes se concentram no Brasileiro, onde o Ceará visita o Botafogo no sábado (6), e o São Paulo recebe o Flamengo no Morumbi no mesmo dia.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – TSE (Tribunal Superior Eleitoral)

  • As Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná em cumprimento a Legislação Eleitoral estarão fora do ar até o dia posterior a eleição de 2022. 

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