Anvisa recebe pedido de autorização para testes da vacina Sputnik V

A Anvisa recebeu, no início da noite desta terça-feira (29), um pedido do laboratório União Química para autorização de pesquisa clínica de fase 3 para a vacina Sputnik V, de origem russa. A resposta deve ser emitida em até 72 horas. A fase 3 é realização de pesquisa clínica, realizada com seres humanos. Embora constem no pedido, a Anvisa não divulgou o número de voluntários nem os locais onde a pesquisa deve ser realizada no país, caso seja aprovada.

A Sputnik V é a mesma vacina que começou a ser aplicada nesta terça-feira na Argentina e em Belarus, e foi a primeira a ser registrada no mundo contra a Covid-19, em agosto. Há cerca de duas semanas, a Rússia divulgou dados com o resultado final da eficácia da vacina, que ficou em cerca de 91%. Quatro vacinas já receberam autorização para testes de fase 3 no Brasil. A mais recente a obter foi a Ad26.COV2.S, desenvolvida pela Janssen Pharmaceuticals, do grupo Johnson & Johnson, em agosto. Antes receberam a mesma autorização a vacina de Oxford (inglesa); a Coronavac, da Sinovac (chinesa); e a da BioNTech/Pfizer(alemã/americana).

Reino Unido aprova vacina contra a Covid-19 desenvolvida por Oxford e AstraZeneca

O Reino Unido aprovou, nesta quarta-feira (30), a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca para uso na população. O país é o primeiro a conceder a aprovação. A previsão é de que as doses comecem a ser aplicadas na segunda (4) em grupos de risco, que serão prioritários. Esta é a segunda vacina aprovada pelos britânicos; a primeira foi a da Pfizer, que já começou a ser aplicada em grupos com prioridade no Reino Unido. O país também foi o primeiro a aprovar a vacina. A vacina também é uma das quatro testadas no Brasil – que tem um contrato de compra e de transferência de tecnologia do imunizante. A vacina será produzida em solo brasileiro pela Fiocruz.

Dosagem: O governo britânico não esclareceu qual será a dosagem da vacina de Oxford – que tem uma dose inicial seguida de uma dose de reforço, aplicada semanas depois. Isso é importante porque, durante os testes da vacina, os cientistas perceberam que as pessoas que receberam uma dose menor da vacina na primeira aplicação ficaram mais protegidas do que as que receberam uma dose maior na primeira injeção. Os pesquisadores ainda não sabem por que isso aconteceu, mas disseram que ficaria a cargo dos órgãos regulatórios decidir qual primeira dose seria usada. Em nota, o governo disse, apenas, que a prioridade será aplicar a primeira dose de ambas as vacinas – tanto a de Oxford como a da Pfizer, aprovada há semanas – no máximo de pessoas em grupos de risco, ao invés de dar as duas doses no menor intervalo de tempo possível. O governo garante, entretanto, que “todos receberão a segunda dose dentro de 12 semanas após a primeira”.

Sinopharm anuncia que sua vacina contra Covid-19 tem 79,3% de eficácia

A farmacêutica chinesa Sinopharm informou nesta quarta-feira (30) que sua vacina contra a Covid-19 tem uma taxa de eficácia de 79,34% e que já solicitou às autoridades da China a autorização para o seu uso no país. De acordo com informações da agência Reuters, a taxa de eficácia é baseada em análises preliminares da fase 3 de testes. Ela é inferior à taxa de 86% anunciada pelos Emirados Árabes Unidos no último dia 9, após testes realizados no país. Um porta-voz da empresa não comentou por que há essa diferença nas taxas e declarou que resultados detalhados seriam divulgados depois.

Não é a primeira vez que uma mesma vacina apresenta taxas de eficácia diferentes quando aplicada em testes em mais de um país. Este foi o caso, por exemplo, da CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac, que na Turquia teve 91,25% de eficácia em uma análise preliminar dos resultados e no Brasil não atingiu 90% de eficácia. Ainda em relação à vacina da Sinopharm, também não foi informado se houve algum efeito colateral e quantos voluntários receberam a vacina ou o placebo.

A vacina é produzida pelo laboratório da empresa em Pequim uma outra, diferente, está sendo desenvolvida pelo laboratório da mesma farmacêutica em Wuhan, cidade onde o primeiro caso de Covid-19 no mundo foi registrado. As duas usam o vírus inativado para induzir imunidade e são aplicadas em duas doses. Nenhuma das candidatas tem testes no Brasil. Em solo brasileiro, a candidata da China que tem ensaios clínicos é apenas a CoronaVac.

Butantan recebe sexto lote da vacina Coronavac com mais 1,5 milhão de doses

O estado de São Paulo recebe nesta quarta-feira (30) mais 1,5 milhão de doses prontas da Coronavac, vacina contra o coronavírus produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Essa é a sexta e última remessa do ano vinda da China. A carga veio em um voo comercial e chegou ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O voo que durou 12 horas chegou 20 minutos antes do previsto no terminal aéreo internacional, por volta das 5h30. O avião saiu da China e fez uma escala em Zurique, na Suíça. Com a chegada do novo lote, o Butantan já recebeu 10,6 milhões de doses da Sinovac. A vacina ainda não tem autorização da Anvisa para uso e está na terceira fase de testes.

Na segunda-feira (28), chegou o quinto lote da vacina com 500 mil doses prontas. O primeiro lote com 120 mil doses chegou ao Brasil no dia 19 de novembro. O segundo carregamento, com 600 litros a granel do insumo, correspondente a um milhão de doses, desembarcou em 3 de dezembro. Já a terceira remessa, com 2 milhões de doses, foi recebida em 18 de dezembro. Na véspera de Natal (24), São Paulo recebeu a maior carga de 5,5 milhões de doses composta por 2,1 milhões na forma pronta para aplicação e mais 2,1 mil litros de insumos, correspondentes a 3,4 milhões de doses que serão envasadas na fábrica do Butantan. A carga com o maior lote de imunizantes foi recebida no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, no interior do estado. Em 23 de dezembro, o governo de São Paulo anunciou que a CoronaVac é eficaz, mas adiou novamente a divulgação dos resultados da terceira fase de testes. A comprovação da eficácia é necessária para que a vacina seja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Anvisa muda exigências para vacinação emergencial

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizou nesta terça-feira (29) as diretrizes para a análise e aprovação do uso emergencial de vacinas contra o novo coronavírus. Entre as mudanças, está o fim da necessidade de o laboratório informar um cronograma de disponibilização das doses ao país. Essas alterações vêm um dia depois de o laboratório Pfizer que produz uma vacina contra a Covid-19 com 95% de eficácia já distribuído na União Europeia, nos Estados Unidos e outros países sinalizar a desistência em pedir à Anvisa a autorização do uso emergencial do imunizante no Brasil. O laboratório entendia que as diretrizes da agência levariam mais tempo para serem atendidas e, portanto, seria melhor para empresa trabalhar pela aprovação do registro definitivo, e não do uso emergencial o que demora mais. 

Segundo a Anvisa, as mudanças foram as seguintes: Não há mais necessidade de o laboratório informar um cronograma de disponibilização ao país. A empresa também não precisará mais informar a quantidade das doses disponíveis; bastaria entregar uma previsão desse total. A Anvisa passa a sugerir o modelo do Reino Unido ou mesmo da própria empresa do formulário do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) a ser assinado pelo paciente da vacina em uso emergencial. Em nota, a Anvisa diz que atualizou as diretrizes para “facilitar o entendimento do processo de envio de documentos, bem como tornar o procedimento mais ágil”. A agência não mencionou nenhum laboratório, no comunicado.

Justiça determina suspensão de liminar e hotéis poderão operar com 100% em SC

O TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), por meio do desembargador Raulino Jacó Bruning, determinou a suspensão da liminar aprovada em primeira instância, que restringia a ocupação de hotéis, pousadas dentre outros eventos em todo o Estado. A determinação publicada no início da noite desta terça-feira entende que os “decretos não contribuem para o agravamento da pandemia em SC, mas facilitam a fiscalização do Estado”. Assim, diante da decisão proferida, hotéis, pousadas e estabelecimentos de hospedagem das regiões classificadas como de risco potencial gravíssimo podem ter 100% da ocupação, assim como os eventos sociais têm aval para funcionar contanto que conforme regramento sanitário definido pelo governo catarinense.

De maneira prática a decisão publicada nesta quarta-feira suspende a decisão, em primeira instância, proferida junto à 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Florianópolis, a partir de uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público. A determinação é um acato a um recurso impetrado pela PGE (Procuradoria Geral do Estado). No entendimento do desembargador, a manutenção da liminar proferida em primeiro grau “resultaria grave lesão à ordem administrativa, à saúde e á economia públicas”. Com a nova determinação passam a vigorar, mais uma vez, os decretos de1.003/2020 e 1.027/2020, que flexibilizaram medidas contra a Covid-19 em Santa Catarina. Por fim o magistrado ainda lembra que o setor até pode ficar enfraquecido em relação temporadas anteriores, mas entende que a presença dos turistas em solo catarinense é “um fato” e, dessa forma, cabe ao Executivo o “necessário regramento”.

Gasolina aumenta 5% e Diesel 4% nas distribuidoras

A Petrobrás reajustou em 5% o valor da gasolina e em 4% o óleo diesel S10 e S500. O anúncio foi feito ontem pela estatal, com vigência a partir de ontem (29). Com a medida, o preço médio da gasolina da Petrobras vendida para as distribuidoras aumentou R$ 0,09 e passou a R$ 1,84 por litro. No acumulado do ano, houve redução de 4,1% no preço da gasolina. Segundo a estatal, em 2020 foram feitos 41 reajustes nesse combustível, sendo 20 aumentos e 21 reduções no valor. Para o óleo diesel, o valor para as distribuidoras aumentou R$ 0,08, chegando a R$ 2,02 por litro. O diesel acumula queda de 13,2 % no ano, em um total de 32 reajustes, com 17 aumentos e 15 reduções no valor.

Caixa vai lançar programa de financiamentos de até R$ 2 mil

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, disse nesta terça-feira (29) que a instituição vai lançar o que chamou de “programa de microfinanças”. A proposta, segundo ele, é ofertar financiamentos que variam de R$ 500 a R$ 2 mil para mais de 10 milhões de brasileiros, com taxas de juros entre 1,5% e 2,5% ao mês. “São taxas muito menores de juros e que vão permitir que mais de 10 milhões de brasileiros tenham acesso ao crédito de maneira segura, rápida, sem precisar ir à agência. Isso reforça a bancarização e reforça o acesso dessa população mais carente ao setor financeiro”, explicou, durante entrevista ao programa Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Financiamento habitacional: Segundo Guimarães, algumas iniciativas já em andamento, como o Programa Casa Verde e Amarela, também passarão a ter sua operacionalização pelo celular por meio do aplicativo Caixa Tem. “Todos os contratos desse programa serão, a partir do ano que vem, via aplicativo”, disse. Hoje, segundo estimativas da instituição, 4,5 milhões de brasileiros possuem algum tipo de contrato de habitação. “Vamos migrar esses e novos contratos serão feitos pelo aplicativo”, concluiu.

Contas públicas fecham novembro com saldo negativo de R$ 18,2 bilhões

O Governo Central – Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social – registrou déficit primário de R$ 18,241 bilhões, em novembro, informou hoje (29) a Secretaria do Tesouro Nacional. O resultado apresentou crescimento real (descontada a inflação) de 5,5%, em relação a novembro de 2019. É o maior saldo negativo para o mês desde novembro de 2016, quando ficou em R$ 44,324 bilhões. O déficit primário é o saldo negativo nas contas do governo, com despesas maiores que as receitas, sem considerar nesse cálculo os gastos com juros da dívida pública.

Apesar do crescimento do déficit, o resultado de novembro foi melhor que a expectativa do mercado financeiro (pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Economia), que indicava um déficit de R$ 55,1 bilhões. “Assim como nos meses anteriores, o déficit observado em novembro é influenciado pelo aumento das despesas do Poder Executivo decorrentes de medidas de combate à crise da covid-19”, diz o relatório do Tesouro Nacional. No entanto, acrescenta o Tesouro, o recolhimento em novembro de parte das receitas adiadas no início da pandemia resultou em impacto positivo no fluxo de arrecadação. A receita total de novembro de 2020 (R$ 139,760 bilhões) cresceu 5,4% em termos reais quando comparada ao mesmo mês de 2019. A despesa total chegou a R$ 131,381 bilhões, com aumento de 6,4%.

Resultado acumulado: De janeiro a novembro, o déficit primário ficou em R$ 699,105 bilhões, contra R$ 80,428 bilhões, em igual período de 2019. Até o mês passado, os gastos com as medidas de combate à crise causada pela pandemia de covid-19 totalizaram R$ 487,4 bilhões. Em 12 meses até novembro, o déficit primário chegou a R$ 732,9 bilhões, o equivalente a 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB). A atual projeção do governo para o déficit primário é de R$ 831,8 bilhões, cerca de 11,5% do PIB, neste ano.

Polícia Rodoviária Federal reforçará fiscalização nas estradas

Com a chegada dos feriados de fim de ano e o aumento no fluxo de veículos nas estradas, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) reforçará em todo o país a segurança em trechos estratégicos das rodovias, enfatizando as ações preventivas para redução da violência e acidentes de trânsito. A meta é garantir a segurança viária, o conforto e a fluidez do trânsito. Segundo informações da PRF, a fiscalização e o policiamento serão intensificados por meio de rondas ostensivas nas rodovias e do posicionamento estratégico de viaturas e policiais ao longo dos trechos mais movimentados e considerados pontos críticos, pelo alto índice de acidentes e pela elevada taxa de cometimento de infrações de trânsito.

Entre as orientações da PFR para quem vai viajar, figura a revisão preventiva do veículo mesmo para pequenas viagens. Os cuidados incluem pneus em bom estado e a calibragem adequada; revisão do motor, com óleo e nível da água do radiador corretos; equipamentos obrigatórios, como pneu estepe, macaco, triângulo e chave de roda, limpadores de para-brisa e luzes do veículo. É preciso ainda lembrar de manter os faróis acesos para ser visto pelos outros carros e sempre prestar atenção às placas de limite de velocidade e condições de ultrapassagem. Nos dias chuvosos o cuidado deve ser redobrado, com a velocidade moderada, andando sempre à direita da via, mantendo distância segura do outro veículo que segue na frente e evitando manobras e freadas bruscas. Todos os ocupantes do veículo devem usar o cinto de segurança.

Hipnose rodoviária: A Polícia Rodoviária Federal orienta os motoristas para que programem paradas a cada três horas no caso de viagens mais longas para evitar a hipnose rodoviária, estado em que os olhos se mantêm abertos, mas sem percepção do que está acontecendo. Nesses casos, a pessoa sente sono e tem perda de reflexos e de força motora. “Buscar evitar, na medida do possível, os horários de pico. Dirigir cansado ou com sono aumenta o risco de o motorista cometer erros”, diz a PRF.

A Arteris, concessionária que administra 3.200 km de rodovias nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná, lembra que o motorista deve listar as praças de pedágio do trajeto para planejar seus gastos e evitar muito tempo de manuseio com o dinheiro. A empresa indica que, sempre que possível, o motorista utilize as cabines de cobrança automática para agilizar o percurso e evitar o contato com o papel-moeda. A concessionária também alerta para que o excesso de peso seja evitado, já que o freio é afetado pela carga extra, principalmente em regiões de serra, podendo causar problemas mecânicos e acidentes.

Hamilton Mourão está sem febre e se recupera bem, diz assessoria

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, recupera-se bem após ter sido diagnosticado com covid-19. Segundo nota divulgada nesta terça-feira (29) pela assessoria da Vice-Presidência, ele tem dores leves no corpo e não apresenta febre. Mourão foi diagnosticado no último domingo (27) e segue em isolamento no Palácio do Jaburu. “Conforme boletim médico expedido nesta manhã, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, diagnosticado com covid-19 no último domingo, segue com bom estado de saúde. O vice-presidente da República está sem febre, com leves dores no corpo e recuperando bem”, diz a nota.

Quatro pessoas morrem em queda de avião no Paraná

Um avião de pequeno porte caiu hoje (28) em uma área rural entre as cidades de Roncador e Mato Rico, no Paraná. Quatro pessoas de uma mesma família (pai, mãe e duas filhas) morreram com a queda do avião. O avião era pilotado pelo pai, o empresário Valdecy Cruzeiro. Segundo informações locais, o avião vinha da cidade de Goioerê, distante cerca de 158 km de Mato Rico, mas o destino não é conhecido. O acidente ocorreu por volta das 8h da manhã de hoje.

O avião monomotor, um Cessna, foi fabricado em 1974 e adquirido por Valdecy Cruzeiro em setembro deste ano. Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro, estava em situação normal de aeronavegabilidade. As causas do acidente ainda serão investigadas. A PM do Paraná  disse que há muita dificuldade para obter informações sobre o acidente porque foi em uma área rural, onde quase não há sinal de celular.

Ministério da Saúde: vacinação poderá começar em 20 de janeiro

A vacinação contra a covid-19 pode começar no dia 20 de janeiro, segundo o Ministério da Saúde. Se não for possível, em um cenário “médio”, a imunização poderia ter início entre esta data e 10 de fevereiro. Em um cenário menos favorável, a vacinação no Brasil poderá ocorrer a partir de 10 de fevereiro. A projeção foi apresentada pelo secretário executivo da pasta, Élcio Franco, em entrevista coletiva hoje (29) na sede do órgão, em Brasília. Franco destacou que o melhor cenário depende de uma conjunção de aspectos, especialmente dos laboratórios com vacinas em desenvolvimento cumprirem os requisitos de registro, seja emergencial ou definitivo.

“Isso [a vacinação no dia 20 de janeiro] vai depender de uma série de fatores, inclusive de logística, e dos laboratórios estarem em dia com o seu processo de submissão contínua e do  processo de registro com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não depende de nós, depende do laboratório cumprir com a sua parte”, declarou. Países como Estados Unidos, Reino Unido e nações da União Europeia já iniciaram planos de imunização contra a covid-19. Na América do Sul, a Argentina começou a aplicar um imunizante contra a doença em públicos prioritários.

Uma das opções cogitadas pelo Ministério da Saúde para a imunização da população brasileira é a vacina desenvolvida pela Pfizer – já autorizada nos Estados Unidos e na Europa. Mas até agora a empresa não deu entrada no pedido de autorização emergencial. Ontem, a farmacêutica divulgou nota na qual afirmou que participou de reunião com a Anvisa no dia 14 de dezembro para “esclarecer dúvidas sobre o processo de submissão para uso emergencial” e que a solicitação não ocorreu até agora porque as “condições estabelecidas pela agência requerem análises específica para o Brasil, o que leva mais tempo de preparação.”

Segundo a Pfizer, entre as condições exigidas estaria o levantamento de dados sobre aplicação da vacina em brasileiros. Em agências de outros países, acrescentou a nota da empresa, a análise não faz distinções entre populações específicas. A Pfizer argumentou que o processo demanda apresentação do quantitativo de doses, o que só poderia ser definido após a celebração de um contrato definitivo.

Registro de vacinas: O secretário executivo do Ministério da Saúde afirmou que a equipe está à disposição da Pfizer, ou outras empresas, para esclarecimentos sobre informações que facilitem a solicitação do registro. Entretanto, Élcio Franco ponderou que o contrato mencionado pela farmacêutica só poderá ser celebrado após a autorização pela Anvisa. “Não temos criado nenhuma dificuldade, apenas primamos pela segurança e legalidade. O que temos pedido desde o início de dezembro é que elas solicitem o registro. Esta é a condição para adquirir. Se falta algum dado ela não nos solicitou.”

Quanto às demais empresas que desenvolvem imunizantes, os representantes do Ministério da Saúde informaram que solicitaram a elas que encaminhem os pedidos de registro à Anvisa. Segundo Élcio Franco, o Instituto Gamaleya, responsável pela vacina russa Sputinik V, informou que vai começar a fase 3 de estudos, o que possibilitaria a solicitação para uso emergencial. Já a vacina da Universidade de Oxford e da Astrazeneca concluiu a fase 3 e está “em vias” de apresentar o registro. Neste caso, o governo já celebrou um acordo de encomenda tecnológica para produção pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Brasil passa a exigir teste negativo de covid-19 para entrada no país

A partir de hoje (30), passageiros de voos internacionais que embarcarem para o Brasil precisarão apresentar um teste RT-PCR negativo ou não reagente para covid-19. O exame deve ter sido feito até 72 horas antes da viagem. A obrigatoriedade vale para todos os viajantes, brasileiros ou estrangeiros, independentemente de sua origem. Crianças menores de 2 anos estão dispensadas da apresentação do teste, assim como crianças com idade entre 2 e 12 anos, desde que seus acompanhantes cumpram todas as exigências. Já crianças entre 2 e 12 anos viajando desacompanhadas são obrigadas a apresentar o exame, da mesma forma que os demais viajantes.

A medida está prevista na portaria nº 648/2020, publicada na semana passada, que e também trata da proibição, em caráter temporário, da entrada no Brasil de voos com origem ou passagem pelo Reino Unido e Irlanda do Norte. No último dia 17, o governo já havia determinado a exigência do exame na portaria nº 630/2020.

Declaração de Saúde do Viajante: De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), brasileiros e estrangeiros que vierem do exterior por via aérea deverão preencher a Declaração de Saúde do Viajante (DSV) e apresentar o e-mail de comprovação de preenchimento para a companhia aérea. O teste deverá ter sido realizado em laboratório reconhecido pela autoridade de saúde do país do embarque. Na hipótese de voo com conexões ou escalas em que o viajante permaneça em área restrita do aeroporto, o prazo de 72 horas será considerado em relação ao embarque no primeiro trecho da viagem. As obrigações fixadas pela norma não valem para voos procedentes do exterior com paradas técnicas ou conexão no Brasil desde que não ocorra qualquer procedimento de desembarque seguido de imigração. O descumprimento da exigência pode gerar responsabilização civil ou penal, deportação de volta ao país de origem ou a invalidação do pedido de refúgio, caso ele existe.

Covid-19: Brasil registra 1,1 mil mortes e 58,7 mil casos em 24 horas

Autoridades de saúde registraram, nas últimas 24 horas, 1.111 novas mortes e 58.718 novos casos de covid-19 no Brasil. A última vez que o país havia batido os mil óbitos diários foi no dia 17 deste mês e, antes disso, em 30 de setembro. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (29), com atualização até às 16h30. O balanço reúne dados levantados pelas secretarias estaduais de saúde.

Com as novas mortes acrescidas às estatísticas, o total de óbitos em função da pandemia sobe para 192.681. Ontem (28), o sistema do Ministério da Saúde marcava 191.750 óbitos. Ainda há 2.508 falecimentos em investigação. A soma de casos acumulados chegou a 7.563.551 com os novos diagnósticos registrados nas últimas 24 horas. Até ontem, o painel de dados trazia 7.504.833 pessoas infectadas desde o início da pandemia. Os dados do ministério apontam também 723.332 casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde e 6.647.538 pessoas que já se recuperaram da doença.

Em geral, os registros de casos e mortes são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao ministério.

Covid nos Estados

No topo da lista de mortes por covid-19 estão os seguintes estados: São Paulo (46.195), Rio de Janeiro (25.078), Minas Gerais (11.615), Ceará (9.963) e Pernambuco (9.612). Já entre os últimos no ranking estão Roraima (773), Acre (791), Amapá (913), Tocantins (1.229) e Rondônia (1.785).

SC: Estado confirma 485.935 casos, 463.863 recuperados e 5.161 mortes por Covid-19

Há, em Santa Catarina, 485.935 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, sendo que 463.863 se recuperaram e 16.911 estão em acompanhamento. O dado foi divulgado nesta terça-feira, 29. A doença respiratória causou 5.161 óbitos no estado desde o início da pandemia. Com isso, a taxa de letalidade é de 1,06%.

>>> Confira aqui o boletim diário desta terça-feira, 29
>>> Confira o boletim epidemiológico semanal
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

Já foram confirmados casos em todos os 295 municípios catarinenses e 262 cidades registraram pelo menos um óbito. O Governo do Estado estima que haja 279 com casos ativos. A maior quantidade de pacientes que já confirmaram infecção está em Joinville, que registra 43.433 casos, seguida por Florianópolis (41.670), Blumenau (25.958), São José (21.560), Criciúma (18.651), Palhoça (14.970), Balneário Camboriú (14.523), Itajaí (14.380), Chapecó (13.471) e Brusque (12.756). A taxa de ocupação dos leitos de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina é de 83,2%. Isso significa que, dos 1.509 leitos existentes no estado, 254 estão livres e 1.255 estão ocupados, sendo 592 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19.

Paraná: Saúde registra 3.998 novos casos da Covid-19 no Estado

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta terça-feira (29) 3.998 novos casos confirmados e 77 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento mostram que o Paraná soma 405.629 casos confirmados e 7.748 mortos em decorrência da doença. Os casos divulgados  nesta terça-feira são de: junho (6), julho (15), agosto (14), setembro (9), outubro (10), novembro (173) e dezembro (3.771).

INTERNADOS – 1.579 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados. São 1.233 pacientes em leitos SUS (638 em UTI e 595 em leitos clínicos/enfermaria) e  346  em leitos da rede particular ( 137 em UTI e 209 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 1.133  pacientes internados, 395 em leitos UTI e 738  em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A secretaria estadual informa a morte de mais 77 pacientes. São 31 mulheres e 46 homens, com idades que variam de 25  a  95 anos. Os óbitos ocorreram entre 24 de outubro a 29 de dezembro. Os pacientes que foram a óbito residiam em: Curitiba (20), Colombo (4), Maringá (4), Paranavaí (3), Pinhão (3), Toledo (3), Astorga (2), Califórnia (2), Campo Largo (2),  Campo Magro (2), Cascavel (2), Cianorte (2), Mandaguari (2), Marialva (2), Marmeleiro (2), Paranaguá (2), São José dos Pinhais (2). A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Arapongas, Corbélia, Coronel Vivida, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Guaraniaçu, Guaratuba, Irati, Loanda, Marilândia do Sul, Morretes, Ouro Verde do Oeste, Palmas, Pinhais, Realeza, Reserva do Iguaçu, Siqueira Campos , Ventania.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Sesa registra 3.102 casos de residentes de fora, 62 pessoas foram a óbito.

Rússia revisa dados e mortes por Covid-19 mais que triplicam

O Rosstat, o Serviço Federal de Estatísticas da Rússia, informou no fim da noite desta segunda-feira (28) que cerca de 186 mil russos morreram por Covid-19 entre janeiro e dezembro, um número mais de três vezes maior do que os dados oficiais, que apontam 55 mil falecimentos. Só no último mês, foram 26 mil óbitos pela doença.

Segundo o órgão, que é uma espécie de IBGE russo, o país contabilizou um “excesso de mortes” de 229.700 em 2020. Esse “excesso” representa uma quantidade maior de óbitos na comparação com o mesmo período do ano anterior. A vice-premiê do país, Tatiana Golikova, confirmou que “mais de 81% das mortes em excesso” foram causadas pelo coronavírus Sars-CoV-2.

Com os dados atualizados, a Rússia se torna o terceiro país do mundo com maior quantidade de óbitos na pandemia, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (335.208) e do Brasil (191.570). No entanto, o site da Universidade Johns Hopkins, que compila os dados desde janeiro, ainda mantém os russos na oitava posição, com as 55.017 falecimentos. Os números reais da pandemia de Covid-19 na Rússia são questionados desde o início da crise sanitária por uma suposta ocultação do governo de Moscou. No início de outubro, o Rosstat já havia divulgado números maiores de vítimas do que os oficiais. À época, o órgão informou que eram 45.663 os mortos quando o governo divulgava 21.375. (ANSA).

Biden diz que assessores de Trump atrapalham equipe de transição

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que muitas das agências de segurança do país foram “esvaziadas” no governo do presidente Donald Trump e que a falta de informação que deveria ser providenciada à equipe de transição pelo governo que está de saída era “irresponsável”. “Nós encontramos alguns bloqueios da liderança política no Departamento de Defesa e no Gabinete de Administração e Orçamento”, disse Biden, após uma reunião com sua equipe de política externa nesta segunda-feira (28).

“Agora nós não estamos conseguindo toda a informação que precisamos do atual governo em importantes áreas de segurança nacional. Não é nada menos do que irresponsabilidade, na minha opinião”, acrescentou o democrata. Após a vitória de Biden sobre Trump nas eleições do dia 3 de novembro, a equipe do democrata começou a se reunir com autoridades do governo apenas no fim de novembro para coordenar a transição de poder. Trump, que é do Partido Republicano, se recusa a admitir a derrota e seu governo apenas autorizou a colaboração com Biden no dia 23 de novembro. Biden toma posse no dia 20 de janeiro. No início do mês, a equipe de Biden disse ter encontrado resistência a pedidos de informação de algumas das autoridades do Pentágono.

Estilista Pierre Cardin morre aos 98 anos

O estilista francês Pierre Cardin, que fez nome vendendo roupas de alta qualidade para as massas e sua fortuna sendo o primeiro a explorar o próprio nome como uma marca para comercializar desde carros até perfumes, morreu nesta terça-feira aos 98 anos. No decorrer de uma carreira de mais de 60 anos, Cardin causou repúdio e admiração de colegas estilistas devido ao seu tino empresarial implacável. Ele afirmava ter erguido seu império comercial sem nunca ter pedido empréstimos a um banco. Cardin foi o primeiro designer a vender coleções de roupas em lojas de departamentos no final dos anos 1950 e o primeiro a entrar no ramo dos licenciamentos de perfumes, acessórios e até alimentos hoje uma grande fonte de lucro para muitas grifes.

“É a mesma coisa para mim se estou fazendo mangas ou pernas de mesa”, disse certa vez uma citação reveladora de seu site. Por difíceis que sejam de se imaginar décadas mais tarde, chocolates Armani, hotéis Bulgari e óculos de sol Gucci se baseiam todos na percepção de Cardin de que o glamour de uma marca de moda tem um potencial de comercialização infinito. Ao longo dos anos, seu nome estampou lâminas de barbear, utensílios domésticos e acessórios vulgares, como cuecas boxers baratas. Uma vez ele disse que não se incomodaria de ver suas iniciais PC em rolos de papel higiênico, e foi a inspiração de um frasco de perfume de aparência fálica.

Seus detratores o acusavam de destruir o valor de sua marca e a noção de luxo em geral, mas ele parecia essencialmente indiferente às criticas. “Tive a intuição para comercializar meu nome”, disse Cardin ao jornal alemão Sueddeutsche Zeitung em 2007. “Será que o dinheiro estraga as ideias da pessoa? Não sonho nem um pouco com dinheiro, mas enquanto estou sonhando, estou ganhando dinheiro. Nunca se tratou de dinheiro”. Cardin também se aventurou além da moda, comprando o lendário restaurante parisiense Maxim’s nos anos 1980 e inaugurando réplicas do estabelecimento em todo o mundo. Ele conquistou  mais o investimento lançando o Minim’s, uma rede de fast-food chiques que reproduzem a decoração típica da Belle Époque do restaurante original e exclusivo de Paris. Seu império inclui perfumes, alimentos, desenho industrial, imóveis, entretenimento e até flores frescas. “Sempre tentei ser diferente, ser eu mesmo”, disse Cardin à Reuters. “Se as pessoas gostam disso ou não, não é o que importa.”

São Paulo e Grêmio decidem vaga na final da Copa do Brasil

Na noite desta quarta-feira (30), o Morumbi será palco de um dos maiores clássicos do futebol brasileiro pelo jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil. A partir das 21h30 (horário de Brasília), São Paulo e Grêmio decidem quem será um dos finalistas do torneio. Apesar da derrota na semana passada por 1 a 0, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, os donos da casa chegam para o confronto em um bom momento. O Tricolor paulista lidera o Campeonato Brasileiro com sete pontos de vantagem sobre o rival mais próximo. É dono da melhor defesa, tendo sofrido 22 gols, e do melhor ataque, com 47 gols, em 27 jogos. Mas, na Copa do Brasil, o time do Morumbi corre atrás do título inédito. E, para voltar à decisão depois de 20 anos, precisa de uma vitória por no mínimo dois gols para avançar nos 90 minutos ou por uma diferença mínima para levar o jogo aos pênaltis.

América-MG x Palmeiras

Depois de empatarem por 1 a 1 na ida das semifinais, América-MG e Palmeiras se enfrentam nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), no Independência. Quem avançar, pegará São Paulo ou Grêmio e garantirá, no mínimo, mais R$ 22 milhões em premiação. O vencedor da partida em BH se classificará. Qualquer empate leva a decisão da vaga para os pênaltis.

Vasco demite técnico Sá Pinto, com menos de três meses no cargo

O técnico Ricardo Sá Pinto teve passagem curta no Vasco. Com pouco mais de dois meses no comando da equipe cruz-maltina, o clube demitiu o treinador português nesta terça-feira (29). Sá Pinto se despede da equipe de São Januário, na 17ª posição na classificação – zona de rebaixamento – da Série A do Campeonato Brasileiro.

Em nota, o Vasco confirmou que a saída do treinador estrangeiro foi decidida em conjunto, pelo presidente Alexandre Campello, o vice-presidente de futebol, José Luiz Moreira, e o próximo presidente Jorge Salgado, eleito para dirigir o clube no triênio 2021/2022/2023.

“Tomei a decisão de fazer a mudança na comissão técnica a partir também de um entendimento com o Vice de Futebol e com o novo Presidente, já que só estarei no cargo por mais aproximadamente 20 dias. Um novo treinador será anunciado em breve” – disse o Presidente Alexandre Campello. Outros três portugueses também foram demitidos do departamento de futebol: o auxiliar técnico Rui Mota, o preparador físico Miguel Moreira e o analista de desempenho Igor Dias.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.