Chefes de UTIs ligam ‘kit Covid’ a maior risco de morte no Brasil

Defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como estratégia de combate ao coronavírus, o chamado “kit Covid” ou “tratamento precoce”, na verdade, contribui para aumentar o número de mortes de pacientes graves, disseram à BBC News Brasil diretores de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais de referência. Mais de um ano depois de a pandemia chegar ao Brasil, Bolsonaro continua defendendo a prescrição de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, embora diversas pesquisas científicas apontem que esses remédios não têm eficácia no tratamento de Covid-19. “Muitos têm sido salvos no Brasil com esse atendimento imediato. Neste prédio mesmo (Palácio do Planalto), mais de 200 pessoas contraíram a Covid e quase todas, pelo que eu tenha conhecimento, inclusive eu, buscaram esse tratamento imediato com uma cesta de produtos como a ivermectina, a hidroxicloroquina, a Azitromicina”, disse o presidente no início do mês. Mas as evidências científicas apontam que esses remédios não têm efeito de prevenção ou tratamento precoce de Covid. E médicos de hospitais de referência ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que a defesa e o uso do “kit Covid” contribuem de diferentes maneiras para aumentar as mortes no país.

O médico intensivista Ederlon Rezende, coordenador da UTI do Hospital do Servidor Público do Estado, em São Paulo, destaca que entre 80% e 85% das pessoas não vão desenvolver forma grave de Covid-19. Para esses pacientes, usar o “kit Covid” não vai ajudar em nada. Também pode não prejudicar, se a pessoa não tomar doses excessivas, não desenvolver efeitos colaterais, nem tiver doenças que possam se agravar com esses medicamentos. Mas, para 15% ou 20% que precisam de internação, essas drogas, segundo ele, podem prejudicar o tratamento no hospital e contribuir para a morte de pacientes. E o “Kit Covid” também mata de maneira indireta, ao retardar a procura de atendimento pela população, absorver dinheiro público que poderia ir para a compra de medicamentos para intubação e ao dominar a mensagem de combate à pandemia, enquanto protocolos nacionais de atendimento sequer foram adotados, disseram médicos intensivistas do Hospital das Clínicas, Albert Einstein e Emilio Ribas.

Efeitos colaterais em pacientes graves: A pneumologista Carmen Valente Barbas, que atua no Hospital das Clínicas e no Albert Einstein, em São Paulo, diz que a maioria das pessoas que ela atende atualmente dizem, na consulta, que tomaram medicamentos do chamado kit Covid. “A maior parte está tomando essas medicações. Em toda videoconsulta que eu faço, as pessoas dizem que estão tomando e tomando em doses cavalares”, disse à BBC News Brasil. A maior preocupação dos médicos intensivistas é o efeito colateral desses medicamentos em pacientes que evoluem para a forma grave da Covid e que já estão com o funcionamento de órgãos vitais comprometidos.

Arritmia, delírios e problema renal: O médico intensivista Ederlon Rezende chama a atenção para o risco da hidroxicloroquina causar arritmia cardíaca, um dos efeitos colaterais possíveis do remédio. Num paciente que evolui para quadro grave de Covid, esse pode ser uma efeito adverso crítico, porque a doença causada pelo coronavírus também afeta o coração, ao promover inflamações do músculo cardíaco e trombose nos vasos e tecidos. Rezende diz ainda que tem tido problemas com pacientes que precisam ser sedados para intubação e que acordam da sedação com confusão mental mais acentuada por causa do uso abusivo de ivermectina antes de chegar ao hospital.

“A ivermectina é uma droga que também penetra no cérebro quando ele está inflamado, e ela deprime mais ainda o cérebro e piora a qualidade do despertar de um paciente intubado. Essa tem sido uma intercorrência frequente nos pacientes que usaram esse remédio antes chegar à UTI”. A ivermectina, diz ele, também pode provocar lesão renal, outro componente que dificulta a cura de um paciente grave de Covid, já que a doença tem potencial para provocar complicações nos rins e demandar hemodiálise. O problema, além de não haver qualquer evidência científica de eficácia, é que as pessoas passaram a tomar esse vermífugo junto com outro, a ivermectina, intoxicando o organismo, diz médica do Albert Einstein Cármen Valente Barbas. “A interação desses medicamentos, tomados juntos, é perigosa. As pessoas estão tomando Annita junto com ivermectina e isso é um absurdo.”

Covid-19: Brasil tem 3.241 mortes e 82.493 infectados em 24 horas

O Brasil bateu novo recorde e superou três mil mortes por covid-19 registradas em 24 horas. Entre ontem e hoje, foram registradas 3.241 vidas perdidas para a pandemia. Com isso, a quantidade de pessoas que não resistiram à covid-19 chegou a 298.676. Ainda há 3.396 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.

O total de registros de pessoas diagnosticadas com covid-19 em 24 horas foi de 82.493. Com estas adições às estatísticas, a soma de infectados pela pandemia desde o seu início alcançou 12.130.019. O recorde de mortes registradas em 24 horas e os dados de casos foram divulgados pelo Ministério da Saúde em balanço diário, publicado na noite desta terça-feira (23). A atualização é elaborada a partir das informações levantadas pelas autoridades estaduais e locais de saúde sobre casos e mortes provocados pela covid-19.

O número de pessoas recuperadas chegou a 10.601.658. Já a quantidade de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.229.685. Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras pela menor quantidade de trabalhadores para fazer os novos registros de casos e mortes. Já às terças-feiras eles tendem a ser maiores, já que neste dia o balanço recebe o acúmulo das informações não processadas no fim-de-semana.

Covid nos Estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (68.623), Rio de Janeiro (35.331), Minas Gerais (22.123), Rio Grande do Sul (17.499) e Paraná (14.281). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.201), Amapá (1.243), Roraima (1.290), Tocantins (1.838) e Sergipe (3.322).

Vacinação

Até o início da noite de hoje, haviam sido distribuídas 29,9 milhões de doses de vacinas. Deste total, foram aplicadas 15 milhões de doses, sendo 11,4 milhões da 1ª dose e 3,6 milhões da 2ª dose.

SC: Estado confirma 774.409 casos, 731.389 recuperados e 9.833 mortes

O Governo de Santa Catarina informou que há 774.409 casos confirmados de Covid-19, dos quais 731.389 estão recuperados e 33.187 permanecem em acompanhamento. O balanço foi divulgado nesta terça-feira, 23. Até hoje, 9.833 óbitos foram causados pelo novo coronavírus. A taxa de letalidade atual é de 1,27%.

>>> Confira aqui o boletim diário desta terça-feira, 23
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

Há casos confirmados em todos os 295 municípios catarinenses, e há 289 com pelo menos um óbito. Estima-se que haja casos ativos em 290. O local com a maior quantidade de pessoas que já contraíram Covid-19 é Joinville, com 75.036 casos, seguida por Florianópolis (67.266), Blumenau (40.194), Chapecó (30.512), São José (29.411), Criciúma (26.278), Palhoça (23.483), Balneário Camboriú (20.433), Itajaí (19.770) e Brusque (19.747).

Boletim registra que Paraná ultrapassou a marca de 15 mil óbitos

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta terça-feira (23) mais 7.297 casos confirmados e 311 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 801.905 diagnósticos e 15.166 óbitos em decorrência da doença desde o início da pandemia. Os casos divulgados neste informe são de março (6.949), fevereiro (193) e janeiro (12) de 2021 e dos seguintes meses de 2020: abril (1), junho (47), julho (11), agosto (10), setembro (7), outubro (2), novembro (37) e dezembro (28).

VACINA – A Secretaria da Saúde possui agora um vacinômetro atualizado instantaneamente, assim que municípios inserem o número de doses aplicadas no sistema. Confira os dados sobre vacinação.

INTERNADOS – O boletim registra que 2.777 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados. São 2.205 em leitos SUS (893 em UTI e 1.312 em enfermaria) e 572 em leitos da rede particular (287 em UTI e 285 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 2.734 pacientes internados, 886 em leitos UTI e 1.848 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A Secretaria estadual da Saúde informa a morte de mais 311 pacientes. São 144 mulheres e 167 homens, com idades que variam de 17 a 106 anos. Um óbito ocorreu em 21 de março de 2020, oito em janeiro, oito em fevereiro e os demais de 1º a 23 de março de 2021.

Os pacientes que foram a óbito residiam em Curitiba (40), Maringá (20), Londrina (16), Ponta Grossa (16), Foz do Iguaçu (15), Cascavel (14), Arapongas (8), Francisco Beltrão (8), São Jose dos Pinhais (8), Guarapuava (7), Mandaguari (6), Matinhos (6), Toledo (6), Umuarama (6), Campo Largo (5), Palmas (5), Pinhais (5), Jaguariaíva (4), Paranavaí (4), Sarandi (4), Andirá (3), Capitão Leônidas Marques (3), Guairá (3), Itaperuçu (3), Paiçandu (3), Pontal do Paraná (3), Rio Branco do Sul (3), Telêmaco Borba (3), Atalaia (2), Campina do Simão (2), Campo Mourão (2), Cruzeiro do Sul (2), Fazenda Rio Grande (2), Grandes Rios (2), Guaratuba (2), Irati (2), Itapejara D’Oeste (2), Palmeira (2), Pinhalão (2), Quitandinha (2), Santa Izabel do Oeste (2), Terra Roxa (2) e Tijucas do Sul (2).

A Secretaria da Saúde registra, ainda, a morte de uma pessoa em cada um dos seguintes municípios: Almirante Tamandaré, Alto Paraná, Ampére, Arapoti, Araucária, Ariranha do Ivaí, Assai, Balsa Nova, Barracão, Boa Vista da Aparecida, Borrazópolis, Cambé, Capanema, Castro, Clevelândia, Cornélio Procópio, Coronel Domingos Soares, Coronel Vivida, Cruzeiro do Oeste, Dois Vizinhos, Figueira, Florai, Formosa do Oeste, Guairaçá, Ibaiti, Ibiporã, Iretama, Itambaracá, Ivaiporã, Jaguapitã, Juranda, Lobato, Mandaguaçu, Mandirituba, Marechal Cândido Rondon, Marmeleiro, Nova Aurora, Nova Santa Barbara, Palmital, Pato Branco, Piên, Piraquara, Quedas do Iguaçu, Ramilândia, Rio Negro, Rolândia, Santa Fé, Santa Mariana, Santo Antônio do Sudoeste, São Jorge do Patrocínio, São Jose da Boa Vista, Sapopema, Três Barras do Paraná e União da Vitória.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento contabiliza 5.252 casos de pessoas que não moram no Estado. Destas, 115 foram a óbito.

Confira o informe completo clicando AQUI.

Paraná: Governador decreta luto oficial de três dias em respeito aos 15 mil mortos pela Covid-19

O governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou nesta terça-feira (23) luto oficial de três dias em todo o território estadual em respeito aos 15 mil paranaenses mortos pela Covid-19. O novo boletim da Secretaria da Saúde apontou um total de 15.166 mortes em decorrência da doença desde o início da pandemia, em março de 2020. “Presto a minha solidariedade a todas as famílias que perderam entes e amigos queridos em consequência do coronavírus. Meus sentimentos a cada pessoa vítima desta tragédia pela qual estamos passando”, afirmou Ratinho Junior.

O governador destacou que o Estado está enfrentando o pior momento e que o Governo não mede esforços para atender os paranaenses com dignidade, com oferta de leitos e medidas restritivas para diminuir o contágio. “Estamos passando pelo período mais grave da pandemia no Estado, com as novas variantes, e por isso é hora de nos resguardar. Precisamos agir coletivamente para impedir que o coronavírus continue circulando”, pontuou. Ratinho Junior ainda agradeceu os profissionais de saúde e todos aqueles que trabalham imensamente para conter os efeitos da pandemia. “Quero manifestar o imenso respeito que o Paraná tem com os seus profissionais de saúde e todos aqueles que estão enfrentando essa doença na linha de frente. Vocês são a nossa força”, arrematou.

Marcelo Queiroga é nomeado ministro da Saúde

O médico cardiologista Marcelo Queiroga tomou posse hoje (23) no cargo de ministro da Saúde, em solenidade privada e fora da agenda, no Palácio do Planalto. O decreto de nomeação foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado em edição extra do Diário Oficial da União. Na mesma publicação, também consta a exoneração de Eduardo Pazuello do cargo. O anúncio de substituição do comando da pasta foi feito na semana passada por Bolsonaro. No dia seguinte, Queiroga concedeu entrevista e destacou a importância da população se engajar nas medidas de prevenção à covid-19, incluindo o uso de máscaras e distanciamento social.

Marcelo Queiroga é natural de João Pessoa e se formou em medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ele fez especialização em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro. Ele atua na área de hemodinâmica e cardiologia intervencionista. Atualmente, preside a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que o novo ministro “atende aos critérios técnicos e ao perfil de reputação ilibada exigidos para o cargo, com ampla experiência na área, não só da saúde, mas de gestão”. De acordo com o ministério, o nome de Queiroga foi submetido ao procedimento de consulta, obrigatório a quem assume cargos em comissão e funções de confiança.

Na análise de vida pregressa, não foram encontrados óbices jurídicos à nomeação, segundo a pasta. “Dentre os registros verificados, constatou-se que a Ação Penal – noticiada recentemente pela mídia por suposta apropriação indébita previdenciária foi julgada improcedente, com absolvição de Marcelo Queiroga, conforme certidão emitida pela 16ª Vara Federal da Seção Judiciária de Paraíba”, diz a nota. Com a nomeação, Queiroga é o quarto ministro da Saúde desde o começo da pandemia de covid-19. Passaram pela pasta, neste período, os médicos Luiz Henrique Mandetta, que estava desde o início do governo Bolsonaro, e Nelson Teich, seguido depois pelo general Eduardo Pazuello, do Exército.

No dia do recorde de mais de 3 mil mortes por Covid, presidente vai à TV para prometer vacinas

O presidente Jair Bolsonaro fez na noite desta terça-feira (23) um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no qual relacionou ações de governo para aquisição de vacinas e disse que estão “garantidas” 500 milhões de doses até o fim do ano. Ao longo dos 12 meses de pandemia, os brasileiros viram o presidente colocar em dúvida a eficácia da vacina do Instituto Butantan, que chamava de vacina chinesa. Mas, no pronunciamento desta terça, disse que sempre foi a favor das vacinas.

“Quero tranquilizar o povo brasileiro e afirmar que as vacinas estão garantidas. Ao final do ano, teremos alcançado mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população. Muito em breve, retomaremos nossa vida normal”, afirmou Bolsonaro no pronunciamento. Mais cedo, nesta terça, dia em que o país atingiu o recorde de mais de 3 mil mortes em 24 horas, o Ministério da Saúde reduziu, pela sexta vez, a previsão de vacinas contra a Covid-19 que serão entregues pelos fabricantes no próximo mês.

Mas o presidente omitiu que, em agosto do ano passado, o governo recusou 70 milhões de doses oferecidas pela própria Pfizer que seriam entregues a partir de dezembro. “Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros”, afirmou Bolsonaro no pronunciamento. Porém, em dezembro, o presidente disse que não tinha de “ir atrás” de vacinas. “Pessoal diz que eu tenho que ir atrás. Não, não. Quem quer vender, se eu sou vendedor, eu quero apresentar”, declarou Bolsonaro na ocasião.

A defesa das vacinas no pronunciamento contrasta com declarações anteriores de Bolsonaro. Em dezembro do ano passado, por exemplo, Bolsonaro afirmou em um evento na Bahia que não tomaria a vacina e que é “imbecil” ou “idiota” quem o critica por isso. Também em dezembro, disse que não seria responsável se alguém tomar vacina e “virar jacaré”. Além disso, Bolsonaro também se notabilizou por provocar aglomerações e desprezar o uso de máscaras, medida preconizada por médicos e especialistas como essencial para conter a expansão da Covid.

STF rejeita ação contra restrições de estados por covid-19

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou hoje (23) o prosseguimento de uma ação aberta pelo presidente Jair Bolsonaro contra decretos da Bahia, do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul que impuseram medidas restritivas para conter o avanço da covid-19. A ação direta de inconstitucionalidade (ADI) em questão foi protocolada na sexta-feira, às 23h03, diretamente pela Presidência da República. A petição inicial é assinada unicamente pelo presidente. Sorteado ontem (22) como relator, Marco Aurélio afirmou que a ação não poderia ser aceita por ter “erro grosseiro”, impossível de ser corrigido, pois a petição inicial não veio assinada pela Advocacia-Geral da União (AGU). “O Chefe do Executivo personifica a União, atribuindo-se ao Advogado-Geral a representação judicial, a prática de atos em Juízo”, escreveu o ministro.

No despacho de quatro páginas, Marco Aurélio ressaltou que o próprio Supremo já decidiu sobre o poder de estados e municípios, junto com a União, implementarem medidas de combate à pandemia de covid-19. “Ante os ares democráticos vivenciados, imprópria, a todos os títulos, é a visão totalitária. Ao Presidente da República cabe a liderança maior, a coordenação de esforços visando o bem-estar dos brasileiros”, afirmou o ministro. Na peça, o presidente Jair Bolsonaro pede que um decreto do DF, um da BA e dois do RS sejam declarados “desproporcionais” e derrubados por liminar (decisão provisória), “a fim de assegurar os valores sociais da livre iniciativa e a liberdade de locomoção”. As normas impõem toques de recolher e fechamento de comércio e serviços não essenciais, por exemplo.

Bolsonaro argumentou que a restrição à circulação só é possível se quem for alvo da medida estiver de fato doente ou com suspeita de doença, não sendo possível “vedações genéricas à locomoção de pessoas presumidamente saudáveis”. Ele também alegou que o fechamento de atividades não essenciais na pandemia não pode ser feito por decreto pelos governantes, mas somente por lei formal aprovada no Legislativo. Os decretos estaduais e o distrital foram editados com a justificativa de conter a disseminação da covid-19, num momento de alta expressiva nos números da pandemia. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a média móvel de mortes atual é de 2.087 por dia, o dobro do observado há um mês (1.036 óbitos). Procuradoo Palácio do Planalto disse que não irá se manifestar sobre o assunto.

Pesquisadores encontram novas alterações em linhagens do SARS-CoV-2

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e instituições parceiras detectaram novas variações genéticas em amostras do SARS-CoV-2 coletadas no Brasil. Segundo a Fiocruz, foram encontrados, em 11 sequenciamentos genéticos, alterações importantes na proteína spike (S), que é um dos principais alvos dos anticorpos produzidos pelo corpo humano para combater o vírus. Os cientistas fazem parte da Rede Genômica Fiocruz, que reúne diversos grupos de pesquisa do país na vigilância genômica do vírus. Entre outros motivos, esse trabalho é importante para acompanhar as mutações do coronavírus, orientando as políticas públicas no combate à crise sanitária.

As 11 alterações encontradas ainda não são recorrentes o suficiente para caracterizar uma nova linhagem, de acordo com a Fiocruz. Apesar disso, as amostras que apresentaram essas mudanças foram coletadas em sete estados brasileiros: Amazonas, Bahia, Maranhão, Paraná, Rondônia, Minas Gerais e Alagoas. O coronavírus começou a circular no Brasil em 2020 com as linhagens B.1.1.28 e B.1.1.33, e, a partir delas, já foram caracterizadas mutações que deram origem às linhagens P.1, P.2 e, mais recentemente, N.9.

Apesar de diferentes geneticamente, as três variantes têm em comum a mutação conhecida como E484K, que já foi associada à evasão do sistema imune em pesquisas envolvendo outras variantes, como a britânica e a sul-africana. As alterações encontradas nas 11 amostras citadas incluem indivíduos das linhagens P.1, P.2, B.1.1.28 e B.1.1.33. As mudanças detectadas agora se deram tanto por perda de material genético como por inserção de aminoácidos na estrutura NTD que forma parte da proteína S, a estrutura que o vírus usa para invadir as células do corpo humano. Possivelmente, tais mudanças também podem ajudar o vírus a escapar do sistema imunológico, o que ainda precisa ser comprovado por pesquisas complementares.

Mutação convergente: Os cientistas observam que as alterações encontradas podem estar associadas a uma evolução convergente do vírus, já que as 11 amostras são de diferentes linhagens, e as mutações se assemelham a descobertas feitas em outros países, como o Reino Unido e a África do Sul. Nesse último país, inclusive, a mutação da variante encontrada seguiu o mesmo percurso das variantes brasileiras, apresentando primeiro a mutação E484K, entre outras mudanças, como nas variantes P.1, P.2, e, depois, a perda de material genético no domínio NTD encontrada em parte das amostras observadas no estudo.

O trabalho foi liderado pelos Laboratórios de Vírus Respiratório e do Sarampo e de Aids e Imunologia Molecular do IOC/Fiocruz, pelo Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz-Bahia), pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz-Amazônia), pelo Instituto Aggeu Magalhaes (Fiocruz-Pernambuco) e pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Também participaram a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas e Laboratórios Centrais de Saúde Pública do Amazonas, Maranhão, Alagoas, Minas Gerais, Paraná e Bahia.

Anvisa publica na internet dados sobre disponibilidade de oxigênio

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibilizou na internet informações sobre os níveis de produção, abastecimento e distribuição de oxigênio no Brasil. Os dados podem ser acessados em um painel específico. Segundo a agência, ainda faltam informações de empresas, o que inclusive dificulta visualizar uma totalização nacional. Os primeiros dados, relativos ao período de 13 a 17 de março, trazem um universo de 100 empresas atuando na produção de oxigênio. Do total fornecido, 71,7% eram de companhias privadas, 25,9% de instituições públicas e 2,46% de distribuidoras. São Paulo é o estado com o maior volume de fabricação de oxigênio no período analisado, com 7,3 milhões de metros cúbicos (m3), seguido por Minas Gerais (2,5 milhões de m3) e Rio de Janeiro (2 milhões de m3). Os estoques de produção mostrados no painel são pequenos. O estado com o maior estoque é o Amazonas: 1,17 milhão de m3.

Quando considerado o envase do oxigênio em cilindros, São Paulo novamente é o primeiro do ranking, com 1,18 milhão de m3. Em seguida vêm Ceará (1 milhão de m3) e Minas Gerais (875 mil de m3). Assim como na fabricação, nos cilindros, o Amazonas detém o maior estoque, com 1,17 milhões de m3. Em comunicado oficial, a Anvisa explica que os dados sobre estoque devem ser observados de acordo com a capacidade de cada estado. “Eventuais dados de estoque zerados podem ocorrer devido à ausência de fornecimento de informações por parte das empresas ou por inexistência de empresas no estado. Assim, estados como o Acre, onde não existem empresas produtoras, não constarão no painel”, explica o informe.

Plano nacional: O Ministério da Saúde anunciou hoje (23) o Plano Oxigênio Brasil, com o intuito de dar auxílio a estados e municípios no abastecimento deste insumo. Segundo a pasta, os estados com mais dificuldade são Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia. De acordo com a pasta, já começaram a ser transportados cilindros e estruturas relacionadas à oferta de oxigênio de Manaus para outras localidades. Serão deslocados 120 concentradores para o Rio Grande do Norte e 200 para o Paraná. Também serão enviadas duas usinas de oxigênio para Santa Catarina, uma para o Acre e outra para Rondônia. Ainda conforme o Ministério da Saúde, foi feita requisição de envio a partir de São Paulo de 400 cilindros para Rondônia, 240 para o Acre, 160 para o Rio Grande do Norte, 100 para o Ceará e 100 para a Região Sul.

Fiocruz entregará menos doses da vacina contra covid-19 em abril

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou hoje (23) que vai entregar 18,8 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, em abril. Serão 11,2 milhões de doses a menos da previsão inicial, que era uma entrega de 30 milhões de doses no próximo mês.

Segundo a fundação, “por tratar-se de uma nova tecnologia e da complexidade de implantação da produção da vacina covid-19” o cronograma de entregas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos foi afetado. Inicialmente, estava prevista a produção de 1 milhão de doses por dia em abril. O cronograma de entregas prevê a produção de 3,9 milhões de doses este mês; 18,8 milhões em abril; 21,5 milhões em maio; 34,2 milhões em junho; e 22 milhões em julho. No segundo semestre, com a produção nacional de insumos, estão previstas 110 milhões de doses.

Senadores ouvem laboratórios e destacam número insuficiente de vacinas

O Senado ouviu, hoje (23), representantes de laboratórios desenvolvedores de vacinas contra covid-19 ou de parceiros brasileiros dessas empresas. Foram ouvidos diretores da Pfizer, da Janssen, da Bharat Biotec, da Precisa, da Sputnik V e da Fiocruz. Os senadores ficaram preocupados com o que ouviram, pois, segundo estes diretores, muitas vacinas encomendadas pelo governo brasileiro não devem chegar no primeiro semestre.

“Essa audiência comprovou aquilo que já suspeitávamos e temíamos: não teremos vacinas suficientes e a tempo para acabar com essa carnificina. Estamos vivendo momentos dos mais difíceis, tenebrosos. Não temos leitos, não temos UTI, não temos oxigênio, não temos insumo. Está faltando caixão”, disse Simone Tebet (MDB-MS). Tasso Jereissati (PSDB-CE) também lamentou a falta de uma entrega substancial de vacinas neste momento, em que o Brasil registra dezenas de milhares novos casos por dia, além de mais de 3 mil mortes nas últimas 24 horas. “Cheguei nessa reunião na expectativa de ver uma luz no fim do túnel, mas estou saindo muito desanimado”.

Previsão: Durante a audiência, os representantes dos laboratórios expuseram a estimativa de entrega das vacinas ao Ministério da Saúde. A Pfizer estima entregar 100 milhões de doses até setembro. A Janssen, com quem o governo brasileiro também manifestou intenção de compra de vacinas, prevê a entrega até o final do ano, sem data específica. A Fiocruz, que também participou da reunião, apresentou o seu cronograma. São 100,4 milhões de doses até julho, com 3,9 milhões entregues em março, 18,8 milhões de doses em abril e 21,5 milhões em maio.

Mais 34,2 milhões de doses devem chegar em junho e 21,9 milhões em julho. No segundo semestre, com a produção nacional de insumos, estão previstas 110 milhões de doses. A Precisa, parceira da indiana Bharat Biotech, pretende entregar 20 milhões de doses em quatro lotes diferentes. “Seguindo o que está em contrato, entre o fim de março e início de abril as primeiras 8 milhões de doses chegam”, disse Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa. Ela explicou, porém, que o embarque das doses depende de autorização do governo indiano.

Pedir vacinas: Kátia Abreu (PP-TO) disse que a situação é extremamente preocupante  e sugeriu pedir vacinas ociosas de outros países. “A única solução que eu vejo é nós irmos atrás do estoque de vacinas que existem no mundo. Temos que apelar para os EUA e a China, que são os maiores produtores e nossos maiores parceiros, não só comerciais, mas de cooperação. Saberemos ser gratos e leais aos países que ajudaram o Brasil”, disse a senadora. Na semana passada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pediu aos Estados Unidos a doação de vacinas estocadas e sem previsão de uso naquele país.

STF considera que Moro foi parcial nos processos de Lula

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (23) reconhecer a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condução do processo envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato. Com a medida, a condenação do ex-presidente no caso do triplex do Guarujá será anulada. No dia 8 de março, uma decisão individual do ministro Edson Fachin também anulou a condenação, mas não havia reconhecido a suspeição de Moro. O placar pela imparcialidade do ex-juiz foi obtido por 3 votos a 2. Na primeira sessão para julgamento do caso, os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram a favor da suspeição. O relator, Edson Fachin, votou contra o reconhecimento. Na sessão desta terça-feira, o ministro Nunes Marques votou contra o recurso da defesa de Lula, por entender que o habeas corpus não pode ser utilizado para julgar a suspeição do ex-magistrado. Além disso, o ministro entendeu que a suspeição de Moro não pode ser justificada com base em mensagens interceptadas de forma clandestina. “São absolutamente inaceitáveis tais provas. Entender de forma diversa seria uma forma transversa de legalizar a atividade hacker no Brasil”, afirmou.

Em seguida, a ministra Cármen Lúcia proferiu o terceiro voto a favor do reconhecimento da suspeição e entendeu que Moro atuou de forma parcial no caso. No entanto, a ministra disse que o entendimento não pode ser aplicado a outros casos. Segundo Cármen Lúcia, “houve espetacularidade do caso” e quebra da imparcialidade no julgamento. No habeas corpus, os advogados sustentaram que Moro não poderia ter proferidos as sentenças nos casos do triplex do Guarujá por ter sido parcial no julgamento. Os advogados citaram fatos ocorridos durante as investigações, como a condução coercitiva do ex-presidente, autorização de escutas no escritório dos advogados, suposta atuação para impedir a soltura, entre outras. Os profissionais também citaram as mensagens entre procuradores da Lava Jato, que foram alvo de interceptação ilegal por hackers. A partir da decisão, as defesas de outros investigados também podem alegar a suspeição do ex-magistrado e as condenações de outros réus poderão ser anuladas.

Erro no Android mostra aviso de “falhas contínuas” para usuários

Usuários do sistema operacional Android buscaram as redes sociais para relatar o fechamento inesperado de certos aplicativos. Segundo as mensagens, que começaram a ser publicadas na noite de segunda-feira (22), aplicativos como o Gmail e o navegador Chrome – ambos da Google – apresentavam uma janela de erro relatando “falhas contínuas.” De acordo com a Google, o problema foi identificado às 20h05 e a causa é a atualização do Android System WebView, um componente do Android que permite que os aplicativos mostrem conteúdo da internet.

Segundo o relatório da Google, o problema foi diagnosticado e a atualização necessária foi disponibilizada às 3h18 de hoje (23). “O problema com o Gmail foi resolvido. Pedimos desculpas pelo inconveniente. Tenha certeza que a confiabilidade do sistema é uma prioridade para a Google”, informou o comunicado. A empresa não esclareceu, entretanto, se a solução também corrige o mesmo problema com aplicativos diversos, que também foram afetados pelo bug.

ONU: mais de 30 milhões de pessoas estão a um passo da fome extrema

A fome extrema deve aumentar em mais de 20 países nos próximos meses, alerta a Organização das Nações Unidas (ONU). Em algumas regiões do Iêmen, do Sudão do Sul e no norte da Nigéria, famílias estão morrendo de fome, revela relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Programa Alimentar Mundial (PAM). A situação de fome extrema é agravada por conflitos internos, alterações climáticas e pela pandemia de covid-19. Em alguns locais, é também agravada pela praga de gafanhotos.

A FAO e o PAM acrescentam que mais de 34 milhões de pessoas no mundo “lutam com níveis alarmantes de fome extrema”. Esse número pode aumentar drasticamente nos próximos meses se a assistência internacional não for ampliada, acrescenta o relatório, de 37 páginas, divulgado pelas duas agências que têm sede em Roma. Apesar de a maioria dos países afetados ser africana, a fome pode aumentar vertiginosamente na maioria das regiões do mundo, incluindo o Afeganistão, a Síria, Líbia, o Haiti e a América Latina.

“O sofrimento é alarmante”, alerta o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, em comunicado. “Temos a responsabilidade de agir agora e rapidamente para salvar vidas, salvaguardar meios de subsistência e prevenir que a situação se agrave”. O representante da FAO lembra que “em muitas regiões, a época do cultivo está começando e devemos correr contra o relógio para não deixar fugir essa oportunidade de proteger e até mesmo aumentar a produção local de alimentos”. “Uma catástrofe ocorre perante os nossos olhos”, afirma o diretor da WFP, David Beasley. “A fome – impulsionada por conflitos e alimentada por alterações climáticas e pela pandemia de covid-19 bate à porta de milhões de famílias”.

Israel: Likud de Netanyahu deve vencer eleições, mas precisa de apoios

Apesar de a vitória nas eleições legislativas antecipadas já estar delineada, de acordo com as pesquisas de opinião, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, do partido Likud, vai precisar de apoios para formar governo. Os resultados oficiais deverão ser anunciados nesta quinta-feira (25). O Likud surge com larga vantagem em relação ao principal partido da oposição, o Yesh Atid.

Benjamin Netanyahu não deverá conseguir reunir os 61 deputados que precisa para formar um governo com maioria no Parlamento. Pode ficar dependente da posição de Naftali Bennett, que lidera o partido Yamina. Esta foi a quarta eleição legislativa em dois anos e deve ter sido a de participação mais baixa desde 2009. As eleições ficaram marcadas pelo lançamento de um foguete a partir da Faixa de Gaza, que atingiu uma área próxima do local onde Netanyahu fazia os últimos apelos ao voto.

Carioca: Fluminense supera Boavista por 2 a 0 em Bacaxá

O Fluminense foi até o estádio de Bacaxá, em Saquarema, e derrotou o Boavista por 2 a 0 nesta terça-feira (23), em jogo da 5ª rodada da Taça Guanabara do Campeonato Carioca. Com este resultado, o Tricolor alcançou a terceira vitória consecutiva e assumiu a terceira posição da classificação com 9 pontos conquistados.

Flamengo enfrenta Botafogo em busca da liderança do Carioca

Botafogo e Flamengo realizam nesta quarta-feira (24), a partir das 21h35 (horário de Brasília) no estádio Nilton Santos, o clássico da 5ª rodada da Taça Guanabara do Campeonato Carioca. Para o Rubro-Negro, uma vitória representa a liderança da classificação, enquanto para o Alvinegro vencer garante a entrada no G4.

Mesmo com o grupo principal treinando há aproximadamente 10 dias, o Flamengo segue na competição com o mesmo plantel que participou do último jogo, a vitória por 4 a 1 sobre o Resende. Dessa forma, entram em campo os garotos do sub-20 com o reforço do goleiro Hugo Souza, dos zagueiros Leo Pereira e Bruno Viana, dos laterais Matheuzinho e Renê, dos meio-campistas Hugo Moura, Pepê e Gomes e dos atacantes Michael, Vitinho e Pedro.

Com gol de Mosquito, Corinthians derrota Mirassol no Paulista

O Corinthians derrotou o Mirassol por 1 a 0, nesta terça-feira (23) no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ), em partida que abriu a 5ª rodada do Campeonato Paulista. Com o triunfo, o Timão permanece firme na liderança do Grupo A, agora com 11 pontos conquistados. O jogo aconteceu no Rio de Janeiro porque a realização de partidas de futebol está proibida em território paulista até o dia 30 de março, atendendo a uma recomendação do Ministério Público Estadual. São Paulo está na Fase Emergencial, a mais restritiva no enfrentamento ao novo coronavírus (covid-19), em meio à alta de casos e internações no Estado. Na cidade do Rio de Janeiro, também por conta da pandemia, o impedimento aos eventos esportivos vai de sexta-feira (26) a 4 de abril. Sem convencer o Governo paulista a liberar o futebol, a FPF conseguiu marcar o duelo entre Mirassol e Corinthians para o estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).

Conmebol busca vacinas para permitir público na Copa América

A Conmebol anunciou nesta terça-feira (23) que trabalha com os governos da Argentina e da Colômbia para obter vacinas contra o novo coronavírus (covid-19) que permitiriam o acesso do público aos estádios durante a Copa América. Os países sul-americanos estão em uma corrida para adquirir o maior número possível de doses para imunizar suas populações, à medida que o coronavírus continua avançando na região. O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, disse, durante seu discurso no 74º Congresso da Conmebol, que o avanço da vacinação nos países sede do torneio, que terá início no dia 11 de junho, poderá ajudar os estádios a terem torcedores nas arquibancadas.

“Estamos a dias de começar nossa próxima edição da Copa América em um novo formato e com dois países que são tremendamente fanáticos por futebol e que estão ansiosos para nos receber”, disse o dirigente. “Estamos trabalhando em conjunto com os dois Governos para conseguir o máximo de vacinas possível para que nossos estádios também tenham a oportunidade de receber o público que torce por suas estrelas”, acrescentou. A Copa América estava programada para ocorrer em 2020, mas foi adiada por um ano por causa da pandemia.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.