Aneel monta gabinete para monitorar vandalismo a torres de transmissão

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) montou um gabinete especial para monitorar o vandalismo a torres de transmissão de energia. O gabinete receberá e processará denúncias de ataques a equipamentos e instalações elétricas, tanto físicos como cibernéticos. Desde a noite de domingo (8), foram registrados três ataques a torres de energia. O primeiro ocorreu em Ariquemes (RO), por volta das 21h30 de anteontem, quando uma torre da linha de transmissão Samuel-Ariquemes foi derrubada e duas foram retorcidas pela queda da primeira. O segundo incidente ocorreu à 0h13 de segunda-feira (9) em Medianeira (PR), onde uma torre da usina de Itaipu foi derrubada e mais três, danificadas.

A terceira ocorrência aconteceu também em Rondônia, perto de Porto Velho, quando foram cortados dois estais (cabos de sustentação) de uma torre da linha de transmissão da usina de Jirau e Santo Antônio. O incidente ocorreu à 0h40 desta segunda. Segundo a Aneel, não houve condições climáticas em nenhuma das três áreas que possam ter provocado a queda das torres e as inspeções revelaram sinais de vandalismo e sabotagem. Em nenhum dos três casos, chegou a haver corte de energia porque a carga elétrica foi remanejada para outras linhas de transmissão. O Ministério de Minas e Energia ainda não se pronunciou sobre os incidentes.

Benefícios do INSS acima do mínimo terão reajuste de 5,93%

Os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acima de um salário mínimo subirão 5,93% neste ano, confirmou o Ministério da Previdência Social. O reajuste seguirá o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano passado, divulgado mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a definição do índice de reajuste, o teto do INSS subirá R$ 420,27. Os benefícios de valor mais alto passarão de R$ 7.087,22 no ano passado para R$ 7.507,49 em 2023. Além de corrigir os benefícios acima de um salário mínimo, o INPC é aplicado para o reajuste das contribuições para a Previdência Social. Essas contribuições sobem conforme o salário. Quanto mais o trabalhador na ativa recebe, mais está sujeito a alíquotas adicionais que elevam a contribuição.

Os benefícios atrelados ao salário mínimo subirão 8,91%, de R$ 1.212 para R$ 1.320. No entanto, esse valor ainda precisa ser oficializado por meio de medida provisória. Até agora, vale oficialmente o salário mínimo de R$ 1.302, editado no fim do ano passado. Originalmente, a cerimônia de anúncio do novo salário mínimo estava prevista para ontem (9), mas foi adiada por causa dos atos terroristas em Brasília no último domingo (8). O INSS começará a pagar os benefícios de janeiro no fim do mês. Para quem ganha um salário mínimo, o pagamento da aposentadoria, pensão ou auxílio será feito entre 25 de janeiro e 7 de fevereiro. Quem recebe além do mínimo terá o benefício depositado entre 1º e 7 de fevereiro.

Inflação oficial fecha 2022 em 5,79%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou 2022 com uma taxa de 5,79% acumulada no ano. O índice ficou abaixo dos 10,06% acumulados em 2021, segundo dados divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação acumulada de 2022 foi puxada principalmente pelos alimentos e bebidas, que tiveram alta de preços de 11,64% no ano, acima dos 7,94% de 2021. Também tiveram impacto importante os gastos com saúde e cuidados pessoais, que ficaram 11,43% mais caros. O grupo de despesas vestuário, por sua vez, teve a maior variação no mês: 18,02%. Os transportes ajudaram a frear o IPCA de 2022, ao registrar deflação (queda de preços) de 1,29% no ano. Esse grupo de despesas havia acumulado inflação de 21,03% no ano anterior. O grupo comunicação também fechou o ano com deflação: -1,02%. Os demais grupos apresentaram as seguintes taxas de inflação no ano: artigos de residência (7,89%), despesas pessoais (7,77%), educação (7,48%) e habitação (0,07%).

Dezembro: A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,62% em dezembro. A taxa ficou acima do 0,41% do mês anterior mas abaixo do 0,73% de dezembro de 2021. A maior alta de preços do mês veio do grupo saúde e cuidados pessoais (1,60%), que também teve o maior impacto na inflação oficial no período. Os itens com maior impacto nesse grupo foram produtos de higiene pessoal (3,65%), em especial os perfumes que, com uma alta de 9,02% tiveram o maior impacto individual no IPCA. Com uma inflação de 0,66%, os alimentos e bebidas tiveram o segundo maior impacto na inflação oficial de dezembro, puxados pelas altas de preços de produtos como tomate (14,17%), feijão-carioca (7,37%), cebola (4,56%) e arroz (3,77%).

Nenhum grupo de despesas apresentou queda de preços no mês. Mas grupos como transporte e habitação tiveram mais baixas que em novembro. Os transportes tiveram taxa de 0,21% em dezembro, abaixo do 0,83% de novembro, devido às quedas de preços da gasolina (1,04%), óleo diesel (2,07%) e gás veicular (0,45%). As altas de preços do etanol (0,48%), das passagens aéreas (0,89%) e dos pedágios (3%) mantiveram os transportes com inflação. Habitação passou de 0,51% em novembro para 0,20% em dezembro, devido às altas menos intensas, em dezembro, de itens como aluguel residencial (0,40%) e energia elétrica residencial (0,20%).

Índice Nacional da Construção Civil fecha 2022 com alta de 10,9%

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) fechou 2022 com elevação de 10,9%. É a segunda maior taxa desde 2014. Em relação ao ano anterior, quando ficou em 18,65%, houve recuo de 7,75 pontos percentuais.Contribuiu para o resultado a taxa de dezembro, que apresentou variação de 0,08%, ficando 0,07 ponto percentual abaixo da de novembro. Naquele mês, a alta de 0,15% foi o menor índice de 2022 e manteve a tendência de desaceleração no ano. Os dados foram divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O gerente do Sinapi, Augusto Oliveira, chamou a atenção para o fato de que mesmo com o resultado de dezembro sendo bem menor que a taxa dos meses anteriores, o acumulado em 2022 ficou abaixo apenas do que foi captado em 2021, com taxa de 18,65%, e pouco acima de 2020, com 10,16%. “Mesmo com quedas recorrentes desde julho, o acumulado no ano ainda tem influência das altas captadas no momento atípico de pandemia”, afirmou.

O custo nacional para o setor habitacional por metro quadrado, que é medido pelo Sinapi, subiu para R$ 1.679,25 em dezembro. Desse valor, R$ 1.001,20 correspondem aos materiais e R$ 678,05 à mão de obra. Em novembro, o custo ficou em R$ 1.677,96. Segundo o IBGE, a parcela dos materiais que apresentou estabilidade em novembro (0,01%) e outubro (0,04%) teve alta de 0,07% em dezembro. Se considerado o índice de dezembro de 2021, houve queda de 0,69 ponto percentual. Com apenas um reajuste anotado, a parcela de mão de obra avançou 0,08%, ainda assim a menor do ano, sendo também um recuo de 0,27 ponto percentual em relação a novembro, quando ficou em 0,35%.

No acumulado do ano, os materiais atingiram 10,02%. A parcela do custo com mão de obra foi mais elevada e alcançou 12,18%. Em 2021, a parcela dos materiais fechou em 28,12% e a mão de obra em 6,78%. O gerente do Sinapi destacou que nos últimos meses de 2022, as variações na parcela dos materiais foram com taxas mais próximas às captadas em anos anteriores à pandemia, enquanto 2020, 2021 e os primeiros meses de 2022 sofreram mais fortemente o impacto da situação. No caso da mão de obra, os acordos coletivos influenciaram os resultados. “Em 2022, acordos coletivos passaram a repor os salários das categorias profissionais do segmento da construção civil, que tiveram poucos ganhos nos anos da pandemia. Além disso, o aumento da inflação, base para a reposição dos salários nos dissídios, acabou influenciando os valores acordados”.

Petrobras reduz preço do gás natural em 11,1%

A Petrobras anunciou ontem (10) que vai atualizar o valor do gás natural. O preço de venda para as distribuidoras vai cair, em média, 11,1% por metro cúbico, a partir do dia 1º de fevereiro, conforme prevê os contratos de distribuição por dutos. A redução é em relação ao valor praticado no trimestre novembro-dezembro-janeiro.De acordo com a estatal, os contratos preveem atualizações trimestrais e vinculam a variação do preço do gás às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio. “Durante esse período, o petróleo teve queda de 11,9%; e o câmbio teve depreciação de 0,2% [isto é, a quantia em reais para se converter em um dólar aumentou 0,2%]. Houve ainda, conforme previsto nos contratos celebrados no final de 2021 e com vigência de 01/01/2022 a 31/12/2025, redução na fórmula de precificação que passou de 16,75% do Brent para 14,40% do Brent”, justificou a empresa.

Preço final: A redução no preço para as distribuidoras, contudo, não significa repasse imediato para o consumidor final. Segundo a Petrobras, o preço final do gás natural depende também do portfólio de suprimento de cada distribuidora, das margens das empresas e dos postos de revenda, além dos tributos federais e estaduais. As tarifas ao consumidor também dependem de aprovação pelas agências reguladoras estaduais.

Moraes determina prisão de Anderson Torres

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ontem (10) a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal coronel Fábio Augusto Vieira, e do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. Coronel Fábio Augusto Vieira era o responsável pela tropa que atuou durante os atos antidemocráticos neste domingo (8) contra o Congresso, o Palácio do Planalto e a Suprema Corte. Vieira não está mais no comando da corporação. Ele foi exonerado ontem (9) pelo interventor nomeado para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretar intervenção federal na segurança pública do DF e o afastamento do governador Ibaneis Rocha pelo prazo de 90 dias, determinado pelo ministro. Na decisão, Moraes também determinou a prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres.

As prisões foram solicitadas pela Polícia Federal, que apontou omissão e conivência das autoridades locais no controle dos atos, que ocorreram, segundo a corporação, com a anuência dos responsáveis pela segurança pública do Distrito Federal. A PF citou a ausência de policiais do Batalhão de Choque, autorização para entrada de cerca de 100 ônibus em Brasília e inércia em relação à desativação do acampamento em frente ao quartel do Exército. Ao aceitar os pedidos de prisão, Moraes disse que a medida é necessária diante de fortes indícios de que os investigados foram “coniventes” com quem praticou os atos de invasão. “A existência de uma organização criminosa, cujos atos têm ocorrido regularmente há meses, inclusive no Distrito Federal, é um forte indício da conivência e da aquiescência do Poder Público com os crimes cometidos, a revelar o grave comprometimento da ordem pública e a possibilidade de repetição de atos semelhantes caso as circunstâncias permaneçam as mesmas”, escreveu o ministro.

Moraes refirmou que a democracia não será abalada pelos atos. “Absolutamente todos serão responsabilizados civil, política e criminalmente pelos atos atentatórios à democracia, ao Estado de Direito e às instituições, inclusive pela dolosa conivência – por ação ou omissão – motivada pela ideologia, dinheiro, fraqueza, covardia, ignorância, má-fé ou mau-caratismo”, concluiu. Nesta terça-feira, viaturas da PF estiveram na casa de Anderson Torres em Brasília. Não há confirmação se o ex-ministro está na residência. No início desta semana, Torres disse à imprensa que estava em férias nos Estados Unidos. Pelas redes sociais, Anderson Torres disse que vai retornar ao Brasil para se apresentar à Justiça e cuidar de sua defesa. “Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na justiça brasileira e na força das instituições. Estou certo de que a verdade prevalecerá”, declarou.

Ex-comandante da PM do DF é preso após determinação de Moraes

O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fábio Augusto Vieira foi preso ontem (10) em Brasília. A determinação foi do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Não há informações sobre o local onde o coronel ficará custodiado. Vieira era o responsável pela tropa que atuou durante os atos terroristas no domingo (8) contra o Congresso, o Palácio do Planalto e a Suprema Corte. Vieira não está mais no comando da corporação. Ele foi exonerado ontem (9) pelo interventor Ricardo Cappelli, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a decretação da intervenção federal na segurança pública do DF.

Na mesma decisão, Moraes também determinou a prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, que foi exonerado da pasta durante férias nos Estados Unidos. Durante os atos, o cargo foi ocupado pelo secretário interino da Segurança Pública, Fernando de Sousa Oliveira. As prisões foram solicitadas pela Polícia Federal, que apontou omissão e conivência das autoridades locais no controle dos atos, que ocorreram, segundo a corporação, com a anuência dos responsáveis pela segurança pública do Distrito Federal.

PF libera idosos e mães com crianças detidos em atos golpistas

A Polícia Federal informou ter liberado 599 pessoas que foram presas durante o desmonte do acampamento golpista instalado em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. A liberação, segundo a corporação, se deu por razões humanitárias, por se tratarem de idosos, mães com crianças e pessoas com problemas de saúde. Em relação aos demais presos, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou ter montado uma estrutura de cinco tendas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na Academia de Polícia Federal, para onde os mais de 1,5 mil presos foram levados. Até a manhã de hoje (10), 243 atendimentos haviam sido realizados, a maioria de casos leves, informou o Samu. A equipe conta com médicos, profissionais de enfermagem e de saúde mental. Houve 30 remoções em ambulância para a Unidade de Pronto Atendimento e o Hospital Regional de Sobradinho, região do DF onde fica a academia de polícia.

Os detidos foram levados para o local em dezenas de ônibus, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter determinado a prisão em flagrante de todos que não se retirassem dos acampamentos golpistas, em todo o país. Na decisão, o magistrado mencionou sete crimes que podem ter sido cometidos pelos militantes bolsonaristas, incluindo crimes contra o Estado Democrático de Direito e a soberania nacional. A decisão de Moraes ocorreu horas depois de vândalos terem invadido e depredado o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, que ficam na Praça dos Três Poderes, na tarde de domingo (8).

De acordo com a PF, há na academia amplo acesso a advogados e defensores públicos. Todos os que ainda se encontram no local deverão ser ouvidos e fichados. Algumas pessoas estão sendo liberadas enquanto outras são encaminhadas para o sistema penitenciário do Distrito Federal. Até às 15h35 de hoje, 527 pessoas foram mantidas presas, informou a PF em nota. “Todos estão recebendo alimentação regular (café da manhã, almoço, lanche e jantar), hidratação e atendimento médico quando necessário”, diz o texto. Mais cedo nesta terça-feira (10), durante a posse do novo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, Moraes disse que todos os que praticaram, financiaram e incentivaram os atos golpistas de domingo seriam punidos no rigor da lei. “Não achem que as instituições irão fraquejar”, afirmou ele.

STF delega audiências de custódia de presos em atos terroristas

O Supremo Tribunal Federal (STF) montou uma força-tarefa para as audiências de custódia de cerca de 700 pessoas presas durante os atos terroristas que vandalizaram as sedes dos Três Poderes em Brasília no domingo (8). Após reunião com o ministro Alexandre de Moraes, que determinou as prisões, ficou acertado que as audiências serão feitas por juízes federais e do Tribunal de Justiça do DF. As informações sobre presos serão centralizadas no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e remetidas a Moraes, a quem caberá decidir sobre a manutenção das prisões.

Ao determinar as prisões, Moraes mencionou sete crimes que podem ter sido cometidos pelos militantes bolsonaristas, incluindo crimes contra o Estado Democrático de Direito e a soberania nacional. Segundo a Corte, as audiências estão ocorrendo dentro do devido processo legal, com a presença de advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público. A Policia Federal informou que 1,5 mil pessoas foram conduzidas ontem, após serem presos em Brasília. Até o momento, 727 continuam detidas. 599 pessoas foram liberadas, entre elas, idosos, pessoas com problemas de saúde, pessoas em situação de rua e pais acompanhados de crianças.

Financiadores de vandalismo começam a ser identificados, diz ministro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, confirmou, que os órgãos responsáveis pela investigação do ataque às sedes dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) no último domingo (8), já identificaram alguns dos financiadores da ação que resultou na depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). “Temos uma investigação em curso, que ainda vai ter muitos desdobramentos. Já foram identificados os primeiros financiadores, sobretudo em relação aos ônibus [que trouxeram os participantes dos atos à capital federal]: aqueles que organizaram o transporte, que contrataram os veículos. Estas pessoas já estão todas identificadas”, disse Dino a jornalistas que acompanharam a cerimônia de posse do novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, nesta manhã. Sem fornecer mais detalhes sobre as pessoas já identificadas, Dino informou que, entre os financiadores, há desde pequenos comerciantes até empresários do agronegócio e indivíduos ligados a colecionadores, atiradores desportivos e caçadores.

“Não é possível identificar um único segmento. O que posso afirmar é que a investigação está em curso; já foram feitas as primeiras individualizações [caracterizações da participação nos atos] e, com isso, haverá o prosseguimento que cabe: a aplicação das sanções previstas em lei”, acrescentou o ministro, que considerou o episódio do último domingo um “evento extremo, agressivo e violento”. Segundo o ministro, os primeiros financiadores identificados estão espalhados por dez unidades federativas e poderão responder por associação criminosa e prática de crimes contra o Estado Democrático de Direito, tentando destituir um governo legitimamente eleito, entre outros delitos previstos no Código Penal brasileiro. “Todas as pessoas que ali estavam, estavam com este propósito: invadir, depredar, sitiar, depor o governo. Basta ver o slogan da manifestação. Logo, não há nenhuma dificuldade de [apontar as responsabilidades] individualização”, disse o ministro.

O Exército e a Polícia Militar do Distrito Federal desocuparam a área em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Centenas de pessoas que não aceitam o resultado das eleições presidenciais e defendem a adoção de medidas antidemocráticas, como intervenção militar que impeça o presidente Lula de permanecer no cargo, estavam acampadas no local desde os primeiros dias de novembro de 2022. Segundo a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, cerca de 1,5 mil pessoas foram detidas no local por envolvimento nos atos de vandalismo. O ministro Flávio Dino, contudo, disse que o número ainda não é definitivo. “Tivemos a apreensão de aproximadamente 1,5 mil pessoas, mas agora estamos tratando das individualizações. Trata-se da maior operação de polícia judiciária da história do Brasil, mas não se trata de uma prisão em massa. É preciso identificar cada pessoa e o que ela fez. Temos equipes trabalhando nisso, fazendo as oitivas, lavrando autos de apreensão e de prisão em flagrante. Além disso, houve algumas situações humanitárias que foram solucionadas ontem mesmo. Nossa expectativa é que, ainda hoje, à noite, tenhamos um número definitivo”, concluiu Dino.

Senado confirma intervenção federal na segurança pública do DF

Em votação rápida e simbólica, o Senado aprovou nesta terça-feira (10) a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal (DF), decretada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo (8). O texto foi aprovado ontem (9) pela Câmara dos Deputados. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que interrompeu as férias na França e ontem retornou a Brasília, comandou a sessão.Apesar de já estar em vigor desde domingo (8), a intervenção precisava ser confirmada pelo Congresso Nacional. O relator da matéria na Casa, senador Davi Alcolumbre (União-AP), ressaltou a necessidade da medida, que classificou de “excepcional e dura, mas necessária, face aos atos gravíssimos de vandalismo ocorridos no domingo no Distrito Federal, que, infelizmente, todos presenciaram, permeados pela completa desordem, sim, desordem pública e insegurança para toda a população”, disse Alcolumbre.

A intervenção na segurança pública do Distrito Federal vale até 31 de janeiro de 2023, com o objetivo de encerrar o “grave comprometimento e invasão de prédios públicos”. A medida, que será promulgada pelo Congresso Nacional, teve oito votos contrários dos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Carlos Viana (PL-MG), Carlos Portinho (PL-RJ), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Eduardo Girão (Podemos-CE), Plínio Valério (PSDB-AM), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Zequinha Marinho (PL-PA), todos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“O Brasil não vai ceder diante de golpismos”, diz presidente do Senado

Durante a abertura da sessão extraordinária do Senado, nesta terça-feira (10), convocada para votar a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, decretada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo (8), o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez um discurso no qual defendeu as instituições brasileiras, a democracia e condenou os atos golpistas. Pacheco destacou que o que anima pessoas a invadirem e depredarem as sedes dos Três Poderes é a “vontade de tomar de assalto a democracia brasileira”. “Essa motivação, esse ânimo que foi expressado por essa minoria raivosa e selvagem não vão prevalecer”, afirmou Pacheco. O senador acrescentou que os atos de domingo foram criminosos. “Não são excessos de manifestações democráticas, são crimes que precisam ser punidos”, continuou. “O que assistimos domingo não irá se repetir. O Brasil não vai ceder diante de golpismos. A democracia prevalecerá”.

Em outra análise, Pacheco disse ainda que, de relevante, as pessoas que promoveram a depredação em Brasília conseguiram “unir mais as instituições”. “Mais do que nunca, o Poder Legislativo – esta Casa, o Senado Federal – estarão unidos ao Poder Judiciário e ao Poder Executivo, numa união indissolúvel que constitui a República Federativa do Brasil, para poder fazer prevalecer a democracia, e a democracia para sempre”, destacou. Pacheco avaliou ainda que os atos foram coordenados por uma minoria que será punida. “Essa minoria golpista – e não há outro nome – não irá impor sua vontade por meio da barbárie, da força e de atos criminosos”, disse. “Essa minoria será identificada, um a um, investigada e responsabilizada, assim como seus financiadores, organizadores e agentes públicos dolosamente omissos.” Sobre os prejuízos no Senado, Rodrigo Pacheco, que interrompeu as férias com a família em Paris e chegou ontem a noite em Brasília, andou pelo Senado para ver o estrago causado pelos invasores. Segundo ele, a Diretoria Geral da Casa está fazendo levantamento e tudo será reparado no menor tempo possível. O presidente da Casa disse ainda que os custos estão sendo levantados e que não é justo que o povo brasileiro pague essa conta. “Os criminosos deverão pagar essa conta e nós tomaremos todas as providências para que isso aconteça”, ressaltou.

Interventor suspeita de conivência de autoridades do DF com atos

Há três dias comandando a área de segurança pública do Distrito Federal, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, revelou que não descarta a hipótese de autoridades públicas terem sido coniventes com a ação criminosa de vândalos e golpistas que, no último domingo (8), invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.“Aquilo só acontece se houver a parcimônia e, vamos apurar, a conivência das forças de segurança do Distrito Federal que, naquele momento, estavam sob o comando de um ex-ministro do governo [do ex-presidente Jair] Bolsonaro”, comentou Cappelli ao deixar, esta manhã, a cerimônia de posse do novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, destacando que a “suspeita” está sendo investigada. No último domingo (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou a intervenção federal na área de segurança pública do Distrito Federal até o próximo dia 31. Com o objetivo de “conter o grave comprometimento da ordem pública no DF, marcado pela violência contra prédios públicos”, Lula nomeou Cappelli como interventor.

No mesmo dia, o secretário-executivo assumiu as atribuições do secretário distrital, Anderson Torres, que, de férias, estava nos Estados Unidos. Delegado federal de carreira, Torres foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro. Com a derrota do ex-presidente para Lula, o governador Ibaneis Rocha nomeou Torres para chefiar a secretaria distrital de Segurança Pública, que ele já tinha comandado entre novembro de 2018 e março de 2021. A posse de Torres ocorreu no último dia 2, mas apenas seis dias depois, a incapacidade das forças locais evitarem o ataque aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e as cenas de vandalismo que correram o mundo forçaram o governador a exonerar Torres. O próprio governador acabou afastado do cargo por 90 dias, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que atribuiu a Ibaneis e a Torres “descaso e omissão”. Na tarde de hoje, Moraes determinou a prisão de Torres e do ex-comandante da Polícia Militar do DF, coronel Fábio Augusto Vieira, responsável pelo patrulhamento ostensivo local.

“É muito pouco provável que tudo tenha sido feito de forma espontânea. Tudo indica que isso foi uma operação orquestrada, com financiadores”, disse Cappelli a jornalistas presentes à cerimônia de posse do novo diretor-geral da PF. “As investigações estão abertas. Tudo vai ser apurado. Mas é muito estranho que uma manifestação com apenas cerca de 5 mil pessoas tenha conseguido fazer o [estrago] que fez. Manifestações como até 100 mil pessoas acontecem na Esplanada há décadas e nunca ocorreram cenas lamentáveis como as do último domingo”, acrescentou Cappelli, voltando a criticar o ex-secretário, Anderson Torres. “Não me parece coincidência termos tido uma operação de segurança exemplar no primeiro dia do ano, quando o presidente Lula tomou posse, em uma grande cerimônia, com [a presença de] milhares de pessoas; o ex-ministro do governo Bolsonaro ter assumido no dia 2, feito uma série de alterações na direção da pasta, viajado e, apenas seis dias depois, presenciarmos os lamentáveis episódios de depredação, o caos instaurado na Esplanada dos Ministérios”, comentou Cappelli. Ontem, Torres usou suas redes sociais para negar que tenha sido conivente com os ataques antidemocráticos. O ex-ministro afirmou ter vivido, no domingo, “o dia mais amargo de sua vida pessoal e profissional”. E disse ter sido “surpreendido” com o “ataque inimaginável” contra prédios públicos, aos quais classificou como um ato de “insanidade coletiva”. “Nesse sentido, lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos”, escreveu Torres.

PF prende mulher apontada como organizadora de atos em Brasília

A Polícia Federal (PF) prendeu, na tarde desta ontem (10), Ana Priscila Azevedo, filmada participando dos atos terroristas de domingo (8), em Brasília. Ela foi detida por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, e trazida para a capital. Ana Priscila é apontada pela investigação como uma das organizadoras dos atos em Brasília. Nas redes sociais, ela sugeriu ações violentas na capital e incitou bolsonaristas para uma “tomada de poder”. No dia dos ataques, Ana Priscila aparece perto da rampa do Congresso Nacional, um dos lugares atacados pelos terroristas.

Governadora do DF aguarda esclarecimentos da PM sobre falha no domingo

A governadora em exercício do Distrito Federal (DF), Celina Leão, atribuiu à Secretaria de Segurança Pública a responsabilidade pela mudança de planejamento na segurança da manifestação de domingo (8), na Praça dos Três Poderes, que culminou na invasão e depredação das sedes do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto.Em coletiva de imprensa, na tarde de ontem (10), ela disse esperar as informações sobre tal mudança: “virá à tona por que mudaram o planejamento e por que passaram as informações erradas para o governador Ibaneis”. Celina espera ainda que o ex-comandante da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira, que teve a prisão decretada por determinação do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, esclareça esses fatos. O governador Ibaneis Rocha está afastado do comando do DF também por ordem de Moraes. “As pessoas que estão sendo presas hoje vão dizer de quem partiu a ordem, e o inquérito vai trazer isso à tona”, afirmou Celina Leão.

O Secretário da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, havia conversado na tarde de domingo com o senador Veneziano Vital do Rêgo, presidente em exercício do Senado, sobre o andamento das manifestações. Vital do Rêgo recebeu de Rocha a informação de que estava tudo sob controle, momentos antes do prédio do Congresso ser invadido e depredado. Segundo Rocha, ele não tinha conhecimento do planejamento de segurança e apenas repassou a informação obtida em conversa com Vieira. “Eu estive em contato com o senador Veneziano. Ele me pediu informações, eu não sou da área de segurança, não participei do planejamento. Entrei em contato com o comandante da Polícia Militar e repassei as informações que ele me passou”.

A mesma informação foi repassada pelo secretário ao ministro da Justiça, Flávio Dino. Em coletiva de imprensa ontem (9), Dino também responsabilizou a mudança de última hora no planejamento da segurança pela tragédia ocorrida no domingo. Celina Leão, no entanto, não responsabiliza a Polícia Militar como um todo e usou como exemplo a posse do presidente Lula, uma semana antes, quando o esquema de segurança foi adequado e não houve ocorrências. “A mesma segurança pública que deu suporte para o presidente Lula tomar posse foi a que cometeu a falha. No meu entendimento houve uma falha. O inquérito vai poder identificar as responsabilidades”.

Novo diretor-geral da PF diz que não permitirá interferências

O novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, disse ontem (10) que não aceitará qualquer tipo de interferência nas investigações a cargo do órgão, que é vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.“Aproveito para reafirmar o compromisso da Polícia Federal com os interesses do Estado brasileiro. Nossa atuação será sempre pautada pelo estrito cumprimento da lei e pelos princípios do estado democrático de direito. Esse será um norte inafastável na gestão das investigações policiais, que serão coordenadas com base no trinômio qualidade da prova, autonomia investigativa e responsabilidade, e com absoluto rigor em relação a eventuais desvios ou personalismos”, disse Rodrigues durante a cerimônia em que assumiu oficialmente o cargo.

“Não permitiremos que projetos pessoais, interferência ou pressão de agentes públicos, grupos ou holofotes da mídia pautem qualquer ação institucional. Absolutamente nenhum desvio de finalidade será tolerado, porque só assim teremos uma Polícia Federal resistente a pressões do momento, pautada pela Constituição Federal e sempre comprometida com a verdade”, acrescentou o diretor-geral, que terá sob seu comando mais de 14 mil servidores públicos. Após afirmar que a corporação tem, hoje, uma “oportunidade de olharmos criticamente para o passado, corrigirmos o prumo e passarmos a explorar outros rumos”, Rodrigues disse que pautará suas ações priorizando três aspectos: valorização dos servidores, aperfeiçoamento dos mecanismos institucionais de governança e transformação organizacional da PF.

“Considero de fundamental importância trazer nossos servidores para o centro das atenções, adotando medidas que abranjam os múltiplos aspectos de sua vida funcional. A começar pelo ingresso no órgão, com a reformulação dos cursos de formação profissional, numa Academia Nacional de Polícia que contemple uma formação humanística abrangente, para além da técnica”, destacou o diretor-geral, que é formado em Direito, possui mestrado na área de segurança pública e ingressou na PF em 2002. Para Rodrigues, a “transformação organizacional” da PF, com o “aperfeiçoamento da estrutura” do órgão que, em 2024, completará 80 anos de existência, é necessária para fazer frente aos novos desafios. Daí a criação, por exemplo, das novas diretorias de Amazônia e Meio Ambiente e de Combate a Crimes Cibernéticos e Digitais.

Excesso de umidade e ar quente mantém temporais no Brasil

A circulação dos ventos, em vários níveis atmosférico, sobre América do Sul mudou e a zona de convergência do Atlântico Sul já se desfez. Porém, o ar quente e úmido ainda predomina sobre o Brasil e muitas áreas de instabilidade crescem sobre quase todo o país. Grande quantidade de nuvens carregadas são observadas nesta quarta mantendo a maioria das áreas do Brasil em atenção e alerta para chuva forte. Região de Planalto, no sul do Paraná, acumulou 129 mm em menos de 24h nesta terça-feira, 10 de janeiro, o que representa quase 76% da média de chuva normal para janeiro

Previsão do tempo para 11/01/2023 – quarta-feira

Região Sul As áreas de instabilidade sobre o Sul do Brasil enfraquecem e o sol volta a predominar sobre a maioria das áreas do Rio Grande do Sul, no oeste de Santa Catarina e no sul do Paraná. Pancadas de chuva ainda podem ocorrer no leste gaúcho, onde estão Porto Alegre e a serra gaúcha, no centro, sul e leste catarinense (inclui Florianópolis). O Paraná (exceto o sul do estado) ainda tem pancadas de chuva com raios especialmente à tarde e à noite.  Faz calor ao longo do dia em todos os estados. Porto Alegre deve ser a capital mais quente do país nesta quarta-feira, com previsão de 35°C à tarde.

Região Sudeste: O ar quente e úmido predomina sobre o Sudeste do Brasil e muitas nuvens carregadas ainda crescem sobre a Região. Há condições para fortes pancadas de chuva e raios no decorrer do dia em todos os estados. Períodos com sol podem ocorrer, inclusive nas regiões que têm estado chuvosas, mas ainda entre muitas nuvens. São Paulo e Belo Horizonte podem ter chuva já pela manhã. Vitória e Rio De Janeiro devem ter chuva só à tarde e-ou à noite.

Região Centro-Oeste: Nuvens carregadas crescem sobre toda a Região Centro-Oeste, com o predomínio de ar quente e úmido. Em Mato Grosso, as pancadas de chuva devem ocorrer preferencialmente à tarde e à noite. Em Goiás, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal, pode chover já pela manhã. Em toda região, há risco de raios e de chuva moderada a forte. Ao longo do dia ocorrem períodos com sol entre muitas nuvens.

Região Norte: Áreas de instabilidade atuam sobre toda a Região Norte do Brasil. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) colabora para aumentar a chuva no norte da Região. Todo o Norte do Brasil tem grande quantidade de nuvens e pancadas de chuva com raios ocorrem a qualquer hora do dia, intercaladas com períodos com o sol. Há risco de chuva moderada a forte em toda a Região.

Região Nordeste: Áreas de instabilidades se formam sobre o Nordeste do Brasil e provocam pancadas de chuva sobre quase toda a região. O sol predomina o dia todo apenas no sertão da Bahia, de Sergipe, de Alagoas e de Pernambuco. Pancadas de chuva com raios ocorrem no centro-oeste e sul da Bahia, no Maranhão, sudoeste do Piauí  e litoral do Ceará, de Pernambuco, da Bahia, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. As demais áreas podem ter chuva a qualquer hora, mas sem raios.

Alertas meteorológicos para  11/01/2023 – quarta-feira

Atenção para o risco de chuva forte nas capitais Florianópolis, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Brasília, Goiânia, Cuiabá, Campo Grande, Porto Velho, Rio Branco, Manaus, Boa Vista, Macapá, Belém, São Luís, Fortaleza, Salvador, João Pessoa, Natal

Alerta para temporais com granizo em São Paulo, no Rio de Janeiro, no sul do Espírito Santo , em Minas Gerais (exceto no norte do estado), no sul de Goiás e sudeste de Mato Grosso, em Mato Grosso do Sul (exceto no extremo sul do estado)

Atenção para o risco de chuva forte e granizo no leste de Santa Catarina

Atenção para chuva moderada a forte e raios no litoral da Bahia, no litoral da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Alerta para temporais e chuva volumosa nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, em Minas Gerais (exceto na divisa da Bahia), no Sul capixaba, sul de Goiás, sudeste de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, oeste do Acre e do Amazonas, centro-oeste de Roraima, norte do Amapá.

Não há nenhum tipo de alerta de chuva: Rio Grande do Sul, centro, oeste e serra de Santa Catarina sul/sudoeste do Paraná, centro, norte/nordeste da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, interior da Paraíba e do Rio Grande do Norte, interior do Ceará, Piauí (exceto sudoeste do estado)

Atenção para baixa umidade do ar no sertão do Nordeste e também no sul do Rio Grande do Sul.

As demais áreas do país que não estão em alerta, ficam em atenção para chuva moderada a forte, com raios e ventos por vezes fortes.

Governo prepara plano emergencial para realizar exames e cirurgias

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (10), em Brasília, para discutir as ações prioritárias da pasta nos primeiros 100 dias de governo. Após o encontro, ela conversou com jornalistas, no Palácio do Planalto, e informou sobre algumas das medidas em andamento, como a definição de um plano para realização de cirurgias e exames.

“Estamos trabalhando na elaboração de um plano emergencial para a realização de diagnósticos, para cirurgias, como um dos pontos centrais de atuação. O Ministério da Saúde trabalha em uma lógica interfederativa, então vamos discutir com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde [Conass] e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde [Conasems] agora, no dia 26 de janeiro, para a definição conjunta desse plano”, explicou. Nísia disse que uma das prioridades é justamente recuperar a “boa relação interfederativa” com estados e municípios na formulação das políticas de saúde.

Farmácia Popular: A ministra também falou sobre a retomada do Farmácia Popular. No ano passado, o governo Bolsonaro anunciou corte de 59% da verba do programa para o Orçamento de 2023. A retomada do programa virou uma das principais promessas de campanha de Lula, durante a campanha eleitoral. Ela disse ainda que o rol de medicamentos ofertados pelo Farmácia Popular deverá ser ampliado, mas não deu detalhes sobre essa ampliação. Nísia Trindade voltou a dizer que, nas próximas semanas, deverá revogar medidas da pasta tomadas “sem base científica, que não tenham amparo legal ou que contrariam princípios do Sistema Único de Saúde”, mas sem entrar em detalhes sobre quais atos normativos serão revistos. Além disso, por ordem da nova gestão, a pasta está revisando todos os contrato em vigor.

Vacinas: A ministra da Saúde também afirmou que está normalizando o abastecimento de vacinas pediátricas contra a covid-19, que estão em falta no país. Segundo Nísia Trindade, foi negociado um adiantamento das entregas com o Instituto Butantan com a chegada, nos próximos dias, de 715 mil doses e, mais adiante, outras 2 milhões de doses. Também estão em curso tratativas para a entrega adiantada de doses de vacina da fabricante Pfizer. “Teremos o abastecimento dessas vacinas e aí nos restará trabalhar para que a sociedade vacine suas crianças”, afirmou.

Mais Médicos: Perguntada sobre a retomada do programa Mais Médicos, que visa levar profissionais para as localidades mais remotas e periféricas do país, Nísia Trindade disse que a fragilização do programa, nos últimos anos, deixou um vazio de assistência de saúde, e que agora pretende criar melhores incentivos para os médicos participarem da política. “O que nós estamos trabalhando é uma visão de incentivo para que os médicos brasileiros possam ter uma participação maior nesse programa”, disse. Ela falou que não pretende fazer alterações legais nas atuais regras do Mais Médicos, que foram estabelecidas no governo anterior, que chegou a rebatizar a iniciativa de Médicos pelo Brasil. Na entrevista, Nísia Trindade também criticou a “desestruturação de muitos programas” da pasta, como o Rede Cegonha, voltado para a saúde da mulher grávida. “O Brasil aumentou seus índices de mortalidade materna, e eu considero isso inaceitável”, comentou. Ela se comprometeu a recuperar essa e outras iniciativas, especialmente na área de saúde sexual e reprodutiva, que foram afetadas por visões ideológicas no governo anterior, segundo a ministra.

Em 24 horas, Brasil registra 41 mil novos casos e 68 mortes por covid

O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 694.985 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (10) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 36.552.432. Em 24 horas, foram registrados 41.146 novos casos. No mesmo período, foram confirmadas 68 mortes.Ainda segundo o boletim, 35.429.017 pessoas se recuperaram da doença e 428.430 casos estão em acompanhamento. O boletim de hoje não traz dados atualizados de Tocantins, Mato Grosso e do Piauí.

Boletim epidemiológico da covid-19
Boletim epidemiológico da covid-19 – Ministério da Saúde/Divilgação

Estados

São Paulo lidera o ranking do número de casos, com 6,35 milhões, seguido por Minas Gerais (4,10 milhões) e Rio Grande do Sul (2,92 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (159,7 mil). Em seguida, aparece Roraima (181,4 mil) e Amapá (183 mil). São Paulo também lidera o ranking de óbitos em decorrência de covid-19, com 177.740, em seguida vem o Rio de Janeiro (76.562) e Minas Gerais (64.590). O menor número de mortes está no Acre (2.041), Amapá (2.166) e Roraima (2.180).

Roberto Dinamite é sepultado em Caxias, no RJ

O corpo do ex-atacante Roberto Dinamite, maior ídolo da história do Vasco da Gama, foi sepultado na tarde desta teça-feira (10) no cemitério Nossa Senhora de Belém, em Duque de Caxias, cidade onde o craque nasceu na  Baixada Fluminense. O caixão chegou ao local, em cima de um caminhão do Corpo de Bombeiro, após cortejo do Estádio de São Januário até o cemitério em Caxias – também conhecido como Cemitério do Corte Oito – onde estão enterrados os pais de Dinamite. Cerca de mil fãs aguardaram em frente ao cemitério a chegada do corpo do craque cruzmaltino, incluindo torcedores com camisas de outros clubes. O ex-jogador Edmundo acompanhou todo o cortejo. Após as últimas homenagens ao craque, o corpo de Dinamite foi sepultado em cerimônia restrita a familiares e amigos. O ex-jogador Roberto Dinamite, de 68 anos, morreu no último domingo (8), após mais de um ano em tratamento contra um câncer de intestino.

Copinha vai a 61 classificados e 26 duelos definidos da 2ª fase

Com os resultados desta terça-feira, a Copa São Paulo de Futebol Júnior chegou a 61 classificados e 26 duelos definidos para a segunda fase. Foram 24 partidas durante o dia, com mais 15 vagas e 12 confrontos confirmados. Carimbaram a passagem nesta terça: Atlético-GO; Sampaio Corrêa; CSP; Retrô; Lemense; Ituano; Desportivo Brasil; Sharjah Brasil; Bahia; Vila Nova; Nova Iguaçu; Vasco; Hercílio Luz; Ibrachina e Fortaleza.

As três vagas e os seis duelos restantes da segunda fase serão conhecidos na quarta-feira, quando acaba a fase de grupos.

Saiba os duelos já definidos da segunda fase:

Quinta-feira, 12 de janeiro

10h30 – Cruzeiro x Parauapebas-PA (em Penápolis)

11h – Cuiabá x Capivariano (em Tupã)

12h45 – Grêmio x Picos-PI (em Franca)

12h45 – Sport Recife x Zumbi-AL (em Cravinhos)

12h45 – Goiás x Porto Vitória-ES (em Taubaté)

15h – Tanabi x Chapecoense (em Tanabi)

15h – Fluminense x Atlético Guaratinguetá (em Guaratinguetá)

15h – Novorizontino x Flamengo-SP (em Guarulhos)

15h – Coritiba x Vitória da Conquista (em Suzano)

17h15 – Athletico-PR x Guarani (em Barretos)

17h15 – Palmeiras x Sampaio Corrêa (em Rio Preto)*

19h – Mirassol x Ariquemes-RO (em Bálsamo)

19h – Ceilândia x Floresta-CE (em Catanduva)

19h30 – Atlético-GO x Juazeirense (em Rio Preto)*

19h30 – Flamengo x Avaí (em Jaú)

21h45 – Corinthians x Comercial-SP (em Araraquara)

Sexta-feira, 13 de janeiro (ainda sem horários e locais)

São Paulo x Retrô*

América x CSP*

Botafogo x Lemense*

Bragantino x São Carlos*

Ituano x Sharjah Brasil*

Rio Claro x Desportivo Brasil*

Atlético-MG x Nova Iguaçu*

Vila Nova x Água Santa*

Vasco x Ibrachina*

Botafogo-PB x Hercílio Luz*

* duelos definidos com os resultados desta terça

A partir da segunda fase, a disputa será em sistema eliminatório, com jogo único – em caso de empate no tempo normal, a definição vai para os pênaltis.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – Climatempo

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