CPI da Covid ouve nesta quarta ex-ministro da Saúde Nelson Teich
A CPI da Covid retoma os trabalhos nesta quarta-feira (5) com o depoimento do ex-ministro da Saúde Nelson Teich, segundo titular da pasta no governo Jair Bolsonaro. A reunião está prevista para as 10h. Teich será o segundo a prestar depoimento à CPI. Nesta terça (4), a comissão ouviu, por mais de sete horas, Luiz Henrique Mandetta. Aos senadores, o ex-ministro defendeu a ciência e a vacina para combater a Covid e afirmou que o comportamento de Bolsonaro “impactou” o agravamento da pandemia.
Inicialmente, Nelson Teich seria ouvido na terça, após Mandetta, mas o depoimento foi remarcado. Durante a sessão, os parlamentares também adiaram, para o próximo dia 19, o comparecimento de Eduardo Pazuello, marcado para esta quarta. O general do Exército pediu para não comparecer porque disse ter tido contato com pessoas que contraíram a Covid. Por isso, o adiamento para daqui a 14 dias. O oncologista comandou o Ministério da Saúde por menos de um mês, entre 17 de abril e 15 de maio do ano passado.
Ele deixou o cargo após divergências com o presidente Jair Bolsonaro sobre políticas a serem adotadas contra o coronavírus. Enquanto Bolsonaro defendia, e ainda defende, o uso da cloroquina, remédio cientificamente comprovado ineficaz contra a Covid, Teich alertava sobre os riscos do medicamento. Teich será ouvido na condição de testemunha, quando há o compromisso de dizer a verdade sob o risco de incorrer no crime de falso testemunho.
Bolsonaro deu ‘informação dúbia’ sobre pandemia, diz Mandetta
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse nesta terça-feira (4) ter sido “publicamente confrontado” pelo presidente Jair Bolsonaro durante o enfrentamento inicial da pandemia de coronavírus. Em depoimento à CPI da Pandemia, Mandetta afirmou que o Brasil deveria ter demonstrado “unidade” e “fala única” sobre as medidas de combate à covid-19, como o isolamento social. No entanto, segundo o ex-ministro, o presidente da República contribuiu para que a sociedade recebesse “uma informação dúbia” sobre como lidar com a doença. O Ministério da Saúde foi publicamente confrontado, e isso dava uma informação dúbia à sociedade. O objetivo do Ministério da Saúde era dar uma informação, e o presidente dava outra informação. Em tempos de epidemia, você tem que ter a unidade. Tem que ter a fala única. Com esse vírus, o raciocínio não pode ser individual. Esse vírus ataca a sociedade como um todo. Ele ataca tudo disse.
Mandetta ficou à frente do Ministério da Saúde até o dia 16 de abril de 2020. No dia 28 de março, ele diz ter entregue uma “carta pessoal” a Jair Bolsonaro. No texto, ele “recomenda expressamente que a Presidência da República reveja o procedimento adotado” para evitar “colapso do sistema de saúde e gravíssimas consequências à saúde da população”. De acordo com o ex-ministro, o presidente Jair Bolsonaro foi diretamente comunicado sobre a escalada da pandemia no Brasil. Antes de deixar a pasta, Mandetta apresentou a Jair Bolsonaro, conforme disse, uma estimativa de que o país poderia chegar a 180 mil mortos no final de 2020. A previsão acabou sendo superada, e o Brasil encerrou o ano passado com quase 195 mil óbitos confirmados. Todas as recomendações as fiz com base na ciência, na vida e na proteção. As fiz em público, em todas as minhas manifestações. As fiz nos conselhos de ministros. As fiz diretamente ao presidente e a todos os que tinham de alguma maneira que se manifestar sobre o assunto. Sempre as fiz. Ex-secretários de saúde e parlamentares falavam publicamente que essa doença não ia ter 2 mil mortos. Acho que, naquele momento, o presidente entendeu que aquelas outras previsões poderiam ser mais apropriadas afirmou.
Embora nunca tenha tido, segundo disse, “uma discussão áspera” com o presidente da República, Luiz Henrique Mandetta reconhece que entre os dois “havia um mal-estar”. Ele afirmou acreditar que Jair Bolsonaro recorria a “outras fontes” e a um “assessoramento paralelo” para buscar informações sobre a pandemia de coronavírus. Isso não é nenhuma novidade para ninguém. Havia por parte do presidente um outro olhar, um outra decisão, um outro caminho. Todas as vezes que a gente explicava, o presidente compreendia. Ele falava: ‘Ok, entendi’. Mas, passados dois ou três dias, ele voltava para aquela situação de quem não havia talvez compreendido, acreditado ou apostado naquela via. Era uma situação dúbia. Era muito constrangedor para um ministro da Saúde ficar explicando porque estávamos indo por um caminho se o presidente estava indo por outro afirmou.
Cloroquina e “falsas versões”: Questionado pelo relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), o ex-ministro da Saúde criticou o uso da cloroquina como um tratamento preventivo contra a covid-19. Embora o presidente Jair Bolsonaro defenda publicamente o uso da substância pela população, Mandetta lembrou que, no enfrentamento de outras doenças, a droga é utilizada em ambiente hospitalar. O ex-ministro disse ainda desconhecer por que o Laboratório do Exército tenha intensificado a produção dos comprimidos no ano passado. A cloroquina é uma droga que, para o uso indiscriminado e sem monitoramento, a margem de segurança é estreita. É um medicamento que tem uma série de reações adversas. A automedicação poderia ser muito, muito perigosa. A cloroquina é já produzida para malária e lúpus pela Fiocruz e já tínhamos suficiente. Não havia necessidade, e tínhamos um estoque muito bom para aquele momento afirmou. Mandetta rebateu o que classificou como “falsas versões” sobre a atuação dele no Ministério da Saúde. Segundo uma dessas “cantilenas”, apenas pacientes com “sintomas mais severos” deveriam buscar atendimento hospitalar nos primeiros meses da pandemia.
Isso não é verdade. Estávamos no mês de janeiro e fevereiro e não havia um caso registrado dentro do país. O que havia naquele momento era pessoas em sensação de insegurança e pânico. As pessoas procuravam hospitais em busca de fazer testes, mas em 99,9% dos casos eram outros vírus. Se houvesse um paciente lá positivo, ele iria contaminar na sala de espera. Tenho visto essa máxima ser repetida e tenho percebido que é mais uma guerra de narrativa, disse. Mandetta disse que, na gestão dele, o Ministério da Saúde equipou 15 mil leitos de UTI com respiradores e iniciou a negociação para a aquisição de 24 mil testes para a detecção do coronavírus. Ele defendeu a vacina como a única “porta de saída” para a pandemia. Nós tínhamos a perfeita convicção. Doença infecciosa a vírus a humanidade enfrenta com vacina desde a varíola, passando por pólio, difteria e todas elas. A porta de saída era vacina. Em maio, depois que saí dos Ministério da Saúde, os laboratórios começaram a realizar os testes de fase 2. Só ali eles começam a abordar os países com propostas de encomendas. Na minha época não oferecido. Mas eu rezava muito para que fosse. Teria ido atrás da vacina como atrás de um prato de comida.
Questionado pelo vice-presidente da CPI da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Luiz Henrique Mandetta disse que a atuação do então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, dificultou a aquisição de insumos para o enfrentamento da pandemia. O ex-ministro da Saúde disse que “conflitos” dos filhos do presidente Jair Bolsonaro com a China também geravam “mal-estar”. Eu tinha dificuldade com o ministro das Relações Exteriores. O filho do presidente que é deputado federal [Eduardo Bolsonaro] tinha rotas de colisão com a China através do Twitter. Um mal-estar. Fui um certo dia ao Palácio do Planalto, e eles estavam todos lá. Os três filhos do presidente [deputado Eduardo Bolsonaro, vereador Carlos Bolsonaro e senador Flávio Bolsonaro] estavam lá. Disse a eles que eu precisava conversar com o embaixador da China. Pedi uma reunião com ele. ‘Posso trazer aqui?’ ‘Não, aqui não’. Existia uma dificuldade de superar essas questões. Esses conflitos com a China dificultavam muito a boa vontade, disse Mandetta. Fonte: Agência Senado.
Luto e homenagens no velório coletivo das vítimas da chacina em escola de Saudades
Desde a madrugada desta quarta-feira (5), as cinco vítimas mortas do atentado em Saudades, no Oeste de Santa Catarina, são veladas no Parque de Exposições Theobaldo Hermes, onde funciona o ginásio da cidade. Às 9h desta quarta-feira (5) haverá uma celebração. Segundo informou a prefeitura de Saudades, a missa será celebrada pelo bispo Bom Odelir José Magri, da Diocese de Chapecó, e o padre Armando Grützmann. O sepultamento será feito após esse momento no cemitério municipal. Os familiares, os amigos e os conhecidos das vítimas prestam as últimas homenagens a agente educacional Mirla Renner, de 20 anos, e a professora Kelli Adriane, de 30 anos. Também são veladas as crianças Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses, Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses e Murilo Massing, 1 ano e 9 meses.
Desde as primeiras horas da manhã desta quara-feira (5), moradores de Saudades tem prestado homenagens em frente a escola infantil. Glaucia dos Reis, acendeu duas velas, pendurou flores em homenagem as vítimas. Ela era vizinha da família de Murilo Massing. Saudades, com cerca de 9 mil habitantes e distante 67 km de Chapecó, amanheceu em luto. Por volta das 10h de terça-feira (4), Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, entrou na escola infantil Pró-Infância Aquarela, com uma espada ninja. Após o ataque, ele tentou tirou a própria vida, porém foi contido pelas pessoas. Ele segue internado no HRO (Hospital Regional do Oeste), em Chapecó.
SC: Governadora presta apoio às famílias das vítimas da tragédia em Saudades e determina investigação completa
A governadora Daniela Reinehr esteve na cidade de Saudades, no Oeste catarinense, para prestar sua solidariedade às famílias e seu pesar pela tragédia causada pelo assassinato de três crianças e duas agentes educacionais em uma creche o município. A chefe do Executivo estadual chegou ao local no meio da tarde desta terça-feira, 4, pouco mais de cinco horas após o ocorrido. Além de prestar apoio às famílias das vítimas, a governadora também determinou que haja apoio psicológico à comunidade local e uma investigação completa para elucidar as causas do crime. O Governo do Estado declarou luto oficial de três dias. Em uma coletiva de imprensa no começo da noite, Daniela Reinehr afirmou que o momento é de dor para Santa Catarina e para o Brasil. Segundo ela, o ataque foge à normalidade e causa consternação em uma cidade pequena e pacata do interior.
“As pessoas não estão preparadas e nem podem imaginar que algo assim possa acontecer. Eu prontamente acionei as nossas forças de segurança para que estivessem aqui. Não há o que traga de volta essas vítimas nem o que compense essa dor. O momento é de trazer nosso apoio e nossa solidariedade. Nosso zelo é muito maior quando falamos de crianças, que não têm condições de se defender. Hoje nós tivemos aqui também duas heroínas. O que desejamos nessa hora é força e resiliência”, afirmou a governadora. Ao todo, 25 psicólogos de toda a região Oeste estão trabalhando para dar amparo à comunidade e aos familiares. A Polícia Militar deslocou 23 profissionais para a cidade, em nove viaturas. A Polícia Civil, por sua vez, deslocou homens de Pinhalzinho, Modelo, Chapecó, Nova Erechim, além do helicóptero da corporação que atua na região.
Trabalhadores nascidos em abril podem sacar auxílio emergencial
Trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos em abril podem sacar, a partir de hoje (5) a primeira parcela do auxílio emergencial 2021. O dinheiro havia sido depositado nas contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal em 13 de abril.
Os recursos também poderão ser transferidos para uma conta corrente, sem custos para o usuário. Até agora, o dinheiro podia ser movimentado apenas por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), de boletos, compras em lojas virtuais ou compras com o código QR (versão avançada do código de barras) em maquininhas de estabelecimentos parceiros.
Em caso de dúvidas, a central telefônica 111 da Caixa funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h. Além disso, o beneficiário pode consultar o site auxilio.caixa.gov.br. O auxílio emergencial foi criado em abril do ano passado pelo governo federal para atender pessoas vulneráveis afetadas pela pandemia de covid-19. Ele foi pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães chefes de família monoparental e, depois, estendido até 31 de dezembro de 2020 em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada. Neste ano, a nova rodada de pagamentos, durante quatro meses, prevê parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo do perfil: as famílias, em geral, recebem R$ 250; a família monoparental, chefiada por uma mulher, recebe R$ 375; e pessoas que moram sozinhas recebem R$ 150.
Ator Paulo Gustavo morre de covid-19
O ator Paulo Gustavo, de 42 anos, morreu hoje (4) vítima de complicações causadas pela covid-19. Ele estava internado desde 13 de março no Hospital Copa Star, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. O estado de saúde piorou desde domingo (2). Na tarde desta terça-feira, a família do ator divulgou uma nota classificando o quadro clínico do ator como “irreversível”. A informação foi divulgada na conta oficial do Twiter do comediante. Segundo a nota, desde o último domingo o quadro do ator vinha se deteriorando.
“Internado desde 13 de março, no Rio de Janeiro, com quadro de covid-19, Paulo Gustavo permanece no Serviço de Terapia Intensiva. A equipe médica acaba de emitir, novo boletim: Após a constatação da embolia gasosa disseminada ocorrida no último domingo, em decorrência de fístula brônquio-venosa, o estado de saúde do paciente vem deteriorando de forma importante. Apesar da irreversibilidade do quadro, o paciente ainda se encontra com sinais vitais presentes.” Na mesma nota, a família do ator agradece o carinho dos fãs e admiradores e pede orações a Paulo Gustavo e às demais pessoas acometidas pela covid-19. Na noite desta terça-feira, foi confirmada a morte de Paulo Gustavo na conta oficial do ator no Twitter.
Deputada Flordelis e mais nove vão enfrentar o júri popular
A deputada federal Flordelis dos Santos Souza e mais nove acusados pela morte do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, vão enfrentar o júri popular. A decisão é da juíza do 3º Tribunal do Júri de Niterói, Nearis dos Santos Carvalho Arce. A informação foi divulgada na noite desta terça-feira (4) pela assessoria do Tribunal de Justiça (TJ). Denunciada como mandante do crime, Flordelis responde por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Em razão da imunidade parlamentar, a deputada, que só pode ser presa em flagrante por crime inafiançável, cumpre medidas cautelares, monitorada por tornozeleira eletrônica. Também serão submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz de Oliveira e Carlos Ubiraci Francisco da Silva, por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada.
Rayane dos Santos Oliveira será julgada por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada e Flávio dos Santos Rodrigues, Adriano dos Santos Rodrigues, Andrea Santos Maia e Marcos Siqueira Costa, por uso de documento falso e associação criminosa armada. Entre os réus, apenas Lucas Cezar dos Santos de Souza, filho não biológico da parlamentar, que já havia sido pronunciado anteriormente junto com Flávio dos Santos Rodrigues pela execução do crime, não mais responderá pelo crime de associação criminosa. A juíza decidiu manter a prisão de todos os acusados. Segundo a magistrada, não houve modificação da situação de fato que justificasse sua alteração.
STJ envia processo contra Eduardo Cunha para Justiça Eleitoral
A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu hoje (4) enviar para a Justiça Eleitoral o processo que o ex-deputado federal Eduardo Cunha responde na Justiça Federal do Rio Grande do Norte pelo crime de lavagem de dinheiro. Pela decisão, caberá ao foro eleitoral avaliar o que será ou não aproveitado do processo.
Os ministros julgaram um habeas corpus protocolado pela defesa. Os advogados de Cunha alegaram que as acusações devem ser julgadas pela Justiça Eleitoral, pelo fato de a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) fazer as imputações no contexto de delitos eleitorais.
De acordo com a acusação, Cunha e o ex-deputado Henrique Eduardo Alves teriam recebido propinas de empreiteiras. Cunha cumpre prisão domiciliar por condenação em outro processo, que está relacionado à Operação Sepsis, investigação que apurou o pagamento de propina de empresas interessadas na liberação de verbas do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Lira extingue comissão da Câmara sobre reforma tributária
Sob o argumento de estouro de prazo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, extinguiu a comissão especial da Casa que analisava a reforma tributária. Segundo ele, os trabalhos da comissão expiraram há um ano e meio e o encerramento evitaria contestações judiciais no futuro. A decisão ocorre horas depois de o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) ler o parecer sobre o tema na comissão mista de deputados e senadores, onde está sendo discutido um texto consensual antes da votação nas duas Casas.
Apesar de o relatório ter sido apresentado em outra comissão, a decisão de Lira provocou um impasse na tramitação da reforma tributária. Isso porque o parecer de Ribeiro, que se baseia na Proposta de Emenda à Constituição 45 (PEC 45), apresentada na Câmara em 2019, não será votado na Casa. “Não é conveniente que, após a leitura do relatório, esse texto voltasse para a comissão [especial] que não mais existe”, justificou Lira. O presidente da Câmara prometeu buscar entendimento com o relator e líderes partidários da Câmara e do Senado para garantir uma saída para o impasse da tramitação da reforma tributária. “Agora, vamos fazer um modelo de tramitação eficiente para que possamos aprovar a reforma tributária possível no prazo mais rápido”, disse.
Câmara aprova PL que revoga Lei de Segurança Nacional
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (4) o projeto de lei que revoga a Lei de Segurança Nacional e acrescenta no Código Penal uma nova seção para tipificar 10 crimes contra a democracia em cinco capítulos. Entre eles, os crimes de interrupção de processo eleitoral, fake news nas eleições e atentado ao direito de manifestação. O PL segue para análise do Senado. O texto prevê, no capítulo dos crimes contra a cidadania, a proibição de impedir, com violência ou ameaça grave, o exercício pacífico e livre de manifestação de partidos políticos, movimentos sociais, sindicatos, órgãos de classe ou demais grupos políticos, associativos, étnicos, raciais, culturais ou religiosos. A pena instituída é de 1 a 4 anos de reclusão, mas aumenta para 2 a 8 anos se da repressão resultar lesão corporal grave. No caso de morte, vai para 4 a 12 anos.
De acordo com a relatora, deputada Margareth Coelho (PP-PI), a proposta busca revogar a Lei 7.170/1983, a chamada Lei de Segurança Nacional, e estabelecer uma nova legislação, agora voltada à tipificação dos crimes contra o Estado Democrático de Direito e a humanidade. “A propositura, composta de 25 artigos, sugere os seguintes tipos penais: atentado contra a soberania, traição, atentado separatista, espionagem, serviço de espionagem, aerofotogrametria, sensoriamentos ilícitos, auxílio a espião, revelação, divulgação de segredo de Estado, insurreição, organização paramilitar, armamento militar, invasão de um Estado por outro, genocídio, terrorismo, desaparecimento de pessoas e informação falsa”, explicou. Contrários à proposta, deputados do PSL tentaram obstruir a votação e estender a discussão do dispositivo por meio de uma comissão especial. Na avaliação do deputado Carlos Jordy (PSL-RJ), a Lei de Segurança Nacional esttá sendo usada para perseguir quem faz críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Farmacêuticos poderão participar da campanha contra a covid-19
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou, no Diário Oficial da União de hoje (4), uma portaria que autoriza farmacêuticos a participarem da campanha de vacinação contra a covid-19, realizada por instituições públicas ou privadas. De acordo com a portaria, a medida vale apenas para farmacêuticos com habilidade em aplicação de injetáveis inscritos no conselho. A decisão leva em conta o pedido da Organização Mundial de Saúde para que os países redobrem o comprometimento contra a pandemia do novo coronavírus, e a necessidade de ampliação de postos de vacinação contra a covid-19 em todo o país.
Uso de anticorpos monoclonais contra covid-19 anima cientistas nos EUA
Cientistas da Universidade Vanderbilt, em Nashville (EUA), têm se mostrado animados com os resultados dos estudos realizados com os medicamentos que estão desenvolvendo para combate à covid-19 em parceria com a farmacêutica inglesa AztraZeneca. Tratam-se de anticorpos monoclonais, que estão se consolidado como mais uma possibilidade promissora para responder à pandemia. “Estamos muito otimistas. Acreditamos que eles poderão se tornar uma ótima solução”, disse o imunologista James Crowe, durante 5º Simpósio Internacional de Imunobiológicos, evento organizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ele participou hoje (4) de um painel que discutiu como a pandemia tem mudado a indústria de biofármacos. “Assim como ocorre com as vacinas, temos experimentado uma velocidade extraordinária nas descobertas sobre anticorpos monoclonais”, disse.
Os anticorpos monoclonais são produzidos em laboratório e são largamente utilizados na terapia de algumas doenças, como alguns tipos de câncer. Há duas semanas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial para o tratamento de covid-19 de um medicamento desenvolvido pela farmacêutica norte-americano Regeneron. Ele combina dois anticorpos monoclonais: o casirivimabe e o imdevimabe. A administração por infusão intravenosa está permitida para pacientes que tenham a doença confirmada por exame laboratorial e alto risco de progredir para quadros graves. O uso do medicamento contava também com o aval da Food and Drug Administration (FDA), agência federal dos EUA.
Covid-19: em 24 horas, Brasil tem 2.966 mortes e 77,3 mil novos casos
Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 2.966 mortes em decorrência de complicações da covid-19. No mesmo período, foram confirmados 77.359 novos casos da doença. Os dados foram divulgados na atualização diária do Ministério da Saúde, liberada na noite desta terça-feira (4). Com esses novos dados, o total de vidas perdidas no Brasil para a pandemia chegou a 411.588. Ontem, o sistema de dados do Ministério da Saúde marcava 408.622. Ainda há 3.651 óbitos em investigação. Isso ocorre porque há casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito. Já o número de casos acumulados desde o início do surto global foi para 14.856.888. Ontem, o total de pessoas infectadas, segundo as autoridades de saúde, estava em 14.779.529.
Ainda há no país 1.002.304 casos em acompanhamento. O termo é empregado para as pessoas infectadas e com casos ativos de contaminação pelo novo coronavírus. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem 13.442.996 pessoas que se recuperaram da covid-19 desde o início da pandemia. Isso equivale a 90,5% do total de pessoas que foram infectadas com o vírus. Os números são em geral mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados.
Covid nos Estados
O estado que registra o maior número de mortes é São Paulo (98.012). Em seguida vêm Rio de Janeiro (44.232), Minas Gerais (34.396), Rio Grande do Sul (25.417) e Paraná (22.991). Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.514), Acre (1.555), Amapá (1.566), Tocantins (2.601) e Alagoas (4.293).
Vacinação
Até o momento, foram distribuídos a estados e municípios 71,3 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Desse total, foram aplicadas 44,4 milhões de doses, sendo 30,1 milhões da 1ª dose e 14,2 milhões da 2ª dose.