Em 29 de novembro de 2025, o ministro Dias Toffoli (STF) viajou de jatinho particular para Lima (Peru) para assistir à final da Copa Libertadores entre Flamengo e Palmeiras (jogo vencido pelo Flamengo).
O voo foi fretado pelo empresário e ex-senador Luiz Oswaldo Pastore, com cerca de 15 pessoas a bordo, incluindo o advogado Augusto Arruda Botelho, que representa Luiz Antônio Bull, diretor de compliance do Banco Master (alvo de investigações da PF). Toffoli e Botelho são torcedores do Palmeiras.
O caso Banco Master:
O banco foi liquidado pelo Banco Central em meio a suspeitas de fraudes financeiras, lavagem de dinheiro e negócios suspeitos com o BRB (Banco de Brasília).
Bull e o dono do banco, Daniel Vorcaro, foram presos na Operação Compliance Zero (da PF), mas soltos em 28 de novembro com medidas cautelares (como tornozeleira). No mesmo dia, a defesa de Vorcaro protocolou recurso no STF, que foi distribuído por sorteio para Toffoli, tornando-o relator.
Ações pós-viagem:
Em 2 de dezembro, Toffoli decretou sigilo máximo no processo e transferiu toda a investigação da Justiça Federal de Brasília para o STF, suspendendo diligências da PF e concentrando decisões em seu gabinete. Isso incluiu quebras de sigilo e bloqueios de bens.
Em 3 de dezembro, Botelho protocolou recurso similar em nome de Bull, acatado por Toffoli no mesmo dia.
A PF avalia que não há, até agora, indícios suficientes para manter o caso no STF (devido a um envelope com nome de deputado encontrado na casa de Vorcaro), mas Toffoli optou por assumi-lo, alegando impacto no mercado financeiro.
Reações e controvérsias
Defesa de Toffoli: O ministro disse a interlocutores que não discutiu o processo durante o voo e que o caso só chegou a ele após a distribuição (28/11). Ele enfatiza amizade com Pastore e nega qualquer influência.
Críticas: A viagem gerou acusações de conflito de interesses e “lobby judicial”. A Transparência Internacional chamou o episódio de “extremamente grave”, apontando “favores escusos” no STF que minam a confiança pública. No X (antigo Twitter), o tema viralizou com posts questionando a imparcialidade, como um vídeo resumindo a linha do tempo e memes sobre “amizades perigosas”.
Posições oficiais: Até o momento, nem Toffoli nem Botelho comentaram publicamente. O STF não se pronunciou.
Fonte: Agência Brasil – imagem: TV Justiça/Arquivo
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