Nesta quarta-feira, 1º de outubro de 2025. O governo federal dos Estados Unidos entrou em shutdown (paralisação parcial) à meia-noite de terça-feira (30 de setembro), horário local de Washington, após o Congresso falhar em aprovar uma resolução de continuidade orçamentária para estender o financiamento federal. Essa é a 15ª paralisação desde 1981, e a primeira desde a de 35 dias em 2018-2019, durante o primeiro mandato de Donald Trump.
Causas do Impasse
Prazo fiscal: O ano fiscal americano começa em 1º de outubro, e o Congresso precisa aprovar 12 projetos de lei de apropriações para financiar agências federais. Sem isso, ou sem uma extensão temporária (continuing resolution, ou CR), o governo entra em modo de “sobrevivência mínima” devido à Lei Antideficiência, que proíbe gastos não autorizados.
Disputa partidária: Republicanos, no controle da Casa Branca (com Trump), Câmara e Senado, aprovaram uma CR na Câmara que estenderia o financiamento até 21 de novembro, sem cortes adicionais. No entanto, democratas bloquearam no Senado (precisava de 60 votos), exigindo proteções para a saúde, como a extensão de créditos tributários do Obamacare (que expiram no fim de 2025) e restrições a cortes em Medicaid.
Trump e aliados republicanos acusam democratas de “chantagem” para forçar gastos em programas sociais e saúde para imigrantes indocumentados (embora isso seja ilegal e não esteja diretamente no debate).
Reuniões fracassadas: Na segunda-feira (29), Trump se reuniu com líderes congressionais na Casa Branca, mas as negociações azedaram. O vice-presidente J.D. Vance admitiu que o governo “caminha para um shutdown”.
Democratas, como Chuck Schumer e Kamala Harris, culpam republicanos por priorizar cortes e “ameaças irreversíveis”, como demissões em massa de funcionários federais.
Essa briga reflete tensões maiores: Trump busca reduzir o tamanho do governo (déficit em US$ 37 trilhões) e eliminar “gastos desnecessários”, como programas de DEI (diversidade, equidade e inclusão) e mudanças climáticas.
Uma pesquisa New York Times/Siena mostrou que 65% dos americanos se opõem a um shutdown, com republicanos mais tolerantes (47% dos democratas apoiam, contra 27% no geral).
O Que Pode Acontecer Agora?
Duração incerta: Analistas preveem 1-2 semanas, mas Trump ameaça usá-la para demissões permanentes (RIFs) em agências “não essenciais”, acelerando cortes de até 300 mil vagas.
Alguns republicanos propõem emenda constitucional para cortar salários de congressistas durante shutdowns.
Reações no X (antigo Twitter): Usuários divididos — democratas culpam Trump por “caos” e risco à saúde; republicanos chamam de “Schumer Shutdown” e veem oportunidade para enxugar o governo.
Exemplos: Schumer postou vídeo à meia-noite: “É o shutdown republicano porque não protegem a saúde”; enquanto usuários MAGA celebram “América de volta sem DEI”.
Impactos na Saúde Pública do Shutdown do Governo dos EUA (Outubro 2025)O shutdown iniciado em 1º de outubro de 2025 afeta diretamente agências federais como o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), resultando em atrasos e interrupções em serviços de saúde pública.
Embora programas essenciais como pagamentos do Medicare e Medicaid continuem por fundos pré-aprovados (pelo menos para o primeiro trimestre), cerca de 32 mil dos 80 mil funcionários do HHS serão furloughados (licença sem remuneração), limitando respostas a emergências e prevenções. Abaixo, resumo os principais impactos, baseados em planos de contingência oficiais e análises recentes.
Impactos Imediatos e o que Pode Ser Suspenso
Cerca de 750 mil dos 2,1 milhões de funcionários federais civis serão furloughados (licença não remunerada), enquanto 1,4 milhão (essenciais) trabalham sem pagamento imediato — mas recebem retroativamente ao fim da crise.
O custo diário para a economia é estimado em US$ 400 milhões, com perdas totais de até US$ 11 bilhões por semana, incluindo 0,1-0,2% do PIB.
Fonte: RNC – Imagem: Grok/Arquivo
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