A Polícia Federal prendeu o ex-ministro do Turismo Gilson Machado em Recife (PE) na manhã de sexta-feira, 13 de junho de 2025. A prisão, confirmada por fontes da PF, está relacionada a suspeitas de obstrução de justiça e favorecimento pessoal.
Segundo investigações, Machado teria tentado, em 12 de maio de 2025, obter um passaporte português no Consulado de Portugal em Recife para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, com o objetivo de facilitar sua saída do Brasil. Cid é réu em um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), por meio do procurador-geral Paulo Gonet, pediu a abertura de inquérito contra Machado na terça-feira, 10 de junho, com base em informações da PF.
A PGR também solicitou busca e apreensão e quebra de sigilos telefônico e telemático do ex-ministro, apontando indícios de que ele tentou atrapalhar a ação penal sobre a trama golpista. A prisão foi determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Além disso, Machado é investigado por promover, via Instagram, uma campanha de arrecadação de doações destinadas a Bolsonaro, o que levantou suspeitas dos investigadores. Ele nega as acusações, afirmando que o contato com o consulado foi para renovar o passaporte de seu pai, Carlos Eduardo Machado Guimarães, e que não tentou ajudar Cid a fugir.















