
O título de Arquidiocese é também um reconhecimento da Santa Sé da importância histórica, social e pastoral da Igreja Particular de Joinville que tem se destacado ao longo do tempo prestando um serviço de qualidade aos seus fiéis e à sociedade civil como um todo.
O Metropolita não dispõe de poder de regime ou de governo nas dioceses sufragâneas, mas cabe a ele a presidência da província eclesiástica, convocar e presidir o concílio provincial e o desempenho de algumas competências elencadas no Código de Direito Canônico cân. 436, a saber: vigiar pela disciplina eclesiástica; visita canônica em caso de omissão do Bispo sufragâneo e designar Administrador Diocesano nos casos previstos pelo direito canônico.

A Arquidiocese de Joinville conta hoje com 66 paróquias, 155 padres, 95 diáconos e fazem parte de sua circunscrição 18 municípios do norte catarinense com uma população estimada de 1.350 milhões de pessoas.
A figura do Arcebispo

Ao mesmo tempo esse título serve para reconhecer a importância de algumas sedes episcopais do ponto de vista histórico e social, a esse título atualmente não estão vinculadas funções especiais de governo, mas de presidência de sua província eclesiástica.
Desde muito cedo a Igreja reconheceu a algumas igrejas particulares um destaque especial como às sedes episcopais de Roma, Jerusalém, Alexandria e Antioquia. Já no século IV temos notícias da organização metropolitana presidida por um bispo metropolita que mais tarde recebeu o título de Arcebispo. Desse modo, o Arcebispo Metropolitano designa historicamente o ofício eclesiástico daquele que preside uma Sé reconhecida pelo Papa como principal na província eclesiástica.
A província eclesiástica
O Papa Francisco criou duas novas províncias eclesiásticas no Estado de Santa Catarina: Joinville e Chapecó, reestruturando a organização eclesial do estado catarinense. A Arquidiocese de Florianópolis havia sido criada em 17 de janeiro de 1927, antes pertencente a Província Eclesiástica de Curitiba-PR, e todas as demais dioceses do estado lhe eram sufragâneas.
A partir de hoje, então, o Regional Sul IV da CNBB, que corresponde ao Estado de Santa Catarina, passa a ser composto por três províncias eclesiásticas: Joinville, sendo-lhe atribuídas as dioceses sufragâneas de Blumenau e Rio do Sul, a nova província eclesiástica de Chapecó, sendo-lhe atribuídas as dioceses sufragâneas de Caçador, Joaçaba e Lages.
As dioceses de Tubarão e Criciúma permanecem como sufragâneas da Metropolia de Florianópolis. A província Eclesiástica agrupa um conjunto de Igrejas Particulares vizinhas (dioceses) no âmbito de um mesmo território. O objetivo é favorecer as relações mútuas entre as autoridades que as governam.
Uma província eclesiástica pode ser erigida, modificada ou suprimida somente pela autoridade suprema da Igreja, o Papa. Esse modelo de organização foi inspirado na divisão administrativa do Império Romano sendo adotado pela Igreja de modo oficial desde o Concílio de Niceia no ano 325 d.C. No Brasil temos hoje 48 províncias eclesiásticas já contando as duas novas recém-criadas pelo Papa Francisco.