Versão em Áudio – Reportagem: Priscila Fernandes

No dia em que se comemora o Dia do Ferroviário, apresentamos uma homenagem especial em uma entrevista com a advogada Dra. Rafaela Chaves e com o senhor Itamar Henrique , representante da UNIFER. Acompanhe…

Hoje, 30 de abril, é o Dia do Ferroviário. Uma data que carrega o peso da história, da dedicação e do amor por um ofício que transformou cidades. É um momento de reconhecimento. De respeito. De memória. E também de escuta.

Porque ser ferroviário não é – e nunca foi – viver um conto de fadas. É viver uma rotina puxada, marcada por jornadas exaustivas, por responsabilidades imensas e, muitas vezes, por um reconhecimento que demora a chegar.

É acordar cedo, muitas vezes antes do sol, encarar turnos longos, finais de semana e datas comemorativas longe da família, horários que fogem da lógica comum. É conviver com riscos, com pressões, com uma estrutura que nem sempre acompanha o tamanho da entrega que o ferroviário faz todos os dias.

E ainda assim… eles seguem. Seguem firmes. Com seriedade, com coragem e com um amor pela profissão que impressiona.

Aqui – e em tantas outras cidades por onde os trilhos passam – temos muitos desses homens e mulheres que continuam na ativa, escrevendo todos os dias um capítulo importante da história do nosso país. Gente que leva o Brasil nas costas, ou melhor, nos trilhos. Que mesmo diante de tantos desafios, continua fazendo seu trabalho com dedicação.

E é por isso que essa homenagem é tão necessária. Para lembrar que o ferroviário não é apenas parte do passado – ele é presente. É agora. E precisa ser valorizado enquanto está ali, com a mão na máquina, na estação, no pátio, nos bastidores. Mas também quando já deixou os trilhos e carrega no corpo as marcas da lida, e na memória os anos de dedicação. O ferroviário merece reconhecimento na ativa e na aposentadoria. Porque o valor do que foi construído permanece, mesmo depois do último apito do trem.

Falo isso com muito respeito e também com emoção. Porque essa história não passa distante de mim.

Sou neta de agente de estação e bisneta de maquinista. Cresci ouvindo as histórias que meu avô Agostinho contava com tanto carinho — sobre os tempos em que anotava as partidas e chegadas dos trens, cuidando de cada detalhe.

Ele também falava das amizades que fez na ferrovia, das trocas com os colegas, das conversas à beira dos trilhos e das memórias que levava no coração. Anos de dedicação à ferrovia que seguiram vivos mesmo após a aposentadoria, quando ele passou a ajudar pensionistas da região a buscarem seus direitos, com o mesmo comprometimento e cuidado de sempre.

Essa herança me acompanha até hoje. E com muito orgulho, minha trajetória profissional também se conecta à dos ferroviários. Como advogada, dedico meu trabalho à defesa dos direitos dessa categoria tão valorosa — desde aqueles que ainda estão na ativa, enfrentando as batalhas diárias da profissão, até os aposentados e pensionistas, que carregam no corpo e na memória toda uma vida de dedicação aos trilhos.

É com imenso carinho que participo, ao lado Associação dos Ferroviários dos atendimentos que estão sendo realizados aqui em Mafra, na Rua Capitão João Bley, número 183, no bairro Vila Ivete. Um espaço criado para acolher, orientar e cuidar de quem tanto já cuidou — e continua cuidando — da ferrovia

Lá, cada atendimento é mais que jurídico: é um reencontro com a história. É ouvir o ferroviário que trabalhou por mais de 30 anos na ferrovia, é acolher a viúva que busca orientação com olhos cheios de saudade, é respeitar cada passo trilhado com tanto esforço.

E nesse trabalho, é impossível não destacar a presença atenta e dedicada do senhor Itamar, representante da UNIFER. Um verdadeiro guardião da causa ferroviária. Seu atendimento vai além das palavras – ele escuta, orienta, acompanha de perto. Com ele, cada ferroviário é tratado como merece: com dignidade, atenção e humanidade.

Neste 30 de abril, minha palavra é de gratidão. Aos aposentados, que nos deixaram um legado de luta. Às viúvas e famílias que carregam a memória com tanto orgulho. E aos ferroviários da ativa — que seguem firmes, mesmo quando o cansaço pesa, mesmo quando o reconhecimento falha, mesmo quando o trem parece mais pesado do que nunca.

“Vocês são resistência. São força. São o movimento que nunca para. E enquanto houver trilhos, haverá uma história sendo escrita por mãos ferroviárias”. “Parabéns, ferroviários. Que hoje e sempre vocês sejam lembrados, respeitados e valorizados!”

  • Serviço: Atendimento em Mafra: Rua Capitão João Bley, 183 – Bairro: Vila Ivete
  • Rafaela Chaves I (41) 99156-1859 I @rafaelachavesadvogada

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